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Filo Apicomplexa Gêneros Toxoplama Aula 5 Profª: MSc. Laura C. Tibiletti Balieiro UNIPAC CURSO DE NUTRIÇÃO 1 • 5.000 espécies de apicomplexos. • São parasitas comuns de animais, tais como vermes, equinodermos, insetos e vertebrados. • Podem ser parasitas intra ou extracelular (ou ambos) – Dependerá da espécie em questão. Filo Apicomplexa (Esporozoários) • Esses organismos são chamados assim porque os estágios móveis, infecciosos portam um complexo apical anterior que se prende ou que penetra no interior da célula hospedeira. Filo Apicomplexa (Esporozoários) Toxoplasma gondii - Toxoplasmose • Reino: Protista • Subreino: Protozoa • Filo: Apicomplexa • Classe: Sporozoa • Ordem: Eucoccicida • Subordem: Eimeriina • Família: Sarcocystidae • Gênero: Toxoplasma Taxonomia • Doença parasitária cosmopolita comum que acomete o homem e vários animais • 200 espécies de mamíferos e aves se infectam por este parasita Toxoplasmose Encontrado em vários tecidos, células (exceto hemácias) e líquidos orgânicos Encontrado em vários tecidos, células (exceto hemácias) e líquidos orgânicos • Felídeos - hospedeiros definitivos (alberga o parasita adulto) • Mamíferos e aves - são hospedeiros intermediários (HI) Toxoplasmose Toxoplasmose - Generalidades • Zoonose • Cosmopolita (10-75%) • Infecção crônica assintomática • Grande adaptação do parasito • Prevalência da infecção humana • Problemas de Saúde Pública: gestante e imunodeprimido • Importância veterinária INFECÇÃO IMPORTÂNCIA • Taquizoítas • Bradizoítas – Cistos • Oocistos - Esporozoítas Toxoplasmose - Formas evolutivas Organelas Citoplasmáticas - FILO APICOMPLEXA: Conóide, anel polar (2), microtúbulos, roptrias, micronemas, grânulos densos Organelas Citoplasmáticas - FILO APICOMPLEXA: Conóide, anel polar (2), microtúbulos, roptrias, micronemas, grânulos densos • Toxoplasma gondii (toxon = arc; plasma = forma, Grego) Toxoplasmose - Morfologia • Complexo Apical • Função estrutural e motilidade da célula Toxoplasmose - Morfologia • Micronemas – reconhecimento de adesão inicial • Roptrias – penetração Toxoplasmose - Morfologia • Tachos = rápido • 4-8 m comprimento X 2-4 m largura • Fase aguda da infecção • Forma móvel • Multiplicação rápida • Vacúolo parasitóforo de células – líquidos orgânicos, excreções, células do sistema mononuclear fagocitário, células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares • Pouco resistente ao suco gástrico • Sensível a ação de drogas Toxoplasmose - Taquizoítas Toxoplasmose - Taquizoítas Toxoplasmose - Taquizoítas • Brady = lento • Fase Crônica da infecção • Multiplicação lenta • Vacúolo parasitóforo – Cisto Tecidual • 20-200 m de diâmetro • Resistentes a pepsina, tripsina • Viáveis nos tecidos por anos • Resistentes a drogas Toxoplasmose - Bradizoítas Toxoplasmose - Bradizoítas Dubey & Beattie, 1988 Toxoplasmose - Bradizoítas Toxoplasmose - Bradizoítas • Forma de resistência • Parede dupla – resistência • Células intestinais felídeos não imunes • Eliminados imaturos (não esporulados) nas fezes • Medem 12,5x11,0 µm • Esporulação : 2 esporocistos/ 4 esporozoítos Toxoplasmose - Oocistos Toxoplasmose - Oocistos • Duas fases: – Assexuada - linfonodos e tecidos de vários hospedeiros (mamíferos e aves) – Sexuada - células do epitélio intestinal de gatos jovens e não-imunes Toxoplasmose - Ciclo Biológico • Reprodução assexuada • Na célula - multiplicam por endodiogenia • Taquizoítas Toxoplasmose - Ciclo Biológico • Hospedeiros: – Definitivo (HD): felídeos (gato doméstico é o mais importante): reprodução assexuada e sexuada – Intermediário (HI): aves e mamíferos (incluindo-se os felídeos): reprodução assexuada Toxoplasmose - Ciclo Biológico Hospedeiro intermediário Ingestão Oocisto esporulado Oocisto não esporulado nas fezes Ingestão de carne Taquizoítos Infecção do feto Contaminação de água e alimentos Felídeos: Hospedeiro definitivo Ingestão Via placenta Dubey & Beattie, 1988 • Ingestão de oocistos maduros (contendo esporozoítas) eliminados nas fezes de gatos ou de outros felídeos • Ingestão de cistos (contendo bradizoítas) presentes em carne crua ou mal cozida (porco, carneiro) • Ingestão de leite cru (não pasteurizado) contendo taquizoítas • Transplante de órgãos ou transfusão sanguínea - taquizoítas • Transmissão placentária - taquizoítas • Inoculação acidental de taquizoítas Toxoplasmose - Transmissão • Fatores: – Susceptibilidade do hospedeiro – Estágio do Parasito – Via de Inóculo – Carga Parasitária – Virulência Toxoplasmose - Patogenia • Severidade da doença clínica - localização do tecido acometido • Necrose tecidual - proporcional à multiplicação do parasito • Infecções disseminadas agudas podem ser fatais • Hospedeiro - recupera terceira semana após a infecção • Doenças concomitantes ou imunossupressão - agravamento do quadro Toxoplasmose - Principais Aspectos • Primeiro Trimestre – Aborto – 10 x > gestante com sorologia + • Segundo Trimestre – Aborto ou nascimento Prematuro – normal ou anomalias graves Toxoplasmose - Toxoplasmose Congênita • Terceiro Trimestre – Nasce normal e apresenta a doença – dias, semanas, meses após o parto – Comprometimento ganglionar, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, alterações oculares – Alterações na retina – manifestação fase adulta • Síndrome ou Tétradre de Sabin – coriorretinite, calcificações cerebrais, pertubações neurológicas, retardo psicomotor, macro ou microencefalia Toxoplasmose - Toxoplasmose Congênita Toxoplasmose - Toxoplasmose Congênita Dubey & Beattie, 1988 Toxoplasmose - Toxoplasmose Congênita Vitor, 2008 - UFMG • Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) • Transplantados • Neoplasias • Sintomas: dor de cabeça, confusão mental, convulsões, sinais neurológicos focais, meningite asséptica. Toxoplasmose - Imunossuprimidos Meningoencefalite letal Lesões focais no SNC Menos comum: miocardite e pneumonite • Fundoscopia Toxoplasmose - Retinocorioidite Lesão ativa Lesão antiga Lesões Múltiplas Toxoplasmose - Retinocorioidite Lesão multifocal Reticulo vasculite Retinocorioidite - Necrose Pleyer, Torum, Liesenfeld, 2007 Toxoplasmose - Retinocorioidite Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética • Gatos jovens, não-imunes -100 milhões de oocistos • Distribuição universal • Incidência no mundo - 10-75% • Brasil - 50-80% Toxoplasmose - Epidemiologia • Toxoplasmose congênita no Brasil • 1 a 4 /1000 gestações • Depende: hábitos alimentares, densidade de gatos de rua, situação sócio-econômica e cultural Toxoplasmose - Epidemiologia • Outros transmissores: – Não há relatos de artrópodes – Animais silvestres - Felídeos 75%; Marsupiais 65%; Primatas 63%; Roedores 61% (Manaus, 1980) Toxoplasmose - Epidemiologia Toxoplasmose – Incidência Mundial Toxoplasmose Dados de prevalência mundial • Carneé importante fonte - CISTOS Toxoplasmose - Epidemiologia Tenter et al.,2000 Toxoplasmose - Diagnóstico • Coloração de cortes de tecidos • Inoculação em camundongos • Cultivo celular • PCR • Técnicas quantitativas: • RIFI • ELISA • HEMAGLUTINAÇÃO • Técnicas qualitativas: • Western Blot Métodos Diretos Métodos Indiretos • RIFI, ELISA, Aglutinação, Western blot: • IgM - fase aguda - recente (podem persistir por longos períodos) • IgG - fase crônica – latente • No Recém - Nascido: IgM (não atravessa a placenta) Toxoplasmose – Diagnóstico Sorológico IgG (atravessa placenta) RIFI, ELISA IgG (atravessa placenta) RIFI, ELISA Título > que o da mãe Aumento do título em vários testes Reação + 5 meses após o nascimento Título > que o da mãe Aumento do título em vários testes Reação + 5 meses após o nascimento • Imunocompetentes - Pirimetamina e Sulfonamidas • Imunossuprimidos: Sulfa e Pirimetamina + Ácidofolínico (prevenir supressão de medula óssea) • Prevenção da infecção fetal - Espiramicina (concentração na placenta e não é prejudicial ao feto) • Bebês nascidos infectados - Sulfadiazina e Pirimetamina + ácido folínico no primeiro ano e vida Toxoplasmose – Tratamento • Medidas Preventivas – Carne deve ser bem cozida – 66°C – Lavar bem os alimentos e mãos – Não oferecer carne crua aos gatos – Limpeza das caixas de areia dos gatos diariamente – Uso de luvas em trabalhos de jardinagem Toxoplasmose – Controle Filo Apicomplexa Aula 5 Obrigada! Profª: MSc. Laura C. Tibiletti Balieiro laura.balieiro@hotmail.com UNIPAC CURSO DE NUTRIÇÃO 48
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