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ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR

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BASES DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR
Chapter · January 2015
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1 author:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Autonomic nervous system, hypertension, obstructive sleep apnea and exercise View project
Practice of Evidence-Based Physical Therapy View project
Rodrigo Della Méa Plentz
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
103 PUBLICATIONS   551 CITATIONS   
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Rodrigo Della Méa Plentz on 22 January 2018.
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 ■ INTRODUÇÃO
A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) envolve a aplicação de estímulos elétricos 
intermitentes aos músculos esqueléticos com o objetivo principal de promover contrações 
musculares em decorrência da ativação de fibras nervosas musculares. 
A EENM tem sido amplamente adotada na pesquisa e na prática clínica como um método de 
preservação e/ou recuperação funcional tanto para indivíduos saudáveis como para indivíduos 
com alguma disfunção muscular, assim como para treinamento, buscando melhora da performance. 
Porém, para uma aplicação clínica otimizada da EENM, faz-se necessário o entendimento de 
alguns conceitos elementares, tais como:
 ■ a definição e a classificação das correntes elétricas; 
 ■ a diferença entre a contração muscular voluntária e a contração gerada eletricamente; 
 ■ os principais parâmetros elétricos; 
 ■ o posicionamento de eletrodos e dos segmentos corporais; 
 ■ a aplicação desses conceitos, a fim de se obter a melhor resposta neuromuscular. 
Dessa forma, busca-se reunir, neste artigo, um conjunto de informações pertinentes e que 
possibilitarão aos leitores o entendimento desses conceitos e, consequentemente, o uso adequado 
da EENM.
GRACIELE SBRUZZI
RODRIGO DELLA MÉA PLENTZ
BASES DA ESTIMULAÇÃO 
ELÉTRICA NEUROMUSCULAR
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 ■ OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
 ■ entender o que é uma corrente elétrica;
 ■ compreender o que é a EENM;
 ■ diferenciar entre contração muscular gerada pela EENM e contração voluntária;
 ■ classificar as correntes elétricas;
 ■ distinguir os parâmetros elétricos utilizados para a EENM;
 ■ executar a aplicação clínica otimizada da EENM com o uso adequado dos parâmetros elétricos, 
dos posicionamentos de eletrodos e dos segmentos corporais.
 ■ ESQUEMA CONCEITUAL
Defi nição de estimulação 
elétrica neuromuscular
Caso clínico
Conclusão
Conceitos relacionados às
 correntes elétricas
Contração muscular gerada por 
estimulação elétrica x contração 
voluntária
Classifi cação das correntes 
elétricas
Formas de ondas elétricas
Duração ou largura do pulso
Amplitude ou intensidade da 
corrente
Curva intensidade-duração do 
pulso
Frequência de estimulação
Ciclo de Trabalho (ON/OFF) e 
modulação da rampa
Parâmetros elétricos para uma 
aplicação clínica otimizada
Utilização de sobrecarga 
progressiva
Posicionamento dos eletrodos e 
dos segmentos corporais
Tipos de eletrodos e acopladores
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Nota
NOVAMENTE: Curva intensidade-duração: Isso não precisa ser um item separado pois esta dentro da duração e amplitude null
 ■ CONCEITOS RELACIONADOS ÀS CORRENTES ELÉTRICAS
Os agentes eletrofísicos são usados pelos fisioterapeutas para tratar uma grande 
variedade de condições em pessoas saudáveis ou com doenças. 
Esses agentes incluem a corrente elétrica, que deve ser aplicada por fisioterapeutas habilitados 
por meio de equipamentos de eletrotermofototerapia. Alguns conceitos listados a seguir são 
importantes para que o fisioterapeuta empregue os agentes eletrofísicos com maior propriedade. 
A matéria é feita de átomos, sendo o átomo a menor partícula que po de ser identificada como sendo 
daquele elemen to. O átomo é feito de um núcleo central carrega do positivamente (constituído 
de prótons (+) e nêutrons sem carga) com partículas carregadas negativamente (elé trons (-)) 
orbitando ao seu redor, lembrando um sis tema solar em miniatura (Figura 1). 
Um átomo contém a mesma quantidade de prótons e de elétrons, e, desse modo, não há uma 
carga resultante. Se es se equilíbrio é alterado, o átomo tem uma carga resultante diferente de 
zero, e é chamado de íon. Se um elétron é removido do átomo, este se torna um íon positivo, e se 
um elétron é acrescentado ao átomo este se torna um íon negativo.1-3 
Elétron
Prótron
Nêutron
Núcleo
Órbitas
Figura 1 – Átomo com propriedades elétricas.
Fonte: Adaptado de Robinson e Snyder-Mackler (2010).4
A corrente elétrica é o fluxo de carga elétrica. Carga elétrica (ou apenas “carga”) é uma 
propriedade física fundamental, do mesmo modo que “massa” e “tempo” são propriedades físicas 
fundamentais. A carga é a propriedade da máteria, que é a base da força eletromagnética, e 
existem dois tipos de carga elétrica, postiva e negativa. A carga é carregada pelos elétrons (carga 
negativa) e prótons (carga postiva) dos átomos. 
A carga pode ser transferida de um objeto para outro (as cargas podem ser 
separadas), mas não pode ser criada nem destruída. 
LEMBRAR
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Se o átomo de um elemento perde elétrons sem mudar o número de prótons no núcleo, ele torna-
se postivamente carregado;. se ele ganha elétrons, torna-se negativamente carregado. Os átomos 
de elementos com excesso ou deficiência de elétrons são chamados de íons. Os átomos que 
são positivamente carregados são chamados de cátions, e os negativamente carregados são 
chamados de ânions. Objetos e substâncias podem se tornar eletricamente carregados (Figura 2). 
Carga positiva
Meio condutor
Meio condutor
Neutro Neutro
Carga negativa
Figura 2 – Cargas elétricas. 
Fonte: Adaptado de Robinson e Snyder-Mackler (2010).4
A força elétrica das partículas carregadas é transportada para outras partículas carregadas pelo 
campo elétrico (E) que cada carga cria. As cargas transmitem a força através de um campo 
elétrico e podem ser determinadas de modo experimental. A força (F), expressa em coulombs (C), 
entre duas cargas estacionárias, (q1) e (q2), é proporcional à magnitude e ao sinal das cargas e 
inversamente proporcional ao quadrado da distância (r) entre elas: Fα (q1 x q2) / r2 (Figura 3).
Figura 3 – Linhas do campo elétrico em volta de partículas carregadas opostamente.
Fonte: Adaptado de Robinson e Snyder-Mackler (2010).4
Duas partículas de cargas opostas se atraem e duas partículas com a mesma carga se repelem 
(se empurram para longe uma da outra). Assim, um elétron e um próton são atraídos um para o 
outro, enquanto dois elétrons se repelem. Em torno de qualquer partícula carregada existe um 
campo elétrico. Se uma carga menor, que está livre para se mover, é colocada no cam po, os 
trajetos por onde irá se mover são chama dos de linhas de força (ou linhas de campo). 
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Realce
O campo elétrico define-se como a força por unidade de carga q0. 
Assim: / q0.1-3
Em alguns materiais, nos quais os átomos são ligados formando uma estrutura tipo treliça (por 
exemplo, metais), a carga é transportada por elétrons. Em materiais nos quais os átomossão 
livres para se moverem, a carga é transportada por íons. Um líquido no qual os íons são os 
transportadores de carga é chamado de eletrólito. 
Um isolante é um mate rial que não tem condutores de carga livres e, desse modo, é 
incapaz de conduzir corrente elé trica. A corrente é medida usando um amperímetro, 
e a unidade em que é dada é o ampère (A). Um ampère representa 1 coulomb (C) 
de carga fluindo através de um ponto em 1 segundo (s).1-3
A intensidade (I) da corrente elétrica é definida como a razão entre o módulo da quantidade de 
carga (ΔQ) que atravessa certa seção transversal (corte feito ao longo da menor dimensão de um 
corpo) do condutor em um intervalo de tempo (Δt). A corrente elétrica, designada por I, é o fluxo 
das cargas de condução dentro de um material. A intensidade da corrente é a taxa de transferência 
da carga, igual à carga (dQ) transferida durante um intervalo infinitesimal (dt) dividida pelo tempo: 
I = Q/Δt.1-3
A Figura 4, a seguir, mostra a representação da corrente elétrica.
INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA
A Intensidade da corrente 
elétrica será maior quanto 
mais elétrons passarem 
pela secção transversa em 
um intervalo de tempo.
I = Q Δt 
Figura 4 – Representação da intensidade de corrente elétrica.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
O potencial elétrico é defi nido como a energia potencial por unidade de carga de 
uma partícula carregada positivamente colocada naquele ponto. 
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O potencial elétrico é medido em unidades de volts (V). A diferença no trabalho necessário para 
mover uma carga do infinito até um ponto, X, e aquele necessário para movê-la para outro ponto, 
Y, é chamada de diferença de poten cial (d.p.) entre os dois pontos – também medida em volts.1-3
Segundo a lei de Ohm: “A corrente fluindo através de um condutor metálico é proporcional à 
diferença de poten cial que existe através dele, desde que todas as condições físicas permaneçam 
constantes.” Desse modo, /∞V também pode ser escri to como V∞I, em que a constante de 
proporcio nalidade é a resistência (R). A equação resultante da lei de Ohm é, portanto, V = IR. 
A resistência é medida em ohms (Ω). O ohm é definido co mo a resistência de um corpo de modo 
que uma diferença de potencial de 1 volt através do cor po resulte em uma corrente de 1 ampère 
através dele. A resistência de um pedaço de fio aumenta com seu comprimento e diminui à medida 
que sua área de secção transversal aumenta. Uma propriedade chamada de resistividade é 
defini da como sendo uma propriedade apenas do ma terial, e não da forma do material. 
A resistência (R) de um pedaço de fio com resistividade (p), comprimento (L) e área (a) 
é dada por: R = pL/a.1-3
A força que age sobre os elétrons é chamada de força eletromotiva ou eletromotriz (f.e.m.), 
definida como a energia elétrica produzida por unidade de carga dentro da fonte. A unidade na 
qual a f.e.m. é medida é o volt, pois 1 volt é 1 joule/coulomb.
Quando os elétrons fluem através de um con dutor, eles colidem com os átomos no material 
condutor e conferem energia a esses átomos. Is so leva ao aquecimento do condutor. A unidade 
usada para medir energia é o joule (J). 
A diferença de po tencial é o trabalho feito por unidade de carga: volt = joule/coulomb, e, desse 
modo, joule = volt coulomb.1-3
A unidade de medida de potência é o watt (W). Potência é a taxa com que o trabalho é feito em 
relação ao tempo. Assim, 1 watt = 1 joule/segundo. A partir da definição dada, sabe-se que 1 
coulomb/segundo é 1 ampère. Desse modo, portanto: 1W = 1 volt.ampère ou 1W= 1J/s. Em 
outras palavras, a potência elétrica de senvolvida em um circuito é dada por: potência = VI, onde 
V é em volts, / é em ampères e a potência é em watts. O símbolo VA = volt.ampère é a unidade 
utilizada na medida de potência aparente em sistemas elétricos de corrente alternada.1-3
A partir da lei de Ohm, podem ser feitas subs tituições nessa equação para expressar 
potência em termos de diferentes combinações de V, I e R. Desse modo, (W = VI) ou 
(W = I2R) ou (W = V2/R) são equações equivalentes, nas quais W é em watts, I é em 
ampères, V é em volts, e R é em ohms.
Qualquer dispositivo passivo capaz de arma zenar carga elétrica é chamado de 
capacitor. 
Um capacitor armazena carga até que possa liberá-la, tornando-se parte de um circuito elétrico 
completo. Se você aplica um potencial elétrico, V, entre duas placas de um ca pacitor, uma placa 
se torna carregada positiva mente e a outra se torna carregada com uma car ga igual, porém 
oposta negativa. Se um material isolante, conhecido como dielétrico, é colocado entre as placas, 
a capacidade de armazenar car ga é aumentada.1-3
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Como Q é medida em coulombs e V é medi da em volts, a unidade para capacitância é coulomb/
volt, conhecida como farad (F). Capacitância (C) é definida como a carga (Q) armazenada por 
unidade de diferença de potencial através de suas placas. Um capacitor é carregado aplicando-se 
uma diferença de potencial através de suas placas. Ele é descarregado (ou seja, permite-se que a 
carga flua para fora das placas) proporcionando-se uma conexão elétrica entre as placas.1-3
Como já mencionado, corrente elétrica é o fluxo de carga elétrica ou o deslocamento de cargas 
dentro de um condutor quando existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. 
Nos metais, existe grande quantidade de elétrons livres, em movimento desordenado. Quando se 
cria, de alguma maneira, um no interior de um corpo metálico, esses movimentos passam a 
ser ordenados no sentido oposto ao do vetor campo elétrico , constituindo a corrente elétrica.1-3
Nas soluções eletrolíticas, existe grande quantidade de cátions e ânions livres, em movimento 
desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo elétrico no interior de uma 
solução eletrolítica, esses movimentos passam a ser ordenados: o movimento dos cátions no 
sentido do vetor campo elétrico e o dos ânions no sentido oposto. Essa ordenação constitui 
a corrente elétrica. Quando uma corrente elétrica passa através de um condutor, parte dessa 
energia se converte em calor, o que é conhecido como efeito joule.1-3
Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a transformação 
de energia elétrica em energia térmica. Esse fenômeno ocorre devido ao encontro dos elétrons 
da corrente elétrica com as partículas do condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do 
condutor, e parte da energia cinética (energia de movimento) do elétron é transferida para o átomo, 
aumentando seu estado de agitação e, consequentemente, sua temperatura. Assim, a energia 
elétrica é transformada em energia térmica (calor). 
O efeito joule pode ser medido por meio da equação: Q = I2. R. t.1-3
No Quadro 1 estão resumidos os principais símbolos utilizados na eletroterapia.
Quadro 1
PRINCIPAIS SÍMBOLOS UTILIZADOS NA ELETROTERAPIA
Eletricidade/magnetismo Símbolo
Ampère (intensidade) A
Coulomb (quantidade) C
Carga Q
Campo elétrico
Farad (capacidade) F
Henry (indutância) H
Hertz (frequência) Hz
Intensidade (ampere) I
Joule (energia) J
Miliampere mA
Ohm (resistência) Ω
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(continua)
PRINCIPAIS SÍMBOLOS UTILIZADOS NA ELETROTERAPIA
Quilojoule kJ
Quilovolt kV
Quilovolt-ampere kVA
Resistência (ohms) R
Volt (tensão) V
Volt-ampère VA
Watt (potência) W
ATIVIDADE
1. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso)nas afirmativas referentes aos conceitos 
relacionados à corrente elétrica. 
( ) Os agentes eletrofísicos são usados pelos fisioterapeutas para tratar uma grande 
variedade de condições apresentadas somente nas pessoas doentes. 
( ) A corrente elétrica é o fluxo de carga elétrica, que é uma propriedade física 
fundamental. 
( ) A carga é carregada pelos elétrons e prótons.
( ) A carga pode ser transferida de um objeto para outro (as cargas podem ser 
separadas), mas não pode ser criada nem destruída. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – V – V – V. 
B) V – F – V – F.
C) F – V – V – V.
D) F – V – V – F.
Resposta no final do artigo
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(continuação)
2. Relacione a primeira coluna com a segunda. 
(1) Corrente elétrica
(2) Eletrólito
(3) Isolante
(4) Potencial elétrico
(5) f.e.m
(6) Capacitor
(7) Capacitância
(8) Efeito joule
( ) Líquido no qual os íons são 
transportados de carga.
( ) Energia elétrica produzida por unidade 
de carga dentro da fonte.
( ) Qualquer dispositivo passivo capaz de 
armazenar carga elétrica. 
( ) Material que não tem condutores de 
carga livres e, portanto, é incapaz de 
conduzir corrente elétrica.
( ) Carga armazenada por unidade de 
diferença de potencial através de suas 
placas.
( ) Fluxo de carga elétrica ou o 
deslocamento de cargas dentro de 
um condutor quando existe uma 
diferença de potencial elétrico entre 
as extremidades.
( ) Energia potencial por unidade de 
carga de uma partícula carregada 
positivamente colocada naquele ponto.
( ) Ocorre quando uma corrente elétrica 
passa através de um condutor e parte 
dessa energia se converte em calor.
Resposta no final do artigo
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 2 – 5 – 6 – 3 – 7 – 1 – 4 – 8.
B) 2 – 4 – 7 – 1 – 5 – 6 – 3 – 8.
C) 2 – 8 – 6 – 3 – 1 – 4 – 5 – 7. 
D) 2 – 5 – 6 – 1 – 7 – 4 – 3 – 8. 
Resposta no final do artigo
3. Assinale a alternativa correta com relação às correntes elétricas. 
A) A carga pode ser transferida de um objeto para outro, podendo também ser destruída. 
B) A carga não é uma propriedade física fundamental.
C) Duas partículas de cargas opostas se repelem e duas partículas com a mesma carga 
se atraem. 
D) A energia elétrica é transformada em energia térmica.
Resposta no final do artigo
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 ■ DEFINIÇÃO DE ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR
A EENM envolve a aplicação de uma série de estímulos intermitentes aos músculos 
esqueléticos superficiais, com o objetivo principal de promover contrações musculares visíveis 
em decorrência da ativação de fibras nervosas musculares. O estímulo elétrico geralmente é 
fornecido por meio de aparelhos de estimulação programáveis e de um ou mais eletrodos ativos 
posicionados na proximidade dos pontos motores dos músculos. 
Para promover contrações musculares com a aplicação da EENM, a existência de um 
nervo motor intacto é pré-requisito.5
A EENM tem sido amplamente adotada na pesquisa e na prática clínica como uma técnica 
para preservação e/ou recuperação funcional tanto para indivíduos saudáveis como para 
indivíduos com alguma disfunção muscular, assim como para treinamento.5
Dependendo do estado do músculo estimulado, a EENM pode ser usada para: 
 ■ preservação da massa e da função muscular durante períodos prolongados de desuso ou 
imobilização, como, por exemplo, em pacientes críticos internados em unidades de terapia 
intensiva (UTIs);6-8 
 ■ recuperação da massa e da função muscular seguida de prolongados períodos de desuso ou 
imobilização, como, por exemplo, em período pós-operatório;9,10 
 ■ melhora da função muscular em diferentes populações, como idosos e atletas, e na reabilitação 
de pacientes com doenças cardiopulmonares.11 
 ■ CONTRAÇÃO MUSCULAR GERADA POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA 
X CONTRAÇÃO VOLUNTÁRIA
O recrutamento das unidades motoras durante as contrações geradas pela EENM é 
diferente do que ocorre na contração voluntária. É importante lembrar que as unidades 
motoras são formadas por centenas ou milhares de fibras musculares e que cada 
fibra muscular é inervada por um neurônio motor específico que varia em tamanho, 
mielinização e velocidade de condução nervosa. 
Tipicamente, as fibras musculares do tipo I, que são oxidativas e resistentes à fadiga, são 
inervadas por neurônios com axônios de pequeno diâmetro, constituindo pequenas unidades 
motoras. Em contraste, fibras do tipo II, que são mais fatigáveis, porém produzem maior nível de 
força, são inervadas por axônios com grande diâmetro e constituem unidades motoras rápidas. 
Existem, ainda, subtipos de fibras rápidas: IIa, IIb e IId (x). 
A fibra IIa é uma fibra rápida intermediária, possuindo potencial moderadamente desenvolvido 
para geração de força, utilizando tanto o metabolismo oxidativo como o glicolítico para a produção 
de energia durante a contração muscular, sendo rápida, porém com certa resistência à fadiga. A 
fibra IIb utiliza predominantemente o metabolismo glicolítico para a produção de energia, sendo 
mais rápida, porém mais fatigável que a IIa.12,13 
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São essas propriedades das unidades motoras que aparentemente ditam a ordem de 
recrutamento durante a contração voluntária, que segue o princípio do tamanho, isto é, ocorre 
um recrutamento progressivo de pequenas unidades motoras, tipicamente lentas, seguido por um 
recrutamento de unidades motoras maiores, normalmente rápidas.14
Tem sido sugerido que o recrutamento de unidades motoras com a EENM segue o padrão 
contrário de recrutamento ocorrido na contração voluntária, recrutando primeiro as unidades 
motoras rápidas seguidas das unidades motoras lentas. Essa teoria pode estar baseada em três 
aspectos: 
 ■ os axônios das unidades motoras maiores são mais facilmente excitados com a estimulação 
elétrica, pois possuem menor limiar de excitabilidade; 
 ■ as unidades motoras maiores estão localizadas em regiões mais superficiais, o que, 
inevitavelmente, pode reduzir a distância entre aos axônios maiores e os eletrodos ativos; 
 ■ a fadiga gerada com a EENM é maior do que a fadiga gerada pela contração voluntária.5,14 
Apesar dessa teoria, estudos sugerem que o recrutamento das unidades motoras durante a 
EENM é não seletivo, e que as unidades motoras são ativadas sem sequenciamento relacionado 
ao tipo de unidade motora.5,14,15 Isso implica que a EENM pode ativar algumas unidades motoras 
rápidas, em adição a unidades lentas, mesmo a baixos níveis de força. Evidências indiretas 
sugerem que a proporção relativa de unidades motoras rápidas e lentas em um músculo ativado 
por EENM, a diferentes níveis de força, seria bastante constante.5
Além da ordem de recrutamento das unidades motoras descrita anteriormente, outros fatores 
diferem a contração muscular voluntária da contração gerada pela EENM, tais como: 
 ■ recrutamento temporal – na contração voluntária, o recrutamento das fibras ocorre de forma 
assincrônica, enquanto que na EENM ocorre de forma sincrônica; 
 ■ recrutamento espacial – a EENM, utilizada com intensidade constante, impõe uma atividade 
contrátil contínua à mesma população de fibras musculares superficiais (isto é, aquelas com 
os ramos axonais próximos dos eletrodos), e o recrutamento espacialmente fixo diminui 
proporcionalmente com o aumento na distância dos eletrodos, conforme apresenta o Quadro 
2, a seguir.5 
Quadro 2
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTRAÇÃO VOLUNTÁRIA E A 
CONTRAÇÃO GERADA ELETRICAMENTE
Variáveis Contração voluntária Contraçãopor EENM
Recrutamento temporal Assincrônico Sincrônico
Recrutamento espacial Dispersado Superficial (perto dos eletrodos)
Rotação É possível Espacialmente fixada
Ordem de recrutamento Seletiva: fibras lentas para fibras rápidas Não seletiva e desordenada
Fadiga Parcialmente fatigante Extremamente fatigante
Fonte: Adaptado de Maffiuletti (2010).5
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Existem pelo menos três estratégias que podem maximizar o recrutamento espacial durante a 
aplicação da EENM: 
 ■ aumentar a intensidade de estimulação sempre que possível – idealmente, após cada 
contração, para despolarizar novas e mais profundas fibras musculares localizadas a uma 
distância maior dos eletrodos; 
 ■ mover os eletrodos após uma série de contrações (dentro da mesma sessão e entre as sessões 
do tratamento), de forma a alterar a população de fibras superficiais preferencialmente ativadas 
pela EENM;16
 ■ alterar o comprimento do músculo pela manipulação do ângulo da articulação, para variar a 
posição das fibras musculares em relação ao eletrodo e modificar a contribuição dos receptores 
cutâneos e articulares estimulados na contração.5
Devido ao padrão de recrutamento das unidades motoras com a EENM, as contrações 
musculares eletricamente induzidas podem, teoricamente, produzir mais tensão e 
força, mas também podem causar maior e mais recente fadiga do que as contrações 
voluntárias, pois exigem maior custo metabólico.5,14 
Apesar da desvantagem de exigir um maior custo metabólico, a EENM apresenta como maior 
vantagem o fato de poder ser utilizada em músculos com disfunções, como, por exemplo, em 
pacientes que não podem realizar treinamento com altas intensidades (idosos, pacientes com 
doenças cardíacas e respiratórias, doenças ortopédicas, pós-operatório imediato) e atletas 
buscando melhor performance.5
 ■ CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES ELÉTRICAS
Devido à diversidade de nomes utilizados para denominação das correntes elétricas, a divisão de 
eletrofisiologia clínica da American Physical Therapy Association estabeleceu uma terminologia 
unificada para as correntes elétricas clínicas:2
 ■ corrente direta; 
 ■ corrente alternada; 
 ■ corrente pulsada. 
A corrente direta ou monofásica, também conhecida como corrente galvânica, é caracterizada 
por um fluxo contínuo ou ininterrupto e unidirecional de elétrons. Clinicamente, além de satisfazer 
essas características, esse fluxo deve ser sustentado por, no mínimo, um segundo. Outra 
característica da corrente direta é ser polarizada. 
As principais aplicações clínicas da corrente direta são para iontoforese, que é o 
estímulo da penetração de íons benéficos terapeuticamente através da barreira da pele, 
para cicatrização de feridas ou para o tratamento de inflamações.
A corrente alternada é definida como o fluxo bidirecional contínuo de elétrons. Sua característica 
principal é o fato de os pulsos estarem ligados e contínuos, não havendo intervalo entre os pulsos. 
Além disso, o fluxo muda constantemente de direção, revertendo a polaridade, caracterizando-se 
como uma corrente não polarizada. A corrente alternada usada clinicamente possui frequência 
na faixa de 1.000Hz a 10.000Hz, também classificada como correntes de média frequência. 
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Porém, a corrente alternada é modulada em burst, ou trem de pulsos, para otimizar seus efeitos. 
A frequência do burst normalmente está na faixa biológica de 1 a 120Hz. 
A resposta fisiológica a um burst de corrente é diferente de pulsos simples, visto que 
as fibras nervosas podem disparar repetidamente dentro de um burst, se a duração 
for suficientemente longa. 
LEMBRAR
Cada ciclo completo da corrente alternada consiste em duas fases, uma positiva e outra negativa, 
as durações da fase (ou pulso) estão na faixa de 50 a 500µs. Além disso, o fluxo de corrente 
é equilibrado, isto é, a quantidade de carga em cada fase é idêntica. São exemplos de nomes 
comerciais para essa corrente, a corrente Russa (2.500Hz), a corrente Interferencial (2.000Hz, 
4.000Hz e 8.000Hz) e a corrente Aussie (1.000Hz e 4.000Hz). 
A corrente pulsada é definida como o fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas que 
periodicamente cessa por um período de tempo breve e finito. A corrente pulsada, usada 
terapeuticamente, possui frequência na faixa de 1 a 1.000Hz, sendo também classificada como de 
baixa frequência. Exemplos de nomes comerciais para essa corrente são a estimulação elétrica 
nervosa transcutânea (TENS) e a estimulação elétrica funcional (FES).2, 4
A EENM pode ser aplicada com a utilização de correntes pulsadas ou alternadas. 
Mas qual forma de corrente elétrica é a melhor para a estimulação neuromuscular, visando 
principalmente o aumento e/ou preservação da força muscular? Em uma revisão sistemática 
com metanálise, recentemente publicada por Silva e colaboradores (2015),17 foi constatado que a 
corrente pulsada e a alternada determinam efeitos similares sobre o torque do quadríceps femoral 
e o nível de desconforto. 
Ainda, para tentar responder essa questão, Dantas e colaboradores18 estudaram o efeito de quatro 
diferentes correntes de EENM, duas correntes alternadas (Aussie – 1.000Hz, com frequência 
modulada de 50Hz, duração do pulso de 500µs, e Russa – 2.500Hz, com frequência modulada de 
50Hz e duração do pulso de 200µs) e duas correntes pulsadas (PC500, com frequência de 50Hz 
e duração do pulso de 500µs, e PC200, com frequência de 50Hz e duração do pulso de 200µs), 
isoladas e em combinação com o exercício voluntário, sobre o torque isométrico de extensão 
de joelho e nível de desconforto em 21 mulheres saudáveis. Os autores18 demonstraram que a 
corrente Russa gerou o menor torque quando comparada com as outras modalidades (Russa, 
50%, PC200, 70%, Aussie, 71%, e PC500, 77%, p < 0.001). Adicionalmente, não houve vantagem 
em combinar EENM com exercícios voluntários, quando comparada com a aplicação da EENM 
isolada. 
Dessa forma, os autores concluíram que as correntes pulsadas e a corrente Aussie foram superiores 
à corrente Russa na geração do torque isométrico de extensão de joelho em mulheres saudáveis. 
Bellew e colaboradores (2012)19 também demonstraram a mesma superioridade das correntes 
pulsadas e da corrente Interferencial em relação à corrente Russa em indivíduos saudáveis. 
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 ■ PARÂMETROS ELÉTRICOS PARA UMA APLICAÇÃO CLÍNICA 
OTIMIZADA
São considerados parâmetros no uso das correntes elétricas pulsadas e alternadas: 
 ■ forma de onda; 
 ■ amplitude e duração do pulso;
 ■ frequência do pulso; 
 ■ ciclo de trabalho; 
 ■ modulação em rampa;
 ■ duração do tratamento. 
É de fundamental importância que o leitor tenha domínio dos conceitos de forma de 
onda, amplitude e duração do pulso, frequência do pulso, ciclo de trabalho, modulação 
em rampa e duração do tratamento para a aplicação da EENM de forma otimizada para 
gerar maiores e melhores efeitos terapêuticos.
FORMAS DE ONDAS ELÉTRICAS
As características das correntes elétricas alternadas e pulsadas podem ser entendidas 
examinando-se as mudanças de amplitude da corrente que ocorrem ao longo do tempo. A forma 
de um único pulso ou ciclo da corrente alternada em um gráfico de corrente versus tempo é 
chamada de forma de onda. 
Em relação à forma geométrica das ondas, elas podem ser:
 ■ retangular; 
 ■ quadrada; 
 ■ triangular;
 ■ dente-de-serra; 
 ■ pontiaguda; 
 ■ exponencial; 
 ■ sinusoidal. 
Em relação ao número de fases em uma forma de onda,os pulsos podem ser de dois tipos:
 ■ monofásicos – quando as partículas carregadas no meio condutor movem-se por pouco 
tempo em uma direção, de acordo com sua carga, depois param; 
 ■ bifásicos – quando as partículas carregadas movem-se primeiro em uma direção e depois na 
direção oposta. 
Quanto à simetria, nas formas de onda bifásicas, elas podem ser simétricas ou assimétricas. Uma 
forma de onda é simétrica quando a primeira fase for a imagem de espelho da segunda fase de um 
pulso bifásico ou ciclo único de corrente alternada. Uma forma de onda é denominada assimétrica 
se a maneira como a amplitude da corrente varia na primeira fase de um pulso bifásico não for a 
imagem espelho da segunda fase. 
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E, em relação ao equilíbrio de carga em formas de onda bifásicas, pode-se dizer que nas ondas 
bifásicas simétricas a quantidade de corrente para uma fase é igual ao valor da outra fase. Assim, 
denomina-se essa forma de onda como equilibrada. Nas formas de ondas bifásicas assimétricas, 
a onda pode ser equilibrada ou desequilibrada, isto é, quando o tempo de onda não é igual na 
primeira e na segunda fase (Figuras 5 e 6).2,4
Bifásica
Simétrica
Equilibrada
Forma
Forma 
geométrica
Forma 
geométrica
Forma 
geométrica
Forma 
geométrica
Equilibrada
Desequilibrada
Desequilibrada
Simétrica
Assimétrica
Assimétrica
Monofásica
C. Alternada
C. Pulsada
C. Contínua
Figura 5 – Classificação das correntes e das formas de ondas elétricas.
Fonte: Adaptado de Robinson e Snyder-Mackler (2010).4
A B
C D
E F
Figura 6 – Características de formas de ondas elétricas. A) 
Corrente contínua. B) Alternada sinusoidal. C) Pulsada monofásica 
quadrangular. D) Pulsada monofásica triangular. E) Pulsada bifásica 
simétrica. F) Pulsada bifásica assimétrica desequilibrada.
Fonte: Adaptado de Robertson et al. (2009)2 e Robinson e Snyder-Mackler 
(2010).4
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DURAÇÃO OU LARGURA DO PULSO
A duração ou largura do pulso determina por quanto tempo as cargas elétricas irão passar em um 
pulso ou ciclo. Esse parâmetro é medido em µs ou ms, sendo 1 segundo igual a 1.000ms e 1ms 
igual a 1000µs. 
AMPLITUDE OU INTENSIDADE DA CORRENTE
A amplitude ou intensidade é o tamanho do estímulo aplicado e reflete indiretamente 
a quantidade de músculo ativado durante a estimulação elétrica.14
Para os tratamentos clínicos, a faixa de amplitude varia de 10 a 100V ou de 10 a 100mA. O 
aumento da amplitude durante o tratamento irá depender da tolerância do indivíduo à passagem 
da corrente elétrica e dos objetivos do tratamento. 
A intensidade está diretamente relacionada com a produção de força muscular, isto 
é, quanto mais a intensidade é aumentada, maior é o número de unidades motoras 
recrutadas, resultando no aumento na produção de força.14
A seguir, a Figura 7 apresenta uma onda pulsada monofásica em relação à amplitude e duração 
do pulso. 1-3
Amplitude 
(V ou mA)
Duração do pulso (μs ou ms)
Figura 7 – Representação de uma onda pulsada monofásica em relação à amplitude 
e duração do pulso.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
Variados tipos de fibras nervosas respondem diferentemente a variações na duração de pulso e 
vão sendo recrutadas em função da amplitude (intensidade), do estímulo e da duração do pulso. 
A diferença no comportamento de diferentes tipos de fibras nervosas pode ser vista nas suas 
propriedades intensidade-duração. 
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A Figura 8, mais adiante, mostra um gráfico de intensidade-duração (I-T), isto é, quanta amplitude 
é necessária para produzir determinada resposta (sensorial, motora ou dolorosa) ao serem 
utilizados pulsos de diferentes durações. Pode-se observar que, para pulsos de muito curta 
duração, uma amplitude muito alta é necessária para se obter resposta. Por outro lado, com o 
aumento da duração do pulso, menores amplitudes são requeridas para se obter resposta. Porém, 
quando os pulsos são mais longos do que 1ms, há mudança na amplitude requerida.
Outra característica do gráfico I-T é a separação variável entre as respostas sensorial, motora 
e dolorosa. A primeira resposta ao estímulo elétrico será normalmente sensorial. Isso ocorre 
porque os nervos mais próximos aos eletrodos são nervos sensoriais, com receptores nos tecidos 
cutâneos. Outro fator importante é o diâmetro da fibra nervosa: quanto maior o diâmetro, menor é 
o limiar para excitação. 
Fibras sensoriais e motoras são similares, pois possuem grande diâmetro, são mielinizadas, de 
condução rápida e são mais prontamente estimuladas do que as fibras de dor de menor diâmetro 
e condução mais lenta. 
O gráfico I-T sugere que, quando o objetivo do tratamento desejado for resposta sensorial (para 
controle da dor) e nenhuma resposta motora, deve ser usada uma duração de pulso menor do que 
aquela utilizada para produzir uma contração muscular ou resposta motora. 
Uma resposta motora pode ser alcançada mais facilmente com durações de pulso entre 
300 e 600µs. Com uma duração de pulso mais longa, somente uma pequena mudança 
na amplitude da corrente é necessária para mudar de um estímulo sensorial para uma 
resposta motora e alcançar maior produção de força muscular. Assim, o gráfico da 
Figura 8, a seguir, indica como os parâmetros de amplitude e duração do pulso podem 
ser utilizados para uma aplicação clínica otimizada.2,4,14 
Am
pli
tud
e (
mA
)
Duração do pulso (μs)
10 100 300 500 1000
Sen
soria
l
Moto
ra
Dolo
rosa
Figura 8 – Gráfico intensidade-duração do pulso. 
Fonte: Adaptado de Robertson et al. (2009).2
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FREQUÊNCIA DE ESTIMULAÇÃO
Frequência (F) é o número de pulsos ou ondas por segundo e sua unidade de 
medida é em Hertz (Hz). Por exemplo, se pulsos (P) de estímulo forem aplicados 50 
vezes em 1 segundo, a frequência será de 50Hz (F = 1s/P).
A frequência é importante, principalmente quando o objetivo é contração muscular. Isso porque 
ela afeta o tipo de contração muscular e o nível de força produzida quando nervos motores são 
estimulados. Estudos já demonstraram que a produção de força está diretamente relacionada 
à frequência de estímulo utilizada, isto é, quanto maior a frequência, maior a força gerada,14,20 
porém, frequências muito altas estão diretamente relacionadas a maior demanda metabólica e a 
maior fadiga muscular.14
Um único pulso por segundo (1Hz) produz uma resposta de contração isolada (um abalo), visto 
que há tempo suficiente entre os estímulos para o músculo contrair e relaxar. Se a frequência de 
estímulo for aumentando, as fibras musculares não têm tempo para relaxar completamente entre 
os pulsos (sucessão de abalos ou tremores). Com o aumento adicional da frequência de estímulo, 
as respostas de contração isolada se fundem, e a contração se torna ainda mais forte, produzindo 
uma contração tetânica. Porém, a frequência de fusão varia entre músculos e depende dos tipos 
das fibras, podendo variar de 20 a 80Hz. 
Quando os músculos são ativados eletricamente, todas as fibras são ativadas 
sincronicamente, de modo que contrações estáveis só são possíveis quando as 
frequências de disparo induzidas são maiores ou iguais à frequência de fusão.2
Nas fibras do tipo I (lentas, oxidativas), inervadas por fibras nervosas com menor diâmetro, 
frequências mais baixas de estímulo já produzem contração tetânica (em tornode 20Hz); porém, 
fibras do tipo II (rápidas, glicolíticas), inervadas por nervos com maior diâmetro, que conduzem 
impulsos mais rapidamente e possuem um limiar mais baixo de excitabilidade, necessitam de 
frequências mais altas de estímulo para a produção de contração tetânica (em torno de 30 a 50Hz) 
(Figura 9).
Fo
rça
Tempo
F = 5 Hz = 
Abalos
F = 50 Hz = 
Contração tetânica
F = 10 Hz = 
Contração parcial
Figura 9 – Relação entre diferentes frequências de estímulo, abalos, contração tetânica e força muscular 
produzida. 
Fonte: Adaptado de Robertson et al. (2009).2
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Para maximizar a produção de força com a utilização da EENM, é recomendado o uso 
de corrente bifásica retangular, com pulsos entre 300 e 600µs e frequências de estímulo 
entre 50 a 100Hz, com a intensidade da corrente no máximo tolerável pelo indivíduo. 
Além disso, é recomendado que a EENM seja aplicada em uma condição de carga 
estática, de modo a controlar rigorosamente o nível de força evocado em comparação 
com a contração voluntária máxima. Essa variável pode prover uma indicação importante 
da intensidade de treinamento da EENM. 
Pode ser indicada a familiarização do paciente com a corrente elétrica antes de iniciar o programa 
de treinamento, a fim de que possa ser alcançada a máxima intensidade possível durante as 
sessões.5,14 Em termos de eficácia do treinamento, o fato de a EENM ser realizada isolada ou em 
associação com o exercício voluntário não parecer ter influência no ganho de força induzido pelo 
tratamento.5,18 
Para melhorar a endurance muscular periférica, frequências de estímulo mais baixas 
devem ser utilizadas, com o objetivo de promover contração tetânica, principalmente em 
fibras tipo I (lentas e oxidativas). 
Em uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados publicada pelo 
grupo dos autores, que estudou o efeito da EENM na reabilitação de pacientes com insuficiência 
cardíaca, todos os estudos incluídos utilizaram frequências entre 10 e 25Hz, pois um dos objetivos 
na reabilitação desses pacientes é aumentar a endurance muscular. Sugere-se também que sejam 
utilizados pulsos entre 300 e 600µs para alcançar mais facilmente o nível motor. 
Ainda, a maioria dos estudos com esse objetivo utiliza a EENM durante 30 a 60 minutos 
diariamente. Porém, outros trabalhos a utilizam com durações superiores, como o estudo de Nuhr 
e colaboradores (2004),22 que utilizou a EENM nesses mesmos pacientes, com frequência de 
15Hz, 240 minutos por dia, durante 10 semanas. Nesse estudo, os autores observaram aumento 
nas fibras do tipo I no grupo estimulado, além de aumento no consumo máximo de oxigênio.
CICLO DE TRABALHO (ON/OFF) E MODULAÇÃO DA RAMPA
Os tempos ON e OFF são necessários para a EENM, isto é, estimulações no nível motor. O 
tempo ON determina por quanto tempo (em segundos) a contração vai ser mantida. Nesse tempo, 
é liberado um trem de pulsos pré-fixado em amplitude, duração e frequência. O tempo OFF, 
ou ausência da passagem de estímulos, garante um período de recuperação para os nervos e 
músculos estimulados, diminuindo a fadiga. 
O ciclo de trabalho descreve a proporção de tempo pelo qual a corrente flui durante 
os diferentes ciclos que constituem a sessão de tratamento, sendo determinado pela 
seguinte fórmula: ON / (ON + OFF) * 100
Por exemplo, em um tratamento em que a corrente fica 5s em tempo ON e 10s em tempo OFF, o 
ciclo de trabalho será de 33,3%; e, em um tratamento com tempo ON de 10s e tempo OFF de 50s, 
o ciclo de trabalho será de 16,6%. 
A principal importância do ciclo de trabalho é que ele é um dos fatores determinantes da 
taxa de fadiga periférica que envolve o sistema neuromuscular. 
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A modulação da rampa é uma modulação do trem de pulso da corrente associada com o tempo 
ON do ciclo ON/OFF. A rampa é constituída pelo tempo de subida, tempo de sustentação e tempo 
de descida (Figura 10).2,4
1s
TEMPO ON = 5s TEMPO ON = 5sTEMPO OFF = 10s
1s 1s1s10s3s 3s
Figura 10 – Tempos ON/OFF e modulação da rampa. Nesse exemplo: tempo ON = 5s (modulação da 
rampa: tempo de subida = 1s, tempo de sustentação = 3s e tempo de descida = 1s) e tempo OFF = 10s.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
ATIVIDADE
4. Em que consiste a EENM e qual é o seu principal objetivo?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
5. Qual é o pré-requisito para se promover contrações musculares com a aplicação da 
EENM?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
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6. Considere as afirmativas a seguir com relação à utilização da EENM.
I – A EENM pode ser utilizada para preservação da massa e da função muscular 
durante períodos de desuso ou imobilização, como, por exemplo, em pacientes 
críticos internados em UTIs. 
II – A EENM pode ser usada para recuperação da massa e da função muscular depois de 
prolongados períodos de desuso ou imobilização, como, por exemplo, em períodos 
pós-operatórios. 
III – A EENM pode ser aplicada para melhora da função muscular em diferentes 
populações, como, por exemplo, idosos e atletas, e na reabilitação de pacientes 
com doenças cardiopulmonares.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) Todas estão corretas. 
Resposta no final do artigo
7. Com base na figura abaixo, qual é a forma de onda da corrente a seguir?
A) Corrente contínua.
B) Corrente pulsada monofásica.
C) Corrente pulsada bifásica simétrica.
D) Corrente pulsada bifásica assimétrica desequilibrada.
Resposta no final do artigo 
8. Quais parâmetros e variáveis da EENM interferem na força de contração muscular 
e devem ser estabelecidos para uma aplicação clínica otimizada?
I – Amplitude ou intensidade (mA).
II – Largura ou duração do pulso (µs).
III – Frequência de estimulação (Hz).
IV – Tempo ON (s) e tempo OFF (s).
V – Posicionamento dos eletrodos.
VI – Posicionamento da articulação (do membro estimulado). 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) Apenas a I, a II, a III e a V.
B) Apenas a I, a II, a III, a V e a VI.
C) Apenas a I, a II, a III e a VI.
D) Todas estão corretas..
Resposta no final do artigo
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pamaral
Realce
pamaral
Realce
9. Relacione a primeira coluna com a segunda:
(1)Amplitude ou intensidade
(2) Frequência de estímulo
(3) Duração do pulso
(4) Ciclo de trabalho
( ) Determina por quanto tempo as cargas 
elétricas irão passar em um pulso.
( ) É a proporção de tempo pelo qual 
a corrente flui durante os diferentes 
ciclos que constituem a sessão de 
tratamento.
( ) É o número de pulsos por segundo.
( ) É o tamanho do estímulo aplicado e 
reflete indiretamente a quantidade de 
músculo ativado durante a estimulação 
elétrica.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 1 – 4 – 3 – 2.
B) 3 – 4 – 2 – 1.
C) 3 – 1 – 2 – 4. 
D) 1 – 4 – 3 – 2.
Resposta no final do artigo
10. Em relação ao recrutamento motor na contração muscular voluntária e na contração 
gerada eletricamente, é INCORRETO afirmar que:
A) o recrutamento das unidades motoras, na contração muscular voluntária, segue o 
princípio do tamanho, segundo o qual as unidades motoras lentas são recrutadas 
primeiramente, seguido das unidades motoras rápidas.
B) o padrão de recrutamento na contração gerada eletricamente é assincrônico.
C) a contração gerada eletricamente é não seletiva.
D) a contração gerada eletricamente é espacialmente fixa.
Resposta no final do artigo
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 ■ TIPOS DE ELETRODOS E ACOPLADORES
Para aplicação de correntes não polarizadas (alternada e pulsada bifásica), podem ser utilizados 
dois tipos de eletrodos: eletrodos de borracha de silicone, em que é necessário utilizar gel como 
acoplador e eletrodos autoadesivos, que já possuem uma almofada de gel acoplada no eletrodo. 
Para a aplicação de correntes polarizadas (diretas e pulsadas monofásicas), devem ser 
utilizados eletrodos metálicos acoplados em uma esponja úmida,2 conforme apresenta a Figura 
11, a seguir. 
É importante lembrar-se de que as correntes polarizadas não são indicadas para a 
aplicação da EENM. 
1) Metálico
* para correntes 
polarizadas
2) Borracha de silicone 3) Auto-adesivo
Acoplador: gel Acoplador: não 
é necessário 
gel no eletrodo
Acoplador: água
Figura 11 – Tipos de eletrodos.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
 ■ POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS E DOS SEGMENTOS 
CORPORAIS
Tanto os parâmetros utilizados na aplicação da EENM quanto o local de colocação dos 
eletrodos apresentam papéis fundamentais nas respostas neuromusculares obtidas. 
Em relação ao local de colocação dos eletrodos, há diferentes métodos utilizados na prática 
clínica. Um dos métodos utilizado é a colocação dos eletrodos na pele, em cima do ventre do 
músculo que será estimulado. Entretanto, esse pode não ser o melhor método para a aplicação 
da corrente, sabendo-se como a corrente será conduzida dentro do músculo e das barreiras 
interpostas à condução do estímulo (tecido subcutâneo e tecido conjuntivo). Outro método 
utilizado é a colocação do eletrodo ativo diretamente em cima do ponto motor do músculo 
estimulado.14
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Independentemente do método utilizado, deve ser lembrado de que a densidade 
da corrente diminui quanto mais longe o axônio estiver do eletrodo, impactando no 
recrutamento das unidades motoras. 
LEMBRAR
Estudos atuais têm demonstrado que a aplicação da EENM diretamente sobre o ponto motor gera 
uma contração muscular mais forte a partir de vias centrais (ordem de recrutamento fisiológica), e 
poderia ser mais vantajoso para minimizar a fadiga.14,23,24 
É de fundamental importância que o ponto motor seja identificado corretamente. Deve-
se identificar área na pele acima do músculo onde o limiar motor é o mais baixo frente 
a um estímulo elétrico (com um eletrodo-caneta ou eletrodo ativo), e isso deve ser 
realizado para cada indivíduo. Essa é a área mais responsiva à estimulação elétrica. 
Após a identificação do ponto motor, deve-se realizar um posicionamento adequado do(s) 
eletrodo(s), para maximizar a tensão evocada e minimizar a intensidade da corrente necessária 
para gerar a resposta motora, bem como para minimizar o nível de desconforto.24
Outro aspecto que parece influenciar na aplicação da EENM é a espessura da camada subcutânea, 
o tamanho e a distância entre os eletrodos. Estudo realizado por Doheny e colaboradores25 
observou que a intensidade necessária para alcançar uma resposta de ativação muscular aumenta 
com a espessura da camada subcutânea, com o tamanho do eletrodo e com a distância entre os 
eletrodos. 
Entretanto, os autores observaram também que ao usar eletrodos maiores acima das regiões 
de maior espessura da camada subcutânea, a eficácia da EENM pode ser mantida, reduzindo a 
densidade da corrente na pele e o desconforto. Outrossim, a aplicação da EENM com eletrodos 
maiores e com múltiplos percursos da corrente parece gerar maior torque e menor desconforto 
quando comparada à aplicação convencional da EENM com dois eletrodos no ventre dos músculos 
vasto medial e vasto lateral e com um eletrodo colocado transversalmente na porção proximal do 
quadríceps.26
Nesse contexto, o grupo dos autores deste artigo realizou um estudo com 25 indivíduos saudáveis, 
com objetivo de avaliar a diferença no posicionamento e no tamanho de eletrodos colocados sobre 
os pontos motores do quadríceps, do vasto medial e do vasto lateral e sobre a área motora desses 
músculos, em relação ao torque muscular e ao nível de desconforto. 
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Foi possível observar que o torque gerado quando um eletrodo maior (7,5 x 13cm) foi colocado 
sobre o ponto motor do quadríceps femoral (e o eletrodo de referência 5cm acima da borda patelar) 
correspondeu a 30% da contração voluntária máxima, diferindo dos demais posicionamentos e 
dos eletrodos menores (5 x 5cm). A colocação do eletrodo maior no ponto motor do quadríceps 
também foi superior à colocação de eletrodos grandes nos pontos motores dos músculos vasto 
medial e vasto lateral (Figura 12).27 
Ponto M, quadríceps - 7,5x13
Ponto M, VM e VL - 7,5x13
Ponto M, quadríceps - 5x9
Ponto M, VM e VL - 5x9
Área motora
Ponto M, VM e VL - 5x5
Ponto M, quadríceps - 5x5
Figura 12 – Posicionamentos de eletrodos no músculo quadríceps.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores. 
Para melhor efetividade da EENM em gerar força, é fundamental utilizar um adequado 
posicionamento corporal. 
Para a EENM do quadríceps femoral, sua melhor posição biomecânica seria com o 
joelho flexionado entre 60º e 70º, uma vez que essa é a melhor posição para sua maior 
produção de força muscular.
 ■ UTILIZAÇÃO DE SOBRECARGA PROGRESSIVA
Para aumentar seu tamanho e função, as fibras do músculo devem ser sobrecarregadas de acordo 
com o limite de sua capacidade de resposta. Há um ponto inicial que precisa ser excedido antes 
da resposta adaptativa. Esse princípio funciona também com o uso da EENM quando o objetivo 
é o fortalecimento muscular. Dessa forma, é recomendada uma progressão linear durante o 
tratamento com a EENM, por meio da modificação de alguns parâmetros, tais como: 
 ■ aumento da intensidade da corrente; 
 ■ aumento da força evocada com a EENM em comparação com a contração voluntária máxima; 
 ■ aumento do volume de treinamento.5
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O aumento no volume de treinamento pode ser alcançado com o aumento da sobrecarga imposta 
ao paciente com o uso, por exemplo, de pesos como anilhas, com o aumento no tempo total da 
sessão e com a redução progressiva no tempo OFF. 
ATIVIDADE
11. Quais tipos de eletrodos podem ser utilizados paraaplicação de EENM?
A) Eletrodos autoadesivos ou de borracha de silicone.
B) Eletrodos metálicos acoplados em esponja úmida.
C) Somente eletrodos autoadesivos.
D) Somente eletrodos de borracha de silicone.
Resposta no final do artigo
12. Considere as afirmativas a seguir, a respeito do posicionamento dos eletrodos e dos 
seguimentos corporais.
I – Tanto os parâmetros utilizados na aplicação da EENM quanto o local de colocação 
dos eletrodos apresentam papéis fundamentais nas respostas neuromusculares 
obtidas.
II – Não é de fundamental importância que o ponto motor seja identificado corretamente.
III – A densidade da corrente aumenta quanto mais longe o axônio estiver do eletrodo, 
impactando no recrutamento das unidades motoras. 
IV – A espessura da camada subcutânea, o tamanho e a distância entre os eletrodos 
influenciam na aplicação da EENM. 
Quais estão corretas?
A) V – V – F – F. 
B) V – F – F – V. 
C) F – F – V – V. 
D) F – V – V – F. 
Resposta no final do artigo
13. Qual das formas a seguir NÃO é uma forma de progressão do tratamento com EENM?
A) Aumento da intensidade da corrente.
B) Aumento no tempo OFF.
C) Aumento da força evocada com a EENM em comparação com a contração voluntária 
máxima.
D) Aumento no tempo total da sessão.
Resposta no final do artigo
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 ■ CASO CLÍNICO
Paciente, sexo feminino, 61 anos de idade, realizou transplante cardíaco devido à 
insuficiência cardíaca crônica (ICC), e permanece internada no hospital há 1 mês. 
Achados clínicos: diminuição da força muscular em membros inferiores (MMII) e 
hipotrofia muscular. Um dos recursos indicados para essa paciente seria a EENM. 
ATIVIDADE
14. Quais os melhores parâmetros deveriam ser utilizados, visto que o principal objetivo 
para essa paciente com esse recurso é o fortalecimento muscular?
A) Frequência baixa (< 20Hz), para evitar fadiga.
B) Largura de pulso baixa (< 100µs), por ser mais confortável.
C) Frequência entre 50 e 100Hz, com largura ou duração de pulso alta (entre 300 e 
600µs) e intensidade no máximo tolerável pela paciente, visto que essas variáveis 
estão diretamente relacionadas com a força muscular.
D) Frequência, largura de pulso e intensidade baixos, pois essas variáveis não se 
correlacionam com a força muscular.
Resposta no final do artigo
 ■ CONCLUSÃO
À guisa de conclusão, propõe-se o seguinte apanhado das ideias centrais que foram abordadas 
ao longo deste artigo:
 ■ a corrente elétrica é o fluxo de carga elétrica dentro de um condutor ou meio quando existe 
uma d.p. elétrico;
 ■ a EENM é a aplicação de uma série de estímulos elétricos intermitentes aos músculos 
esqueléticos, com o objetivo principal de promover contrações musculares visíveis em 
decorrência da ativação de fibras nervosas musculares; 
 ■ o recrutamento das unidades motoras com a EENM é sincrônico, não seletivo e espacialmente 
fixo, diferentemente do que ocorre na contração voluntária;
 ■ as correntes elétricas são classificadas em contínua, pulsada e alternada, sendo as últimas 
duas utilizadas para a aplicação da EENM;
 ■ tanto os parâmetros elétricos utilizados na aplicação da EENM quanto o local de colocação 
dos eletrodos e o posicionamento corporal apresentam papéis fundamentais nas respostas 
neuromusculares obtidas e devem ser utilizados com base nos conhecimentos descritos neste 
artigo, a fim de obter a melhor resposta neuromuscular.
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 ■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: C
Comentário: Os agentes eletrofísicos são usados pelos fisioterapeutas para tratar uma grande 
variedade de condições tanto em pessoas saudáveis como em pessoas com doenças. 
Atividade 2
Resposta: A
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: A carga pode ser transferida de um objeto para outro, mas não pode ser jamais 
destruída. A carga é uma propriedade física fundamental, assim como “massa” e “tempo”. Duas 
partículas com a mesma carga se repelem, e duas partículas de cargas opostas se atraem.
Atividade 4
Resposta: A EENM envolve a aplicação de uma série de estímulos intermitentes aos músculos 
esqueléticos superficiais, com o objetivo principal de promover contrações musculares visíveis em 
decorrência da ativação de fibras nervosas musculares.
Atividade 5
Resposta: Para promover contrações musculares com a aplicação da EENM, a existência de um 
nervo motor intacto é pré-requisito.
Atividade 6
Resposta: D
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: Essa corrente é uma corrente pulsada (pois possui pulsos intervalados), bifásica (pois 
as partículas se movem em duas direções), assimétrica (pois a simetria das duas fases não são 
idênticas) e desequilibrada (pois o tempo de onda não é igual na primeira e na segunda fase).
Atividade 8
Resposta: D
Comentário: Todos os parâmetros apresentados influenciam diretamente na produção de força. 
muscular.
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: Amplitude ou intensidade da corrente é o tamanho do estímulo aplicado, e reflete 
indiretamente a quantidade de músculo ativado durante a estimulação elétrica; duração do pulso é 
o tempo no qual as cargas elétricas irão passar em um pulso; frequência é o número de pulsos por 
segundo; e ciclo de trabalho é a proporção de tempo pelo qual a corrente flui durante os diferentes 
ciclos que constituem a sessão de tratamento.
Atividade 10
Resposta: B
Comentário: O padrão de recrutamento na contração gerada eletricamente é sincrônico.
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Atividade 11
Resposta: A
Comentário: Tanto os eletrodos autoadesivos quanto os eletrodos de borracha de silicone podem 
ser utilizados para a aplicação da EENM. Os eletrodos metálicos são utilizados para a aplicação 
de corrente contínua, o que não é indicado para a EENM.
Atividade 12
Resposta: B
Comentário: É de fundamental importância que o ponto motor seja identificado corretamente. 
Deve ser identificada a área na pele acima do músculo onde o limiar motor é o mais baixo frente 
a um estímulo elétrico (com um eletrodo-caneta ou eletrodo ativo), e isso deve ser realizado para 
cada indivíduo. Essa é a área mais responsiva à estimulação elétrica. Após a identificação do 
ponto motor, deve ser realizado um posicionamento adequado do(s) eletrodo(s), para maximizar 
a tensão evocada e minimizar a intensidade da corrente necessária para gerar a resposta motora, 
bem como para minimizar o nível de desconforto. A densidade da corrente diminui quanto mais 
longe o axônio estiver do eletrodo, impactando no recrutamento das unidades motoras. Estudos 
atuais têm demonstrado que a aplicação da EENM diretamente sobre o ponto motor gera uma 
contração muscular mais forte a partir de vias centrais (ordem de recrutamento fisiológica), e 
poderia ser mais vantajoso para minimizar a fadiga.
Atividade 13
Resposta: B
Comentário: Uma forma de progressão do tratamento com EENM é a redução no tempo OFF.
Atividade 14
Resposta: C
 ■ REFERÊNCIAS
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