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Mecanismos de Malformações Congênitas e Gemelidade

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Mecanismos de Malformações Congênitas e Gemelidade
Malformações Congênitas
São quadros patológicos que se originam durante a embriogênese devido à falha de um ou vários mecanismos do desenvolvimento. 
Os causadores destas malformações congênitas são chamados de agentes teratogênicos. Estes podem atuar tanto antes da gestação, atingindo células somáticas e germinativas, quanto durante a gestação, atingindo somente o embrião. 
O período embrionário é o mais vulnerável aos agentes teratogênicos pelo fato da sinalização molecular e a indução embrionária procederem a diferenciação morfológica, o período durante o qual as estruturas são sensíveis à interferência dos teratógenos precedem o estágio no qual seu desenvolvimento de torna visível.
Algumas más-formações congênitas não são caracterizadas pelo fato de serem alterações tão graves que torna a vida inviável, gerando um aborto.
As principais causas pelos agentes teratogênicos são: 
Radiações Ionizantes
A radiação causa ionização dos átomos que afeta moléculas, que afetam órgãos que podem afetar a todo o corpo. Além de provocar alterações funcionais celulares, também se caracterizam pela formação de efeitos que provocam a variações morfológicas. Entende-se como variações morfológicas as alterações em certas funções essenciais ou a morte imediata da célula, isto é, dano na estrutura celular.
A exposição da radiação é mais perigosa em embriões e fetos devido à alta sensibilidade dos mesmos. Os efeitos mais prováveis vão da falha de fixação do embrião, nas primeiras semanas de gestação, até o retardo mental severo. O período mais perigoso para exposição está no primeiro trimestre da gestação, fase em que ocorre o desenvolvimento embrionário e formação do feto. O embrião em desenvolvimento é composto de células que se dividem muito rapidamente, células que são radiosensíveis e assim os efeitos intrauterinos acabam induzindo a formação de má formação do embrião em desenvolvimento.
Substâncias Químicas
São reconhecidas cerca de 30 teratógenos químicos com ação confirmada. Alguns ainda permanecem com efeitos controversos, sendo de bom senso evitar o seu uso de medicamentos/substâncias químicas durante a gestação. 
São medicamentos/substâncias químicas conhecidamente associados a malformações fetais:
Talidomida: malformação dos membros e defeitos no desenvolvimento em diversas crianças.
Corticoides: causam fenda palatina.
 Tolbutamida (para diabetes melitus tipo II): malformações em animais de laboratórios.
 Tetraciclina: malformações ósseas e defeitos nos dentes.
 Varfarina: causa hidrocefalia e defeitos ósseos.
 Anfetaminas: malformações cardíacas, fenda palatina e lábio leporino.
 Cocaína, heroína e tabaco: retardo mental, pouco desenvolvimento físico, malformações faciais, diminuição do peso da criança. 
Agentes Infecciosos
Existem vários vírus teratógenos em humanos que podem causar malformações, entre eles estão: 
Vírus da Rubéola: malformações cardíacas e surdez. 
Citomegalovírus: devido a doença ser fatal quando atinge o embrião e o feto jovem, acredita-se que a maioria das gestações termina em aborto quando ocorre no 1º trimestre. Quando não ocorre o aborto, causam a microcefalia, retardo mental e microftalmia.
HIV: Pode levar a malformações congênitas, tais como, lábio leporino, microcefalia e defeitos craniais.
Fatores Nutricionais ou Metabólicos
Existem vários fatores nutricionais/metabólicos que acarretam malformações, mas as mais conhecidas são:
Ácido fólico: sua carência pode levar à má formação do tubo neural.
 Iodo: sua falta pode levar ao cretinismo. 
Reação Autoimune
A mais conhecida é a passagem de anticorpos antitireoideanos, que acarreta à formação do cretinismo.
Fatores Vinculados ao Aumento da Idade Materna
A malformação nesse fator ocorre por causa da não disjunção, ou seja, a um erro da divisão celular na qual um par de cromossomos não se separa na meiose ou mitose, o que leva a formação de um zigoto com número alterado de cromossomos (45 ou 47 cromossomos).
Além das causas citadas, existem os fatores de origem genética, que nada mais é que um defeito presente nas células germinativas, herdado de um dos pais ou de ambos. O que gera as malformações genéticas são as mutações que ocorrem em virtude da ação dos agentes teratogênicos, que alteram os genes produzindo proteínas sem função ou até mesmo tornando o gene inativo.
Algumas das possíveis mutações que pode ocorrer são:
Aneuploidia
É quando não existem os 46 cromossomos, mas, sim, 45 (monossomia) ou 47 (trissomia), que podem dar origem a doenças como Síndrome de Turner (monossomia do X), Síndrome de Down (trissomia do 21) e Síndrome de Patau (trissomia do 13). Elas ocorrem devido a não disjunção dos cromossomos homólogos ou das cromátides irmãs, durante a meiose
Mosaicismo
É quando ocorre erros de não disjunção durante o desenvolvimento do zigoto. Apesar de muitos casos de mosaicismos não causarem sintomas ou qualquer consequência para a saúde da pessoa, esta situação pode provocar o surgimento de diversas complicações e doenças para a pessoa portadora, e alguns exemplos são: Predisposição ao câncer, Predisposição a abortos espontâneos e Osteogênese imperfeita.
Gemelidade
É a gestação múltipla, que nada mais é que a presença de 2 ou mais conceptos no útero ou fora dele. Fatores como técnicas de reprodução assistida e idade materna avançada têm favorecido o aumento de casos de gêmeos.
A gemelidade possui dois classificações:
Dizigóticos: fraternos ou bivitelinos. Correspondem a 2/3 dos gemelares. No momento da ovulação são expelidos dois ovócitos, ao invés de um, e ambos são fecundados (cada um por um espermatozóide diferente); por terem origem biovular, podendo ter o mesmo sexo ou não.
Monozigóticos: univitelinos. Um único zigoto sofre desenvolvimento irregular, dando origem a 2 indivíduos que são considerados idênticos do ponto de vista genético; É formado no período entre 1 e 14 dias depois da fecundação. A divisão precoce resulta em gêmeos dicoriônicos; A divisão mais tardia dá origem a placentação monocoriônica, porém diamniótica (tipos mais comumente visto de gêmeos monozigóticos); A divisão um pouco mais tardia resulta em gêmeos monocoriônicos e monoamnióticos; uma divisão ainda mais tardia (acima do décimo segundo dia após a fecundação) resulta em gêmeos unidos por alguma parte do corpo (gêmeos acolados).
Suas subdivisões são:
Corionicidade: refere-se ao número de placentas. Relacionado à morbimortalidade perinatal. Entre 6 a 9 semanas de gestação é a melhor fase para diagnosticar gestações gemelares; quando há a visualização de 1 saco gestacional é considerado monocoriônica; 2 sacos gestacionais é dicoriônicas. Gêmeos dizigóticos serão sempre dicoriônicos. 
 Amniocidade: refere-se ao número de cavidades amnióticas. Relacionado à morbimortalidade também, em especial, a intraútero.

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