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FISIOTERAPIA PARA AMPUTADOS Prof. Eduardo A. Medina REGRA Amputações: Muito curtas (próxima ás inserções musculares) – Risco de deformidade. Curtas / proximais: Reabilitação de Amputados. INTRODUÇÃO A amputação é um procedimento cirúrgico bastante antigo. Consiste na retirada, na maioria das vezes cirúrgica, parcial ou total de um membro. As indicações mais frequentes são decorrentes das doença vascular periférica, associada ao tabagismo e diabetes, idosos. Metade das amputações de MMII ocorre em diabéticos. Incidência de amputação de MMII Fatores de risco para amputações dos MMII em pessoas com diabetes A longa duração da doença, Hiperglicemia prolongada, Dislipidemia, Hábitos de fumar e ingerir bebidas alcoólicas, Doença vascular periférica e Lesões ulcerativas prévias. AMPUTAÇÕES Membros superiores: Desarticulação escapular, Desarticulação de braço, Amputação transumeral, Desarticulação de cotovelo, Desarticulações radiocárpicas, Amputações do carpo, Amputações transmetacarpianas ( BOCOLINE, 2000). ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA O fisioterapeuta é importante no processo dinâmico progressivo do tratamento. Seu dever é ajudar o paciente a compreender que a amputação é uma nova etapa a ser entendida, assimilada e vencida. Ele busca a restauração ótima do indivíduo, sua reintegração à família, comunidade e sociedade. Tornar o indivíduo o mais independente possível; Favorecer a realização de atividades de vida diária, com ou sem prótese; Preparar o coto para a protetização, quando for possível a protetização; OBJETIVO DA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA: Consideração para alcançar os objetivos Impedir deformidades secundárias*. Conseguir um bom equilíbrio muscular, Potencializar os grupos musculares debilitados, Recuperar a função muscular prévia, Impedir CONTRATURAS e ADERÊNCIAS, * Exemplo: nível de aderência que não é possível recuperar com fisioterapia. Consideração para alcançar os objetivos Diminuir e eliminar estados dolorosos. Dessensibilização, tratamento do proc. Inflamatório. Síndrome do Membro fantasma. Modelar e maturar o coto. Formato / sensibilidade / Edema. Consideração para alcançar os objetivos Colocar uma prótese em perfeitas condições de ajuste e alinhamento. Realizar treinamento adequado de marcha e; Corrigir possíveis defeitos de marcha detectados. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO AGUDO Período que compreende entre a amputação e a remoção das suturas de *14 a 21 dias. (por que 21 dias?) Objetivos: Controle de sinais Flogísticos. Modelar e maturar o coto; Dessensibilização; Prevenir contraturas (posicionamento do coto no decorrer do dia); Evitar problemas cardiopulmonares; Condicionamento físico geral; Educação do paciente. FISIOTERAPIA: MODELAR O COTO 14 FISIOTERAPIA: MODELAR O COTO / CONTROLE DO EDEMA Enfaixamento compressivo com redução gradativa de pressão no sentido da circulação linfática. Comprimido distalmente, e descomprimindo gradativamente até o quadril. 15 Utilização de materiais e texturas diferentes. Algodão; Tecido de Algodão; Atadura; Seda; Papel; Bucha vegetal, Escova de plástico. Etc... FISIOTERAPIA: DESSENSIBILIZAÇÃO. 16 FISIOTERAPIA: PREVENÇÃO DE CONTRATURAS Posicionamento associado a mobilidade. Orientar o paciente quanto ao posicionamento correto e realização de Alongamentos. 17 Programa: Exercícios respiratórios; Treino aeróbico e de resistência cardiopulmonar. É muito importante, pois o gasto energético do paciente para controlar o coto será muito grande. Cinesioterapia respiratória EVITAR PROBLEMAS CARDIOPULMONARES Condicionamento geral do corpo: Corrigir desequilíbrios musculares (fortalecimentos e alongamentos) Transferências FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO AGUDO 19 Condicionamento geral do corpo: Os fortalecimentos devem começar com exercícios isométricos de curta duração (isometria aumenta a frequência cardíaca e pressão arterial). Se o paciente tolerar com Corrente Russa. E evoluir para exercícios isotônicos. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO AGUDO 20 FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO AGUDO Cinésioterapia 21 FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO AGUDO Cinesioterapia 22 Objetivos: Proporciona habilidade para realização de todas as atividades possíveis sem o uso de prótese Preparar o coto de amputação (Carvalho 2003). FISIOTERAPIA PRÉ - PROTETIZAÇÃO 23 A fase pré- protética se divide em tratamento imediato e mediato. Imediato: Preparar a sensibilidade e formato do coto. Primeira semana após a amputação até 30 dias. Quadro álgico e hipersensibilidade do coto de amputação, decorrente do ato cirúrgico. Enfaixamento. FISIOTERAPIA PRÉ - PROTETIZAÇÃO 24 Programa: - Ultra – som -Orientação postural, hidroterapia, massoterapia, cinesioterapia, eletroterapia e enfaixamento são técnicas utilizadas para redução do edema (Carvalho 2003). -Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), acupuntura. Meias compressivas FISIOTERAPIA PRÉ - PROTETIZAÇÃO 25 Programa: - Hidroterapia e eletroterapia - Estímulos proprioceptivos - Exercícios de fortalecimento FISIOTERAPIA PRÉ - PROTETIZAÇÃO 26 Programa: - Exercícios de alongamento - Cinesioterapia livre, ativa e ativa resistida - Treinamento de Marcha - Equilíbrio - Coordenação. FISIOTERAPIA PRÉ - PROTETIZAÇÃO 27 E a Dor no membro fantasma... Homúnculo de Penfield Somatotopia Homúnculo de Penfield Somatotopia homúnculo de Penfield Homúnculo Motor Homúnculo Sensitivo Formas de Solucionar a dor Fantasma CONCLUSÃO O atendimento ao indivíduo amputado deve ser realizado de forma global, percebendo sua saúde como um todo e buscando reintegra-lo à sociedade. A fisioterapia se empenha em realizar tais benefícios da maneira mais completa possível, utilizando-se de métodos e técnicas mais adequadas para cada caso de amputação. 33 Referências: ARAÚJO, R. A. et al. Principais recursos fisioterapêutico utilizados em amputados transfemorais durante a fase de pré - protetização. XI Encontro de Iniciação à Docência, 2005. BRITO, D.D. et al. Tratamento fisioterapêutico ambulatorial em paciente submetido à amputação transfemoral unilateral por acidente motociclístico: estudo de caso. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, 9(3), set./dez. p.175-180, 2005. MELLO, M. A. et al. Tratamento fisioterapêutico na fase pré-protetização em pacientes com amputação transtibial unilateral. Fisioterapia Brasil, V. 10 , N. 4, julho/agosto, 2009. TEXEIRA, M. F. A atuação da fisioterapia no paciente com amputação transfemoral unilateral. Rio de janeiro, 2008. 34
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