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RESUMO LESÃO CELULAR E TUMEFAÇÃO CELULAR

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LESÃO CELULAR
A célula normal é confinada em uma faixa estreita de função e estrutura por seus programas genéticos de metabolismo , diferenciação e especialização ; por limitações das células vizinhas ; e pela disponibilidade de substratos metabólicos ( homeostase normal ) . 
Estresses fisiológicos , estímulos patológicos podem acarretar uma série de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas , ocorre a viabilidade da célula e mantendo sua função. 
Se os limites da resposta adaptativa a um estímulo forem ultrapassados , ou ,em certos casos ,quando a adaptação é impossível , sobrevem a lesão celular. 
A lesão celular é reversível até um certo ponto, se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula atinge o “ ponto sem retorno ”, e sofre lesão celular irreversível e morte celular.
Se o suprimento sangüíneo para o coração for interrompido por10 a 15 min e depois restaurado, as células miocárdicas sofrem lesão , mas podem recuperar-se e funcionar normalmente , mas se o fluxo sangüíneo não for restabelecido até 1 h depois ,ocorre lesão irreversível e muitas fibras miocárdicas morrem.
Adaptação, lesão reversível , lesão irreversível e morte celular são consideradas estados de intromissão progressiva na função e estrutura normais da célula .
PROCESSOS DEGENERATIVOS E INFILTRATIVOS CELULARES 
Alterações do metabolismo celular ou tissular , usualmente reversíveis ( ponto de não retorno indefinido e grau de reversibilidade varie conforme tipo e intensidade do processo ) .Ocorre perda da habilidade de manter o estado de homeostase normal ou adaptado.
SISTEMAS CELULARES MAIS VULNERÁVEIS À AGRESSÕES MEMBRANA CELULAR ( Alteração na permeabilidade de membrana e na pressão osmótica	
RESPIRAÇÃO AERÓBICA ( ( ATP e pH , ( Ca+2 , ativação de enzimas líticas	
SÍNTESE DE ENZIMAS E PROTEÍNAS ( hipobiose e ( metabolismo, potencial de adaptação	
INTEGRIDADE GENÉTICA ( ( Síntese de RNA , enzimas e proteínas	
PROCESSOS DEGENERATIVOS E INFILTRATIVOS CELULARES
DEGENERAÇÃOCélula lesada , em hipobiose , não metaboliza os metabólitos que normalmente recebe, com conseqüente acúmulo dos mesmos no citoplasma .
INFILTRAÇÃO : Célula normal , que submetida a um excessivo aporte de metabólitos ( que ultrapasse sua capacidade de metabolização ) ,apresenta no seu citoplasma um acúmulo patológico destes metabólitos .
DISTÚRBIO DO METABOLISMO
ÁGUA Tumefação turva ( Edema ( Alteração circulatória )
GLÍCIDES Infiltração glicogênica ( Glicogenoses
LÍPIDES Esteatose e Lipoidoses ( Obesidade , Arteriosclerose 
PRÓTIDES Transformação hialina ( Amiloidose 
MINERAIS Calcificações patológicas ( Concreções e cálculos 
TUMEFAÇÃO CELULAR
( ” Hidropsia celular ” , Edema intracelular )Acúmulo intracelular de água ( hiperhidratação celular ).Ocorre por desequilíbrios no controle do gradiente osmótico a nível de membrana citoplasmática .Ocorre por desequilíbrios nos mecanismos de absorção e eliminação de água e eletrólitos intracelulares. 
TUMEFAÇÃO TURVA OU DEGENERAÇÃO GRANULAR 
Distribuição do excesso de água é homogênea . Trata-se de uma fase mais precoce , mais comum , mais reversível, menos grave, confundida com autólise .Os vacúolos (organelas distendidas ou rompidas) são pequenos . 
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA OU VACUOLAR
Quando a água acumulada é disposta em compartimentos no citoplasma da célula . Estágio mais avançado .A água se encontra compartimentalizada e , pode ocasionar ruptura celular.
MACROSCOPIA 
Aumento de volume e peso da víscera ( tumefação , cápsula tensa , consistência pastosa )
Palidez (compressão vascular pelas células tumefeitas) e/ou coloração acinzentada clara ( aspecto ” cozido ” ) 
MICROSCOPIA: Citoplasma opaco, granuloso, turvo,com transparência diminuída mascarando o núcleo 
( ” Tumefação turva ” ). Aumento do volume celular .Vacuolização citoplasmática 
CARACTERÍSTICAS ULTRAESTRUTURAIS 
Tumefação mitocondrial (com diminuição da fosforilação oxidativa e da síntese de ATP e da síntese protéica ) Dilatação das cisternas e fragmentação do Retículo Endoplasmático e do Complexo de Golgi ,lise do protoplasma , ruptura lisossômica,perda das especializações da membrana celular(cílios,microvilosidades,desmossomos ).Alteração contornos celulares . 
CAUSAS : Hipóxia , infecções bacterianas e virais , hipertermia , intoxicações endógenas e exógenas.
MECANISMO
( O2 ( Respiração mitocondrial Þ ( ATP: Atividade da Bomba de Na / K , com ( Na+ e H2O e K+ ( Tumefação celular )
( Síntese e reciclagem de fosfolípides .Perda de fosfolípides e da integridade da membrana com ( Ca+2 e ativação de enzimas líticas - Fosfolipases , proteases, ATP ases ( Respiração anaeróbica , com ( de lactatos e ( pH ( acidofilia citoplasmática , condensação da cromatina nuclear ).
INFILTRAÇÃO GLICOGÊNICA
CONCEITO 
Acúmulo anormal intracelular de glicogênio , reversível , conseqüência de desequilíbrios na síntese ou catabolismo do mesmo . 
O glicogênio é normalmente encontrado nos músculos ( 0,5 a 1 % ) , no fígado ( 2 a 8 % ) , no miocárdio , no útero pré- menstrual e na gestante , na parótida , nas células cartilaginosas , nos tecidos fetais , na pele , nos rins, neutrófilos próximos à focos inflamatórios , nos macrófagos e em oncócitos ( quanto mais indiferenciados forem , maior a quantidade de glicogênio ) . 
CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS Pouco significativas . Discreto aumento de volume e palidez. Sem lesão aparente macroscopicamente 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS O glicogênio é o único carbohidrato evidenciável histologicamente , requer uma fixação imediata com álcool absoluto e colorações especiais ( PAS ) com prova de Amilase ou Diastase ( feita com a saliva ) é importante no diagnóstico diferencial da INFILTRAÇÃO GLICOGÊNICA com a degeneração mucóide intracelular.
O Glicogênio e os mucopolissacarídeos dão reação positiva com o PAS. 
Entretanto , a saliva só consegue degradar o glicogênio e não o MPS .
INFILTRAÇÃO GLICOGÊNICA
RINS :” Nefrose glicogênica ”( ARMANNI-EPSTEIN) : Em HE: semelhantes aos das Degenerações hidrópica ou vacuolar e/ou da esteatose; Em colorações especiais :Grânulos intracitoplasmáticos , principalmente nas células epiteliais da porção distal dos túbulos contornados proximais e , as vezes ,na porção ascendente da Alça de Henle . 
FÍGADO: Infiltração intracitoplasmática e intranuclear ( ” núcleos perfurados da diabete ” ou ” Infiltração glicogênica de ASKANAZY ” ) . 
CAUSAS 
Hiperglicemias : Alimentares , por lesão no SNC por narcóticos , por adrenalina ou glucagon , por hiperadrenocorticismo ou por diabete melito .
Glicogenoses ( doença de armazenamento do glicogênio ) Síndromes genéticas ( gen autossômico recessivo ou gen ligado ao cromossoma X) determinam deficiências de enzimas que condicionarão defeitos na síntese e/ou na degradação do glicogênio .Exemplos:Doença de VON GIERKE ( Deficiência de Glicose-6-Fosfatase; Doença de POMPE ( Deficiência de Amilo 1-4 Glicosidase ou de Glicosidase lisossômica.
MECANISMOS Diabete melito e demais hiperglicemias : 
( Insulina ( glicemia glicosúria ( Reabsorção tubular de glicose ( Aporte excessivo de glicose à célula ( Acúmulo de glicogênio. 
GLICOGENOSES: Defeito na síntese ou na degradação do glicogênio determinando :Forma anormal de glicogênio sintetizada não consegue ser metabolizada ;Falta uma ou mais enzimas que metabolizemo glicogênio normal. 
ESTEATOSE 	
Metamorfose gordurosa .Deposição ou transformação gordurosa ” Degeneração e infiltração gordurosa ” 
Adipose degenerativa
Lipofanerose 
Lipose celular
ESTEATOSE - DEFINIÇÃO 
Acúmulo anormal reversível de lípides no citoplasma de células ou tecidos parenquimatosas onde raramente lípides são vistos histologicamente ( principalmente túbulos renais , hepatócitos e miocárdio ( células que normalmente metabolizam muita gordura ), geralmente em conseqüência de distúrbios metabólicos . 
Forma vacúolos (pequenos e múltiplos ou único e volumoso) em conseqüência de desequilíbrios na síntese , utilização ou mobilização das gorduras.
Os lípides são quase sempre triglicérides . 
O fígado é o órgão que mais freqüentemente sofre esteatose , reflete seu papel central no metabolismo das gorduras . 
METABOLISMO DAS GORDURAS
Lípides dieta ( I. delgado ( Lipase pancreática + Sais biliares ) ( emulsificação em micelas ( Absorção no 
jejuno proximal ( PINOCITOSE ) ( Micelas pinocitadas ( REL ( Ressíntese de TG e ésteres colesterol ( 
Formação de quilomícrons ( vasos linfáticos ( Quilíferos ) Ducto torácico ( Vasos sangüíneos ( Tecido adiposo( subcutâneo , mesentério , tecido perirenal e epíploon ) ( Fígado ( Hidrólise em Ac. Graxos e Glicerol ( hepatócitos ( Utilização no metabolismo energético ( mitocôndrias ) ( ” Estocagem ” ( lipossomos , quando excessivos = Esteatose ) ( Esterificação / conversão para TG , que levados ao RER subsidiarão a síntese de Lipoproteínas de baixa densidade para exportação. 
MACROSCOPIA
Tamanho e cor do órgão afetado depende da causa da esteatose e da quantidade de lípide acumulado. 
Geralmente ocorre ( de volume , ß consistência ( órgão mais pastoso ) , ( friabilidade e amarelamento. 
FÍGADO: ( de volume e peso ( de 1,5 para 3 a 6 Kg ) ,bordas abauladas e consistência amolecida , coloração amarelada , superfície externa lisa e brilhante . 
CORAÇÃO: Afeta principalmente os músculos papilares , Acometimento focal surge listas amareladas ” coração tigrado ” .Todo amarelado e flácido quando difusa . 
RINS: ( de volume , palidez e amarelamento . 
MICROSCOPIA
Ocorre vacuolização citoplasmática que deve ser diferenciada da Degeneração hidrópica - vacuolar e da Infiltração glicogênica através de colorações especiais. 
HEPATÓCITOS Vacúolos pequenos e múltiplos podem coalescer formando um único e volumoso , deslocando o núcleo para a periferia ( células em anel de sinete ) , as vezes levando à ruptura celular ” Cistos gordurosos ” . 
EPITÉLIO DOS TÚBULOS RENAIS 
( basalmente ) e nas fibras do miocárdio (entre miofibrilas) ( geralmente pequenos e múltiplos. 
No processamento de rotina (HE) ,o álcool e o xilol dissolvem os lípides tornando o lipossomo um vacúolo vazio 
( imagem negativa do lípide ).Para confirmação do lípide intracelular o melhor é usar corantes lipossolúveis como: 
Ácido ósmico ( Negro 
Sudam III ( Laranja avermelhado 
Sudam IV ( Vermelho escarlate 
A esteatose é quase sempre precedida de Tumefação celular e as vezes ocorre simultaneamente com essa e com necrose. 
 ETIOPATOGENIA 
ESTEATOSE MIOCARDÍACA :Intoxicações ;Leucemias ; Anemia aplástica ; Difteria 
ESTEATOSE RENAL :Hiperlipemias ; Intoxicações principalmente por tetracloreto de carbono ( CCl4 ) ;Plantas tóxicas 
ESTEATOSE HEPÁTICA
INTERFERÊNCIA DISPERSÃO MICELAR DAS GORDURAS INTRACITOPLASMÁTICAS
Deficiência de fosfolípides e/ou de proteínas :Por destruição enzimática (ex : fosfolipase do Clostridium welchii ) ou por intoxicação ( Cl4C ). eficiência de aminoácidos lipotróficos ( metionina , inositol , colina , propriotenina , vitamina B12 e ácido fólico ) determinarão ( da síntese de fosfolipídeos e ( da esterificação de ácidos graxos em triglicérides. Hipóxia Deficiência protéica na dieta. Por excesso de colesterol e gorduras na dieta. 
AUMENTO QUANTITATIVO DA GORDURA INTRACELULAR 
Aumento da síntese lipídica a partir de acetatos ou pela esterificação dos ácidos graxos em triglicérides por ( dos alfa - glicerofosfatos. 
Aumento aporte de lípides nas dietas hiperlipemicas ou por mobilização excessiva de lípides do tecido adiposo ( no diabete , corticoidoterapia ) ; Intoxicação alcóolica ;Inanição
Dietas policarenciais ( ” Kwashiokor ” ) e doenças consumptivas ( Tbc , Ca , Aids ). 
BLOQUEIO NA UTILIZAÇÃO DE LÍPIDES
Interferência na conversão de ácidos graxos em fosfolipídeos ( deficiência de A . A lipotróficos e / ou síntese de proteína aceptora de lípides ( Apoproteína ) como conseqüência do desacoplamento ribossômico no RE ( nas intoxicações por toxinas , Cl4C , P , Tetraciclina ) Bloqueio na utilização e oxidação de lípides por interferência com co-fatores essenciais para a oxidação de A. graxos de cadeia longa ( Carnitidina favorece a penetração de ácidos graxos nas mitocôndrias , onde ocorre a oxidação ) ( Toxina diftérica e fitotoxinas. Bloqueio união lípide - apoproteína ou na secreção de lipoproteínas do hepatócito ( ácido orótico ) 
OUTROS ACÚMULOS INTRACELULARES NÃO ESTEATÓTICOS DE LÍPIDES
LIPIDOSES OU LIPOIDOSES : Lipofagia macrofagocitária : ” Células espumosas ” Lipoidose arterial : Colesterol na íntima de grandes artérias na Aterosclerose. 
XANTOMATOSE : Colesterol e A. graxos nos histiócitos formando nódulos no tecido subcutâneo e tendões. 
LIPOIDOSES GENERALIZADAS: 
Desvios metabólicos congênitos ( deposição intracelular de lípides complexos , principalmente células do SNC , coração , rins , retina em conseqüência de ausência de enzimas lisossômicas responsáveis pela correta metabolização : Esfingoliposes , Doença de Gaucher . 
HIALINOSE INTRACELULAR
Transformação hialina intracelular ou Degeneração hialina intracelular .
Acúmulo intracelular de material de natureza protéica , conferindo às células e tecidos afetados um aspecto hialino ( denso , eosinofílico e refringente ) 
Hialinose intracelular é uma alteração tintorial de várias causas , nenhuma das quais representativas de um quadro específico de degeneração verdadeira. 
MECANISMO :
Penetração no citoplasma ( via absorção ou pinocitose , de proteínas complexas , com precipitação ou coagulação das mesmas .
CORPÚSCULOS DE INCLUSÃO INTRACITOPLASMÁTICA
Corpúsculos de RUSSEL ( Plasmócitos : Agregação de globulinas , tipo ” colar de pérolas ” , distendendo as cisternas do RER. Esférico , homogêneo , acidófilo e birrefringente . Visto com freqüência na osteomielite crônica , tbc .
Corpúsculos de MALLORY ( Hepatócitos : Massa eosinofílica perinuclear , vistos no alcoolismo crônico , na Hepatite viral tipo A ou B .
Infecções virais: Acúmulos citoplasmático e / ou nucleares de vírus DNA ou RNA . 
Exemplos: NEGRI ( Raiva ) , GUARNIERI ( Varíola ) , COUNCILMAN- ROCHA LIMA ( Febre amarela ) . 
ACUMULOS INTRACELULARES
 
As substâncias armazenadas enquadram-se em três categorias:
Constituinte celular anormal acumulado em excesso, como água , lipídio, proteína e carboidratos;
Substância anormal, EXÓGENA , ou ENDÓGENA, 
Um pigmento. 
Substâncias acumulam-se no citoplasma ( freqüentemente dentro dos lisossomas ) ou núcleo de maneira transitória ou permanente, inofensivas ou tóxicas para as células. 
 
Substância endógena normal é produzida , porém a taxa de Metabolismo é inadequada para removê-la. 
Ex. Degeneração Gordurosa ( esteatose) no fígado
Substância exógena anormal deposita-se e acumula-se porque a célula não tem enzimas para degradá-la, nem capacidade de transportá-la para outros locais.Ex.: Acúmulos partículas de carbono e de sílica.
O acúmulo intracelular, significa armazenamento de algum produto por células individuais.
Se a sobrecarga resultar transtorno sistêmico e puder ser controlada, o acúmulo é reversível. 
Nas doenças de depósito ,genéticas, o acúmulo é progressivo as células tornam-se tão sobrecarregadas que sofrem lesão secundária, levando, as vezes , à morte do tecido e do paciente.
 ESTEATOSE ( DEGENERAÇÃO GORDUROSA )
Acúmulo anormal , reversível de lípides no citoplasma de células parenquimatosas ( túbulos renais, hepatócitos, miocárdio, músculo esquelético, células que metabolizam muita gordura ), formam vacúolos ( pequenos e múltiplos ou único e volumoso) em conseqüência de desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização.
CAUSAS : toxinas, desnutrição protéica, diabetes mellitus, obesidade , anóxia , e abuso de álcool.
 MECANISMOS BÁSICOS DA ESTEATOSE 
 O hepatócito normalmente sintetiza lípides e os exporta para armazenamento, ( tecido adiposo ). 
 Em condições normais de boa alimentação e metabolismo não há acúmulo de triglicérides no hepatócito.
 
 		
ESTEATOSE OCORRE POR : 
Excesso de oferta de ácidos graxos ao fígado , excedendo a capacidade do hepatócito de processá-los e reexportá-los, ou síntetizar a VLDL.
Na desnutrição e no diabetes descompensado há intensa mobilização de ácidos graxos. A ativação da lipase é excessiva devido à falta de insulina.O indivíduo em jejum não produz insulina similar ao diabetes juvenil ou tipo 1. 
Há esterificação e acúmulo no citoplasma dos hepatócitos na forma de triglicérides (esteatose). 
Os ácidos graxos livres do tecido adiposo ou alimento ingerido são normalmente transportados até os hepatócitos,onde são esterificados para triglicerídios,convertidos em colesterol ou fosfolipídios, ou oxidados a corpos cetônicos. 
A liberação de triglicerídios dos hepatócitos requer associação a apoproteínas para formar lipoproteínas, as quais podem então percorrer a circulação. 
O CCI4 , a desnutrição e doenças consumptivas (Tbc, Câncer). ( reduzem a síntese de apoproteínas. 
A anóxia ( inibe a oxidação de ácidos graxos. 
A inanição aumenta mobilização ácidos graxos reservas periféricas.
 			 
MORFOLOGIA 
Acúmulo leve, pode não ter nenhum efeito sobre a função celular. 
Uma esteatose intensa pode comprometer a função celular, mas, a menos que algum processo intracelular vital seja afetado de maneira irreversível, a degeneração gordurosa é reversível. 
FÍGADO 
Esteatose leve pode não afetar a aparência macroscópica. 
Lesões avançadas , o órgão aumenta e torna-se amarelo ,podendo pesar 3 a 6 Kg , superfície lisa e brilhante com bordas abauladas , consistência amolecida, 
Inicialmente vacúolos pequenos no citoplasma ao redor do núcleo. Posteriormente, os vacúolos coalescem, criando espaços claros que deslocam o núcleo para a periferia da célula. As vezes, células contíguas se rompem, e os glóbulos de gordura coalescem, produzindo os chamados cistos gordurosos. 
CORAÇÃO
Depósitos intracelulares de gordura, afeta principalmente os músculos papilares, determinando o aparecimento de listas amareladas (" tipo coração tigrado") quando focal. Amarelado e flácido quando difusa. 
RINS: Aumentado de volume, pálido e amarelado. 
COLESTEROL E ÉSTERES DE COLESTEROL
A maioria das células, usa o colesterol para a síntese das membranas celulares sem acúmulo intracelular. Os acúmulos, causam diversos processos patológicos.
ARTERIOSCLEROSE: Placas ateroscleróticas, na íntima da aorta e grandes artérias .Produzem ateromas amarelos carregados de colesterol, típicos desse distúrbio grave.
XANTOMAS e COLESTEROLOSE
INFLAMAÇÃO E NECROSE: macrófagos espumosos presentes em locais de lesão e inflamação celulares, fagocita colesterol das membranas de células lesadas.
 CONSEQÜÊNCIAS DA ESTEATOSE PARA O FÍGADO 
A esteatose é habitualmente um processo reversível.
A doença prolongada, associada a outras agressões, tipo alcoolismo, pode evoluir para cirrose hepática micronodular. 
Na cirrose , o fígado fica com superfície externa nodulosa e consistência firme. Só uma minoria dos alcoólatras crônicos desenvolvem cirrose ( motivo desconhecido ) . 
A cirrose pode ser causada também por hepatites virais crônicas, vírus B ; C e D ( cirrose macronodular ). 
Nestes casos, a esteatose não tem papel na gênese da cirrose. 
Cerca de 15% das cirroses são criptogênicas, isto é de origem indeterminada

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