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SINTESE HISTOLOGIA

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CAPITULO 3- O NÚCLEO CELULAR
O núcleo é o centro de controle de todas as atividades celulares porque contém, nos cromossomos, todo o genoma (DNA) da célula, exceto apenas o pequeno genoma das mitocôndrias. Chama-se genoma ao conjunto da informação genética codificada no DNA.
A forma do núcleo é variável e característica de cada tipo celular, mas, geralmente, apresenta-se como uma estrutura arredondada ou alongada, que se cora pelos corantes básicos e pela hematoxilina. Os principais componentes do núcleo são o envoltório nuclear, a cromatina, o nucléolo, a matriz nuclear e o nucleoplasma.
Envoltório Nuclear: O conteúdo intracelular é separado do citoplasma pelo envoltório nuclear. O envoltório nuclear apresenta poros, com uma estrutura denominada complexo do poro. A função do complexo do poro é o transporte seletivo de moléculas para fora e para dentro do núcleo. No poro, as duas membranas que constituem o envoltório nuclear são continuas. O envoltório nuclear é impermeável a íons e moléculas, de modo que transito entre o núcleo e o citoplasma é feito pelo complexo do poro.
Em intima associação com a face interna do envoltório nuclear, exceto na altura dos poros nucleares, encontra-se uma estrutura constituída por uma rede de moléculas proteicas fibrosas, a lamina nuclear, que estabiliza o envelope nuclear e apoia os cromossomos interfásicos. A lamina nuclear é constituída pelas proteínas dos filamentos intermediários do citoplasma.
Cromatina: Podem ser identificados dois tipos de cromatina. A heterocromatina é eletro-densa, aparece como grânulos grosseiros e é bem visível no microscópio óptico. A heterocromatina é inativa porque nela a hélice dupla de DNA está muito compactada, o que impede a transcrição dos genes. A eucromatina aparece granulosa e clara, entre os grumos de heterocromatina. Na eucromatina, o filamento de DNA não está condensada e tem condições de transcrever os genes. Portanto, eucromatina significa cromatina ativa, sendo mais abundante nas células nas células que estão produzindo muita proteína.
A cromatina é constituída por duplos filamentos helicoidais de DNA associados a proteínas, principalmente histonas, mas contendo também proteínas não-histônicas. O DNA e as histonas formam os nucleossomos.
Nucléolos: São as fabricas para a produção de ribossomos. Nas lamina coradas, aparecem como formações intranucleares arredondadas, geralmente basófilas, constituídas principalmente por RNA ribossomal e proteínas. Em humanos, os genes que codificam os RNAs localizam-se em cinco cromossomos e, por isso, as células podem apresentar vários nucléolos, mas geralmente há uma fusão, e a maioria das células tem apenas um ou dois nucléolos.
Matriz Nuclear: A extração bioquímica dos componentes solúveis de núcleos isolados deixa uma estrutura fibrilar chamada matriz nuclear, que forneceria um esqueleto para apoiar os cromossomos interfásicos, determinando sua localização dentro do núcleo celular. 
O nucleoplasma é um soluto com muita agua, íons, aminoácidos, metabolitos e precursores diversos, enzimas para síntese de RNA e DNA, receptores para hormônio, moléculas de RNA de diversos tipos e outros constituintes.
Divisão celular: A divisão celular denominado mitose, durante o qual uma célula (célula-mãe) se divide em duas, recendo cada nova célula (célula-filha) um jogo cromossômico igual ao da célula-mãe. Este processo consiste, essencialmente, na duplicação dos cromossomos e na sua distribuição para as células-filhas.
CAPITULO 4- TECIDO EPITELIAL
Células poliédricas justapostas com pouca substância extracelular. 
 Células aderem-se por meio de junções intercelulares, se organizando como folhetos 
Os epitélios são constituídos por celular poliédricas justapostas, entre as quais há pouca substância extracelular. Geralmente aderem firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares. Esta característica permite que essas células se organizem como folhetos que revestem a superfície externa e as cavidades do corpo ou que se organizem em unidades secretoras.
Desta maneira as principais funções dos epitélios são o revestimento de superfícies, absorção de moléculas, secreção, percepção de estímulos e contração.
As formas e as características das células epiteliais: A forma dos núcleos é fundamental para distinguir os limites entre as células na microscopia de luz, além de determinar de acordo com sua organização morfológica se estão organizadas em camadas ou não. Praticamente todas as células epiteliais estão apoiadas sobre tecidos conjuntivo.
Lamina própria: camada de tecido conjuntivo no caso de epitélio que revestem cavidades e órgãos ocos (aparelho digestivo, respiratório e urinário).
Polo basal: Porção da célula epitelial voltada para o conjuntivo. Polo apical: Porção da célula epitelial voltada para uma cavidade ou espaço. Superfície livre: superfície da célula epitelial. Paredes laterais: Superfície da célula epitelial que confronta células vizinhas.
Laminas basais e membranas basais: Lamina basal é a estrutura da superfície de contato entre células epiteliais e tecido conjuntivo, visualizada apenas no microscópio eletrônico. Suas funções são: papel estrutural, influencia na polaridade da célula, regulação de proliferação e diferenciação celular, influencia no metabolismo celular, organizar proteínas, servir como caminho para migração de células. Lamina reticular: associação entre a lamina basal e fibras reticulares (fígado).
Membrana basal: Camada situada abaixo de epitélios, fusão entre duas laminas basais ou uma lamina reticular e uma lamina basal, visível ao microscópio de luz. Células epiteliais apresentam intensa adesão mutua e resistem a trações mecânicas. Varia de acordo com o tecido. A adesão é em parte devida a ação coesiva dos membros de uma família de glicoproteínas, as caderinas, que promovem adesão em presença de Ca².
Junções intercelulares: Especializações que promovem adesão, vedação e comunicação entre superfícies laterais. Junções de adesão (zônulas de adesão, hemidesmossomos e desmossomos), junções impermeáveis (zônulas de oclusão) e junções de comunicação (junções comunicantes ou gap).
Zônulas de oclusão: Fusão das membranas, vedando espaço intercelular e minimizando a permeabilidade do tecido. Zônula de adesão: circunda toda a célula, contribui para a aderência. Juntando as duas zônulas, tem-se o complexo unitvo. 
Junções comunicantes (junções GAP): Proximidade das membranas de células subjacentes, porções de membrana plasmática em forma de placa onde há agregados de partículas intramembranosas. Induzem as células a trabalhar de maneira ordenada, como no caso dos batimentos cardíacos do coração.
Desmosso: Estrutura complexa em forma de disco presente na superfície de uma célula e sobreposta a outra idêntica na superfície de células subjacente. No lado citoplasmático, há a placa de ancoragem, com pelo menos 12 proteínas, principalmente caderina.
Hemidesmossomo: Estrutura de meio desmossomo e prendem célula epitelial a lamina basal. Proteínas são principalmente integrinas.
Microvilos: Projeções do citoplasma nas células dos tecidos que contribuem para absorção. Geralmente nas células com microvilos o glicocálix é mais espesso, sendo o conjunto chamado de “borda em escova” ou “borda estrida”.
Estereocílios: Prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimo e do ducto deferente, na verdade são microvilos longos e ramificados, e não cílios. Aumentam superfície celular.
Cílios: Prolongamentos longos e dotados de motilidade, envolvidos por membranas plasmáticas, contem dois microtúbulos centrais e nove pares de microtúbulos periféricos.
TIPOS DE EPITELIOS
Epitélios de revestimento: Camadas que cobrem a superfície externa e revestem cavidades do corpo.
Epitélios simples pavimentoso: Reveste vasos (endotélio) e cavidades pericárdica, pleural, e peritoneal (mesotélio). Facilita o movimento de vísceras , transporte por pinocitose, secreção de moléculas ativas.
Epitélio simples cúbico: Reveste externamente oovário, ductos de glândulas folículos tireoidianos. Promove revestimento e secreção.
Epitélio simples prismático ou cilíndrico: Reveste intestino e a vesícula biliar. Promove proteção, lubrificação, absorção e secreção.
Epitélio pseudo-estratificado: Núcleos estão em alturas diferentes, nem todas as células alcançam a superfície, mas todas revestem a lamina basal. Reveste a traqueia, os brônquios e a cavidade nasal. Promove proteção, secreção, transporte por cílios. 
Epitélio estratificado pavimentoso queratizanado: Reveste a epiderme. Promove proteção e previne contra a perda de água. 
Epitélio estratificado pavimentoso não-queratizanado: Reveste a boca, o esôfago, a vagina e o canal anal. Promove proteção, secreção e previne contra perda de água.
Epitélio estratificado cúbico: Reveste glândulas sudoríparas, folículos ovarianos em crescimento. Promove proteção e secreção.
Epitélio estratificado de transição: Reveste bexiga, ureteres e cálices renais. Promove proteção e distensibilidade.
Epitélio estratificado prismático: Reveste a túnica conjuntiva dos olhos. Promove proteção.
Epitélio glandular: Constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As moléculas a serem secretadas são armazenadas em pequenas vesículas envolvidas por membranas, os grânulos de secreção. Podem ser sintetizadas, armazenadas e secretadas: proteínas (pâncreas), lipídios (adrenal e sebáceas) ou complexos de carboidratos e proteínas (salivares).
TIPOS DE EPITÉLIOS GLANDULARES
Glândulas unicelulares: Células caliciforme, que secreta muco no revestimento do intestino delgado e do trato respiratório. Glândulas exócrinas: Secretam produtos em cavidades, mantem conexão com o epitélio original. Glândulas exócrinas acinosas: Podem ser serosas (produzem ácinos, núcleo arrendodado, pouca luz) mucosas (luz grande, núcleo achatado), ou mistas. Glândulas endócrinas: Secretam produto na corrente sanguínea. Podem ser cordonal ou vesiculosa (folicular). Glândulas Mistas: Secretam produto em cavidades e no sangue. Merócrinas: Liberam secreção por exocitose (pâncreas, parótida), Holócrinas liberam secreção junto com toda a célula (sebpacea), Apocrinas liberam secreção junto com porções do citoplasma (mamária).
Polaridade: Distribuição de organelas no polo basal é diferente da distribuição de polo apical, criando uma “polaridade” e gerando composição molecular diferenciada.
Inervação: Os tecidos epiteliais são inervados por terminações nervosas provenientes de complexos nervosos da lamina própria, criando a sensibilidade epitelial.
Renovação das células epiteliais: Células do tecido epitelial possuem estruturas dinâmicas, constantemente renovadas por atividade mitótica.
Células que transportam íons: As células epiteliais realizam transporte ativo de íons tanto no sentido intra/extracelular quanto no sentido basal/apical ou vice-versa.
Células que transportam por pinocitose: Em muitas células epiteliais, ocorre ainda transporte por pinocitose, ou seja, moléculas do meio extra interiorizadas para o citoplasma por vesículas de pinocitose. Ocorre especialmente em epitélios simples pavimentosos (endotélio e mesotélio).
Sistema neuroendócrino difuso: Células capazes de captar precursores das aminas e promover descarboxilação, resultando em mensageiros parácrinos ou endócrinos.
CÁPITULO 5- TECIDO CONJUNTIVO
Os tecidos conjuntivos são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo. Este papel mecânico é dado por um conjunto de moléculas (matriz) que conecta e liga as células e órgãos, dando, desta maneira, suporte ao corpo.
Os tecido conjuntivos se originam do mesênquima, que é um tecido embrionário formado por células alongadas, as células mesenquimais. Estas células tem um núcleo oval, com cromatina fina e nucléolo proeminente. Estas células possuem muitos prolongamentos citoplasmáticos e são, imersas em uma matriz extracelular abundante e viscosa com poucas fibras.
Células do tecido conjuntivo
Fibroblastos: sintetizam colágeno e elastina, além de outras glicoproteínas da matriz extracelular. São as células mais comuns e participam do crescimento e diferenciação celular. Células com intensa síntese são fibroblastos, enquanto células metabolicamente quiescentes são fibrócitos. Possuem citoplasma abundante, núcleo ovóide. Destaca-se a capacidade regenerativa dessas células, responsáveis pelo processo de cicatrização das feridas após lesões ou intervenções cirúrgicas.
Macrófagos: Sua atividade principal é a fagocitose. Possuem núcleo oval, superfície irregular, complexo de golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e um reticulo rugoso proeminente. Quando não-maduras, são chamadas de monócitos. Constituem o “sistema fagocitário mononuclear”, constituído por outras células que promovem digestão celular e defesa contra infecções. São células de longa vida e podem receber nomes especiais de acordo com sua localização. Participam da digestão de restos celulares e reparação de processos inflamatórios nos tecidos, além de destruírem células tumorais. A fusão de vários macrófagos, sob estimulo, pode formar casos patológicos. 
Mastócitos: Células globosas, grande e com citoplasma repleto de grânulos, núcleos pequenos, esférico e central. Colaboram com reações imunes e tem papel fundamental na inflamação, reações alérgicas e expulsão de parasitas. Amplamente distribuídos no corpo, abundante na derme e nos tratos digestivo e respiratório. O “mastócito do tecido conjuntivo” é encontrado na pele cavidade peritoneal e seus grânulos contém o anticoagulante heparina. O “mastócito da mucosa” está presente na mucosa intestinal e pulmões e seus grânulos contem condroitim sulfatado. Nos processos alérgicos liberam mediadores químicos que produzem as chmamdas “reações de hipersenssitividade imediata).
Plasmócitos: Células grandes e ovoides com citoplasma basófilo, ricos em reticulo endoplasmático rugoso, núcleo esférico. Pouco numerosas, exceto nos locais sujeitos a penetração de bactérias e proteínas estranhas, como mucosa intestinal. Abundante nas inflamações crônicas, junto com linfócitos e macrófagos. Derivam dos linfócitos B e são responsáveis pela síntese de anticorpos.
Células adiposas: células do tecido conjuntivo que se tornaram especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicérides (gorduras neutras).
Leucócitos: Células especializadas na defesa contra microrganismos agressores. Constituintes normais dos tecidos conjuntivos, vindos do sangue por migração através da parede de capilares e vênulas. A diapedese aumenta quando há invasões locais de microrganismos. No processo de inflamação, mediadores químicos provocam aumento da permeabilidade vascular e aumento do fluxo de sangue, resultando em “quimiotaxia”, ou, seja, fenômeno de atração de tipos específicos de células por algumas moléculas. Como consequência da quimiotaxia, os leucócitos migram para áreas inflamadas por diapedese.
Fibras: Formadas por proteínas que se polimerizam formando estruturas muito alongadas. Podem ser: Colágenas, reticulares e elásticas. As duas primeiras são formadas por colágeno e a última, por elastina. A distribuição varia de acordo com o tipo de tecido conjuntivo. Constituem tendões, aponeuroses, capsulas e paredes de órgãos, membranas e trabéculas. 
Colágeno: Grupo de proteínas estruturais que possuem graus variáveis de rigidez, elasticidade e força de tensão para adequar a necessidade funcional do organismo. Encontrados na pele, ossos, cartilagem, musculo liso e lamina basal, corresponde a 30% do peso seco do organismo.
Colágenos que formam fibrilas: Mais abundante no organismo, ocorre como estruturas denominadas “fibrilas de colágeno”, que formam ossos, dentina, tendões, cápsulas de órgãos, derme, etc.
Colágenos associados a fibrilas: Estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e a outros componentes da matriz extracelular.
Colágenos que formam redes: Responsáveis por aderências e fibrilação, são um dos principais componentes da lamina basal.
Colágeno de ancoragem:Presentes nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno a lamina basal.
Biossíntese do colágeno I: Polirribossomos ligamos a membranas do reticulo endoplasmático rugoso sintetizam cadeias polipeptídicas liberadas no reticulo endoplasmático que formam o procolágeno -> hidroxilação de prolinas e lisinas -> glicosilação da hidroxilisina -> cada cadeia alfa é sintetizada com dois peptídeos de registro que alinham as cadeias peptídicas -> procolágeno é transportado em vesículas de golgi à matriz extracelular, onde é exocitado -> no meio extra, os peptídeos de registro são removidos e a molécula passa a ser tropocolágeno, capaz de polimerizar fibrilas de colágenos -> as fibrilas se agregam para formas fibras -> estrutura fibrilar é forçada pela formação de ligações covalentes, catalisado por enzimas. O acumulo de colágeno ou sua síntese ineficiente ou anormal pode gerar casos patológicos.
Fibras de colágeno I: Mais numerosas do tecido conjuntivo, tem cor branca, são birrefringentes, se organizam paralelamente em feixes de colágeno.
Fibras reticulares: Formadas predominantemente por colágeno III, são finas e formam redes extensas, não são coradas por HE, apenas por sais de prata. Também são PAS-positivas, devido ao alto conteúdo de açúcar associado a elas. Abundantes em musculo liso, endoneuro e nas trabéculas de órgãos hematopoéticos. Constituem uma delicada rede de disposição frouxa que confere flexibilidade ao órgão.
Sistema elástico: Composto por 3 tipos de fibras elásticas: oxitalânica, elaunínica e elástica. Esse sistema, por usar diferentes proporções de elastina e microfibrilas, adapta-se de acordo com a função e necessidade local do tecido. Abundantes nos vasos sanguíneos e musculo liso. Mutações podem causar doenças caracterizadas pela falta de resistência nos tecidos ricos em fibras elásticas.
Substância fundamental: Complexo viscoso e hidrofílico de macromoléculas aniônicas e glicoproteínas receptoras – integrinas – fornecendo rigidez e força tensil a matriz. Preenche os espaços entre células e atua como lubrificante e como barreira a penetração de microrganismos invasores.
TIPOS DE TECIDOS CONJUNTIVOS
Tecido conjuntivo propriamente dito: Pode ser frouxo ou denso. O frouxo suporta estruturas normalmente sujeitas à pressão e atritos pequenos, preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguíneos. Encontrado nas papilas dérmicas, na hipoderme, nas membranas serosas e nas glândulas. O tecido conjuntivo denso oferece resistência e proteção aos tecidos, mas possuem menos células e mais fibras colágenas que o frouxo. Quando os feixes de fibras colágenas não tem uma orientação definida, chama-se denso não modelado. Já o denso modelado apresenta feixes paralelos e alinhados.
Tecido elástico: Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. O espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno e fibroblastos achatados. Possuem uma cor tipicamente amarela e grande elasticidade. Está presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. 
Tecido reticular: Muito delicado, forma uma rede tridimensional que suporta as células de alguns órgãos. Constituídos por fibras reticulares que se associam a fibroblastos especializados, formando uma estrutura trabeculada semelhante a uma esponja. Prove estruturas arquitetônicas especial para órgãos linfoides e hematopoéticos. Verificam-se ainda ao lado das células reticulares, células do sistema fagocitário mononuclear que monitoram o fluxo de materiais que passam através do tecido.
Tecido Mucoso: De consistência gelatinosa, graças á predominância de matriz fundamental composta de ácido hialurônico com poucas fibras. As principais células são os fibroblastos. É o principal componente do cordão umbilical e da popa jovem dos dentes.
CAPITULO 6- TECIDO ADIPOSO
O tecido adiposo é um tipo especial do conjuntivo onde se observa predominância de células adiposas. Essas células podem ser encontradas isoladas ou em pequenos grupos do tecido conjuntivo comum, porem a maioria delas forma grandes agregados, constituindo o tecido adiposo espalhado pelo corpo. 
O tecido adiposo é o maior deposito de energia, sob a forma de triglicerídeos. Sendo as principais reservas de energia do organismo. Localizando-se embaixo da pele, modela a superfície, sendo em parte responsável pelas diferenças de contorno entre o corpo dos homens e das mulheres. Este tecido, Contribui para o isolamento térmico do organismo e também possui atividade secretora, sintetizando diversos tipos de moléculas.
Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular: Cujas células, quando completamente desenvolvidas, contém apenas uma gotícula de gordura que ocupa quase todo o citoplasma. Esse tecido forma o panículo adiposo, cama disposta sob a pele e que é de espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Com a idade, o panículo adiposo tende a desaparecer de certas áreas, desenvolvendo-se em outras.
Deposição e mobilização dos lipídios: Os lipídios armazenados nas células adiposas são principalmente triglicerídeos, isto é, ésteres de ácidos graxos e glicerol. A remoção dos lipídeos, nos casos de necessidade energética, não se faz por igual em todos os locais. Primeiro são mobilizados os depósitos subcutâneos, os do mesentério e os retroperitoneais, enquanto o tecido adiposo localizado nos coxins das mãos e dos pés resiste a longos período de desnutrição.
Histogênese do tecido adiposo unilocular: Estas células se originam no embrião, a partir de células derivadas do mesênquima, os lipoblastos. Estas células são parecidas com fibroblastos, porem logo acumulam gordura no seu citoplasma. As gotículas lipídicas são inicialmente separadas umas das outras, porem muitas se fundem, formando a gotícula a única característica da célula adiposa unilocular.
Tecido adiposo pardo: Formado por células que contem numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias. Este tecido é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. 
Neste tecido, as células tomam um arranjo epitelióide, formando massas compactas em associação com capilares sanguíneos, lembrando as glândulas endócrinas. Este, é especializa na produção de calor, tendo papel importante nos mamíferos que hibernam.
Histogênese do tecido adiposo multilocular: As células mesênquimais que vão formar o tecido multilocular tornam-se epitelióides, adquirindo um aspecto de glândula endócrina cordonal, antes de acumularem gordura. Não há neoformação de tecido adiposo multilocular após o nascimento nem ocorre transformação de um tipo de tecido adiposo em outro.
CAPITULO 7- TECIDO CARTILAGENOSO

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