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PARA O CARGO DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO: CONHECIMENTOS GERAIS 
Língua Portuguesa: Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. Pontuação. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. Concordância verbal e nominal. Regência verbal e nominal. Colocação pronominal. Crase. 
Leitura e interpretação de textos. As questões de interpretação da Vunesp não costumam ser difíceis, porém é bom atentar aos itens de resposta, concentre-se em procurar aquele que mais corresponde com o texto, pois este é um traço típico desta banca, que costuma confundir as pessoas.
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos. Questão típica desta banca: perguntar qual é o antônimo de determinada palavra, e a pessoa acaba assinalando um sinônimo. Portanto, antes de ler os itens de resposta, procure se concentrar em qual seria o sentido contrário da palavra marcada no enunciado para depois selecionar o item, isso ajuda muito. As palavras parônimas por sua vez são aquelas que acabam caindo em questões de vocabulário, mas também em questões de grafia, pois, de acordo com sua grafia, a palavra assume um significado diferente, como é o caso de “imergir” (afundar) e “emergir” (vir à tona); portanto muito atenção a elas. Procurem listas deste tipo de palavra na internet.
Sentido próprio e figurado das palavras. Usamos muito as palavras em sentido figurado, assim, quando vamos verificar o emprego de uma palavra ou expressão de valor figurado, fazemos confusão, por isso procure pensar essas palavras e expressões ao “pé da letra” dentro do contexto para verificar se o sentido é conotativo (sentido figurado) ou denotativo (sentido real da palavra).
Ortografia oficial e Acentuação gráfica. Questões deste tipo na Vunesp são muito comuns, o que vale para a resolução delas é a atenção que se dá à leitura, pois costumamos ler a palavras como as conhecemos, e não como estão grafadas, portanto não perceber a grafia errada é fácil.  A acentuação gráfica tanto é cobrada nas questões de grafia como também nas de concordância verbal, como, por exemplo, alguns verbos quando conjugados no plural, recebem acento circunflexo, ao passo que no singular ou ficam sem acento, ou recebem acento agudo, como é o caso de “tem” e “têm”, de “contém” e “contêm”.
Pontuação. Existem três leis para se responder a essas questões que não podem ser esquecidas: 1ª) nunca se usa vírgula entre o sujeito e o verbo, não importa a ordem da oração; 2ª) nunca se usa vírgula entre o objeto direto e o verbo, não importa a ordem da oração; 3º) verificadas as duas primeiras condições, leia o período, obedecendo às pausas sugeridas pela pontuação do examinador, se o texto for fácil de você entender, a pontuação estará correta.
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. Quanto ao emprego de palavras, estude bem o emprego de pronomes, os tempos e os modos verbais e seu reconhecimento e, principalmente, o emprego de conjunções – gravem bem as principais.
Concordância verbal e nominal.  Este é um assunto que cai em todas as provas, com certeza, haverá ao menos uma em sua prova –  e o que não se pode esquecer é que termos preposicionados não são sujeito de uma oração, portanto ignore-os; e também não se pode esquecer que todas as palavras que se referem a um substantivo têm de concordar com ele.
Regência verbal e nominal. A maior cobrança desse assunto é com a verbal, por isso muita atenção com a exigência do emprego ou não da preposição, especialmente junto com o pronome relativo e nas questões de crase, levando este raciocínio para o emprego dos pronomes pessoais o/a(s) – sempre objetos diretos – e lhe(s) – sempre objeto indireto com a preposição “a”, bem como para o emprego do acento grave.
Colocação pronominal. É um assunto chato, porque aponta muitos detalhes a saber. Mas facilite sua vida e pense: 1º) não se emprega pronome oblíquo no início de oração, nem depois de verbo no particípio; 2º) se o verbo estiver no infinitivo, a colocação do pronome é facultativa; 3º) a colocação do pronome antes ou depois do verbo se deve ao bom som da frase, à forma mais natural de pronunciá-la, portanto a frase que tiver a forma mais fácil de ser pronunciada, será a resposta.
Crase. A crase envolve o raciocínio da regência – por isso, na maioria das vezes, a crase é cobrada nas questões de regência mesmo –  mais o emprego do artigo definido feminino. Então atente para o emprego do artigo feminino principalmente, pois ele só pode relacionar-se com substantivos e que sejam femininos. Além disso, a fusão pode ser entre a preposição “a” e os demonstrativos “aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a, as”; como também pode não haver caso de regência, mas de emprego desse acento em expressões femininas, que são acentuadas com o acento grave.
Bom estudo!
Análise, compreensão e interpretação de diversos tipos de textos verbais, não verbais, literários e não literários. – Resumo
caioterci-29 de Janeiro de 2018-Português-0 Comments
Análise, compreensão e interpretação de diversos tipos de textos verbais, não verbais, literários e não literários. – Resumo
Esse post será dividido entre os tópicos mais importantes e estes serão explicados separadamente para que tenha um melhor entendimento.
 
Interpretação de Texto
Para saber como interpretar um texto primeiro é preciso entender como um texto é construído, aqui vão abaixo alguns termos importantes a serem considerados:
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir Interação comunicativa, isto é, capacidade de codificar e decodificar. como assim? um texto é uma união de muitas palavras com o objetivo de passar uma determinada informação para um leitor, o texto em si é um código enquanto sua interpretação é uma forma de decodificar.
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de “contexto”. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
Intertexto –  comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.
Interpretação de Texto –  o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
3. Comentar – é relacionar  o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.
5. Parafrazear – é reescrever o texto com outras palavras.
 
Interpretar   x   Compreender  
 
	INTERPRETAR SIGNIFICA
	 COMPREENDER SIGNIFICA
	– EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR.
– TIPOS DE ENUNCIADOS
• Através do texto, INFERE-SE que…
• É possível DEDUZIR que…
• O autor permite CONCLUIR que…
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que…
	– INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO.
– TIPOS DE ENUNCIADOS:
• O texto DIZ que…
• É SUGERIDO pelo autorque…
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação…
• O narrador AFIRMA…
 
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Textos Verbais e Não-Verbais
 
No cotidiano, sem percebermos usamos freqüentemente a linguagem verbal, quando por algum motivo em especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal.
Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.
Linguagem não-verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A linguagem não-verbal pode ser até percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer dizer que está feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza.
Dentro do contexto temos a simbologia que é uma forma de comunicação não-verbal.
Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para chamar a atenção ou exprimir uma mensagem.
 
Textos Literários e Não-Literários
A forma de linguagem e a apresentação da informação estão entre as diferenças do texto literário do não literário.
O texto literário é aprestado em uma linguagem pessoal, envolta em emoção, emprego de lirismo e valores do autor ou do ser (ou objeto) retratado.
Já o texto não-literário tem como marca a linguagem referencial e, por isso, também é chamado de texto utilitário.
Em resumo, o texto literário é destinado à expressão, com a realidade demonstrada de maneira poética, podendo haver subjetividade.
O texto não literário, contudo, é marcado pelo retrato da realidade desnuda e crua. É possível tratar sobre o mesmo assunto nas duas formas de texto e apontar o tema ao receptor sem prejuízo a informação.
Diferenças
	Texto Literário
	Texto Não Literário
	A linguagem empregada é de conteúdo pessoal, cheia de emoções e valores do emissor e há o emprego da subjetividade
	Uso da linguagem impessoal, objetiva em linha reta
	Emprego da linguagem multidisciplinar e cheia de conotações
	Linguagem denotativa
	Linguagem poética, lírica, expressa com objetivos estéticos na recriação da realidade ou criação de uma realidade intangível, somente literária
	Representação da realidade tangível
	Primor da expressão
	Atenção, prioridade à informação
Significado contextual
O significado da palavra "contextual", de acordo com o dicionário, é: adjetivo que se refere ao contexto. Isso quer dizer que, a depender do contexto no qual está inserida, uma palavra pode variar de sentido. Não é uma concepção difícil de ser compreendida, pois utilizamos essas "estratégias da linguagem" todos os dias, tanto na fala quanto na escrita.
Para que possamos entender o sentido contextual de uma palavra ou frase, veja os exemplos:
- João saiu do armário.
Sabemos que João não estava preso no móvel de sua casa, o qual, convencionalmente, se chama de "armário". No Brasil, culturalmente se entende que a expressão "sair do armário" possui um significado bem diferente do literal: indica que uma pessoa assumiu a sua sexualidade. Ou seja, a palavra armário tem nesta frase um significado contextual.
- Renan preparou uma armadilha para Bruno perder o emprego
Nesta frase sabemos que Renan não fez uma armadilha para capturar Bruno (como se Bruno fosse um animal qualquer). Entendemos que Renan agiu de má fé com o único propósito de prejudicar Bruno. Então, "armadilha" possui um significado diferente do literal, nessa frase, devido ao contexto em que ela foi enunciada.
Sentido próprio e figurado das palavras
Uma palavra é composta por duas partes: a primeira é a forma escrita e sonora (denominada significante) e a segunda está relacionada ao que a palavra expressa, ao conceito trazido por ela (denominada significado). No que se refere ao significado das palavras, as mesmas se subdividem da seguinte forma:
Sentido próprio: sentido literal da palavra, sendo o sentido comum que se costuma atribuir a determinada palavra.
Sentido figurado: sentido simbólico, figurado, que pode ser atribuído a uma palavra.
Repare nos exemplos, onde a palavra porta é utilizada em diferentes contextos:
1. A menina é uma porta (sabemos que neste caso o narrador quer dizer que a menina não possui características intelectuais marcantes, ou, popularmente seria chamada por outra palavra também contextual: "burra");
2. Filho abra a porta para seu irmão, pois ele esqueceu a chave (neste caso, o narrador fala do objeto porta, literalmente);
3. Quando uma porta se fecha, as janelas abrem sozinhas! (já aqui, observamos que o narrador não quis dizer que objetos inanimados criaram vida [portas e janelas se abrindo ou fechando literalmente], e sim que utilizou a filosofia para amenizar situações cotidianas. Ou seja, é como alguém dizer: "quando uma oportunidade se encerra, outra oportunidade aparece nas nossas vidas").
Assim, reforçando: no item 1 a palavra "porta" foi utilizada em seu sentido figurado; no item 2 no sentido literal e comum; e no item 3 também em sentido figurado.
Diante de tudo o que foi dito até aqui, pode se conclur que o um mesmo significante (parte concreta) pode vir a ter vários significados (conceitos). Provavelmente deve ter surgido a dúvida sobre a relação entre significado contextual, sentido próprio e figurado das palavras. Afinal essas expressões denotam a mesma coisa?
A resposta é não. O significado contextual, como o próprio nome diz, se refere ao contexto. O que é analisado é o sentido próprio e figurado das palavras em relação ao contexto em que ela foi empregada.
Agora, quando falamos do sentido próprio e figurado das palavras, estamos analisando o elemento “palavra” de forma isolada,e utilizamos o significado contextual para norteamento.
Para que o usuário da língua se mantenha consciente sobre os diferentes sentidos que podem ser assumidos por palavras ou frases inteiras, é necessário ter "leitura de mundo". Dito de outra forma, é preciso que assumamos uma postura reflexiva acerca dos diferentes textos (escritos ou falados) que nos são apresentados ou nós mesmos produzimos diariamente.
Pontuação
Ponto, dois-pontos e travessão são exemplos de sinais de pontuação que utilizamos. A pontuação recupera recursos específicos da língua falada, como entonação e pausas.
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Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.
Divisão e emprego dos sinais de pontuação:
1 - Ponto ( . )
a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª
2 - Dois-pontos ( : )
a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”
3 - Reticências ( ... )
a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
4- Parênteses ( ( ) )
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Exemplos:
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmerasperdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
5- Ponto de Exclamação ( ! )
a) Após vocativo
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição
Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional
Ex.: Que pena!
6- Ponto de Interrogação ( ? )
a) Em perguntas diretas
Ex.: Como você se chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!
7 - Vírgula ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Dicas:
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.
Não se separam por vírgula:
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa)
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo. 
Exemplos:
Maria, traga-me uma xícara de café.
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
b) separar alguns apostos. 
Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. 
Exemplos:
Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.
d) separar elementos de uma enumeração.
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
f) separar conjunções intercaladas.
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.
g) separar o complemento pleonástico antecipado.
Ex.: A mim, nada me importa.
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
i) separar termos coordenados assindéticos.
Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)
Dicas:
Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
Exemplos:
Conversaram sobre futebol, religião e política.
Não se falavam nem se olhavam.
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.
A vírgula entre orações
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. 
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção “e”). 
Exemplos:
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho.
Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.
Atenção:
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:
1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes.
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.
2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). 
Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo) 
Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal.
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)
d) separar as orações intercaladas. 
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
Dicas:
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.
Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
e) separar as orações substantivas antepostas à principal.
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.
8- Ponto e vírgula ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito Administrativo)
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
9- Travessão ( — )
a) dar início à fala de um personagem
Ex.: O filho perguntou:
— Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos
Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom
c) unir grupos de palavras que indicam itinerários
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.
Dicas:
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.
10- ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:
Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
b) indicar uma citação textual
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Dicas:
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. (' ') 
Recursos alternativos para pontuação:
Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )
Classes de palavras: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem: substantivo,adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção.
 
As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.
Essas categorias são divididas em palavras variáveis (aquelas que variam em gênero, número ou grau) e palavras invariáveis (as que não variam).
 
Palavras Variáveis e Flexões
 
Substantivo
É a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros.
Exemplos: Ana, Brasil, beleza.
Flexões: Gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
 
Verbo
É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza.
Exemplos: existir, sou, chovendo.
Flexões: Pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).Adjetivo
É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos.
Exemplos: feliz, superinteressante, amável.
Flexões: Gênero (uniforme e biforme), número (simples e composto) e grau (comparativo e superlativo).
 
Pronome
É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso.
Exemplos: eu, contigo, aquele.
Flexões: Gênero, número e pessoa.
 
Artigo
É a palavra que antecede o substantivo.
Exemplos: o, as, uns, uma.
Flexões: Gênero e número.
 
Numeral
É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.
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Exemplos: um, primeiro, dezena.
Flexões: Gênero, número e grau.
 
Palavras Invariáveis
 
Preposição
É a palavra que liga dois elementos da oração.
Exemplos: a, após, para.
 
Conjunção
É a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical.
Exemplos: mas, portanto, conforme.
 
Interjeição
É a palavra que exprime emoções e sentimentos.
Exemplos: Olá!, Viva! Psiu!
 
Advérbio
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros.
Exemplos: melhor, demais, ali.
Embora seja considerado invariável porque não sofre flexão de gênero e número, os advérbios apresentam flexões de grau: comparativo e superlativo.
 
Exercícios
Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.
As meninas são tão corajosas quanto os meninos.
Coragem!
Falta a coragem…
Com seus trinta anos já era para ter juízo.
Há uns anos não sabia o que fazer da vida.
Fazer o bem sem olhar a quem.
Os trabalhos ficaram muito bem feitos.
Fui bem na prova.
Ainda bem!
Queremos encomendas a dobrar.
Fiz o dobro do trabalho e não adiantou.
Aqueles sim são clientes.
Perante seu discurso senti-me motivado.
Estou motivado porque o palestrante transmitiu motivação.
Resposta abaixo:
adjetivo
interjeição
substantivo
pronome
artigo
substantivo
adjetivo
advérbio
interjeição
verbo
numeral
substantivo
preposição
conjunção
Dicas de Português: regência, concordância, crase, colocação pronominal
Noções de concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, colocação pronominal e crase para subsidiar provas de todos os principais concursos do Brasil.
Publicado em 05/10/2016 - 09h56 • Atualizado em 03/03/2018 - 16h20
Concordância Verbal
O verbo deve ser flexionado ("modificado") concordando com a pessoa do sujeito (eu, tu, ele/ela, nós, vós/vocês, eles/elas) e o número (singular ou plural):
Sujeito simples: o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo. Ex: Foram embora, do nada, os meninos ("foram" concorda com "os meninos"). 
Sujeito composto: o verbo flexiona para o plural. Ex: Joana e Carlos insistiram em vir (Joana e Carlos são duas pessoas, e não pode-se usar "insistiu", mas sim "insistiram").
Sujeito composto de diferentes pessoas: O verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer. Ex: Atiramos a pedra você e eu ("atiramos" concorda com "você e eu").
Sujeito constituído de pronomes de tratamento: verbo flexiona na 3ª. Ex: Vossa Excelência necessita de algo?
Sujeito constituído pelo pronome relativo QUE: verbo concordará em número e pessoa com o antecedente. Ex: Somos nós que precisamos de você.
Núcleos do sujeito ligados por OU: O verbo ficará no singular sempre que houver ideia de exclusão. Ex: Rosa ou azul será a cor do quarto.
Verbo com o pronome apassivador SE: O verbo concorda com o sujeito. Ex: Analisou-se o plano de reforma.
Sujeito formado por expressões: UM E OUTRO – O verbo fica no plural; UM OU OUTRO – O verbo fica no singular; NEM UM NEM OUTRO – O verbo fica no singular.
Sujeito formado por número percentual: O verbo concordará com o numeral. Se a indicação de porcentagem se seguir uma expressão com DE + SUBSTANTIVO, a concordância faz-se com esse substantivo. Ex: 50% dos camundongos morreram.
Verbos impessoais (haver, fazer, chover, nevar, relampejar...): por não possuírem sujeito, ficam na 3ª pessoa do singular. Ex: Não havia flores mais belas.
Verbo SER: se um dos elementos referir-se a pessoa, o verbo concordará com ela. Ex: Minha ambição são os meus sonhos.
Concordância Nominal
É a concordância, em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural), entre o substantivo (nomes) e seus determinantes ("partes" que acompanham os nomes): o adjetivo, o pronome adjetivo, o artigo, o numeral.
O candidato talvez sinta dificuldade em assimilar o que sejam essas classes de palavras (adjetivo, pronome adjetivo, numeral, artigo, etc), mas não se preocupe: concentre-se em entender os exemplos, ou seja, concentre-se em entender o uso da língua.
Opções de concordância: o adjetivo concorda com o adjetivo mais próximo (Eu dei de presente uma bolsa e um tênis preto) ou o adjetivo refere-se a dois substantivos de gêneros diferentes – prevalece o masculino e fica no plural (Eu dei de presente uma bolsa e um tênis pretos).
As palavras BASTANTE, POUCO, MUITO, CARO e BARATO concordam com o substantivo quando têm valor de adjetivo. Quando são advérbios, são invariáveis. Ex: estas revistas são caras (adjetivo) e as revistas custaram caro (advérbio).
ANEXO, MESMO, PRÓPRIO, INCLUSO: concordam com o substantivo a que se referem.
As expressões “É PROIBIDO”, “É NECESSÁRIO”, “É PRECISO” ficam invariáveis quando acompanhadas apenas de substantivo. Porém, se o substantivo estiver determinado pelo artigo, a concordância é feita normalmente.
Lembre-se que a palavra ‘meia’ é um adjetivo, enquanto ‘meio’ é um advérbio, significando ‘um pouco’.
Obrigado/obrigada – concordam com o substantivo a que se referem.
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Colocação pronominal
É o modo como se dispõem os pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e vos) em relação ao verbo. Trata-se de um dos assuntos popularmente "espinhosos" da língua portuguesa, os quais somos "forçados" a entender na escola. Mas basicamente, basta lembrar que as posições dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação ao verbo ao qual se ligam denominam-se:
Ênclise (depois do verbo)
É a posposição do pronome átono ao vocábulo tônico ao que se liga. Ex: Empreste-meo livro de matemática.
Próclise (antes do verbo)
É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como:
- Não, nunca, jamais, ninguém, nada. Ex: Não o vi hoje.
- Advérbios, locuções adverbiais, pronomes interrogativos ou indefinidos. Ex: Sempre te amarei.
- Pronomes relativos. Ex: Há filmes que nos fazem chorar.
- Orações optativas, aquelas que exprimem desejo. Ex: Deus te ouça!
- Com gerúndio precedido da preposição ‘em’. Ex: Em se tratando desse tema...
Mesóclise (no meio do verbo)
É a colocação do pronome quando o verbo se encontra no futuro do presente ou no futuro do pretérito desde que não haja palavras que exerçam atração. Ex: Entregar-lhe-ei as informações. Na linguagem falada brasileira, o uso é quase inexistente.
Crase
Crase é mais um assunto "espinhoso" do português, mas dito de forma simples é o nome que geralmente se dá à fusão da preposição 'a" com o artigo "a(s)" ou com os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo. É representada graficamente pelo acento grave (`).
Crase Obrigatória
Para nomes femininos com artigos: Fui à feira.
Aquele(s)/ a + aquela(s)/ aquilo: Entreguei o livro àquele menino.
Para locuções adverbiais femininas do tipo: Às cegas; À noite; Às pressas.
Com a palavra moda subentendida: Camarão à baiana.
Antes de horas: Sairei às 2h.
Com pronomes possessivos: Irei à minha fazenda ou Irei a minha fazenda.
Com nomes próprios de mulher: Dê o livro à Maria ou Dê o livro a Maria.
Para nomes masculinos: Amor a Deus.
Antes de verbos: Saiu a passear.
Antes de pronomes pessoais: Dirigiu-se a ela.
Antesde pronomes de tratamento: Dei a Vossa Senhoria.
Entre palavras repetidas: Cara a cara.
Crase Optativa
Com pronomes possessivos: Irei à minha fazenda ou Irei a minha fazenda.
Com nomes próprios de mulher: Dê o livro à Maria ou Dê o livro a Maria.
Crase Proibida
Para nomes masculinos: Amor a Deus.
Antes de verbos: Saiu a passear.
Antes de pronomes pessoais: Dirigiu-se a ela.
Antes de pronomes de tratamento: Dei a Vossa Senhoria.
Entre palavras repetidas: Cara a cara.
Regência Verbal
Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que pertencem. Quando o verbo (termo regente) se relaciona com os seus complementos (termos regidos) acontece um "fenômeno" ao qual damos o nome de regência verbal. Selecionamos a seguir alguns verbos em que há diferença de contexto na hora de se "fazer" a regência:
Agradecer
Alguma coisa (sem preposição): O palestrante agradeceu suas intervenções.
A alguém (preposição A): O paciente agradeceu ao médico.
Assistir
Dar assistência (sem preposição): O médico assistiu o doente.
Ver (preposição A): Assisti a um bom filme.
Morar (preposição EM): Aquele homem assiste em São Paulo.
Obedecer (desobedecer)
Sujeitar-se (preposição A): Ele não obedeceu ao regulamento.
Preferir
Ter preferência por (preposição A): Prefiro correr a nadar.
Visar
Visar (preposição A): O comerciante visa ao lucro.
Assinar (sem preposição): O gerente do banco visou o cheque.
Mirar (sem preposição): O atirador visou o alvo e errou.
Regência Nominal
Já a regência nominal é a relação de um nome (substantivo, adjetivo) com outro termo. E a relação pode vir ou não acompanhada de preposições. Por exemplo:
Horror a
Impaciência com
Atentado contra, a
Medo de
Idêntico a
Prestes a
Longe de
Benéfico a
Podemos arriscar a dizer que - apesar de todas as "pegadinhas" da língua e apesar de que na fala praticamos uma coisa e na escrita outra - de certa forma, já estamos um pouquinho acostumados a utilizar a regência correta (ou pelo menos a mais aceita). É por essa razão que determinadas pessoas - principalmente aquelas que ao longo da vida escolar demonstraram um pouco mais de "afinidade" com língua portuguesa - chegam a perceber mais facilmente se uma construção está correta ou não.
Vale lembrar, por fim, que "correto" ou "incorreto" para nós não possui a conotação de "certo" ou "errado", mas apenas a de "ser mais aceito socialmente" ou "não ser bem aceito socialmente", do ponto de vista do chamado "padrão culto da língua portuguesa", utilizado no Brasil (aquela língua defendida pelos nossos melhores gramáticos).

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