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EFEITO DOS ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3, ZEAXANTINA

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A parti do método de pesquisa adotado, foram selecionados dez (10) artigos relacionados ao tema proposto. Os pontos relevantes de cada estudo serão destacados como fonte dessa revisão.
REVISAO BIBLIOGRAFICA DOS ARTIGOS SELECIONADOS.
DIETA MEDITERRÂNICA E FUNÇÃO COGNITIVA: O PROJETO SUN
Este estudo foi realizado com 823 participantes e teve como objetivo analisar a associação a adesão da dieta mediterrânea as funções cognitivas. Foi realizado por meio do MedDiet Score, numa escala de 0-10. Os participantes foram acompanhados durante 6 a 8 anos.
O processo de acompanhamento dos participantes e a adesão a dieta mediterrânea foi realizado por meio de uma ficha alimentar de 136 itens afim de que fossem avaliados sua adesão a dieta.
O estudo conclui, com algumas ressalvas que os participantes com a adesão menor ou básica a MedDiet, obtiveram um declínio cognitivo maior que aos que aderiram forma melhor ao MedDiet.
Os participantes tiveram avaliações durante todo o processo e os resultados mostraram, embora o próprio estudo deixe algumas ressalvas, que a adesão a dieta mediterrânea está associada diretamente as melhoras das funções cognitivas.
Palavras-chave: dieta mediterrânea, azeite, ácidos graxos monoinsaturados, função cognitiva.
SUPLEMENTAÇÃO COM DHA SOZINHO OU EM COMBINAÇÃO COM OUTROS NUTRIENTES NÃO MODULA A FUNÇÃO HEMODINÂMICA OU COGNITIVA CEREBRAL EM ADULTOS MAIS VELHOS SAUDÁVEIS
Este este estudo foi realizado entre junho de 2010 e julho de 2012 pelo Centro de Pesquisas sobre Cérebro, Desempenho e Nutrição da Northumbria University
em Newcastle upon Tyne, Reino Unido. O objetivo da pesquisa foi avaliar os efeitos dos DHA sozinho ou como componente de um suplemento multinutriente em medidas de hemodinâmica cerebral e função cognitiva. 
O método para coleta de dados foi realizado por meio de administração de placebos e nutrientes em 86 idosos saudáveis entre 50 e 70 anos que relataram déficits subjetivos de memória. Durante seis meses, diariamente, tiverem suplementação dietética. 
Os resultados dessa pesquisa, após os seis meses do programa em que o DHA foi utilizado como suplementação alimentar foram mistos, não apresentando efeitos claros. Apesar disso, foi recomendado que é um estudo que precisa ser melhor explorado, como uma abordagem para melhorar ou aumentar a função cognitiva durante o envelhecimento.
Palavras-chave: DHA; EPA; idos gordos polinsaturados omega-3 ; NIRS; fluxo sangueo cerebral; declínio cognitivo
COGNIÇÃO E INDICADORES DE HÁBITOS ALIMENTARES EM IDOSOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL
A pesquisa foi realizada, como indica, no sul do Brasil na cidade de Florianópolis e teve como objetivo avaliar a associação entre hábitos alimentares não saudáveis e a cognição em pessoas idosas.
Foram analisados dados a partir de um populacional de 1.197 adultos, sendo 993 mulheres, todos os participantes com mais de 60 anos. Os dados foram coletados a partir de observações dos hábitos alimentares. A cognição, variável dependente, foi realizado pelo Mini- Exame do Estado Mental(MEEM). As variáveis independentes foram observadas pelos hábitos alimentares não saudáveis, baixa ingestão de frutas e peixes e consumo habitual de carnes gordurosas.
Foram levados em conta também indicadores sociais, renda, consumo de tabaco e álcool, atividades físicas, doenças e IMC, como elementos para ajustes da pesquisa.
O estudo chegou as seguintes conclusões:
Mulheres com baixo consumo de frutas e verduras apresentam menos escores de cognição;
Consumo de peixe e verduras, legumes podem ser uma política social viável pra preservar a cognição decorrente do envelhecimento. 
Os dados coletados no sexo masculino não apresentaram variações consideráveis.
MICRONUTRIENTES NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Pesquisa realizada por (Figueroa Pedraza D; Queiroz D. Micronutrientes no crescimento e desenvolvimento infantil. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. 2011; 21(1): 156-171).
O objetivo da pesquisa foi colher dados referentes ao crescimento e desenvolvimentos infantil relacionados aos micronutrientes. Visando principalmente abordar a importância do Ferro, Zinco e Vitamina A, durante o processo de crescimento nos primeiros anos.
O método utilizado pelos pesquisadores constou de busca nos banco de dados MedLine e LILACS. Pesquisa se utilizou de 19 artigos referentes ao crescimentos e 5 ao desenvolvimento infantil.
Os resultados obtidos com a pesquisa chegaram as seguintes conclusões:
As deficiências de Zinco e o Ferro, contribuem de igual ou ao mesmo tempo com o défice de altura;
Os primeiros anos de vida são diretamente afetados, no crescimento e cognitivamente, com base no deficte de Ferro e Zinco;
Apesar dos estudos na área ainda não se tem um estudo conclusivo, embora se tenha constatado a importância do Zinco nos processos neuropsicológicos e o ferro como importante nos processo neurotransmissor. 
EFEITO DOS ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3, LUTEÍNA / ZEAXANTINA, OU OUTRA SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL NA FUNÇÃO COGNITIVA
Ensaio clinico randomizado, duplo-cego. realizado pelo Grupo de Pesquisa do Estudo da Doença dos Olhos Relacionados à Idade 2 (AREDS2), nos Estados Unidos e acompanhado por especialistas em retina em 82 centros médicos especializados. 
Acompanharam os participantes que estavam propensos, devido a idade, a degeneração ocular de outubro de 2006 a dezembro de 2012.
O objetivo do ensaio clinico foi testar os efeitos da suplementação oral com nutrientes sobre a função cognitiva.
O método utilizado pelos pesquisadores foi a intervenção direita nos participantes. Todos tiveram administração oral dos nutrientes (Ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (LCPUFAs) (1 g) e / ou luteína(10 mg) / zeaxantina (2 mg) vs placebo foram testados em um planejamento fatorial. Todos os participantes também receberam combinações variadas de vitaminas C, E, beta-caroteno e zinco.
Resultados obtidos com a pesquisa a partir de uma bateria de testes cognitivos:
O principal resultado foi a mudança anual nos escores compostos determinados a partir de uma bateria de testes de função cognitiva desde o início;
O estudo não constatou mudanças significativas nos participantes da pesquisa na pontuação entre os que receberam suplementação e os que não foram. 
IMPORTÂNCIA DOS ÔMEGA 3 NA NUTRIÇÃO INFANTIL
Artigo publicado na REVISTA PAULISTA DE PEDIATRIA, Jan/Mar de 2017, por Francisca Echeverría González e Rodrigo Valenzuela Báez. 
Estudo realizado pelo Departamento de Nutrição, Faculdade de Medicina, Universidad de Chile, Santiago, Chile.
Analisou a importância do OMEGA 3 na nutrição infantil. 
Concluindo, LCPUFAs n-3 têm um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de crianças, com implicações especiais:
No sistema nervoso central, mostrando melhorias em diferentes parâmetros da função cognitiva;
No desenvolvimento visual, resultando em melhor acuidade visual;
Na saúde cardiovascular, melhorando a pressão arterial; e
No sistema imunológico, protegendo a criança contra alergias na primeira infância.
O GRUPO DE ESTUDO NEMO
Pesquisa realizada por grupos de estudo em Adelaide, na Australia e Jacarta na Indonesia. Com crianças entre seis e dez (06-10) anos. Durante os estudos foram acompanhadas um total de 396 crianças na Indonesia, sendo crianças de seis escolas e 384 na Australia, sendo acompanhadas em casas. Todas, nos dois grupos, estavam na faixa etária entre seis e doze (06-12) meses. 
O estudo aconteceu em outubro de 2007 e foi noticiado no The American Journal of Clinical Nutrition.
A metodologia consistiu em ensaios randomizados duplo-cego, tanto na Australia quanto na Indonesia as crianças foram separadas e administrados uma bebida de forma aleatória contendo uma mistura de micronutrientes de ferro, zinco, ácido fólico e vitaminas A, B-6, B-12 e C, com ácido docosaexaenoico (DHA, 88 mg / d) e ácido eicosapentaenoico (EPA, 22 mg / d), ou com ambos ou placebo 6 d / semana durante 12 meses. Sendo que no inico do estudo todas as crianças tiveram o desempenhomedido.
Foi constatado no final do estudo que as crianças, tantos as Australianas quanto as Indonesias, tiveram um aumento em sua capacidades cognitivas, estas que foram tratadas com os micronutrientes e DHA + EPA. Foram observadas melhoras significativas na aprendizagem verbal e na memoria, embora os testes não mostraram mudanças na inteligência das crianças.
RECENTES AVANÇOS EM NUTRIÇÃO E NEUROCIENCIA COGNITIVA
Revisão realizada pela Dra MJ Dauncey - PhD, ScD, FIBiol - Fellow fazer Wolfson College, Universidade de Cambridge, Reino Unido.
A pesquisa se deu entre julho e agosto de 2009 e constou de revisão bibliográfica de artigos e estudos recentes na área do tema em questão. 
Consistiu na análise e coleta de dados referentes aos estudos mais recentes na área da nutrição, cognição e saúde mental. A pesquisa se concentrou em artigos e estudos sobre Equilíbrio nutricional e Interações com Nutrientes para a Saúde mental, dieta do Mediterrâneo, Balanço Energético, Ácidos graxos. 
Os resultados da pesquisa relatam a importância do tema e também os avanços da nutrição no campo do cérebro humano. 
Conhecimento das relações entre nutrientes como elemento inovador nos estudos;
Fatores como idade e genética e a realação co a nutrição tem ajudado no entendimento das complexidades das ações nas funções cerebrais;
Efeitos da nutrição na plasticidade cerebral e na neurogenese de adutos, como área a ser estudada mais amplamente;
A nutrição precoce é fundamentalmente importante para a saúde do cérebro a longo prazo, foram alguns dos resultados obtidos nesta pesquisa.
PAPEL DA NUTRIÇÃO NAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Este artigo faz parte de uma matéria publica na revista INGREDIENTES E ADITIVOS, edição 87, de Abril de 2012.
É um artigo focado exatamente na nutrição cerebral e como os nutrientes podem ajudar no desenvolvimento físico e cerebral nas várias etapas da vida da infância e velhice.
O artigo foca na atuação dos lipídios nas funções cognitivas; 
As proteínas e aminoácidos e seus efeitos nos estados emocioanais;
E o envolvimento dos micronutrientes nos processos cognitivos: Folato, vitamina B6 e vitamina B12, Zinco e Ferro; 
O artigo conclui que existe sim, uma relação forte entre a fonte de alimentação para o cérebro e os nutrientes essenciais para o desenvolvimento e desempenho do raciocínio, memoria e outras funções cerebrais.
RESULTADOS 
Os estudos, artigos e publicações editorias, sobre a nutrição e as funções cerebrais, suas relações como o desenvolvimento nas primeiras fases escolares e também na recuperação de memoria em pessoas mais idosas, nos mostra que a nutrição tem avançado a cada dia mais nesse campo, embora não haja estudos conclusivos alguns estudos mostraram resultados que mereceram a nossa atenção nessa revisão.
A dieta mediterrânea, seja ela aplicada como fonte para estudo por um tempo pre-determinado ou mesmo como parte da vida nutricional de uma pessoa apresenta resultados positivos quanto a melhora nas funções congnitivas. Uma dieta baseada em frutas, legumes, nozes, peixe, cereais, azeite de oliva e uma dieta com menores taxas desses alimentos, apresetaram resultados diferentes em pacientes nos estudos revisionados o que mostra que mesmo sendo de forma experimental e não conclusivos a dieta mediterrânea aplica a pessoas idosas com a doença de Alzheimer mostrou uma melhora significativa no quadro degenerativo.
 Embora os estudos com suplementação aditivada com DHA e EPA sozinhos ou combinados com nutrientes não tenha mostrado resultados em grupos de pessoas idosas, resultados referentes a hemodinâmica e também a cognição cerebral. Servem como fontes para pesquisas futuras, que mostram as variáveis de uma alimentação suplementar e a forma como ela pode atuar na recuperação ou desenvolvimentos desses processos.
A revisão também constatou pesquisas anteriores obtiveram resultados parecidos quanto aos micronutrientes e o desenvolvimento e crescimento infantil. O que afeta diretamente na memória e aprendizagem o que afeta diretamente na desempenho escolar.
As deficiências em vitamina A, ferro e zinco podem afetar diretamente o processo de crescimento e desenvolvimento da criança o que afeta condicionalmente a otimização dos processos de aprendizagem. Em contrapartida além desses micronutrientes, uma dieta rica em alimentos que contenham em ácidos graxos, ômega 6 e 3 podem contribuir para que os neurônios regulem sua capacidade de absolvição de glicose o que melhora na capacidade de concentração.
 	A revisão também constatou que os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, tais como os da família n-3, como o ácido eicosapentaenoico e o ácido docosaexaenoico (DHA), têm funções bioquímicas e fisiológicas relevantes no metabolismo e na saúde humana. Nesse sentido, o DHA é um nutriente fundamental para o crescimento e desenvolvimento infantil. Podem ajudar a modular os processos fisiológicos ajudando no desenvolvimento da memória e concentração. 
	Ficou claro que os temas em estudo, relacionados a nutrição e o desenvolvimento cognitivo sejam aplicados a otimização da aprendizagem ou na recuperação da memoria decorrentes de doenças degenerativas, ainda é um campo muito vasto para estudos e com poucos resultados afirmativos, o que não quer dizer que os resultados dos estudos já realizados não tenham uma importância grande no campo da nutrição cerebral, além de estimular pesquisas mais aprofundadas.
A MÁ ALIMENTAÇÃO E ATIVIDADE CEREBRAL
AÇÃO DOS NUTRIENTES E DESENVOLVIMENTO MENTAL 
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E MEMORIA
“O fundamental não são as calorias, os números, mas sim a quantidade nutricional do que comemos suas vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis, evitando assim, a desnutrição cerebral, que implica diretamente na aprendizagem” (PÓVOA, 2005)

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