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Mecanismo de ação de fungicidas 
Ricardo Balardin 
Eng. Agrônomo, PhD. Consultor ad hoc do Instituto Phytus 
Natalia Teixeira Schwab 
Eng. Agrônoma, Doutora em Agronomia 
 
 Fungicidas são substâncias químicas, de origem natural ou sintética que 
quando aplicadas às plantas protegem-nas da penetração e/ou do posterior 
desenvolvimento de fungos patogênicos em seus tecidos. 
Os fungicidas podem ser classificados: (a) quanto à mobilidade do 
fungicida na planta (tópicos, sistêmicos ou mesostêmicos); (b) quanto ao 
momento da aplicação e as subfases do processo infeccioso (preventivo, 
curativo ou erradicativo); (c) quanto a absorção do fungicida pelo esporo 
(contato ou residual); (d) quanto à natureza química do produto (inorgânico, 
orgânico ou antibiótico) ou (e) quanto ao mecanismo de ação. 
O mecanismo de ação dos fungicidas, segundo classificação da 
Fungicide Resistance Action Committee (FRAC, 2013), diz respeito aos 
diferentes sítios onde agem as moléculas (Figura 1), conforme descrito a 
seguir: 
 
 
 
 Figura 1. Sítios de ação dos fungicidas na célula do patógeno: (A) Síntese de ácidos 
nucléicos, (B) Divisão celular e mitose, (C) Respiração, (D) Síntese de 
aminoácidos, (E) Transdução de sinais, (F) Síntese de lipídeos e membranas, 
(G) Síntese de esteróis em membranas, (H) Biossíntese de parede celular, (I) 
Síntese de melanina na parede celular e (P) Defesas vegetais. 
Fonte: Instituto Phytus. 
 
 
 
 
(1) A: Síntese de ácidos nucléicos - Fungicidas classificados com mecanismo 
de ação A, atuam inibindo a síntese de DNA e RNA (ácidos nucléicos), que são 
compostos químicos responsáveis pelo armazenamento e transmissão da 
informação genética. Exemplo de ingredientes ativos (i.a.): Metalaxyl (grupo 
químico das acylalanina), produto sistêmico de caráter protetor e curativo 
empregado em tratamento de sementes, raízes e aplicações foliares. 
 
(2) B: Divisão celular e mitose - Fungicidas classificados com mecanismo de 
ação B, atuam na divisão celular e mitose, impedindo a multiplicação celular e, 
consequentemente, o crescimento e desenvolvimento do fungo. Exemplo: 
grupo químico dos Benzimidazois e Tiofanatos, nos quais destacam-se os 
ingredientes ativos Benomyl, Carbendazim, Thiabendazole, Fuberidazole e 
Tiofanato metílico. 
 
(3) C: Respiração - Fungicidas classificados com mecanismo de ação C atuam 
na respiração mitocondrial, privando o organismo do principal produto deste 
processo, o ATP. Exemplo: Carboxamidas e Estrobilurinas. 
 
(4) D: Síntese de Aminoácidos - Fungicidas classificados com mecanismo de 
ação D atuam na síntese de aminoácidos, que são compostos que formam as 
proteínas. Exemplos: i.a. Cyprodinil, Kasugamycina e Streptomycina. 
 
(5) E: Transdução de sinais - Fungicidas classificados com mecanismo de 
ação E atuam na transdução de sinais, interrompendo estes processos. 
Exemplo: Dicarboxamides, representados pelos ingredientes ativos iprodione e 
procymidone é um exemplo de grupo químico de fungicida com mecanismo de 
ação E. 
 
(6) F: Síntese de lipídeos e membranas - Fungicidas classificados com 
mecanismo de ação F atuam inibindo a síntese de lipídeos e membranas, 
causando desorganização celular e morte do fungo. Edifenfós é um exemplo de 
ingrediente ativo deste grupo. 
 
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Highlight
 
 
(7) G: Síntese de esteróis em membranas - Fungicidas classificados com 
mecanismo de ação G inibem a síntese de esteróis em membranas. Exemplo: 
grupo químico dos Triazois, Imidazois, Piridinas, Piramidinas, Piperazinas e 
Morfolinas. 
 
(8) H: Biossíntese da parede celular - Fungicidas classificados com 
mecanismo de ação H inibem a síntese da parede celular. Os fungicidas deste 
grupo atuam principalmente na síntese de celulose e β-glucanas, componentes 
principais da parede dos Oomycetos, que não possuem quitinia e ergosterol. 
Exemplo: i.a. dimetomorfe. 
 
(9) I: Síntese de melanina na parede celular - Fungicidas classificados com 
mecanismo de ação I inibem a síntese de melanina na parede celular, que nos 
fungos é sintetizada a partir de compostos fenólicos e auxilia no processo de 
infecção do hospedeiro, acumulando-se no apressório. Exemplo: i.a. tricyclazol. 
 
(10) P: Defesas vegetais - Fungicidas classificados com mecanismo de ação 
P não possuem efeito sobre os patógenos, mas induzem a produção de 
compostos de defesa. Esses fungicidas induzem a uma resposta da planta 
(hospedeiro) conhecida como resistência sistêmica adquirida (SAR, sigla em 
inglês de Systemic Acquired Resistance). Estes indutores de SAR basicamente 
mimetizam sinais 
químicos nas plantas que ativam os mecanismos de defesa, tais como a 
produção de parede celular mais espessa e proteínas antifúngicas. A utilidade 
dos indutores de SAR, no entanto, tem sido limitada até agora, uma vez que 
muitos patógenos são capazes de superar tais defesas. Exemplo: i.a. 
acibenzolar-S-methyl. 
 
(11) Atividade Multissítios - Fungicidas classificados com mecanismo de ação 
Multi-sítios apresentam atividade em dois ou mais dos sítios 
apresentados anteriormente. Exemplos: i.a. Mancozebe, Manebe e Thiram, 
pertencentes ao grupo químico dos Ditiocarbamatos. As Cloronitrilas é outro 
grupo químico com características multissítios que atua sobre o Ciclo de Krebs, 
impedindo a produção de ATP e causando a morte do fungo. O principal 
 
 
representante desse grupo é o Clorotalonil, que apresenta ação protetora e de 
amplo espectro.

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