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RESPIRAÇÃO 1° erro: controle respiratório é assunto da iniciação (nível 1). O controle respiratório é, de fato, abordado pela primeira vez no nível 1, mas ele é assunto relevante para os primeiros 12 ou 18 meses de aula. A conquista, por exemplo, de uma boa apneia inspiratória e de uma boa expiração submersa são objetivos típicos do nível inicial, mas a correta fixação e o domínio desta habilidade leva vários meses, principalmente em se tratando de diferentes movimentos, diferentes decúbitos e diferentes nados. 2° erro: na natação, a inspiração deve ser pela boca e a expiração é livre (boca/nariz). Quando estamos na água, tão importante quanto uma inspiração bucal e uma expiração quase que exclusivamente nasal, ou seja, na água há uma inversão total da mecânica respiratória terrestre: deve-se inspirar pela boca e expirar pelo nariz. Tolerâncias com a expiração devem ser aplicadas apenas e tão somente em alunos com dificuldades muito especiais de nariz, como desvio de septo nasal, adenóides hiperplásicas, rinites alérgicas, etc. E, além disso, muito cedo, deve-se trabalhar a dinâmica correta também: inspira-se pela boca (rapidamente) e expira-se pelo nariz (lentamente). 3° erro: expirações submersas na borda da piscina são uma atividade essencialmente de descanso. Não que isso seja falso, mas falta aí enxergar talvez a principal razão desta atividade tão comum nas aulas: a repetição e a consequente automatização da mecânica respiratória correta, que ao longo do aprendizado será agregada à técnica dos diferentes nados. Portanto, quando o aluno pratica essas respirações, deve-se dosá-las em número para que o aluno descanse da atividade anterior, mas também deve-se acompanhar com atenção a sua execução e verificar se a mecânica e a dinâmica estão sendo executadas corretamente. 4° erro: uma vez aprendida e automatizada, a respiração pode ser “encaixada” facilmente nos nados. A correta aprendizagem dos nados exige que, quando o assunto é respiração correta, isso seja relacionado sempre à respiração técnica daquele nado com as respirações praticadas na borda (citadas no 3º equívoco). E este processo, além de explícito (ou seja, é preciso falar dessa relação diversas vezes), não é simples: leva tempo, exige concentração por parte do aluno e perseverança e vigilância dos professores. É claro que o fenômeno conhecido em Aprendizagem Motora como transferência facilitará a vida dos alunos que melhor executam a respiração na borda, mas isso não significa que quem “respira” bem na borda o fará necessariamente em deslocamento na água
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