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ROTEIRO DE ESTUDOS – DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL UNIDADE 1 - Organização e Sua Essência Conforme Robbins (2014), o comportamento organizacional “é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações”. Simplificando, são estudos de como as pessoas e grupos procedem dentro do ambiente de trabalho. Esses estudos têm como objetivo melhorar a eficácia das organizações. A compreensão desses comportamentos ajuda a identificar fatores que afetam o desempenho das pessoas para atingir os objetivos organizacionais e, assim, melhorar a competitividade e produtividade por meio de um ambiente melhor para se trabalhar, o que gera, por exemplo, redução no absenteísmo (faltas), no turnover (rotatividade), melhoria da qualidade dos produtos e serviços e, consequente, aumento da eficácia organizacional. Segundo Robbins (2012), as três principais habilidades em um gestor são: habilidades técnicas, habilidades humanas e habilidades conceituais. Habilidades técnicas: Capacidade de aplicação de conhecimentos ou habilidades específicas. Habilidades humanas: Capacidade de trabalhar com outras pessoas, compreendendo as informações e motivando-as, tanto individualmente como em grupos. Habilidades conceituais: Capacidade cognitiva para analisar informações e diagnosticar situações complexas. (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2012, p. 3). Os autores Robbins, Judge e Sobral (2012) destacam algumas variáveis dependentes do comportamento organizacional que interferem no processo produtivo e administrativo das empresas. Produtividade Absenteísmo: quando um funcionário se ausenta de seu trabalho e, por algum motivo, deixa de cumprir suas obrigações, acaba afetando diretamente a organização e trazendo ônus para as atividades desta. O absenteísmo pode ser alvo de intervenções por parte da empresa, no sentido melhorar a qualidade de vida do trabalhador dentro e fora da empresa porque ao melhorar a qualidade de vida da pessoa contribui para que ela não adoeça. Rotatividade: trata-se da saída permanente de funcionários da empresa, seja por vontade própria ou não. Essa saída traz consequências negativas, pois, além de ficar sem um funcionário nas atividades em andamento, no momento da substituição há a necessidade de treinamento e introdução do novo funcionário à cultura da empresa. Podemos afirmar que a rotatividade é menor em empresas que investem mais na qualidade de vida dos seus funcionários porque promove a qualidade de vida potencializa a motivação do funcionário em permanecer na empresa e sentir-se satisfeito com seu trabalho. Desvios de comportamento do ambiente de trabalho. Comportamento da cidadania organizacional: “comportamento discricionário que não faz parte das exigências funcionais de um cargo, mas que ajuda a promover o funcionamento eficaz da organização” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2012, p. 25). Satisfação no trabalho: união de sentimentos que o indivíduo possui com relação ao seu trabalho. Este item está diretamente ligado ao desempenho do funcionário e, consequentemente, à produtividade da organização. No caso de sistema organizacional ou estrutura organizacional, reportamo-nos às tarefas e atribuições de cada cargo, especialmente no que tange à distribuição e gestão de cada um deles: Especialização de trabalho: Esse elemento também pode ser chamado de divisão de tarefas, pois cada pessoa fica responsável por uma atividade e a realiza com efetividade, garantindo qualidade e agilidade na produção. Departamentalização Cadeia de comando Centralização e descentralização Formalização Estrutura organizacional: Estrutura simples ou linear: baixo grau de departamentalização, grande amplitude de controle, autoridade centralizada e pouca formalização. Estrutura burocrática ou funcional: elevada especialização e formalização, grande grade de departamentalização, autoridade centralizada, amplitude de controle reduzido no estilo de cadeia de comando. Estrutura matricial ou por projeto: dupla linha de autoridade, alto grau de departamentalização funcional e por produto. A liderança efetivamente é o nome que se dá ao processo de influência que uma pessoa exerce sobre outra, em que, por meio da persuasão, a incentiva a desenvolver um trabalho ou uma atividade de maneira eficaz e com satisfação em prol de um objetivo comum. Tipos de líderes: Comandante: perfil de general, que possui controle das demandas, sendo exigente e “pulso firme”. Visionário: perfil de profissional que enxerga o futuro. Vê possibilidades de ganhos adiante e foca a produtividade. Acelerador: perfil de líder que puxa o funcionário de acordo com seu ritmo. Faz a equipe atingir metas por meio da pressão. Treinador: perfil de líder que desenvolve sua equipe para cada demanda. Preocupa-se com todos os funcionários. Democrático: perfil de líder justo e correto que consegue fazer com que a equipe ande sozinha. Sociável: perfil de líder persuasivo e reconhecido pela simpatia e por seu carisma. Consegue levar a equipe aos objetivos por meio da conversa e proximidade com os funcionários. Independentemente do modelo comportamental adotado pelo líder, a base de uma gestão sadia é a confiança mútua. As cinco palavras-chave para atingir esse objetivo, segundo Robbins (2005) são: integridade, competência, consistência, lealdade e abertura. Intimidação: modelo apoiado na opressão, a confiança é imposta através represálias, em que qualquer tipo de quebra nas expectativas do líder resulta em punição do trabalhador. Conhecimento: modelo no qual a confiança é fixada após as duas partes terem “ciência” do outro. Dessa forma, após algum tempo de relacionamento, e apoiando suas decisões na previsibilidade do próximo, é possível desenvolver uma relação de confiança mútua, incluindo os pontos fortes e pontos fracos do outro, sem que haja um problema dentro da dinâmica do trabalho. Identificação: modelo de relação que permite que as pessoas se coloquem no lugar das outras e assinala o reconhecimento, no próximo, das próprias ambições, dúvidas e inseguranças. Nesse nível, os controles são mínimos e ambos os lados trabalham de maneira mais natural. UNIDADE 2 - Dinâmica das Organizações Assim como os indivíduos podem influenciar diretamente as organizações, o ambiente físico e econômico onde a empresa se encontra também pode interferir em sua organização. Motivos pelos quais uma empresa geralmente necessita realizar mudanças: Ambiente multicultural – As empresas participam de ambientes que absorvem diferentes culturas. Para se firmarem no mercado, devem oferecer serviços e/ou produtos para todas essas culturas, adaptando-se a cada uma delas. Imigração – Atendimento a pessoas de diferentes países. Necessidade de se adaptar às suas necessidades. Mudanças demográficas – Às vezes, há necessidade de mudança de estado, cidades ou até mesmo país. A organização deve adaptar-se à cultura de cada região, para se firmar no mercado. Terceirização da força de trabalho – Adaptação de equipes de culturas distintas a da própria empresa. Equipes terceirizadas possuem sua própria cultura, que pode ter um grande impacto na cultura da organização. Tecnologia – As empresas precisam adaptar-se às mudanças tecnológicas justamente para atender ao desenvolvimento do próprio consumidor. Concorrência – Para satisfazer as necessidades dos clientes, as empresas precisam diferenciar-se umas das outras. Hoje, o poder de compra e o acesso do consumidor a diversas empresas de diferentes regiõesfazem com que a concorrência seja grande e estimule a mudança para garantir sua fatia de mercado. As mudanças podem ser não planejadas que ocorre quando a empresa não está esperando por uma exigência de mudança, seja de fatores externos ou internos. Por exemplo, processos sociais levam as pessoas a repensarem suas crenças, valores, atitudes e opiniões e com isso passam a ter novas aspirações para o bem-estar de seus membros, levando-os à busca de outros bens e serviços. As mudanças também podem ser planejadas, situação na qual é importante contar com um agente de mudanças. O agente de comunicação pode se utilizar de diversas táticas para tornar o processo de mudança com menos resistência por parte dos trabalhadores: Educação e comunicação – Usar a comunicação sempre como meio de informar as mudanças para diminuir as resistências é fundamental. Deixar as coisas transparentes é muito importante para nutrir segurança nos colaboradores. Participação – Fazer os funcionários entenderem e participarem das tomadas de decisão sobre a necessidade de mudança. Isso dará aos colaboradores mais confiança no processo. Desenvolver relações positivas – A confiança nos gerentes gera mais credibilidade. Ter relações positivas entre os funcionários e dirigentes garante menos resistências às mudanças. Implementando mudanças de forma justa – A implementação da mudança de forma justa também leva os funcionários a se sentirem mais seguros e confiantes para enfrentar as mudanças juntos. Impor mudanças à força simplesmente fará com que a relação fique desgastada e haja mais resistência. Para que as mudanças sejam de fato reconhecidas, as organizações podem criar uma cultura propícia à inovação. O estímulo à cultura de inovação é uma ferramenta de extrema importância para o desenvolvimento de mudanças nas organizações. “Inovação uma nova ideia aplicada para desenvolver ou melhorar um produto, processos e serviços”. A inovação pode acontecer diante de três pilares estrutural, cultural e de recursos humanos. Estrutural – Quando uma organização apresenta uma estrutura de ponta, a possibilidade de se conseguir inovar é grande. Cultural – A cultura da empresa é fator determinante para a inovação ocorrer. As empresas com culturas voltadas para propostas de inovação estimulam seus funcionários a experimentarem o novo, fazem um trabalho de recompensa independentemente dos resultados e comemoram o progresso, o sucesso e também as falhas. Isso porque se deve entender que com erros é que se chega a melhores resultados. As falhas impulsionam o indivíduo na busca pela evolução. De recursos humanos – Empresas inovadoras se preocupam em oferecer a seus funcionários programas de treinamento e desenvolvimento frequentes, para que não se sintam receosos em errar, para que busquem a inovação diária. Cultura organizacional: existem três itens fundamentais que moldam a personalidade de uma empresa: sua missão, sua visão e seus valores. O público, seja ele interno (colaboradores) ou externo (clientes, fornecedores, etc.), precisa estar ciente de que as empresas possuem seus preceitos e valores. 1. Ritos: Os ritos demonstram a forma como a empresa quer que seus funcionários desenvolvam suas atividades, são os procedimentos, as regras e as normas que vão determinar os processos de funcionamento das empresas. As reuniões, as comunicações internas, as requisições, entre outras coisas, quando padronizadas, mostram o perfil da empresa. 2. Aspectos históricos A fundação da organização, o fundador, como se iniciou, os primeiros colaboradores, onde esteve inserida, quais produtos ou serviços oferecia. 3. Estilo de gestão: A maneira como os gestores tratam seus funcionários, a determinação das políticas de recursos humanos, dos processos logísticos e administrativos. 4. Perfil dos colaboradores: As pessoas geram, de fato, grande influência na cultura das empresas, afinal, exercem cargos, tomam decisões, desenvolvem todo o conhecimento de que a empresa necessita para sua ascensão. 5. Crenças: verdades concebidas ou aceitas a partir da observação de fatos e pela convivência em um grupo de pessoas. 6. Valores: elementos que determinam a importância das coisas. Os valores representam uma predeterminação consciente da ação das pessoas. Uma forma de identificar os valores de um grupo consiste na observação de como as pessoas do grupo ocupam seu tempo. 7. Costumes: materialização dos valores e crenças através dos atos realizados de forma um tanto ou quanto sistemática. 8. Cerimônias: encontros formais e informais de um grupo social. Funcionam como meios de reafirmar ou ratificar valores, crenças e costumes. 9. Rede de comunicação informal: conhecida em empresas e citada em algumas publicações como ‘rádio peão’. A rede de comunicação informal funciona como excelente meio de atualização de crenças, valores e mitos. A mudança organizacional precisa representar também uma mudança nos ritos e nas cerimônias, uma vez que para uma nova cultura seja instaurada, os modelos existentes devem ser alterados. A mudança organizacional precisa impactar também sob a rede de comunicação informal, de modo que esta fomente valores que se deseja que façam parte da nova cultura. Os conceitos de poder e liderança estão intimamente ligados, porém é preciso entender que eles não necessariamente coexistem na mesma situação. De fato, os líderes precisam exercer o poder hierárquico-administrativo para atingir os objetivos da equipe. Há nove formas de poder: 1. Poder formal: a. Poder coercitivo –a relação entre quem o detém e quem é submetido a ele é apoiada no medo. As reações e resultados obtidos dentro da equipe são extraídos a partir da coerção. b. Poder por recompensa – Essa forma de poder é o oposto da anterior. Aqui, o domínio trazido por um chefe dentro de uma determinada equipe é apoiado no estímulo, ou recompensa. Os subalternos reagem positivamente às ordens ou obrigações por saber que, de alguma forma, terão algum benefício em troca. c. Poder legítimo – Esse formato de relação é talvez o mais usado em empresas atualmente. Nesse caso, a autoridade é aceita ou reconhecida pelos comandados. d. Poder de informação – se dá por meio do controle de dados e informações que não são de conhecimento geral. 2. Poder pessoal: a. Poder de talento – A influência trazida por meio do talento de um membro da equipe pode influenciar tanto na relação com os colegas de trabalho quanto com os chefes. Nesse caso, o poder exercido pelo empregado é de trazer um aplicativo do “plano das ideias” e executá-lo no mundo real. b. Poder de referência – essa maneira de poder se dá pela admiração e respeito ao próximo, e a vontade que o indivíduo tem de atuar de maneira similar ao outro. c. Poder carismático – a base para aplicação é o carisma. Nesse caso, ele é uma extensão do poder de referência e se dá pela imagem passada por determinada pessoa. Quando você une o poder de referência ao poder carismático, o resultado é um exponencial aumento das vendas. UNIDADE 3 - O Indivíduo e Suas Relações Estratégicas nas Organizações. Partindo do princípio que preceito são as determinações de um indivíduo em busca de algo; valores são a base de sua essência, ou seja, aquilo que ele preza e/ou acredita (é importante que os funcionários reconheçam as particularidades de uma empresa e as respeitem, ao passo que a empresa deve conhecer os valores e objetivos de seus funcionários e contribuir para satisfazê-los) e habilidades são a capacidade e a facilidade em desenvolver algo, podemos entender que esses elementos compõe o ser humano, bem como determinar suas açõesnas relações pessoais e de trabalho. Habilidades Intelectuais: refere-se às atividades de raciocínio, as quais requerem planejamento e inteligência latente. Aptidão numérica; Compreensão verbal; Rapidez perceptual; Raciocínio indutivo; Raciocínio dedutivo; Visualização espacial e Memória. Habilidades Físicas: são as facilidades manuais dos funcionários: Força Dinâmica, Força no Tronco, Força Estática, Força Explosiva, Fatores de Flexibilidade, Coordenação Motora, Equilíbrio e Resistência. Personalidade Todos nós possuímos um sistema psicológico, mais conhecido como personalidade. É através desse sistema que nos comunicamos com o ambiente externo e expressamos nossas reações e atitudes; portanto, ele também é moldado na forma como o ser humano interage com o outro. A personalidade é o conjunto de características e aspectos de definem o indivíduo, envolvendo suas habilidades, seus aspectos psicológicos e fisiológicos. Os fatores hereditários estão mais evidentes na formação da personalidade. Em outras palavras, características como temperamento, perfil biológico, fisiológico, psicológico, entre outros, são adquiridas dos pais. No entanto, o fator “ambiente” também interfere na formação da personalidade. Durante o crescimento do indivíduo, as interferências externas o modificam, influenciando profundamente seu comportamento. Tendemos a interpretar o comportamento das pessoas por meio de características como agressividade, amabilidade, extroversão, timidez, entre outros, e denominamos essas características de traços de personalidade. Ou seja, proveniente da Teoria dos Traços da Personalidade, os traços são as características marcantes na personalidade de um indivíduo. (ROBBINS, 2005). Traços de personalidades que são bastante relevantes para os estudos em Comportamento Organizacional: Autoavaliação básica: indivíduos ponderam e questionam seus resultados e ações. Maquiavelismo: indivíduos que usam todas as ferramentas para atingirem seus objetivos. Esse perfil tende a acreditar que os fins justificam os meios. Narcisistas: esse é um perfil bastante complexo para se trabalhar, pois há uma predisposição para o individualismo, bem como dificuldade em interagir e desenvolver-se dentro de uma equipe. Automonitoramento: pessoas são competentes e desenvolvem bem suas atividades, no entanto, por terem falta de habilidade argumentativa ou articulação política, perdem valor diante de seus superiores. Aversão ao risco: pessoas que evitam correr riscos e, consequentemente, evitam alternativas imediatas. Pessoas mais conservadoras são propensas a terem alta aversão ao risco. Tipo A: são pessoas mais individualistas, competitivas, que prezam pelo ganho em todas as situações. Tipo B: justamente o contrário do discutido anteriormente, ou seja, é o tipo de pessoa mais tranquila, menos estressada e, em alguns casos, menos comprometida. As Atitudes dos indivíduos Satisfação com o trabalho: quando o sentimento em relação ao trabalho é positivo, há satisfação com o trabalho. Já, quando se tem um sentimento negativo, consequentemente a satisfação com o trabalho cai. Envolvimento com o Trabalho: é quando existe um envolvimento emocional do indivíduo com seu ambiente de trabalho Comprometimento Organizacional: trata-se da maneira como o indivíduo se identifica com os objetivos da empresa. Existem três patamares de identificações: o Comprometimento Afetivo: uma relação emocional com as crenças da empresa. o Comprometimento Instrumental: refere-se à importância que o funcionário dá ao salário que recebe. o Comprometimento Normativo: quando existe um vínculo entre o funcionário e um projeto. Percepção do suporte organizacional: é o momento em que o funcionário nota que a empresa valoriza seu desempenho e entende que está disposta a apoiá-lo em suas necessidades pessoais, por exemplo Engajamento do funcionário: os funcionários com característica de engajamento são apaixonados por seu trabalho e isso reflete diretamente na produtividade da empresa, no excelente atendimento ao cliente e na visibilidade da organização. De acordo com Robbins (2012), a Folga Social é o fenômeno no qual pessoas acabam transferindo suas responsabilidades por saber que há mais indivíduos desenvolvendo o mesmo trabalho. Como cada um entende que o outro está fazendo menos, se sente no direito de reduzir sua velocidade também. De acordo com Robbins (2012, p. 196), motivação pode ser considerada como o “processo responsável pela intensidade, pela direção e pela persistência dos esforços de uma pessoa para alcançar determinada meta”. A motivação muda para cada indivíduo. Apesar de sabermos que o salário não é a principal fonte de motivação dos funcionários, as organizações não devem considerar esse item como trivial. Saiba que, para grande parte dos funcionários, o salário é motivo de desinteresse e impulso para a troca de emprego. Existem algumas formas de se estudar como remunerar um funcionário. Pode ser por meio de avaliação profissional (valores que a empresa pretende pagar em relação as atividades) ou por meio de pesquisas de mercado (valores praticados pelos concorrentes). Todos os programas de remuneração variável podem servir como ícones motivadores aos funcionários, pois funcionam como complementos de salário que podem depender ou não do próprio funcionário. Os benefícios intrínsecos são as demonstrações de gratidão e apreço que os funcionários recebem de superiores ou colegas, por exemplo. Os benefícios por reconhecimento nada mais são do que formas de demonstrar a importância de um funcionário para a empresa através de um muito obrigado, do reconhecimento formal em um evento solene ou mesmo um agradecimento diante dos demais colaboradores. A ação de premiar o funcionário do mês pode ser vista como um benefício intrínseco, ou seja, o reconhecimento por parte dos superiores ou colegas fazem com que o funcionário se sinta importante e valorizado porque os benefícios por reconhecimento. UNIDADE 4 - A Interação nas Organizações: Conflitos, Negociação e a Importância da Comunicação No meio organizacional, os conflitos podem ser vistos por diferentes abordagens: Visão tradicional: Entende-se o conflito como uma ação destrutiva dentro do ambiente empresarial. Visão humana: Entende-se que o conflito é ação natural entre seres humanos que compartilham ideais e nem sempre é ruim. Visão interacionista: Entende-se que o conflito é uma questão positiva dentro da empresa e pode ser usada como motor para grandes avanços. Entre os tipos de conflitos mais comuns dentro do ambiente de trabalho, a má comunicação se dá em função da falta de clareza na hora de passar uma mensagem. Quando a comunicação organizacional é deficiente, as chances de gerar um conflito são grandes. Logo, para ser capaz de transformar a consciência e a conduta e alcançar níveis mais elevados é fundamental exercer a empatia e o diálogo entre os/as envolvidos/as porque ao se colocar no lugar de outra pessoa, os/as envolvidos/as se tornam mais suscetível a entender porque a outra pessoa pensa diferente e o motivo do conflito. Somente por meio diálogo claro e objetivo é possível corrigir possíveis ruídos na comunicação que possam ter causado o conflito, ou mesmo encontrar uma solução para o mesmo. Outra fonte de conflito é a falta de clareza nos papéis. Geralmente esse tipo de conflito ocorre quando as expectativas de uma das partes (seja gestor ou colaborador) não estão claras. Às vezes, o colaborador precisa se portar como gestor, quando o indivíduo designado para o cargo não se porta como tal. Esse tipo deproblema pode acontecer por falta de preparo dos envolvidos com os cargos em que estão inseridos. Um caso clássico desse tipo de conflito é quando um funcionário deixa de executar alguma tarefa por considerar que “esta não era sua função”. Na visão tradicional, o pensamento exercido pela cultura da empresa é de que o conflito é negativo. Nesse caso, geralmente, o resultado é a demissão e o julgamento, atitudes que podem inibir um crescimento em potencial dentro do ambiente organizacional. Nesta visão, corremos o risco de perder a oportunidade de amadurecer por meio da resolução do conflito. Já para os modelos humano e interacionista, o conflito é visto como natural e positivo para o avanço da empresa, nesse caso, as opiniões divergentes são estimuladas, a fim de trazer novos horizontes e possibilidades. Nesse caso, é fundamental que a cultura da empresa incentive esse tipo de posição e deixe claro aos funcionários que as visões diferentes são importantes para o sucesso. Funções da comunicação organizacional: 1. Movimentação formal da comunicação: quando há orientação sobre como e para quem o funcionário deve se comunicar diretamente 2. Comunicação informal dentro de uma organização: controle é menor e os ruídos podem interferir negativamente. Um exemplo de ruído ocorre quando um funcionário está insatisfeito com o gestor e reproduz seu discurso dentro da equipe, gerando problemas posteriores. 3. Motivação dos colaboradores: é possível estimular os trabalhadores, dar feedbacks e incentivá-los a aceitar novos desafios. 4. Facilitadora de tomada de decisões: as pessoas e os grupos precisam para domar decisões ao transmitir dados para que se identifiquem e avaliem as alternativas (ROBBINS, 2009, p. 233). Fluxos comunicacionais: Descendente: Se dá quando a mensagem vai dos gestores ou diretores para os funcionários. Essa comunicação, no entanto, nem sempre é falada ou escrita diretamente ao trabalhador. Quando a empresa manda um e-mail para todos os colaboradores anunciando um novo plano médico, por exemplo, caracteriza-se como comunicação descendente. Ascendente: No caminho inverso, quando um colaborador se dirige aos gestores ou diretores, a ação é chamada de comunicação ascendente. Esse tipo de comunicação é altamente importante dentro do contexto empresarial por ser considerado uma maneira de mensurar o desenvolvimento da equipe, motivação do pessoal e problemas encontrados dentro do sistema. Essa comunicação pode ser informal, em um almoço, ou formal, que aparece geralmente na figura de relatórios de desempenho ou enquete de satisfação dos empregados. Lateral: Quando acontecem conversas entre membros da mesma equipe, esse ato é chamado de comunicação lateral. A importância desse processo de envio e recebimento de informações se dá porque pode ser uma ótima forma para entender problemas e insatisfações dos funcionários ainda em situação embrionária. No entanto, esse tipo de comunicação pode criar conflitos no caso de os funcionários não respeitar a hierarquia e tomar decisões por conta própria.
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