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Laís Martins Vieira TOXOPLASMOSE Importância Prejuízos econômicos para produtores de ovinos; Abortos. Importância do médico veterinário na prevenção; Principal fonte de transmissão é a carne. Gato não é o vilão. Zoonose Humanos Pode ser transmitida por via congênita; Abortos; Hidrocefalia. Pode determinar perda de visão. Maioria das infecções são assintomáticas Muitos hospedeiros possuem anticorpos anti – Toxoplasma gondii. http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/5818/infeccoes_por_protozoarios_%E2%80%93_wesley_c_van_voorhis.htm Taxonomia Filo Apicomplexa Complexo apical Classe Coccidea ou Sporozoasida Locomoção por flexão Ordem Eucoccidioridae Merogonia Subordem Eimeriorina Macrogameta e microgameta se desenvolvem de forma independente Família Sarcocystidae Ciclos heteroxenos obrigatórios ou facultativos Gênero Toxoplasma Espécie Toxoplasma gondii Hospedeiros Habitat Hospedeiro Definitivo: Células epiteliais do intestino delgado; Hospedeiro Intermediário: Taquizoítas: diversos tipos celulares e líquidos orgânicos; Cistos principalmente no SNC, globo ocular, musculaturas esquelética e cardíaca. - Definitivo: - Intermediário: Revisão Mecanismos de transmissão: Hospedeiro intermediário: Cisto com bradizoítos Carne mal cozida Taquizoítos Leite ou ovos crus Transfusões sanguíneas Oocistos esporulados Fezes de felinos (inalação) Água e alimentos contaminados Acidentes de laboratório Vetores Transplacentário Transplantes de órgãos Hospedeiro definitivo: Cisto com bradizoítos / Pseudocistos com taquizoítos. Ingestão de carne Taquizoítas Leite. Felídeos se infectam pela ingestão Gatos se infectam pela ingestão Oocistos são liberados Oocistos são liberados Carnívoros se infectam pela ingestão Herbívoro se infectam pela ingestão Carnívoros se infectam pela ingestão Contato com fezes de gatos Solo e água contaminados Vertical Vegetais crus Jardinagem Hospedeiros Hospedeiros definitivos Felídeos Hospedeiros intermediários Aves Mamíferos incluindo felídeos e o homem. Heteroxeno facultativo Baixa especificidade quanto aos hospedeiros intermediários Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 Eurixeno Baixa especificidade quanto aos hospedeiros intermediários 6 Hospedeiros Hospedeiro definitivo e Hospedeiro intermediário Hospedeiro completo Enteroepitelial e extraintestinal 7 Morfologia Taquizoítas Livres; Pseudocistos; Formato de arco ou meia lua; (toxon = arco em grego). Núcleo com localização central; Multiplicam-se rapidamente. Infecção aguda. Cistos com bradizoítas Parede definida; Estrutura arredondada ou alongada; Bradizoítas no interior (polizóicos); Multiplicam-se lentamente. Estruturas quiescentes; Infecção crônica. Oocistos esporulados Subsférico; Dispóricos; 12 X 10 µm de diâmetro. http://link4edin.com/legacy Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 8 Filo Apicomplexa Parasitos intracelulares obrigatórios; Complexo apical Anéis polares; Conóide; Micronemas; Róptrias; Rede de microtúbulos subpeculiares. Extremidade afilada Zoíto ou complexo apical Penetração na células do hospedeiro. Esporozoíto; Merozoíto; Taquizoíto; Bradizoíto. Scientia Medica (Porto Alegre) 2010; volume 20, número 1, p. 131-143 Complexo apical visíveis apenas por microscopia eletrônica Conóide uma rede de microtúbulos envolto pelos anéis Micronemas organelas tubulares alongadas Róptrias organelas vesiculares ou saculares que se estendem do conoide até a porção medial da ´células Rede de microtúbulos subpéculareis que percorre a célula do polo anterior até o posterior 9 Habitat Hospedeiro definitivo Células do intestino delgado. Hospedeiros intermediários Taquizoítas Infecta vários tipos celulares Fibroblastos; Hepatócitos; Reticulócitos. Cistos teciduais Cérebro; Musculatura esquelética; Musculatura cardíaca. Fase aguda Fase crônica taquizoíta feto Cisto tecidual Congênita Hospedeiro intermediário Hospedeiro definitivo Oocisto esporulado Oocisto não esporulado bradizoíta macrogamente Intech. http://www.intechopen.com/books/autophagy. Intracelular obrigatório Invade e se multiplica em qualquer célula Nas fezes dos felídeos são eliminados oocistos não esporulados Esporulam no ambiente 2 a 3 dias Hospedeiro intermediário ingere água e alimentos contaminados com oocisto esporulado Temperatura Umidade Oxigenação Ciclo biológico Oocistos não esporulados Oocistos esporulados Esporozoítas Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 Cisticercus cellulosae – 80.000 ovos por dia 11 Ciclo biológico Parasitar diversas células Multiplica rapidamente Pode ser excretado pela Urina, leite e saliva No HI os processos digestórios liberam os esporozoítas Penetram na mucosa intestinal Taquizoítas nas células intestinais Circulação sanguínea e linfática Fase aguda da infecção Esporozoítas Células intestinais Taquizoítas Invasão em monócitos Circulação dissemina Endodiogenia Cérebro, coração, pulmões, olhos, músculo, placenta... Hospedeiro intermediário Cisto (bradizoíta) Ingestão Núcleo Vacúolo parasitóforo Parasito Centrosomo Pode passar pela placenta Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 Multiplicação assexuada - Endodiogenia Trofozoítas se multiplicam tão rápido que são chamados de taquizoítas sempre dentro de um vacúolo parasitóforo Processo onde são formados dois indivíduos na célula – mãe, sendo a película da última utilizada pela célula filha. 2 a 3 semanas depois vai sendo destruído indo para fase crônica 12 Ciclo biológico Reação imunológica adquirida Específica e eficiente Diminuem sua velocidade de multiplicação - bradizoítas Forma uma parede cística como proteção Cistos podem se romper Imunocomprometido Voltar a se multiplicar por endodiogenia Cisto (bradizoíta) Carnívoros Ingestão Esporozoítas Células intestinais Taquizoítas Invasão em monócitos Endodiogenia Circulação dissemina Cérebro, coração, pulmões, olhos, músculo, placenta... Hospedeiro intermediário Carnívoros podem se infectar ingerindo tecidos com cistos ou pseudocistos Pode ser excretado pela Urina, leite e saliva Pode passar pela placenta Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 Parede cística como proteção de anticorpos Ciclo pela ingestão de taquizoítos ou brasizoítos é semelhante ao que ocorre com os oocistos 13 Ciclo biológico Multiplicação assexuada Endogenias Esquizogonias Fase sexuada Gametogonia Oocisto não esporulado eliminado nas fezes No felídeo o cisto será digerido Libera bradizoítas que infectam células da mucosa intestinal Hospedeiro definitivo Rompe os cistos Hospedeiro definitivo Trofozoítos Célula intestinal Esquizogonia Esquizonte Gametogonia Ingestão Gametas Oocisto não esporulado Oocisto esporulado Esporogonia Célula intestinal Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 Ciclo biológico Hospedeiro definitivo Rompe os cistos Esquizogonia Trofozoítos Célula intestinal Esquizonte Gametogonia Gametas Oocisto não esporulado Esporogonia Oocisto esporulado Ingestão Célula intestinal Hospedeiro intermediário Cérebro, coração, pulmões, olhos, músculo, placenta... Circulação dissemina Endodiogenia Carnívoros Invasão em monócitos Taquizoítas Cisto (bradizoíta) Ingestão Esporozoítas Células intestinais Clinical Microbiology Reviews p. 264 –296 Mecanismos de infecção Hospedeiro definitivo Ingestão de carne Cisto com bradizoítas; Pseudocistos com taquizoítas. Enteroepitelial. Leite Taquizoítas. Oocisto esporulado. Enteroepitelial e extraintestinal. Mecanismos de Transmissão Hospedeiro intermediário Oocisto esporulado Passiva oral; Água; Alimentos contaminados. Inalado; Carreados por insetos coprófagos; Acidentes de laboratório. Taquizoítas Ovos crus; Ingestão de leite cru; Transfusão de sangue. Cistos ou pseudocistos Carne crua ou mal cozida Transplacentária Transplante de órgãos. Patogenia Hospedeiro Definitivo: Hospedeiro Intermediário: Assintomático em 90% dos casos. Penetração/Multiplicação dos taquizoítas áreas de necrose em órgãos vitais. Aparecimento de anticorpos ecura clínica. 18 Lise celular enterite (assintomático). Fase aguda Fase sub-aguda e crônica: Formas clínicas e sintomatologia Toxoplasmose congênita ou neonatal Mulheres com infecção crônica - não transmitem para o filho * Mulheres primigestas * - riscos de alta gravidade Risco de Infecção x Gravidade 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre Até o 6º mês de gestação Quadro agudo ou subagudo: Hepatoesplenomegalia; Icterícia; Exantema; Linfadenopatia; Meningoencefalite. Ocorre na vida intrauterina Morte ou aborto Sequelas Formas clínicas e sintomatologia Último trimestre Assintomática ou branda Regressão das alterações viscerais Permanência dos danos neurooculares Invade todos os órgãos do hospedeiro Sistema Nervoso Retina Manifestação dos sintomas Nascimento, dias, semanas ou meses depois Tríade de Feldman Retinocorioidite Calcificações cerebrais Aumento do volume craniano 20 – 30% das crianças Formas clínicas e sintomatologia Lesões oculares Bilaterais Edema de retina Degeneração e inflamação – áreas necrosadas Coroide Alterações vasculares Edema Infiltrados inflamatórios Hemorragias Neurite óptica Estrabismo Irite Alterações neurológicas Perturbações psicomotoras Convulsões Rigidez de nuca Microcefalia Hidrocefalia Retinocoroidite Cicatrização com reativação Formas clínicas e sintomatologia Toxoplasmose pós natal Maioria assintomática Casos sintomáticos: Formas subclínicas - sem queixas História de primo infecção materna ou persistência de títulos no lactente Formas com adenopatia Sem febre Com febre Mal estar Mialgia Cefaleia Anoexia Retinocoroidite Sequela de infecções tardia ou congênita Casos graves Exantema macropapular Miocardite Meningite Esplenite Hepatite Pneumonia Morte – 1 semana Formas clínicas e sintomatologia Toxoplasmose em imunocomprometidos Parasito oportunista Maioria: encefalite aguda Letargia Alucinações Psicose Perda de memória ou conhecimento Convulsões Paralisia dos nervos cranianos 2%: Toxoplasmose extracerebral Pulmonar Cardíaca Ocular Morte – poucos dias Diagnóstico Clínico: Praticamente impossível na Toxoplasmose do adulto; Sugestiva em casos de retinocoroidite; Toxoplasmose congênita mais característica. Diagnóstico Laboratorial: Evidenciação Parasitológica Pesquisa de anticorpos (IgG, IgM, IgA) Pesquisa molecular (PCR) 24 Confirmação diagnóstica Nos hospedeiros definitivos ocorrem tanto reprodução assexuada, quanto reprodução sexuada. Nos hospedeiros Intermediários, ocorre apenas reprodução assexuada. 24 Evidenciação Parasitológica Histopatologia Imunohistoquímica Isolamento de Toxoplasma gondii. Animais de laboratório Cultivo de células. 25 Confirmação diagnóstica Nos hospedeiros definitivos ocorrem tanto reprodução assexuada, quanto reprodução sexuada. Nos hospedeiros Intermediários, ocorre apenas reprodução assexuada. 25 Pesquisa de anticorpos Técnica do corante (Sabin Feldman) Neutralização específica do parasita vivo na presença de anticorpos e complemento Reação de imunofluorescência indireta Hemaglutinação ELISA Avidez IgG Discriminar infecções passadas e recentes 26 Confirmação diagnóstica Nos hospedeiros definitivos ocorrem tanto reprodução assexuada, quanto reprodução sexuada. Nos hospedeiros Intermediários, ocorre apenas reprodução assexuada. 26 Infecção passada Não repetir Avidez: Baixa (<50%) / intermediária (50 – 60%) – infecção aguda Alta (> 60%) – infecção crônica Epidemiologia Distribuição Cosmopolita: Uma das zoonoses parasitárias mais comuns por todo o mundo 28 Adaptado de PAPPAS et al., 2009 Nos hospedeiros definitivos ocorrem tanto reprodução assexuada, quanto reprodução sexuada. Nos hospedeiros Intermediários, ocorre apenas reprodução assexuada. 28 Epidemiologia Formas viáveis de T. gondii isoladas de carnes e produtos cárneos. Cistos permanecem infectantes: - Carcaças refrigeradas de 1 a 4°C por mais de 3 semanas e em peças congeladas entre -1 e -8°C por mais de 1 semana. - Após o aquecimento por 4 minutos a 60°C ou 10 minutos a 50°C. Os cistos de bradizoítas são mortos em temperaturas iguais ou superiores a 67°C. 29 Nos hospedeiros definitivos ocorrem tanto reprodução assexuada, quanto reprodução sexuada. Nos hospedeiros Intermediários, ocorre apenas reprodução assexuada. 29 Epidemiologia Gatos Uma única vez; Imunosuprimidos podem reagudizar e voltar a liberar; Gatos de ruas são mais soroprevalentes. A dispersão dos oocistos pode ser feita pela chuva, pelo vento ou pela fauna coprófila. No Brasil, consumo de carne crua/mal cozida: Favorece infecção. Manuseio de carnes cruas Fator de risco para a infecção. 30 Nos hospedeiros definitivos ocorrem tanto reprodução assexuada, quanto reprodução sexuada. Nos hospedeiros Intermediários, ocorre apenas reprodução assexuada. 30 Profilaxia Limpeza diária dos locais onde dormem os felinos assim como a remoção de suas fezes Gestantes não devem realizar tarefas referentes a higiene dos gatos Evitar alimentar os gatos com carne crua ou mal cozida Usar luvas para prática da jardinagem Cuidados com tanques de areia destinados à recreação infantil Consumir água filtrada e/ou fervida Carne e derivados devem receber tratamento térmico adequado Impedir o acesso de gatos aos reservatórios de água A salga também inviabiliza os cistos Não provar carne durante seu cozimento Manter hábitos de higiene adequados: Acompanhamento sorológico das gestantes
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