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Fluxo de caixa Jhuly Emilly

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FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA 
TOMADA DE DECISÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arinos – MG 
2018 
INSTITUTO FEDERAL NORTE DE MINAS GERAIS –CAMPUS ARINOS 
Bacharelado em Administração - V Período 
 
 
Jhuly Emilly Martins Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo de Caixa como Ferramenta para Tomada de Decisões 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Professora Valdinice Ferreira da 
Mota, com o objetivo de obtenção da nota parcial da nota 
do semestre da Disciplina de Gestão Financeira e 
Orçamentária do Curso Bacharelado em Administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arinos – MG 
2018 
INTRODUÇÃO 
 
 A gestão financeira nas pequenas e grandes empresas nos dias de hoje 
é de suma importância. O fluxo de caixa é um relatório dinâmico que trabalha 
com informações atuais e é uma ferramenta essencial para as empresas. Este é 
capaz de presumir e refletir o que ocorrerá com as finanças em um determinado 
período, auxiliando o administrador financeiro e os empresários na tomada de 
decisões pois o mesmo é capaz de identificar com clareza a situação atual da 
empresa. Desta forma, entende-se que a gestão do caixa é um fator fundamental 
na atividade empresarial, já que as decisões são tomadas a partir das 
informações disponibilizadas pelo caixa da empresa. 
 
 A empresa que consegue manter seu fluxo de caixa atualizado de forma 
correta, tende a ter maior controle de sua situação financeira, mantendo um 
equilíbrio em suas finanças. Este trabalho demonstra a potente ferramenta de 
planejamento e controle financeiro que é o fluxo de caixa 
 
FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÕES 
 
 Diante de constantes mudanças econômicas, é indispensável a utilização 
de ferramentas que possam auxiliar nas decisões do gestor, assim como 
planejamento financeiro a curto e longo prazo ou até mesmo administração do 
capital circulante. Este planejamento é indispensável para as organizações pois 
a falta de recursos financeiros é motivo de falência da maioria delas. 
 
 Este trabalho utiliza-se de pesquisa bibliográfica, abordando os principais 
autores da administração financeira e abrangendo o fluxo de caixa como uma 
ferramenta de grande importância na tomada de decisões nas organizações. 
 
 Conforme Silva (2008), a administração financeira compreende gerenciar 
os recursos financeiros para obtenção de lucros, maximizando a riqueza dos 
acionistas, ou seja, maximizando o valor de mercado do capital dos proprietários. 
 
 Para Gitman (1997), administração financeira diz respeito à 
responsabilidade do administrador financeiro de uma instituição, que 
independente de ter ou não fins lucrativos, do porte, ramo de atividade ou 
qualquer outra variável, tem por objetivo gerir os recursos econômicos da 
organização. Isto é, ela auxilia o gestor a atingir metas econômicas dentro da 
organização fazendo orçamentos, prevendo atividades financeiras e analisando 
captação de recursos e investimentos. 
 
 Lemes Junior, Rigo e Cherobim (2005) sugerem que a administração 
financeira tem por objetivo maximizar a riqueza dos acionistas da empresa. Para 
os autores o administrador financeiro é o principal responsável pela criação de 
valor. O mesmo tem a responsabilidade de executar as atividades financeiras da 
empesa, essas que envolvem decisões estratégicas. 
 
 Hoji (2014) ainda comenta: 
Para a Administração Financeira, o objeto econômico das empresas é a 
maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará sendo 
aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por 
ações e sócios de sociedades por cotas). 
 
 A Administração Financeira hoje nas empresas deve compreender todo 
universo econômico, pois possuem um objetivo principal que é a geração de 
lucro, e se este capital gerar riqueza ele possibilita também aplicar investimentos 
que podem expandir mais ainda e assim consequentemente gerar mais 
empregos e melhores benefícios para a organização e para a sociedade.Este 
entendimento é oriundo do trecho; “A geração permanente de lucros e caixa 
contribui para que haja uma empresa moderna que cumpra suas funções sociais, 
por meio de geração de impostos, investimentos em melhoria ambiental etc” 
(HOJI, 2003, p 21). 
 
 Tendo em vista um Mercado cada vez mais competitivo, o desafio das 
empresas é buscar através de ferramentas certas implementar estratégias de 
sucesso. Entre essas estratégias se encontra o Fluxo de Caixa, que é uma 
ferramenta dessas estratégias capaz de controlar e gerar inúmeras informações 
importantes para a tomada de decisões da empresa como projetar receitas, 
investimentos, custos e despesas. 
 
 Assaf Neto e Silva (1997) explicam que fluxo de caixa “é um processo 
pelo qual a empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas 
várias atividades”. 
 
 Tendo em vista que o mercado anda cada vez mais competitivo, as 
empresas precisam buscar cada vez mais formas de se manter ativa. Quando 
uma empresa sabe o lugar que ocupa em relação a concorrência, é mais fácil. 
Porem quando a empresa não tem controle de suas atividades e nem 
conhecimento da sua situação financeira, ela se torna vulnerável e neste 
contexto se encaixa o fluxo de caixa que irá permitir que ela se reconheça 
financeiramente e trace estratégias para permanecer no mercado. 
 
 Matarazzo (2010) relata que a definição de Fluxo significa movimento, 
pode-se afirmar que fluxo de caixa será o movimento do caixa. Por isto é 
importante ter domínio e conhecimento das movimentações financeiras da 
empresa pois a ausência das mesmas pode ocasionar em falência. 
 
 Greco Cartner e Arend (2009) ainda complementam: “É através da 
demonstração de fluxos de caixa que se verifica as mudanças tidas na área 
financeira da empresa durante um tempo. 
 
Segundo Zdanowicz (1989. p. 24): 
 
“Fluxo de Caixa é o instrumento que relaciona o conjunto de ingressos e de 
desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período. 
 
 Em concordância com os conceitos apresentados, o fluxo de caixa visa 
atividades desenvolvidas através das entradas e saídas do caixa, bem como 
operações financeiras, liquidez e disponibilidade da empresa. 
 
 É importante maximizar os lucros para que a empresa permaneça no 
mercado e para isso deve-se controlar entradas e saídas de caixa, prazos 
médios de recebimentos e pagamentos entre outras coisas que influenciam na 
tomada de decisões a curto e longo prazo. “Vivemos uma nova realidade, na 
qual há espaço para o planejamento e controle dos negócios” (CAMPOS FILHO, 
1999, p. 17). 
 
 Para uma boa gestão, os administradores necessitam de relatórios onde 
possam buscar informações rápidas e precisas referentes a gestão financeira de 
uma empresa. Por isso torna-se necessária a utilização de boas ferramentas 
gerenciais como o fluxo de caixa que auxilia na identificação de oportunidades 
ou necessidades. 
 
 O fluxo de caixa é um instrumento básico de planejamento financeiro que 
visa apurar e projetar o saldo disponível para que sempre haja capital de giro na 
empresa para fazer aplicações ou até mesmo cobrir eventuais gastos. É a 
principal ferramenta de financeira que planeja, analisa e controla as receitas, os 
investimentos e as despesas, sendo composto pelos dados obtidos dos 
controles de contas a pagar e a receber, de vendas, de despesas, de saldos de 
aplicações, e todos os demais que representem as movimentações de recursos 
financeiros disponíveis da organização. 
 
 Para Hoji (2014) o fluxo de caixa é um esquema que representa asentradas e saídas ao longo do tempo. Ou seja, é uma importante ferramenta que 
traz informações necessárias de caixa para que o administrador tome decisões 
a curto e longo prazos. O autor ainda comenta que “em um fluxo de caixa deve 
existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada (ou vice-versa). 
 
 Complementarmente, Cavalcante (2004) aborda os objetivos de forma 
mais abrangente dizendo que: 
 
 O fluxo de caixa serve para planejar e controlar as entradas e saídas de 
caixa num dado período de tempo; 
 Auxiliar o empresário a tomar decisões antecipadas sobre a falta ou sobra 
de dinheiro; 
 Verifica se a empresa está trabalhando com aperto ou folga financeira no 
período considerado; 
 Verifica se os recursos financeiros são suficientes para tocar o negócio ou 
se haverá necessidade de financiamento de capital de giro; 
 Permite planejar melhor as políticas de pagamento e recebimento; 
 Permite que se conheça previamente os grandes números do negócio e 
sua importância no período considerado; 
 Pode-se avaliar se os recebimentos previstos para o período são 
suficientes para cobrir os compromissos assumidos; 
 O empresário pode avaliar qual é o melhor momento para reposição de 
estoque; 
 O empresário pode avaliar qual o momento ideal para se realizar 
promoções de vendas visando incrementar o negócio. 
 
 Esta poderosa ferramenta proporciona a empresa uma interpretação de 
sua real situação financeira, e isto traz ao gestor a ajuda necessária para tomar 
decisões que possam reverter o quadro financeiro da organização. E dessa 
forma também é possível que o gestor projete seus futuros resultados de fluxo 
de caixa e realizar atividades que evitem a perda de capital. Campos Filho (1999) 
complementa esta gestão dizendo que “assim haverá uma linguagem 
predominante nos negócios. A linguagem de caixa será utilizada para dados 
históricos e para as projeções”. 
 
 Podemos perceber que atualmente as finanças estão cada vez mais 
agressivas e sem controle das operações financeiras de uma organização o 
gestor pode leva-la a falência. 
 
 Para que uma empresa permaneça no mercado gerando emprego e 
renda, é importante que ela utilize o fluxo de caixa no processo financeiro para 
que se tenha informações mais sólidas a respeito da mesma pois com ela o 
gestor pode obter análises financeiras estruturando a organização para atingir 
metas e objetivos. 
 
 O fluxo de caixa é uma ferramenta financeira essencial para uma boa 
gestão. Ele se baseia no controle das operações financeiras, no dinheiro que 
entra e sai do caixa permitindo que o gestor obtenha dados importantes para a 
administração do negócio. Seu principal objetivo é assegurar que a empresa 
esteja em equilíbrio financeiro. 
 
O planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se 
saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar as operações ou quando 
se necessitará de financiamentos bancários. Empresas que continuamente 
tenham falta de caixa e que necessitem de empréstimos de última hora, 
poderão perceber como é difícil encontrar bancos que as financie (GITMAN, 
1997, p 586). 
 
 “Os investidores devem analisar as empresas sob o aspecto do fluxo de 
caixa (...), pois o que garante o retorno do investimento é o volume de caixa 
gerado pelas operações no futuro.” (YOSHITAKE e HOJI, 1997, p. 149). Isto é, 
todas as informações geradas são relevantes uma vez que permitem o 
administrador analisar e projetar a independência financeira da organização. 
 
É através da administração do fluxo de caixa que se tem entendimento de como 
as organizações geram, gerenciam e aplicam os seus recursos financeiros. 
 
Conforme Quintana (2009, p. 13) 
A Demonstração do Fluxo de Caixa, além de ser um importante documento 
contábil, pode contribuir de forma expressiva para a gestão financeira, pois 
grande parte dos fatos que ocorrem nas empresas envolve a movimentação 
de recursos financeiros. Por isso, a gestão financeira acaba tornando-se um 
elemento indispensável no processo de gestão das empresas. 
 
 O fluxo de caixa envolve as movimentações financeiras sendo 
indispensável e de grande importância na gestão das organizações pois ele 
permite apoiar o processo decisório organização. 
 
 Segundo Prazeres (2008) as informações necessárias para elaborar um 
bom fluxo de caixa são: 
 Informações relativas à entrada de numerário (dinheiro); 
 Informações relativas à saída de numerário (dinheiro); 
 Informações relativas às disponibilidades atuais; 
 Informações relativas à apuração do saldo final; 
 
 Por documentar todas as movimentações financeiras da empresa 
registrando as entradas e saídas, o fluxo de caixa tem participação na tomada 
de decisões referentes a vida financeira da empresa para que ela possa se 
manter no mercado. Sem os relatórios de entradas e saídas, o gestor não 
consegue controlar o seu negócio, chegando a conclusões de que o negócio terá 
mais despesas ou mais receitas e é preciso este conhecimento para que ele 
tome decisões que viabilizem a empresa em longo prazo. 
 
 Se a empresa tem controle e conhecimento do seu fluxo de caixa, logo o 
gestor tem capacidade de saber a hora de investir seus recursos ou até mesmo 
tomar um empréstimo. Sendo: se o lucro está positivo, logo ele pode fazer 
investimentos e caso contrário se ele estiver negativo, terá de procurar ajuda 
externa como um empréstimo. 
 
 Para que um fluxo de caixa tenha eficiência, é necessário que ele seja 
elaborado com bastante cautela se atentando aos detalhes quanto às despesas 
e aos ganhos. Poucos sabem, mas a gestão do estoque também é fundamental 
na elaboração do fluxo de caixa por ser um capital imobilizado. Esta gerencia de 
estoque é importante pois se o gestor tem controle do estoque, ele saberá a o 
que comprar, onde e quando comprar, evitando assim os prejuízos. 
 
 Geralmente quando o gestor não acompanha o fluxo de caixa (entradas e 
saídas de recursos financeiros) eles costumam pensar que estão sempre a obter 
lucro. Por não terem acompanhamento, não conseguem enxergar os problemas 
que devem ser corrigidos. A análise do fluxo de caixa possibilita o gestor projetar 
despesas e lucros, e isso o trará mais controle financeiro da empresa evitando 
que o mesmo faça investimentos ou empréstimos desnecessários. 
 
 Por permitir uma ampla visão dos resultados econômicos, ele se faz 
necessário e fundamental no momento da tomada de decisões na empresa. Se 
os relatórios de fluxo de caixa estiverem negativos, logo o administrador não 
poderá investir em compras ou estender suas despesas, e dependendo da 
situação o administrador deve se basear nele para a realização de um 
empréstimo se necessário pois quando o fluxo de caixa indica que as saídas 
estão sendo maiores que as entradas, é evidente que a situação financeira e 
econômica da empresa não estão boas e se não forem tomados os cuidados 
necessários é possível até mesmo que a empresa vá a falência. 
 
Considerações Finais 
 
 Baseando-se nos conceitos e definições de fluxo de caixa acima 
apresentados, é possível concluir que o fluxo de caixa é a principal ferramenta 
de auxilio a tomada de decisões em uma empresa pois ele demonstra as 
atividades financeiras de entradas e saídas, colaborando para que o gestor 
identifique as necessidades e oportunidades, trazendo mais segurança do futuro 
financeiro da empresa. Visto que a organização necessita ter conhecimento de 
suas entradas e saídas, o controle de custos, despesas e investimentos devem 
ter como base o fluxo de caixa pois ele demonstra claramente se a empresa está 
obtendo lucro ou se ela tem mais despesas. 
 Ogestor deve usar de suas habilidades técnicas para elaborar através do 
auxilio desta importante ferramenta planos que visem estabilizar a situação 
financeira da empresa. O fluxo de caixa então pode ser entendido como um 
indicador de tomada de decisões. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSAF NETO, A; SILVA; C. A. T. Administração do capital de giro. 2.ed. 
São Paulo:Atlas, 1997 
 
CAMPOS FILHO, A. Demonstração dos fluxos de caixa: uma ferramenta 
indispensável para administrar sua empresa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
CAVALCANTE, José Carlos; CURADO, Ricardo Simões. Gestão financeira. 
São Paulo: SEBRAE, 2004. Disponível em: 
<http://www.sebraesp.com.br/midiateca/publicacoes/saiba_mais/financas/gesta
o_financeira>. Acesso em 13 de maio de 2018. 
 
GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. São Paulo: 
Habra, 1997 
 
GRECO, Alvísio; GÄRTNER, Günther e AREND, Lauro. Contabilidade: teoria 
e práticas básicas. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
HOJI, Masakazu. Administração financeira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e orçamentária: matemática 
financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 11. ED. 
São Paulo: Atlas, 2014. 
 
LEMES JÚNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração 
financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Campus/Elsevier, 2005. 
 
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem 
básica e gerencial. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
PRAZERES, Hélvio Tadeu Cury. Administração Financeira na Pequena 
Empresa. CPT, Viçosa MG, 2008. 
 
QUINTANA Costa Alexandre, Fluxo De Caixa - Demonstrações Contábeis. 
Editora Juruá 2009. 
 
SILVA, Edson Cordeiro da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das 
Empresas – Guia de Sobrevivência Empresa. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 
2008. 
YOSHITAKE, Mariano. e HOJI, Masakazu. Gestão de Tesouraria: controle e 
análise de transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997. 
 
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento 
e controle financeiros. 3. ed. Porto Alegre: D.C. Luzzatto, 1989.

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