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Intervenções Cirúrgicas Corporais

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ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 
 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 
 
 
SUMÁRIO 
 
ASSUNTO PÁGINA 
1 - ABDOMINOPLASTIA 2 
2 - CICATRIZES NAS ABDOMINOPLASTIAS 3 
3 - CIRURGIA 4 
4 - SITUAÇÕES EM QUE O ESTETICISTA PODERÁ ATUAR 7 
5 - ESTRIAS 8 
6 - CICATRIZAÇÃO 10 
7 - LIPOASPIRAÇÃO 13 
8 - ANESTESIA EM CIRURGIA PLÁSTICA 17 
9 - FIOS DE SUTURA 20 
10 - LIPOENXERTIA 24 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 2 
 
1 - ABDOMINOPLASTIA 
 
Abdominoplastia ou Dermolipectomia abdominal é a cirurgia plástica do abdome. A 
abdominoplastia destina-se à remoção de gordura localizada no abdome inferior, assim 
como da flacidez de pele ao redor da região umbilical e das estrias situadas entre o 
umbigo e os pêlos pubianos. Não consegue eliminar as estrias dos flancos (região lateral) 
ou da região superior ao umbigo. Ao contrário do que se pensa, NÃO CORRIGE A 
FLACIDEZ DE PELE, mas sim se retira parte da pele flácida. Habitualmente não deve ser 
encarado como uma opção entre este procedimento e a lipoaspiração. Nos casos de 
lipoaspiração pura, não há flacidez de pele, mas somente excesso localizado de gordura 
em uma região com boa textura e elasticidade da pele. 
Pode ser subdividida em várias técnicas: 
 Mini abdominoplastia sem descolamento do umbigo, 
 Mini abdominoplastia com descolamento do umbigo, 
 Abdominoplastia clássica, 
 Abdominoplastia com descolamentos mínimos e lipoabdominoplastia. 
 
Na primeira, trata-se somente a porção inferior do umbigo, não havendo necessidade de 
reposicioná-lo. Na mini abdominoplastia com descolamento do umbigo, retira-se um fuso 
de pele e tecido abdominal inferior e descola-se o umbigo da musculatura; este último é 
suturado dois a três centímetros abaixo da sua posição original. Na abdominoplastia 
clássica, trabalha-se todo o abdome anterior com um descolamento amplo até a costela; 
retira-se um fuso grande de tecido abdominal inferior e confecciona-se um novo orifício 
para o umbigo. Na abdominoplastia com descolamentos mínimos e na técnica de 
lipoabdominoplastia procede-se a lipoaspiração do retalho abdominal procurando liberá-lo 
da musculatura sem lesão dos vasos perfurantes; há tratamento dos excessos cutâneos 
inferiores e confecção de um novo orifício umbilical. A cirurgia plástica do abdome não 
deve ser considerada como um tratamento de emagrecimento, apesar de nos casos de 
grandes obesos que perderam peso as ressecções de tecidos serem, às vezes, de 
grandes proporções. Pessoas demasiadamente obesas obtêm resultado pouco 
satisfatório com a cirurgia. Nestes casos, a indicação cirúrgica poderá ser feita apenas por 
razões funcionais e higiênicas. 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 3 
 
Consideramos que o importante nestas cirurgias não é o que se retira, mas sim a 
manutenção das proporções do corpo e da harmonia como um todo, após estas 
ressecções. A cirurgia é capaz de corrigir apenas um pequeno grau de flacidez muscular 
da parede abdominal, que possa acompanhar os excessos de tecidos. Quando existe 
uma flacidez média a grande da musculatura, com projeção em abdome superior 
(“sensação de estômago alto”) ou inferior ao umbigo, a cirurgia plástica não dispõe de 
meios para hipertrofiar ou aumentar o tônus muscular. 
 
Assim, podemos reposicionar os músculos retos do abdome que estejam afastados após 
uma gravidez (diástase dos retos), distensões abdominais prolongadas ou mesmo por 
incompetência muscular, MAS NÃO PODEMOS TRANSFORMAR UMA MUSCULATURA 
FLÁCIDA/ABAULADA EM UMA MUSCULATURA HIPERTROFIADA/ RETA. Como 
também se trata de cirurgia de contorno, a abdominoplastia muitas vezes é acompanhada 
de lipoaspiração de flancos (porção lateral do abdome), dorso, ou outras áreas de 
necessidade para a harmonia deste segmento corporal. 
 
 
2 - CICATRIZES NAS ABDOMINOPLASTIAS 
 
Podem ser de tamanhos variáveis de acordo com a quantidade e localização do excesso 
de tecidos a serem removidos. Elas se caracterizam por uma linha arqueada, sendo baixa 
na região pubiana e elevando-se em direção lateral. O prolongamento lateral da cicatriz é 
tanto maior quanto maior for a “sobra” de pele. Em determinadas situações em que não 
há dispensabilidade suficiente dos tecidos para alcançar a região pubiana ou quando se 
apresenta uma posição “alta” do umbigo, haverá a necessidade da complementação da 
cicatriz arqueada com um pequeno traço vertical mediano, deixando o aspecto final de um 
“T” invertido. 
 
Cada situação é particular e não depende do cirurgião, mas sim das condições 
anatômicas de cada abdome. Pode estar certo de que serão posicionadas as menores 
cicatrizes necessárias a um bom resultado estético. A marcação das incisões (futuras 
cicatrizes) obedecem o padrão do tipo de calcinha ou biquíni utilizado no dia da cirurgia e 
da posição da cicatriz de cesariana prévia (se existente). 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 4 
 
No entanto, apesar de ser planejada de forma a ficar “escondida”, a posição final da 
cicatriz pode subir um pouco, podendo “aparecer” logo acima da mesma calcinha ou 
biquíni utilizado para esta marcação. 
A posição final da cicatriz é, na verdade, a resultante da força de tração do retalho 
abdominal para cima versus a resistência a tração do tecido supra púbico (região 
pubiana). Como a força de tração superior do retalho abdominal costuma ser superior, ao 
final da cirurgia, é muito comum à subida desta cicatriz. NÃO É RARO, APÓS A 
CIRURGIA, A PACIENTE TER QUE READAPTAR AS SUAS VESTES ÍNTIMAS ÀS 
NOVAS CICATRIZES, O SUFICIENTE PARA ESCONDÊ-LAS. Havendo a necessidade 
da confecção de um novo orifício para o umbigo, uma pequena cicatriz é colocada ao 
redor do mesmo, mas de forma a escondê-la na depressão umbilical, tanto quanto 
possível. Esta manobra não é necessária nas mini abdominoplastias. 
 
 
3 - CIRURGIA 
 
 A abdominoplastia é realizada sob anestesia peridural com sedação, podendo ser geral a 
critério da equipe cirúrgico-anestésica. Normalmente dura em torno de 3 a 5 horas. 
Lembre-se que o tempo total de permanência no bloco cirúrgico é maior que o tempo real 
da cirurgia, pois o preparo e a recuperação pós-operatória contribuem para este aumento. 
Faz parte do Protocolo de Prevenção de Trombose Venosa Profunda e Tromboembolismo 
Pulmonar a utilização de meias elásticas ou enfaixamento de membros inferiores, mais a 
utilização de um aparelho (Manguito Pneumático de Compressão Intermitente de 
Membros Inferiores), durante todo o procedimento cirúrgico. Desta forma, diminui-se a 
possibilidade de estase ou parada de circulação nas veias das pernas, um dos fatores 
responsáveis pela formação de trombos. A paciente deverá permanecer internada no 
hospital por 1 ou 2 dias, ou por períodos diferentes, de acordo com a avaliação médica de 
cada caso. 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 5 
 
 Técnicas Comuns: 
 Abdominoplastia Clássica: Pela técnica clássica, procedemos à incisão do abdome 
inferior, descolando todo o tecido acima da musculatura até a transição com o 
tórax. Executa-se o tratamento da diástase muscular (se presente), ressecam-se 
os excessos cutâneos gordurosos, reinsere-se o umbigo no novo orifício e 
reposiciona-se o retalho abdominal. 
 
 Lipoabdominoplastia: Através desta técnica, há o descolamento do retalho 
abdominal inicialmente com o auxílio da lipoaspiração, apenas na área lateral e 
superior do abdome. Procede-se a incisão como na técnica clássica e o descola-se 
o retalho acima da musculaturasem agredir os tecidos lateralmente (descolamento 
reduzido), a fim de preservar a irrigação lateral do abdome. Trata-se a diástase 
supra e infraumbilical, retira-se os excedentes cutâneos gordurosos e confecciona-
se o novo orifício umbilical. O final é semelhante à técnica clássica. 
 
 Mini abdominoplastia sem descolamento do umbigo: Pela técnica com 
descolamentos mínimos procede-se a lipoaspiração de toda a parede abdominal 
(profunda), cria-se um túnel na linha média acima da aponeurose muscular onde é 
feita a plicatura, esta última apenas abaixo do umbigo. Retira-se o excedente 
cutâneo gorduroso em forma de fuso restrito a parte inferior do abdome. O restante 
assemelha-se a técnica clássica. 
 
 Mini abdominoplastia com descolamento do umbigo: A mesma técnica que a 
anterior só que se procede a desinserção do umbigo internamente na sua origem 
entre os músculos (sem cicatriz no umbigo). Em seguida, procede-se a plicatura e 
tratamento dos músculos retos abdominais acima e abaixo do umbigo. Retira-se o 
excedente cutâneo inferior em forma de fuso restrito a parte inferior do abdome. O 
restante assemelha-se a técnica clássica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 6 
 
 Abdominoplastia em “Âncora”: Indicada para os pacientes que se submeteram a 
cirurgia de redução do estômago e apresentam uma grande perda de peso, com 
uma flacidez de pele muito grande, além de uma cicatriz mediana acima e abaixo 
do umbigo. O nome é dado em função do formato em âncora que a cicatriz se 
apresenta, prolongando-se superiormente retirando-se a cicatriz antiga e 
confeccionando um novo umbigo; prolonga-se lateralmente, retirando os excessos 
de pele. Esta extensão lateral acompanha a quantidade de pele excedente e, em 
alguns casos, se transforma numa Torsoplastia (abdominoplastia circunferencial), 
se unindo posteriormente (como um cinturão). 
 
Em todas as técnicas são realizados pontos internos do retalho, de tal forma que ficam 
abdominal e retrocedem na medida em que o edema (inchaço) regride. São dados pontos 
de diversos tipos (internos e externos) que serão retirados conforme a programação no 
pós-operatório. Na maioria das vezes são colocados drenos que poderão ser removidos 
entre 24 a 96 horas de pós-operatório, de acordo com a avaliação médica. É realizado 
curativo local e utilizado modelador cirúrgico juntamente com espuma de algodão nos 
primeiros 30 a 60 dias, ou de acordo com a recomendação específica para cada caso. 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 7 
 
4 - SITUAÇÕES EM QUE O ESTETICISTA PODERÁ ATUAR 
Dentro da ideia de participação no pós-operatório, o esteticista poderá contribuir 
sobremaneira nas situações descritas a seguir. 
 
Linfedema do Retalho 
Linfedema de retalho é o inchaço prolongado da região operada. Isso ocorre devido à 
grande incisão cirúrgica, como consequente secção de vasos, mais o extenso 
descolamento de pele e tecido gorduroso. 
Durante esse período, o tecido da região operada fica inchado. 
Os linfedemas são mais acentuados e geralmente mais prolongados quando ocorrem 
complicações como seromas ou infecções. 
 
Irregularidades da superfície abdominal 
São áreas de depressão do abdome operado decorrentes de lipoaspiração e/ou 
lipectomia(retirada de gordura por bisturi ou tesoura) exagerada. Nos casos de pequenas 
irregularidades associadas a inchaço prolongado, o esteticista pode contribuir para a 
regularização de tais áreas. Já nos casos de irregularidades mais acentuadas, torna-se 
necessária uma nova cirurgia. 
 
Áreas anestésicas 
Ocorrem em praticamente todos os pacientes submetidos à abdominoplastia. 
Normalmente diminuem a partir do terceiro mês. Nos casos de linfedema prolongado, a 
sensação anestésica do abdome também se prolonga. O esteticista pode diminuir o 
linfedema, contribuindo para a regressão anestésica da região operada. 
 
Sobre a cicatriz 
O processo biológico da cicatrização é longo e inclui várias etapas. As técnicas de 
massagem sobre o local são indicadas, normalmente, a partir de três semanas de pós-
operatório. O objetivo é auxiliar o próprio processo de cicatrização na obtenção de um 
sinal fino, não elevado, de aspecto estético satisfatório (cicatriz eutrófica). 
Encaminhamento do paciente ao esteticista 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 8 
 
A decisão cabe exclusivamente ao cirurgião plástico. O encaminhamento ao esteticista 
vem aumentando nos últimos anos, em grande parte devido a um convívio maior entre 
esses profissionais. Ele acontece, em geral, entre o quinto e o décimo dia de pós-
operatório, quando o cirurgião percebe que a recuperação está ocorrendo dentro dos 
padrões da normalidade e não há sinais de complicação. Alguns preferem o 
encaminhamento somente após a completa retirada dos pontos cirúrgicos, ou seja, entre 
o décimo quinto e vigésimo dia. 
 
 
5 - ESTRIAS 
 
Caracterizada como uma condição comum da pele, as estrias são causadas pela ruptura 
das fibras elásticas presentes na derme. 
Inicialmente, as estrias apresentam-se com uma tonalidade avermelhada (estrias rubras), 
e após algum tempo, começam a apresentar uma aparência branco-nacarada. Não 
ocasionam nenhum problema médico significativo, no entanto, podem gerar sofrimento e 
redução da autoestima para os indivíduos atingidos. 
 
Abordagens Terapêuticas 
A eficácia dos tratamentos das estrias pode ser grande, mas depende de alguns aspectos 
como idade, tamanho e localização das estrias, tempo de aparecimento da lesão, 
capacidade reacional do paciente, etiologia da lesão, bem como a escolha da técnica e 
tratamento adequado. 
Principais objetivos no tratamento das estrias são: 
 Aumentar a microcirculação e a espessura da derme; 
 Acelerar o crescimento e a espessura da epiderme; 
 Estimular a produção sebácea e restaurar o manto lipídico, para um maior grau de 
hidratação cutânea; 
 Estimular os fibroblastos. 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 9 
 
 
Técnicas Disponíveis na área da estética; 
Microcorrentes e suas aplicabilidades 
A literatura expõe diversas indicações para microcorrentes, dentre elas vale ressaltar o 
uso em cicatrizes em regeneração, processos inflamatórios, pós-operatório de cirurgias 
plásticas faciais e corporais como a mamoplastia, abdominoplastia, lipoaspiração. 
 Cosmetologia: aplicação de cosméticos específicos. 
 
 Vacuoterapia 
 
 Eletroterapia: microgalvanopuntura (eletrolifting), iontoforese para potencialização 
dos princípios ativos e estimulação com microcorrente. 
 
 Microagulhamento: terapia de indução de colágeno. 
 
 Carboxiterapia: administração terapêutica do gás carbônico medicinal. Acredita-se 
que a carboxiterapia favoreça o tratamento de estrias, uma vez que essa técnica 
tem eficácia comprovada sobre a melhora da elasticidade cutânea com aumento e 
reorganização das fibras elásticas e colágenas da pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 10 
 
6 - CICATRIZAÇÃO 
No processo de reparação tecidual, uma sequência de eventos celulares ocorre com o 
objetivo de substituir o tecido lesionado por meio da regeneração de células do tecido 
epitelial, por regeneração ou por proliferação de tecido cicatricial fibroblástico, dando 
origem à cicatriz aparente. 
 
As lesões da pele podem ser classificadas em três tipos; 
 Lesão superficial: atinge somente o epitélio sem comprometer a camada basal. 
 Lesão profunda: ferida incisa com perda de tecidos (epiderme e derme). 
 Lesãoaberta: com perda de todos os tecidos (epiderme, derme, tecido subcutâneo 
e tecido muscular) 
 
Há fatores que influenciam na regeneração dos tecidos, dependendo das condições locais 
e sistêmicas do individuo. 
A regeneração pode ser definida como a restauração perfeita da arquitetura do tecido 
preexistente, sem a formação do tecido cicatricial. Já a reparação de feridas é um 
mecanismo complexo, em que há a substituição de tecido preexistente por tecido fibroso.. 
Em termos clínicos, a cicatrização pode ser classificada em primeira, segunda ou terceira 
intenção.. 
 Cicatrização de primeira intenção: quando há união das bordas e a ferida não está 
contaminada: por exemplo, as feridas cirúrgicas. 
 
 Cicatrização de segunda intenção: quando há perda substancial de tecido e as 
bordas tornam-se afastadas. A cicatrização ocorre da periferia em direção ao 
centro. 
 
 Cicatrização de terceira intenção: quando há afastamento de bordas com presença 
de pus em virtude de contaminação. A cicatrização ocorre a partir das bordas, 
quando eliminado o fator injuriante. 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 11 
 
Fases do processo de cicatrização 
 Coagulação. 
 
 Ocorre imediatamente após a lesão com a intensa agregação plaquetária e com 
tamponamento dos vasos seccionados. Ocorre vasoconstrição nos primeiros 5 a 
10 minutos como forma de evitar demasiada perda sanguínea. 
 
 Inflamação 
 
 A resposta inflamatória, que perdura cerca de três dias, é caracterizada pela 
migração sequencial das células para a ferida, facilitada por mediadores 
bioquímicos que aumentam a permeabilidade vascular, favorecendo a passagem 
de elementos celulares para a área ferida. 
 
 Proliferação 
 
 A fase proliferativa, ou fibroblástica, é composta de três eventos importantes que 
sucedem o período de maior atividade da fase inflamatória: neovascularização ou 
angiogênese (formação de novos vasos a partir dos vasos preexistentes), 
fibroplastia e epitelização. 
 
 Contração da ferida 
 
 A contração é a redução de parte ou de toda área da ferida que esteve aberta, 
ocorrendo de forma centrípeta, ou seja, das bordas para o centro. 
 
 Remodelamento 
 
 Fase do processo de cicatrização em que ocorre uma tentativa de recuperação da 
estrutura tecidual normal. 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 12 
 
Cicatrizes Inestéticas 
Os completos eventos que acontecem após o trauma da pele, nem sempre resultam em 
uma regeneração normal da derme e epiderme. Estas, muitas vezes respondem a lesões 
com proliferação de tecido fibroso exacerbado ou anormal. 
Uma evolução normal das fases de cicatrização em um indivíduo saudável geralmente 
determina uma cicatriz final de bom aspecto estético e funcional. 
Qualquer interferência neste processo, como excesso de tensão cicatricial, infecções, 
rejeições, dentro outros pode interferir na cascata cicatricial, contribuindo para o 
aparecimento de cicatrizes de má qualidade, alargadas, pigmentadas, aumentadas ou 
inestéticas. Entre as afecções cicatriciais anestéticas, destacam-se a cicatriz hipertrófica e 
o queloide. 
 Queloide 
As cicatrizes queloidianas ocorrem pela hiper-proliferação de fibroblastos, com 
consequente acúmulo de matriz extracelular e, especialmente, pela excessiva formação 
de colágeno. 
 
 Cicatriz Hipertrófica 
É definida como uma lesão elevada, que não ultrapassa os limites da ferida inicial, ou 
seja, respeita a extensão original da lesão e apresenta tendência à regressão. 
 
 Cicatriz Atrófica 
É uma lesão mais profunda que o relevo da pele ao seu redor. 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 13 
 
7 - LIPOASPIRAÇÃO 
 
Pela popularização da técnica, excelentes resultados e segurança (é uma das cirurgias 
com menor índice de complicações), a lipoaspiração tornou-se objeto de desejo feminino, 
no afã de remodelar o corpo e atingir a tão desejada silhueta corporal. Porém, há algumas 
considerações a serem feitas, dúvidas e confusões comuns trazidas pelos pacientes ao 
nosso consultório. 
Ao contrário do que muitos pensam a lipoaspiração não é feita para emagrecer, perder 
peso. Ela é feita para remodelar o corpo, retirar aquela gordura localizada e assim mudar 
o contorno corporal. A mudança na balança após a cirurgia não é tão grande quanto a 
aparente perda de peso que a paciente apresenta no pós-operatório. Isto se deve ao 
pouco peso da gordura se comparada com os outros tecidos corporais (osso, músculo, 
etc.). 
 
Outra consideração a ser feita é que as melhores candidatas à lipoaspiração são aquelas 
pacientes próximas ao peso ideal e que apresentam gorduras localizadas e de difícil 
perda com dietas. Pacientes muito acima do peso, que necessitam grandes perdas de 
tecido gorduroso em áreas extensas, além de apresentarem maior risco cirúrgico (tempo 
de cirurgia, perda sanguínea, etc.) apresentam maior chance de ficar com irregularidades 
e haver sobra de pele no pós-operatório, visto que na lipoaspiração não se retira a pele 
excedente. Por tudo isto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica nos orienta quanto a 
um limite de segurança de retirada de gordura, que fica em torno de 7% do peso corporal. 
Uma das dúvidas mais comuns é a diferença entre lipoaspiração e lipoescultura. Na 
verdade, lipoescultura não é um termo técnico, e sim popular. Muitos usam o termo 
lipoescultura para descrever a lipoaspiração de várias regiões em uma mesma cirurgia. 
 
Outros, a definem quando em uma lipoaspiração se retira gordura de uma área e se injeta 
em outra (enxerto). No fundo, é só mais um termo refinado para designar a tão popular 
lipoaspiração. 
Para concluirmos, a lipoaspiração é hoje uma das mais seguras e realizadas cirurgias do 
mundo. Como toda cirurgia, o bom resultado está na indicação precisa, capacidade 
profissional do médico e da infraestrutura do local a ser realizada. Logo, para a maior 
segurança e melhor resultado, tal cirurgia deve ser realizada por algum profissional ligado 
à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e, de preferência, em hospital. 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 14 
 
Lipoaspiração – Lipoescultura 
Indicação: 
A lipoaspiração é uma cirurgia para a redução do volume de gordura corporal, em áreas 
localizadas, conferindo ao paciente um melhor contorno corporal. Embora muitos pensem, 
a lipoaspiração não é feita para perder peso, pois a maior mudança se dá na silhueta 
corporal e não balança. 
Os melhores resultados são obtidos nas lipoaspirações em que o paciente apresenta 
gordura localizada. Cirurgias em áreas extensas e grandes volumes têm maior 
probabilidade de deixar irregularidades. 
No caso da lipoescultura, parte da gordura aspirada é usada para enxertar áreas em que 
se precisa um maior preenchimento (glúteo, sulcos da face, etc.). 
 
Tipo de anestesia: 
Depende da área a ser operada e do volume de gordura a ser lipoaspirado. Pode ser 
 
desde a anestesia local, local com sedação, peridural, ou geral. 
Tempo de internação: 
Varia de 12 a 24 horas, dependendo do tamanho da lipoaspiração. 
 
Pós-operatório: 
Geralmente há edema (inchaço) e equimoses (manchas roxas), que resolvem sozinhos 
em 21 dias, na maioria dos casos. 
Durante o 1o mês depois da Lipoaspiração o paciente apresenta notável melhora do 
edema, quando então passa a notar endurecimento na área operada, decorrente da 
cicatrização interna. Este endurecimento melhora progressivamente durante o 2o e 3o 
meses, época na qual ocorre uma maior retração da pele. Uma cinta elástica deve ser 
usada por 1,5 mesese é indicada drenagem linfática e ultrassom a partir de 7 dias da 
cirurgia, no intuito de acelerar a recuperação, reduzir o inchaço e o endurecimento. 
 
Complicações: 
São raras as complicações em lipoaspiração, porém podem ser citadas: hematoma, 
seroma, irregularidades, infecção, trombose, acidentes durante a cirurgia e problemas 
anestésicos. 
 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 15 
 
O seroma, a complicação mais comum em grandes lipoaspirações, é o acúmulo de um 
liquido claro na região operada, formando como uma “bolsa de água”. Nestes casos 
procede-se ao esvaziamento através de punções, com resolução do problema e sem 
prejuízo do resultado. Podem-se usar drenos em lipoaspirações extensas, o que reduz o 
risco de seroma, por drenar o liquido formado, evitando assim que este acumule. 
 
Resultado Definitivo: 
O resultado definitivo da Lipoaspiração se dá após 6 meses, porém chega-se a 80% aos 4 
meses. 
 
 
Indicações para o tratamento estético 
É o cirurgião quem indica ao paciente o momento em que deve iniciar o tratamento 
estético. Normalmente ele ocorre na primeira semana pós-operatório. São vários os 
objetivos desse encaminhamento; 
 Diminuição do edema (inchaço) da área operada 
 
 Regressão dos hematomas 
 
 Quadro doloroso 
 
 Correção das áreas de irregularidade da pele 
 
 Obtenção de um menor grau de fibrose. 
 
Quando a celulite concomitante, o esteticista contribuirá para sua diminuição, num 
tratamento que poderá prolongar-se até depois da fase pós-operatória. O profissional de 
estética deverá possuir sólidas noções de anatomia, fisiologia e cosmetologia. 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 16 
 
No pré-operatório, o tratamento estético procura melhorar as condições da pele e dos 
tecidos a ser operada, tem como objetivo diminuir a espessura do tecido abdominal pelo 
emprego da drenagem linfática manual (DLM), a qual direciona o fluxo linfático e 
diminuem o liquido intersticial excedente, aumentando a elasticidade do tecido, o que 
facilita sua a retirada durante o ato cirúrgico. 
Deve-se induzir o aumento da circulação dos vasos sanguíneos por meio de estimulação 
com microcorrentes, 
Para manter o equilíbrio do manto hidrolípidico e melhorar a elasticidade da pele, indica-
se a técnica de iontoforese. 
 
No pré-operatório, são contra indicadas técnicas de massagem que levem a formação de 
edema na região a ser operada, bem como o uso de peelings químicos que possam 
provocar pequenas lesões na pele. 
No pós-operatório o tratamento visa à diminuição do edema e auxilia o processo de 
cicatrização, na redução das áreas anestesiadas, na tonificação muscular, na 
microcirculação e no processo psicológico do paciente. 
A técnica mais indicada é a DLM, com efeito direto na circulação sanguínea, reduzindo 
edema, atuando sobre o metabolismo na desintoxicação do tecido e melhorando a 
nutrição das células. 
 
Podem-se utilizar microcorrentes, com o objetivo de estimular a micocirculaçao. 
O uso do alta-frequência é bem vindo para auxiliar a oxigenação dos tecidos e pelo efeito 
bactericida. 
A técnica de enfaixamento também pode ser usada, com pressão moderada, para 
melhorar a aderência do tecido subcutâneo. Esse enfaixamento deve ser feito de maneira 
que auxilie o retorno venoso e sensação de bem estar. 
 
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8 - ANESTESIA EM CIRURGIA PLÁSTICA 
 
Introdução 
 A anestesia é um procedimento fundamental na manutenção da saúde do paciente 
durante a cirurgia. Ela deve ser realizada por um profissional médico anestesista, membro 
da Sociedade do seu estado e da Sociedade Brasileira de Anestesia. O anestesista deve 
possuir experiência prática com todos os procedimentos, resolução de emergências e 
certificar-se do funcionamento adequado dos equipamentos, oferecendo ao paciente uma 
cirurgia segura. 
 A profundidade da anestesia geral impede a percepção da dor, o despertar durante a 
cirurgia e produz abolição da memória. O avanço tecnológico da indústria farmacêutica, 
obtido nas últimas décadas, propiciou o aumento da potência e diminuição no tempo do 
efeito dos anestésicos, possibilitando um despertar mais rápido, suave e seguro. 
 
A anestesia é um dos itens primordiais em qualquer procedimento cirúrgico. Ao contrário 
do que muitos pensam, não é apenas uma substância. Na verdade são muitos 
medicamentos associados, cada um com uma função: tirar a dor, dar amnésia, tirar a 
consciência, relaxar a musculatura, etc. Entre os tipos de anestesias mais usadas estão: a 
local, peridural, raquidiana, geral. 
Os tipos de anestesias usadas na cirurgia plástica podem variar de acordo com a 
cirurgia, região a ser operada e as condições do paciente. E a escolha sobre o tipo 
adequado de anestesia a ser usada envolve o cirurgião plástico, o médico anestesista da 
equipe e, claro, todo histórico médico do paciente. 
 
Tipos de anestesias usadas na cirurgia plástica 
Basicamente, são quatro tipos de anestesias usadas na cirurgia plástica: 
 A anestesia local que é usada para evitar a dor na área em que será realizada a 
cirurgia. Durante a anestesia local, o paciente permanece acordado e consciente de 
tudo ao seu redor. Ela pode ser feita como anestesia isolada ou em conjunto com 
outra técnica anestésica. 
 
 
 
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 A sedação que é administrada por via intravenosa (pela veia) e pode ser associada a 
outros tipos de anestesias durante a cirurgia, como por exemplo, a local, a peridural ou 
raquidiana. Assim, a região anestesiada ficará adormecida e o paciente ficará 
dormindo durante a cirurgia plástica, sem sentir nenhuma dor. 
 
 A anestesia geral, que é usada para diversos procedimentos médicos e algumas 
cirurgias plásticas. Ela é indicada para cirurgias de maior porte ou para pacientes em 
que o controle das funções vitais precisa de maior atenção. Durante a anestesia geral, 
há um maior controle sobre a respiração, oxigenação, pressão, pulsação do coração, 
etc. 
 
 As anestesias peridural e raquidiana são aplicadas na coluna vertebral, por uma 
agulha. São capazes de bloquear a sensibilidade a partir de vários níveis do tórax 
ou abdômen. Geralmente, é acompanhada de sedação para que o paciente 
permaneça dormindo durante todo o procedimento. O que difere entre elas é a 
profundidade em que a agulha injeta os anestésicos, o que influenciam na duração e 
rapidez de ação dos anestésicos. 
 
A decisão sobre qual o tipo de anestesia será utilizada na cirurgia plástica, é feita pelo 
cirurgião plástico e pelo anestesista, com base em todas as informações sobre a saúde e 
hábitos do paciente. Desde os exames realizados no pré-operatório, o histórico médico, o 
uso de medicamentos, alergias, reações adversas a anestesias, entre outros fatores. 
 
Riscos e Complicações 
 Os riscos e complicações em anestesia dependem de vários fatores, em sua grande 
maioria controláveis. Nesta avaliação, seguramente, o mais importante é a condição física 
e mental do paciente no momento da cirurgia. 
Por isso, pacientes com: 
 Problemas cardíacos, 
 Hipertensão arterial, 
 Quadros pulmonar e outras doenças crônicas devem ser rigorosamente avaliadas 
antes da cirurgia e só devem ser anestesiados se estiverem compensados 
clinicamente. 
ESTÉTICA 
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Possíveis reações à anestesia dependem da região operada, tempo/porte da cirurgia e da 
técnica anestésica escolhida, dentre elas: 
Sonolência residual e náusea são comuns e geralmente de curta duração, pois os 
medicamentos atuais são rapidamentemetabolizados pelo organismo do paciente. 
Outra reação frequente é o tremor, causado pela excessiva exposição da superfície 
corporal e o uso de líquidos alcoólicos para higienização da pele durante a cirurgia. 
Cirurgia. 
 
A hipertermia maligna é uma doença familiar (genética) caracterizada por um aumento 
anormal da temperatura corporal quando o paciente recebe determinados tipos de 
anestésicos inalatórios ou relaxantes musculares específicos. No passado recente, esta 
doença era frequentemente fatal. Atualmente dispomos de centros de informação 
nacional, bancos de dados e protocolos mundiais de tratamento, que oferecem índices de 
sucesso acima de 95%. 
 
A melhor anestesia é aquela considerada a mais segura e que permite o maior grau 
de controle durante a cirurgia. A anestesia geral é mais previsível em termos da 
manutenção do sono e conforto, propicia amnésia total ao paciente e oferece maior 
controle ao cirurgião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 - FIOS DE SUTURA 
 
Os fios de sutura são materiais utilizados para selar vasos sanguíneos e aproximar 
tecidos. 
A história dos fios de sutura começa na antiguidade, antes de Cristo, quando o homem 
sentiu a necessidade de fechar, de alguma forma, os ferimentos das pessoas para 
acelerar a cicatrização e promover maior conforto ao paciente. Há relatos de utilização de 
vários materiais como fios de suturas, a partir do ano 30 da era cristã, tais como fibra de 
linho, filamento de seda, tiras da serosa de intestino de herbívoros, tendões de animais, 
fio do pelo da extremidade da cauda de bovinos e cabelo de camelo. 
Os fios de sutura são materiais utilizados para selar vasos sanguíneos e aproximar 
tecidos. Surgiram e foram desenvolvidos ao longo dos séculos, em função da 
necessidade de controlar hemorragias e também de favorecer a cicatrização de 
ferimentos ou incisões por primeira intenção. 
 
Os fios de sutura estão divididos em dois grandes grupos: 
 Absorvíveis: são aqueles que perdem gradualmente sua resistência à tração até 
serem fagocitados ou hidrolisados. Eles podem ser de origem animal (catgut simples e 
cromado) ou sintéticos multi ou monofilamentares (poliglactina, poliglecaprone e 
polidioxanona). 
 
 Não absorvíveis: são aqueles que se mantêm no tecido onde foram implantados. 
Podem ser de origem animal (seda), mineral (aço), vegetal (algodão ou linho) ou 
sintético (poliamida, poliéster, polipropileno). 
 
As características e as propriedades, tanto dos fios absorvíveis quanto dos não 
absorvíveis, são definidas por órgãos oficiais e associações normalizadoras. No Brasil, 
temos a Farmacopeia Brasileira e a norma brasileira NBR13904 da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), entre outras que se referem aos processos industriais. A 
medida dos fios atende à norma da farmacopeia dos Estados Unidos (United States 
Phamacopeia-USP). 
 
 
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Para que seja realizada uma sutura com o mínimo de rejeição e o máximo de sucesso, o 
fio cirúrgico deve possuir algumas características, entre elas: 
1. Ter boa resistência à tração e à torção, uma vez que no ato da sutura o cirurgião 
exerce a tração (força para que o fio deslize pelos tecidos) e a torção (força para a 
realização e fixação do nó); 
 
2. Possuir força tênsil adequada ao tempo de cicatrização dos diferentes tecidos onde for 
aplicada. A força tênsil equivale à resistência do fio à degradação ao qual é submetido 
e está diretamente relacionada à composição e a forma de construção do fio. Quanto 
maior a sua força tênsil, maior a capacidade de manter os tecidos unidos por mais 
tempo. Essa característica é aplicável somente aos fios absorvíveis; 
 
3. Ser flexível, pois quanto mais flexível for o fio, maior a facilidade de manipulação, 
favorecendo assim a técnica do cirurgião; 
 
4. Apresentar baixa reação tecidual (hipoalergênicos) para que ocorra menor 
sensibilização dos tecidos suturados e garanta o sucesso no processo de cicatrização; 
 
5. Constituir-se estéril e vir armazenado de modo adequado para evitar contaminação 
por microorganismos no momento da cirurgia e no pós-cirúrgico; 
 
6. Possuir encastoamento adequado à agulha. O encastoamento consiste na fixação do 
fio à agulha de sutura. Na realidade atual, em que as suturas cirúrgicas já vêm 
encastoadas, ou soldadas eletronicamente aos fios, é importante que essa junção 
apresente boa resistência, evitando a perda do fio e, consequentemente, o 
comprometimento do ato de suturar, caso venham a se soltar quando submetidos à 
tração e torção exercidas pelo cirurgião e pelos tecidos. 
 
No Brasil, são acreditados laboratórios para que os mesmos possam realizar estes 
ensaios. 
ESTÉTICA 
INTERVERÇÕES CIRURGICAS CORPORAIS 22 
 
O rótulo e a embalagem do fio cirúrgico devem apresentar informações detalhadas para 
que o profissional de saúde possa identificar o seu uso de acordo com a região a ser 
suturada. A ausência de qualquer um desses dados pode confundir na escolha do fio. A 
embalagem deve conter as seguintes informações: 
1. A validade do produto, uma vez que o fio quando utilizado fora do prazo de 
validade pode quebrar e causar danos maiores aos tecidos lesados; 
 
2. Registro da ANVISA; 
 
3. Nome do produto e a composição química do mesmo, pois é a composição 
química do fio que determinará em qual procedimento o mesmo será utilizado; 
 
4. Simbologia da ponta da agulha, porque o seu tipo de determina o corte, a 
penetração e a estabilidade de transfixação; 
 
5. Número da agulha; 
 
6. Curvatura da agulha. As agulhas mais retas são usadas em tecidos próximos à 
superfície e nos intestinos. As agulhas curvas são mais convenientes para 
ferimentos pequenos ou profundos ou em cavidades. 
 
 
 
 
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7. Tamanho do fio, pois dependendo do seu tamanho, possui finalidade cirúrgica 
diferente. Por exemplo, fios menores são utilizados em cirurgias de órgãos 
menores como oftálmicas, e fios maiores são utilizados em órgãos maiores ou mais 
invasivos, como a laparotomia; 
 
8. Indicação cirúrgica, pois é importante para direcionar a equipe de farmácia na 
separação do fio de cada kit cirúrgico. 
 
9. Cada fio tem uma espessura e serve para procedimentos específicos. Fios finos 6-
0 a 4-0 são usados em microcirurgias, cirurgias plásticas, suturas de pele, cirurgia 
vascular, reconstruções de estruturas finas (ureter, vias biliares, tuba uterina, etc.). 
 
10. Fios intermediários, entre 3-0 a 1-0, são mais usados em cirurgia abdominal e 
ginecológica. E os fios grossos, de 1 a 3, são mais usados quando se precisa de 
grande força tênsil em cirurgias abdominal ou torácica sobre regiões de grande 
tensão, músculos, etc. 
 
11. Os fios absorvíveis são utilizados para suturas invasivas, enquanto os não 
absorvíveis são utilizados para suturas externas. Já os fios de seda são utilizados 
em suturas odontológicas. 
 
 
 
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10 - LIPOENXERTIA 
 
 
 
Trata-se de uma técnica cirúrgica inversa à lipoaspiração, em que ocorre a infiltração de 
gordura (geralmente autógena) em sequelas de ferimentos como cicatrizes profundas de 
cortes, injeções ou atrofias congênita e/ou neurológica. Outras possibilidades de uso da 
lipoenxertia são as sequelas do envelhecimento como rugas frontais, periorbitais, sulcos 
nasogenianos, ou ainda sequelas de lipoaspiração. 
 
Regiões quaisquer do corpo são passiveis de lipoenxertia, sendo as mais comuns o 
abdome,coxas, glúteos e região lareal do quadril (culote). Diversas regiões do corpo 
podem ser utilizadas como fonte de obtenção de gordura, sendo que de forma 
padronizada indica-se para pequenos enxertos a obtenção de gordura da face interna da 
região dos joelhos. Já para enxertos que requerem maior quantidade de gordura a opção 
é por regiões com grande acúmulo de gordura como abdome, culotes, entre outras. 
 
O primeiro enxerto autógeno de gordura foi descrito por Neuber em 1910. Outro estudo 
importante foi realizado por Peer em 1956, que descreveu a permanência de apenas 50% 
de gordura infiltrada. Esse procedimento cirúrgico, diferente dos outros tipos de 
preenchimento, visa basicamente uma integração do tecido gorduroso ao leito receptor, e 
não outros tipos de reações baseados na fibrose. 
 
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A lipoenxertia ou enxerto de gordura é o nome dado à cirurgia que visa tanto corrigir 
irregularidades de contorno, como aumentar uma determinada região do corpo. A gordura 
a ser enxertada é sempre obtida através de uma lipoaspiração, o que pode trazer um 
ganho estético adicional. Muito frequentemente está associada a outros procedimentos 
que visem à melhoria do contorno corporal. Esse procedimento é muito utilizado para o 
aumento das nádegas. É uma opção para quem procura um aumento moderado de 
volume sem a inclusão de próteses de silicone, ou ainda para a abordagem de regiões 
nas quais as p compressão média através de cintas também é solicitada nessa 
modalidade cirúrgica, silicone não podem ser utilizadas. 
A recuperação é semelhante à da lipoaspiração. A área que receber o enxerto não deve 
ser manipulada, principalmente no primeiro mês de pós-operatório. 
 
Orientações básicas 
Riscos. A lipoenxertia é uma cirurgia e como tal possui os mesmos riscos de quaisquer 
outras intervenções do seu porte, riscos esses que podem ser minimizados através de um 
bom planejamento cirúrgico. O procedimento deve ser feito em ambiente hospitalar por 
um cirurgião plástico devidamente qualificado. 
Idade. A lipoenxertia está indicada quando o desenvolvimento da estrutura corporal 
estiver completo, o que ocorre logo após a adolescência. 
 Cicatrizes. As cicatrizes são mínimas e posicionadas em regiões que dificultem a 
sua visualização. 
 
 Anestesia. A lipoenxertia pode ser realizada com qualquer tipo de anestesia (geral, 
regional, local assistida). A anestesia mais utilizada é a peridural, um tipo de 
anestesia regional. 
 
 Dor. Geralmente o desconforto é discreto e bem controlado com analgésicos e anti-
inflamatórios. 
 
 Tabagismo. Pode influenciar direta e negativamente o resultado da cirurgia. Deve 
ser evitado ou reduzido ao mínimo. 
 
 
 
 
ESTÉTICA 
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 Internação. Na grande maioria dos casos, a alta hospitalar acontece no mesmo dia 
da cirurgia. Providencie um acompanhante por ocasião da alta. 
 
 Duração da cirurgia. Por volta de uma hora, considerando-se como sendo ato 
cirúrgico o período da efetiva realização do procedimento. Não deve ser aqui 
considerado o período de preparo pré e pós-operatório, nem o período em que o 
paciente permanecerá na sala de recuperação. 
 
 Modelador. Você já sairá da sala de cirurgia utilizando um modelador/cinta 
previamente designado. 
 
 Drenagem linfática/massagem. Não devem ser realizadas em locais nos quais a 
lipoenxertia foi realizada. 
 
 Gravidez e oscilações de peso. O enxerto é realizado em locais nos quais já existe 
tecido gorduroso, ou nas imediações da musculatura e, portanto, sofrerão 
alterações com as oscilações de peso. Deve-se procurar manter a forma física e o 
controle do peso após qualquer cirurgia estética. Por outro lado, o corpo humano 
certamente sofrerá modificações da forma com o passar do tempo, gestação e 
mudança de hábitos de vida, o que poderá também alterar o contorno corporal. 
 
 Sensibilidade. Raramente modificada. O efeito mais comum é uma alteração 
transitória da sensibilidade. 
 Consistência. Com o aumento de volume, haverá o preenchimento ou o aumento 
natural da consistência da região abordada. 
 
 Associações cirúrgicas. As associações cirúrgicas são muito frequentes. 
 
 Resultado. Nos primeiros dias é usual a ocorrência de edema (inchaço), assim 
como alterações de sensibilidade e equimoses (manchas roxas). O índice de 
reabsorção da gordura enxertada é muito variável, ocorrendo em até três meses 
após a sua realização. Não se deve considerar como definitivo qualquer resultado 
antes de quatro a seis meses de evolução. Transcorrido esse período, a gordura 
enxertada passará a se comportar como a gordura da região receptora, e será 
definitiva. 
ESTÉTICA 
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Apesar de suas mínimas dimensões, devemos considerar que todas as cicatrizes 
são permanentes e que terão uma evolução variável, conforme características 
individuais de cada paciente. A obtenção e a manutenção do resultado estão 
estreitamente relacionadas à observância dos cuidados pós-operatórios. 
 
Pré-operatório 
O uso rotineiro de qualquer tipo de medicação, doenças prévias e tabagismo deve ser 
informado. Medicamentos que possam interferir com a coagulação sanguínea devem ser 
suspensos dez dias antes da data programada para a realização da cirurgia. A depilação, 
se necessária, será feita pelo menos uma semana antes da data prevista para a 
realização da cirurgia. Informar a possível coincidência entre a data da cirurgia e 
menstruação, o que poderá determinar o adiamento da intervenção. 
Comunique qualquer sinal de resfriado, conjuntivite, herpes ou quaisquer outras infecções 
que surgirem na semana anterior à cirurgia. 
 
Pós-operatório 
Não se preocupe com as formas intermediárias das diversas etapas do período pós-
operatório. Na fase de recuperação é muito importante o controle da dieta, uma vez que a 
sua atividade física estará restrita. Oscilações de peso poderão interferir negativamente 
no resultado da cirurgia. Pessoas diferentes poderão evoluir de maneira distinta, 
alcançando o resultado final com maior ou menor rapidez. Esclareça suas dúvidas 
durante seus retornos. 
 
Movimentação. Movimente-se no período pós-operatório, evitando excessos. Não se 
levante abruptamente. O desconforto, em geral, é breve e muito bem tolerado, o que 
poderá levar o paciente a despender esforços prematuramente. Essa atitude poderá 
impactar negativamente no resultado da cirurgia a longo prazo. 
 
Alimentação. Procure se alimentar em intervalos regulares, utilizando uma dieta leve nos 
dois primeiros dias. 
Cintas, espumas, talas, meias. A cinta deverá ser utilizada por dois a três meses, em 
média. A espuma abdominal, se indicada, será utilizada após o primeiro banho. As talas 
laterais do abdome, se indicadas, serão utilizadas em substituição à espuma após três a 
quatro semanas de pós-operatório. 
ESTÉTICA 
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A meia elástica, se indicada, terá seu uso iniciado na sala de cirurgia e será mantida por 
um período de dez dias. 
Sol. A exposição ao sol deverá ser evitada por dois meses após a cirurgia. Transcorrido 
esse período, um filtro solar com fator de proteção30 é recomendado. 
Atividade física. Após cerca de um mês de cirurgia, devendo-se manter a área que 
recebeu o enxerto em repouso. Exercícios físicos intensos deverão aguardar dois meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Guirro, Elaine, Fisioterapia Dermato-Funcional, 3ª ed. Barueri, SP. 
 
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Mauad, Raul, Estética e Cirurgia Plástica, 3ºedição, ed. Senac, São Paulo. 
 
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Mauad, Raul, Estética e Cirurgia Plástica, 3ºedição, ed. Senac, São Paulo. 
 
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Fonte: Disponível em:< 
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