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Manual de Fitopatologia II pdf


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL 
 UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASSILÂNDIA 
 BACHARELADO EM AGRONOMIA 
Cassilândia-MS 
Novembro 2017 
 
 
 
 
Manual de Fitopatologia II 
 
 
 
Discentes: Gabriela de Laet Silva 
 Gabriela Moura Serafim 
Docente: Glaucia Figueiró 
Disciplina: Fitopatologia Aplicada II 
 
 
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL 
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASSILÂNDIA 
BACHARELADO EM AGRONOMIA 
 
 
Manual de Fitopatologia II 
Este manual teve como objetivo, identificar e classificar 
diferentes doenças causadas por diferentes patógenos, em 
diferentes cultivares em sintomatologia, etiologia e 
epidemiologia da disciplina de Fitopatologia Aplicada II, 
ministrada pela Prof. Glaucia Figueiró. 
 
Discentes: Gabriela de Laet Silva 
 Gabriela Moura Serafim 
Docente: Glaucia Figueiró 
Disciplina: Fitopatologia Aplicada II 
Cassilândia – MS 
Novembro de 2017 
 
3 
 
Sumário 
1. Antracnose na cultura do maracujá ..................................................................................................................................................................4 
2. Verrugose na cultura do limão .........................................................................................................................................................................5 
3. Mancha angular na cultura do algodão ............................................................................................................................................................6 
4. Podridão vermelha na cultura da cana-de-açúcar ..............................................................................................................................................7 
5. Podridão negra na cultura do abacaxi 
................................................................................................................................................................................8 
6. Leprose na cultura do 
limão................................................................................................................................................................................................9 
7. Mancha de alternária na cultura da seringueira 
..............................................................................................................................................................10 
8. Mancha angular na cultura do 
caju...................................................................................................................................................................................11 
9. Mancha de periconia na cultura da 
seringueira................................................................................................................................................................12 
10. Sigatoka amarela na cultura da 
bananeira........................................................................................................................................................................13 
11. Referencias 
.......................................................................................................................................................................................................................14 
 
 
 
 
 
4 
 
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Nome comum: Maracujá 
Nome cientifico: Passiflora edulis 
Local de Coleta: UEMS – Cassilândia 
Etiologia: É causada pelo fungo Colletotrichum 
gloeosporioides 
Nome comum da doença: Antracnose 
Nome cientifico da doença: Colletotrichum gloeosporioides 
Sintomatologia: A antracnose provoca sintomas em toda a 
parte aérea da planta, destruindo folhas, frutos e ramos. Os 
sintomas iniciais nas folhas são pontos encharcados de 
formato arredondado. O número e o tamanho das manchas 
são variáveis, coalescentes ou não, que evoluem para 
manchas de formato irregular, cor marrom-clara a marrom- -
escura e bordos indefinidos. Sobre as manchas podem ser 
observados pequenos pontos pretos na parte superior ou 
inferior da folha. 
Epidemiologia: O agente causal sobrevive em restos 
culturais e tecidos infectados na própria planta, ou em outras 
plantas hospedeiras vizinhas dos pomares. Sua dispersão 
ocorre principalmente por meio de respingos de água. A sua 
ação é favorecida por alta umidade, principalmente chuvas 
abundantes. A temperatura próxima de 27ºC favorece a 
produção dos esporos. Chuvas menos intensas favorecem o 
progresso da doença numa mesma planta já infectada, 
enquanto que chuvas acompanhadas de ventos tendem a 
transportar o fungo para outras plantas. 
 
1. Antracnose na cultura do maracujá 
 
Controle: 
 Podas de limpeza; 
 Remoção de restos culturais como folhas e frutos; 
 Uso de mudas sadias, produzidas em locais onde não ocorra a doença, manejo da 
irrigação e adubação equilibrada; 
 
 
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9 
 
 
 
 
 
Nome comum: Limão 
Nome cientifico: Citrus × limon 
Local da Coleta: UEMS – Cassilândia 
Etiologia: Os agentes causais da doença são Elsinöe. fawcetti 
Bitancourt & Jenkins, correspondente, na fase imperfeita, a 
Sphaceloma. fawcetti Jenkins, causador da verrugose da laranja-azeda 
(Zambolim et al., 1997). 
Nome comum da doença: Verrugose 
Nome cientifico da doença: Elsinöe fawcetti 
Sintomatologia: Os sintomas gerais das duas verrugoses são muito 
semelhantes, a verrugose da laranja azeda afeta ramos, folhas e frutos, 
ao passo que a verrugose da laranja doce afeta quase que só frutos, 
sendo raramente encontrada em folhas ou ramos. A verrugose é doença 
de órgãos em desenvolvimento. Os frutos são suscetíveis até atingirem 
o tamanho aproximado de um quarto do seu diâmetro final. Em frutos, 
as lesões são também irregulares, salientes, corticosas, de coloração 
palha ou cinza escura. As lesões são maiores e mais salientes quanto 
mais novo for o tecido 
Epidemiologia: A produção de conídios requer condições de elevada 
umidade. A disseminação é feita por respingos de água a curtas 
distâncias e pelo vento a longas distâncias. Os conídios podem também 
ser dispersos de outras formas, como por insetos, ácaros, homem, etc. 
Os conídios são muito frágeis e em períodos secos sobrevivem sobre as 
lesões por períodos muito curtos. Entretanto, o fungo consegue 
sobreviver de um ano para outro em lesões de órgãos afetados. Quando 
sobre em condições favoráveis, essas lesões esporulam 
abundantemente após 1-2 horas de molhamento contínuo. 
Controle: 
 
 Pulverizações com fungicidas, visando sempre a proteção de tecidos 
jovens 
 Controle cultural 
 Alternar fungicidas 
 
2 Verrugose na cultura do Limão 
 
6 
 
 
Nome Comum: Algodão 
Nome Cientifico: Gossypium hirsutum L. 
Local da Coleta: UEMS – Cassilândia 
Etiologia: Agente causal Xanthomonas axonopodis pv. Malvacearum 
Nome comum da doença: Mancha Angular (Crestamento bacteriano) 
Nome cientifico da doença: Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum 
Sintomatologia:Na folha são lesões angulares distribuídas por todo o limbo 
foliar, delimitadas pelas nervuras e de aspecto oleoso. Na bráctea são lesões 
circulares e também de aspecto oleoso. No pecíolo e ramos são manchas 
alongadas e necróticas. Na maçã são lesões circulares e no início apresentam 
aspecto oleoso e escuro e posteriormente ficando pretas e deprimidas. 
Epidemiologia: Disseminação Pela semente infectada (Inóculo primário), 
pelos restos de cultura, pelo vento, pela chuva, pela irrigação, pelos danos 
mecânicos (Insetos e implementos). Condições favoráveis Temperaturas de 
30ºC a 36ºC e umidade relativa do ar alta (Acima de 85%), alta pluviosidade 
e adensamento de plantas. 
 
Controle: 
 Plantios menos adensados e conduzidos de forma a evitar o 
sombreamento excessivo entre plantas; 
 Controle químico; 
 Uso de cultivar resistente. 
 
 
3 Mancha Angular na cultura do Algodão 
 
7 
 
 
Nome comum: Cana- de-açúcar 
Nome cientifico: Saccharum officinarum 
Local de coleta: UEMS- Cassilândia 
Etiologia: A Podridão-Vermelha é causada pelo fungo mitospórico 
Colletotrichum falcatum. O fungo é um parasita obrigatório que infecta 
a planta por meio de conídios (esporos) e lesões nos tecidos vegetais. O 
fungo produz acérvulos sub-epidérmicos eruptivos com setas retas ou 
tortuosas, pardo-escuras, septadas e abundantes. Na base das setas 
estão conidióforos curtos, simples, hialinos, com conídios fusiformes 
unicelulares, hialinos e envoltos em massa gelatinosa que dá ao 
conjunto tom levemente rosado com tamanho variando. 
Nome cientifico: Colletotrichum falcatum 
Nome comum: Podridão vermelha 
Sintomatologia: Fase de germinação de toletes: morte de gemas e 
redução na germinação; Colmos: podridão vermelha internamente; 
Nervura central: lesões vermelhas que depois ficam com centro mais 
claro; Bainhas das folhas de cor palha: recoberta de pontuações negras; 
Região nodal: áreas necrosadas que evoluem até completa necrose do 
entrenó. 
Epidemiologia: As lesões na nervura central são consideradas a maior 
fonte de inóculo durante a fase de crescimento da planta. Colmos 
afetados também são fontes de inóculo importantes. A disseminação do 
inóculo acontece pela ação dos ventos, chuva, orvalho e água de 
irrigação. Outros hospedeiros do fungo não são considerados fontes de 
inóculo representativas. Tanto a disseminação quanto a severidade dos 
sintomas estão relacionados com condições ambientais. Após o plantio, 
os sintomas são mais severos em condições de umidade excessiva do 
solo. 
 
Controle: 
 Uso de variedades resistentes 
 Controle de pragas, especialmente a broca da cana 
 Boa drenagem do solo e boa procedência de mudas que garantam a 
rápida germinação dos toletes. 
 
 
4 Podridão Vermelha na cultura da Cana-de-açúcar 
 
8 
 
 
 
Nome comum: Abacaxi 
Nome popular: Ananas comosus 
Local de coleta: UEMS- Cassilândia 
Etiologia: O agente causal da podridão negra, Ceratocystis paradoxa (De 
Seynes) Moreau, é um fungo ascomiceto. Corresponde, na fase anamórfica, ao 
fungo imperfeito, Thielaviopsis paradoxa (De Seynes) Hoehn. Além de 
possuir grande nnúmero de plantas hospedeiras, também vive 
saprofiticamente, sem apresentar grande dificuldade de sobrevivência de um 
ano para outro. O patógeno é, essencialmente, um parasita que necessita de 
ferimento para infectar, não causando lesões em órgãos sadios, exceto quando 
os tecidos são muito novos ou quande exposto á condições de alta umidade. 
Nome cientifico: Ceratocystis paradoxa (De Seynes) Moreau (Thielaviopsis 
paradoxa) (De Seynes) Hoehn. 
Nome popular: Podridão negra 
 
Sintomatologia: A doença manifesta-se quase que exclusivamente no fruto 
maduro, especialmente na região da inserção do pedúnculo e a base do fruto. 
Em frutos maduros, a doença é caracterizada pela decomposição total dos 
tecidos, que amolecem, liquefazem-se e adquire uma coloração pardo-
amarelada deixando exalar um cheiro etéreo agradável, originário da 
fermentação da glicose. O fungo penetra sempre por ferimento e pode e pode 
colonizar todo o fruto, incluindo-se a casca e a parte basal das folhas. 
Epidemiologia: O patógeno pode sobreviver na forma de microconídios e 
clamidósporos, no solo ou na fruta apodrecida. Sob condições de alta umidade 
relativa do ar, os esporos podem ser produzidos nos restos de cultura e 
disseminados pelo vento para frutas ainda não colhidas. Os principais agentes 
de disseminação são o vento, insetos (atraídos pelo cheiro adocicado dos 
tecidos infectados) e por salpicos de chuvas. 
 
Controle: 
 
 Não realizar colheita em dias chuvosos 
 Deixar um pedaço do pedúnculo no fruto durante a colheita 
 Desinfetar os locais de embalagem e o armazenamento de 
frutos 
 
 
5 Podridão Negra na cultura do Abacaxi 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome comum: Limão 
Nome cientifico: Citrus x limon 
Local de coleta: UEMS – Cassilândia 
Etiologia: Provocada pelo vírus Citrus leprosis vírus 
(CiLV) e transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis 
 
Nome comum da doença: Leprose 
Nome cientifico da doença: Brevipalpus phoenicis 
Controle: 
 Controle químico com acaricidas; 
 Erradicação das plantas quando as lesões atingem 
toda a copa; 
 Aquisição de mudas sadias 
 
 
6 Leprose na cultura do Limão 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome comum: Seringueira 
Nome cientifico: Hevea brasiliensisNome cientifico: 
Hevea brasiliensis 
Local da coleta: UEMS- Cassilândia 
Etiologia: Doença foliar causada pelo fungo Alternaria 
sp. Pode ocorrer em viveiros e jardins clonais, sem 
muita importância. 
Nome comum da doença: Mancha-de-Alternaria 
Nome científico da doença: Alternaria dauci 
Controle: 
 Uso de fungicidas. 
 
 
 
 
7 Mancha-de-alternaria na cultura de Seringueira 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Mancha angular na cultura do Caju 
 
Nome comum: Caju 
Nome cientifico: Anacardium occidentale 
Local de coleta: UEMS – Cassilândia 
Etiologia: A mancha-angular é causada pelo fungo Septoria 
anacardii Freire 
Nome comum da doença: Mancha angular 
Nome cientifico da doença: Septoria anacardii Freire 
Controle: 
 Poda de limpeza; 
 Controle químico; 
 Cultivar resistente. 
 
 
129 Mancha-de-periconia na cultura de Seringueira 
 
Nome comum: Seringueira 
Nome cientifico: Hevea brasiliensis 
Local da coleta: UEMS- Cassilândia 
Etiologia: O fungo P. manihoticola apresenta 
conidióforos livres, simples, eretos, de marrom-claros a 
marrom-escuros, raramente ramificados, que têm um ou 
alguns poucos septos, com terminais apresentando 
dilatações ou cabeças, a partir das quais brotam células 
conidiogênicas em forma de barril, produtoras de 
conídios em cadeia 
Nome comum da doença: Mancha-de-Periconia 
Nome cientifico da doença: Periconia manihoticola 
(Vincens) 
Controle: 
 Uso de fungicidas 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome comum: Bananeira 
Nome cientifico: Musa spp. 
Local de coleta: UEMS- Cassilândia 
Etiologia: A Sigatoka-amarela é causada pelo fungo 
Mycosphaerella musicola Leach. estádio perfeito de 
Pseudocercospora musae Zimm.. No estádio anamórfico ou 
imperfeito, o fungo forma estromas definidos em ambas as 
faces da folha. São mais abundantes na face inferior. Sobre 
os estromas, desenvolvem-se conidióforos, os quais são de 
coloração pálida ou pardo-olivácea, sem septos, retos ou 
ligeiramente recurvados, muitas vezes com formato de 
garrafa. 
 Nome cientifico: Pseudocercospora musae Zimm 
 Nome comum: Sigatoka- amarela 
Controle: 
 Medidas culturais como a melhoria de drenagem 
 Controle de plantas daninhas 
 Espaçamento correto para a cultivar plantada e 
adubação. 
 
 
 
10Sigatoka-amarela na cultura da Bananeira 
 
14 
 
11 Referências 
ALGODÃO BRASILEIRO. Carlos Ballaminut. Disponível em: 
http://www.algodao.agr.br/cms/index.php?option=com_content&task=view&id=73&Itemid=97. Acessado em: 19/11/2017. 
AGROCIM - CENTRO DE INTELIGÊNCIA EM MERCADOS 2009, Disponivel em: www.agrocim.com, acessado em 19/11/2017.AGROFIT. 
Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acessado em: 19/11/2017. 
BIANCHINI, A., MARINGONI, A.C., CARNEIRO, S.M.T.P.G. In: KIMATI, H., AMORIN, L.A., REZENDE, J.A.M., BERGAMIM FILHO, 
A., CAMARGO, L.E.A. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. Cap.66 p.597-606. Ed. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 
2011. 
Embrapa, Doenças em campo. Disponivel em: 
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/caju/arvore/CONT000fielsfi902wyiv80z4s473ewtp564.html#. Acessado em 19/11/2017. 
FISCHER, I.H.; KIMATI, H. & REZENDE, J.A.M. Doenças do Maracujazeiro. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; 
BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. (Ed.) Manual de Fitopatologia. v2. 4.ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. p. 467-474 
JUNQUEIRA, N.T.V.; BRAGA, M.F.; FALEIRO, F.G.; PEIXOTO, J.R.; BERNATTI, L.C. Potencial de espécies silvestres de maracujazeiro 
como fonte de resistência à doenças. In: FALEIRO, F.G.; JUNQUEIRA, N.T.V.; BRAGA, M.F. (Ed.) Maracujá germoplasma e melhoramento 
genético. Brasília, DF: Embrapa Cerrados, 2005. p. 80-108. 
MACCHERONI, W.; MATSUOKA, S. Manejo das principais doenças da cana-de-açúcar. p. 12. In: SEGATO, S. V.; PINTO, A. S.; 
JENDIROBA, E.; NÓBREGA, J. C. M. (Organizadores). Atualização em produção em cana-de-açúcar. Piracicaba: CP, 2006. 415 p. 
STOVER, R.H. eds. Sigatoka leaf spot diseases of bananas. San José, Costa Rica, 1990. Proceedigs for na international workshop, San José, 
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