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Direito do Trabalho 
 
Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que tem por objeto as 
normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de 
trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à 
proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade. 
 
O direito trabalhista (direito do trabalho ou laboral) é o ramo do direito que 
regula as relações existentes entre empregados e empregadores. Ele é estabelecido 
por meio de um conjunto de normas regidas pela Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), a Constituição Federal e outras leis esparsas (leis incomuns e que 
não se encontram num código ou na Constituição). 
 
Dentro do direito do trabalho, existem duas figuras principais. Um é o 
empregado, um indivíduo de pessoa física que presta serviços (as funções 
executadas em seu ambiente de trabalho continuamente) ao empregador, cuja 
dependência (no sentido de cumprir ordens) consiste nos cargos e funções dado por 
esse, tendo como remuneração um salário prescrito na CLT. O outro é o 
empregador, geralmente uma pessoa jurídica (empresa) que contrata os serviços 
do empregado mediante um salário. Ele pode ser também uma pessoa física ou um 
grupo de empresas. 
 
Por meio da relação de trabalho, em que o empregado presta serviços 
para o empregador, o contrato de trabalho é o instrumento que representa essa 
relação, estando nele os direitos e os deveres do empregado. Ela irá variar de 
acordo com os tipos de trabalho e relações entre os dois. 
 
O direito do trabalho tem suas origens baseadas nas normas instituídas 
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), as doutrinas e os costumes de 
um povo e os contratos de trabalho e regulamentos da empresa. 
 
Princípios que Regem o Direito do Trabalho 
 
1) Irrenunciabilidade dos direitos - Fica vedado, por meio deste princípio, todo ato 
destinado a desvirtuar ou ignorar a norma trabalhista, causando por conseguinte, a 
não-observação de um direito a ser atribuído a determinado interessado. 
 
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2) Condição mais benéfica - Estabelece tal princípio que uma condição mais 
vantajosa já conquistada na relação de emprego não deve ser reduzida. 
 
3) Princípio da norma mais favorável ao trabalhador - caso surja obscuridade, 
conflito hierárquico entre normas ou simples dúvida na elaboração ou interpretação 
de normas jurídicas, este princípio estabelece que deve prevalecer sempre a 
interpretação mais favorável ao trabalhador. 
 
4) Princípios constitucionais específicos - temos vários espalhados pela 
Constituição, a saber: liberdade sindical (artigo 8º da CRFB); não interferência do 
Estado na organização sindical (artigo 8º da CRFB); direito de greve (artigo 9º da 
CRFB); representação dos trabalhadores na empresa (artigo 11 da CRFB); 
reconhecimento de convenções e acordos coletivos (artigo 7º, inciso XXVII da 
CRFB), entre tantos outros. 
 
5) Direitos e garantias fundamentais - são os princípios gerais do direito, aplicado 
ao direito do trabalho, contidos no Título I da Constituição Federal; 
 
6) Função diretiva dos princípios - tal princípio determina que princípios 
constitucionais não podem ser contrariados por norma infraconstitucional (que esteja 
abaixo da Constituição Federal na hierarquia nas leis); 
 
7) Função integrativa dos princípios segundo a CLT - na falta de qualquer lei 
específica, as autoridades trabalhistas deverão decidir uma questão utilizando, 
conforme o caso, a jurisprudência, a analogia, a equidade, e outros princípios e 
normas gerais de direito, em especial os do trabalho. 
 
Divisão do Direito do Trabalho 
 
O Direito do Trabalho pode ser dividido em: 
 
* DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO - é a área do Direito do Trabalho que tem 
como finalidade a compreensão e a análise dos contratos individuais de trabalho. 
 
* DIREITO COLETIVO DO TRABALHO - Direito coletivo do trabalho: é a área do 
Direito do Trabalho que trata das negociações coletivas, ou seja, das negociações 
que visam regular um grupo de trabalhadores, como as convenções e os acordos 
coletivos, com o intuito de buscar soluções para eventuais conflitos e melhorias para 
os trabalhadores como um todo. 
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Sujeitos do Direito do Trabalho 
 
* EMPREGADO – Empregado é a pessoa física que presta pessoalmente a outrem 
serviços não eventuais, subordinados e assalariados. Considera-se empregado toda 
pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob 
dependência deste e mediante salário (CLT, art. 3º). 
 
1) Diferença entre empregado e trabalhador autônomo - o elemento 
fundamental que os distingue é a subordinação; empregado é trabalhador 
subordinado; autônomo trabalha sem subordinação; para alguns, autônomo é 
quem trabalha por conta própria e subordinado é quem trabalha por conta 
alheia; outros sustentam que a distinção será efetuada verificando-se quem 
suporta os riscos da atividade; se os riscos forem suportados pelo trabalhador, 
ele será autônomo. 
 
2) Diferença entre empregado e trabalhador eventual - eventual é o 
trabalhador admitido numa empresa para um determinado evento, é o 
trabalhador ocasional, esporádico, que trabalha de vez em quando. 
 
3) Trabalhador temporário - é aquele que prestado por pessoa física a uma 
empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu 
pessoal regular e permanente ou acréscimo extraordinário de serviços. 
 
4) Terceirização - é a transferência legal do desempenho de atividades de 
determinada empresa, para outra empresa, que executa as tarefas 
contratadas, de forma que não se estabeleça vínculo empregatício entre os 
empregados da contratada e a contratante; é permitida a terceirização das 
atividades-meio (aquelas que não coincidem com os fins da empresa 
contratante) e é vedada a de atividades-fim (são as que coincidem). 
 
5) Estagiário - não é empregado; não tem os direitos previstos na CLT 
aplicáveis às relações de emprego. Há uma lei própria para a regulamentação 
dos seus direitos. 
 
6) Empregado doméstico - é qualquer pessoa física que presta serviços 
contínuos a um ou mais empregadores, em suas residências, de forma não-
eventual, contínua, subordinada, individual e mediante renumeração, sem fins 
lucrativos. 
 
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7) Empregado rural - é o trabalhador que presta serviços em propriedade 
rural, continuadamente e mediante subordinação ao empregador, assim 
entendida, toda pessoa que exerce atividade agroeconômica. 
 
8) Empregado aprendiz - surge da relação jurídica desenvolvida na empresa, 
visando à formação de mão-de-obra, em que a lei admite a admissão de 
menores, observadas certas formalidades, para que prestem serviços 
remunerados recebendo os ensinamentos metódicos de uma profissão; a CLT 
(art. 80, § único) define aprendiz como o menor de 12 a 18 anos sujeito à 
formação profissional metódica do ofício em que exerça o seu trabalho. 
 
* EMPREGADOR – é o ente, dotado ou não de personalidade jurídica, com ou sem 
fim lucrativo, que tiver empregado; considera-se empregador a empresa, seja 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, 
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (CLT, art. 2º). 
 
1) Responsabilidade solidária dos grupos de empresa - sempre que uma 
ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica 
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, 
constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer atividade econômica, 
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamenteresponsáveis a 
empresa principal e cada uma das subordinadas (CLT, art. 2º, § 2º). 
 
2) Poder de direção - é a faculdade atribuída ao empregador de determinar o 
modo como a atividade do empregado, em decorrência do contrato de trabalho, 
deve ser exercida. 
 
3) Poder de organização - consiste na ordenação das atividades do 
empregado, inserindo-as no conjunto das atividades da produção, visando a 
obtenção dos objetivos econômicos e sociais da empresa; a empresa poderá 
ter um regulamento interno para tal; decorre dele a faculdade de o empregado 
definir os fins econômicos visados pelo empreendimento. 
 
4) Poder de controle - significa o direito de o empregador fiscalizar as 
atividades profissionais dos seus empregados; justifica-se, uma vez que, sem 
controle, o empregador não pode ter ciência de que, em contrapartida ao 
salário que paga, vem recebendo os serviços dos empregados. 
 
5) Poder disciplinar - consiste no direito de o empregador impor sanções 
disciplinares ao empregado, de forma convencional (previstas em convenção 
coletiva) ou estatutária (previstas no regulamento da empresa), subordinadas à 
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forma legal; no direito brasileiro as penalidades que podem ser aplicadas são a 
suspensão disciplinar e a advertência. 
 
* CONTRATO DE TRABALHO e RELAÇÃO DE TRABALHO - haverá contrato de 
trabalho sempre que uma pessoa física se obrigar a realizar atos, executar obras ou 
prestar serviços para outra e sob dependência desta, durante um período 
determinado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma 
remuneração; quanto à relação de emprego, dar-se-á quando uma pessoa realizar 
atos, executar obras ou prestar serviços para outra, sob dependência desta, em 
forma voluntária e mediante o pagamento de uma remuneração, qualquer que seja o 
ato que lhe dê origem. 
 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 
 
A Carteira de Trabalho e Previdência Social é o documento de 
identificação do trabalhador que serve não só para constatar que ele mantém 
contrato de trabalho com o empregador, provando sua existência, mas também 
comprova o tempo de serviço que foi prestado a outras empresas, pelo obreiro, 
servindo como atestado de antecedentes do trabalhador. Nela são anotados os 
elementos mais importantes concernentes as relações de emprego passadas e 
presentes do trabalhador e as alterações relevantes havidas em seus contratos de 
trabalhos, bem assim informações do interesse da Previdência Social. 
 
O artigo 13 da CLT diz que a CPTS é obrigatória para quem exerce 
atividade profissional remunerada, a qual será emitida nas Delegacias Regionais do 
Trabalho ou mediante convênio, pelos órgãos federais, estaduais, e municipais da 
administração direta ou indireta. A carteira é um documento gratuito, disponível aos 
cidadãos com mais de 14 anos. 
 
Jornada de Trabalho 
 
A jornada normal de trabalho será o espaço de tempo durante o qual o 
empregado deverá prestar serviço ou permanecer à disposição do empregador, com 
habitualidade, excetuadas as horas extras; nos termos da CF, art. 7º, XIII, sua 
duração deverá ser de até 8 horas diárias, e 44 semanais; no caso de empregados 
que trabalhem em turnos ininterruptos de revezamento, a jornada deverá ser de 6 
horas, no caso de turnos que se sucedem, substituindo-se sempre no mesmo ponto 
de trabalho, salvo negociação coletiva. 
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A redução legal da jornada poderá ser feita pelas partes, de comum 
acordo, por convenção coletiva e pela lei. 
 
Direito a Férias 
 
Férias é um direito do trabalhador e devem ser anuais, com período de 30 
dias corridos, se o trabalhador não tiver faltado injustificadamente, mais de 5 vezes 
ao serviço. 
 
Admitido na empresa, o empregado precisa cumprir um período para 
adquirir o direito de férias; é o denominado período aquisitivo; é de 12 meses (CLT, 
art. 130). 
 
1) Período concessivo - o empregador terá de conceder as férias nos 12 meses 
subsequentes ao período aquisitivo, período a que se dá nome de período 
concessivo; não o fazendo, sujeita-se a uma sanção (CLT, art. 134). 
 
2) Remuneração - será a mesma, como se estivesse em serviço, coincidindo com a 
do dia da concessão, acrescida de 1/3 (CF, art. 7º, XVII). 
 
3) Férias vencidas - são as que se referem a período aquisitivo já completado e que 
não foram ainda concedidas ao empregado. 
 
4) Férias proporcionais - se refere ao pagamento em dinheiro na cessação do 
contrato de trabalho, pelo período aquisitivo não completado, em decorrência da 
rescisão; em se tratando de empregados com mais de 1 ano de casa, aplica-se o 
disposto no art. 146, § único da CLT: na cessação do contrato de trabalho após 12 
meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, 
terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o 
art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias; para 
empregados com menso de 1 ano de casa, a norma aplicável é o art. 147 da CLT: “o 
empregado que for despedido sem justa causa ou cujo contrato se extinguiu em 
prazo predeterminado, antes de completar 12 meses, terá direito à remuneração 
relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o artigo anterior. 
 
5) Prescrição - extinto o contrato é de 2 anos o prazo para ingressar com o 
processo judicial, e durante a relação de emprego é de 5 anos; a prescrição, durante 
o vínculo empregatício, é contada a partir do fim do período concessivo e não do 
período aquisitivo. 
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6) Férias coletivas - podem ser concedidas a todos os trabalhadores, a 
determinados estabelecimentos, ou somente a certos setores da empresa, para 
serem gozadas em 2 períodos anuais, nenhum deles inferior a 10 dias (CLT, arts. 
134 e 135). 
 
Salário 
 
O salário é o conjunto de percepções econômicas devidas pelo 
empregador ao empregado não só como contraprestação do trabalho, mas, também, 
pelos períodos em que estiver à disposição daquele aguardando ordens, pelos 
descansos remunerados, pelas interrupções do contrato de trabalho ou por força de 
lei; não têm natureza salarial as indenizações, a participação nos lucros, os 
benefícios e complementações previdenciárias e os direitos intelectuais. 
 
O salário pode ser estipulado por tempo, por produção ou por tarefa e, 
pode ser pago em dinheiro (é a forma normal), em cheque ou depósito bancário e 
em utilidades. 
 
Quanto a periodicidade do pagamento, deve ser pago em períodos 
máximos de 1 mês, salvo comissões, percentagens e gratificações (CLT, art. 459); a 
CLT fixa, como dia de pagamento, o 5º dia útil do mês subsequente ao do 
vencimento. 
 
O empregador não pode fazer alterações sem o consentimento do 
empregado (inalterabillidade), mesmo com a anuência do trabalhador, serão 
consideradas nulas, se prejudiciais. 
 
1) Salário mínimo - é o menor valor da contraprestação devida e paga pelo 
empregador a todo trabalhador, para que atenda às suas necessidades básicas e às 
de sua família com moradia, alimentação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte 
e Previdência Social. 
 
2) Salário profissional - denomina-se assim, aquele fixado como mínimo que pode 
ser pago a uma determinada profissão. 
 
3) Piso salarial - é o valor mínimo que pode ser pago em uma categoria 
profissional ou a determinadas profissões numa categoria profissional; expressa-se 
como um acréscimo sobre o salário mínimo; é fixado por sentença normativa ou 
convenção coletiva.

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