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GESTAO FINANCEIRA

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GESTÃO 
FINANCEIRA
Fernanda Rocha de Aguiar
Introdução à administração 
financeira
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Apresentar a administração financeira e suas áreas de atuação.
 Identificar as atribuições do administrador financeiro.
 Reconhecer as principais funções dos administradores financeiros de 
uma empresa ou organização.
Introdução
A administração financeira é uma das áreas mais relevantes das orga-
nizações, pois detém a tomada de decisão que conduz a empresa aos 
objetivos de sustentabilidade financeira e competitividade no mercado 
em que atua. Essa administração ocorre em empresas de todos os portes, 
ainda que o enfoque varie de acordo com o segmento estabelecido, 
sempre buscando a otimização de recursos para maximizar o lucro ao 
dono do negócio ou ao acionista.
Especialmente o contexto em que as organizações estão inseridas 
influencia diretamente essa área, pois variáveis como inflação, economia, 
mudanças de governo, taxas cambiais, globalização, aumento de riscos 
empresariais afetam diretamente a gestão financeira (LEMES JÚNIOR; 
RIGO; CHEROBIM, 2016). Tal situação exige que a área de finanças se 
adapte às transformações dos últimos tempos.
Portanto, neste capítulo, você vai aprender sobre a administração 
financeira e suas áreas de atuação, conhecendo as atribuições e funções 
do profissional dessa área. 
A administração financeira e suas 
áreas de atuação
Segundo Assaf Neto e Silva (2002), a administração fi nanceira traduz um 
campo de estudo teórico e prático que almeja um processo empresarial mais 
efi ciente para a captação e a alocação de recursos de capital. Também é im-
portante mencionar que a administração fi nanceira se apresenta como uma 
ferramenta destinada a controlar a viabilidade de meios que resultem em 
obtenção de receitas capazes de prover a realização de operações e atividades 
da empresa.
Destaca-se, além disso, que há relação direta entre a administração finan-
ceira e a visão sistêmica, que representa a capacidade de deliberar considerando 
o contexto, a conjuntura e a análise das partes em relação ao todo. Para que 
sejam tomadas as melhores decisões, os gestores financeiros necessitam obter 
informações dos ambientes interno e externo, além de analisar todas as áreas 
da empresa em relação à necessidade de recursos e ao retorno esperado.
Ross (2015) menciona que a administração financeira existe porque trabalha 
para a sobrevivência das empresas, pode evitar falência, bem como superar 
a concorrência, além de maximizar as vendas ou a participação do mercado 
e minimizar os custos e maximizar os ganhos para garantir o crescimento 
dos lucros.
Na Figura 1, a seguir, é possível observar que as informações internas da 
empresa quanto ao seu planejamento bem como sobre o mercado em que atua 
são entradas que processam as decisões da administração financeira quanto 
aos recursos a serem utilizados, às decisões de investimentos e aplicações e 
aos fluxos financeiros, de modo que haja a maximização do retorno.
Figura 1. A função financeira e a visão sistêmica.
Fonte: Kwasnicka (2004, apud JACOBSEN, 2011, p. 21).
Introdução à administração financeira2
As áreas de atuação
A administração fi nanceira de uma empresa lida com a aplicação das es-
tratégias estabelecidas para incrementar a receita da organização e defi nir 
orçamentos para as diferentes áreas da organização. Devido à sua importância, 
a administração fi nanceira pode ser dividida em áreas de atuação, conforme 
podemos observar a seguir.
Análise financeira
Para que a empresa possa ter equilíbrio entre as suas despesas e receitas, espe-
cialmente visando reservas para a sua sustentabilidade fi nanceira, é necessário 
que haja planejamento para avaliar a condição fi nanceira da empresa. Essa 
análise ocorre por meio de relatórios fi nanceiros cujas informações contábeis 
demonstrem os resultados. As informações devem munir os tomadores de 
decisão para a análise estratégica sobre a sua capacidade de produção, o 
rumo a ser seguido, sempre no intuito de buscar alavancar suas operações. 
Os relatórios demonstrarão não apenas as contas de resultado do regime de 
competência, mas a situação do fl uxo de caixa. Diante desses dados, é possível 
desenvolver e implementar ações com objetivo de crescimento para o retorno 
fi nanceiro necessário.
Todas as informações financeiras de uma empresa precisam ser registradas, eviden-
ciando suas movimentações. Essas informações geram lançamentos contábeis (regis-
trados na contabilidade) e financeiros (entradas e saída no caixa da empresa) que são 
chamados, respectivamente, de regime de competência e regime de caixa. No regime 
de competência, o registro do evento se dá na data que o evento aconteceu. A 
contabilidade define o regime de competência como o registro do documento na 
data do fato gerador (ou seja, na data do documento, não importando quando vai ser 
pago ou recebido). O regime de caixa considera o registro dos documentos na data 
de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária. Para análises 
financeiras, utiliza-se os regime de caixa que contabiliza receitas, custos, despesas e 
investimentos dentro do mês (REIS, 2006).
3Introdução à administração financeira
Finanças corporativas
É a área responsável por tomar decisões fi nanceiras a respeito do negócio, 
utilizando ferramentas e índices para as análises fi nanceiras. O objetivo é 
maximizar a valorização da empresa e evitar que ela adentre em riscos fi nan-
ceiros para garantir competitividade. Essa área é crucial para a sobrevivência 
e o posicionamento da organização. Os principais indicadores que compõem 
as fi nanças corporativas são: a lucratividade, os custos fi xos, o faturamento, 
o índice de endividamento e, principalmente, o retorno sobre investimento, 
costumeiramente chamado de ROI (Return On Investment). Diante das in-
formações corporativas, é possível tomar decisões fi nanceiras acertadas. 
Tal situação não é exatamente fácil, pois trata-se de escolhas que defi nem o 
futuro de uma empresa. Para tanto, muitas variáveis devem ser consideradas, 
como taxas de juros, carga tributária, volume de crédito de longo prazo e 
regras de mercado que podem ser alteradas constantemente.
Tomada de decisão de investimentos
Conforme Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2016), investimento é toda aplicação 
de capital em algum ativo tangível ou não cuja fi nalidade seja obter retorno 
futuro. Nessa abordagem, as decisões de investimento envolvem a elaboração, 
a avaliação e a seleção de propostas de aplicações de capital efetuadas com 
objetivo, normalmente, de médio e de longo prazo (ASSAF NETO; SILVA, 
2002). Investir o capital de uma empresa requer que a devida avaliação no 
retorno do investimento. Essa decisão está diretamente relacionada ao rumo 
e à saúde fi nanceira da empresa, especialmente porque a viabilidade dos 
investimentos deve ser bem criteriosa, uma vez que o seu resultado pode ser 
fatal ao futuro da organização. 
Matias (2007) menciona que o nível estratégico da empresa deve tomar 
a decisão do investimento a partir de técnicas quantitativas para amparar os 
executivos na análise dos projetos. Dentre as técnicas existentes para avaliação 
de investimentos, as mais utilizadas são o tempo de retorno do investimento 
(payback), o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR).
O payback é uma das ferramentas mais utilizadas, pois define a expecta-
tiva de tempo de retorno de um investimento. Ou seja, após a realização do 
investimento, em quanto tempo ele já estaria pago e passaria a dar retorno 
à empresa, dando a ideia do grau de risco do projeto. Se o prazo for muito 
grande, há variáveis que podem afetar o processo e não garantir que haverá 
as entradas de caixa que estão previstas, evidenciando alo risco.
Introdução à administração financeira4
Financiamentos
A administração fi nanceira da empresa também poderá ser dedicada às deci-
sões de fi nanciamentode curto e de longo prazo e dependerá da necessidade 
de recursos. Quando são empréstimos de curto prazo, para pagamento em 
até um ano, existe a fi nalidade de atender temporariamente as necessidades 
apresentadas. Essa captação de recursos ocorre por meio de intermediários 
fi nanceiros.
Para avalizar um financiamento, a administração financeira leva em con-
sideração a combinação dos financiamentos a curto e longo prazos com a 
estrutura de capital, ou seja, a empresa não deve ter mais capital emprestado 
do que próprio, para que não haja dificuldades na capacidade de pagamento. 
É preciso avaliar se há equilíbrio entre juros e formas de pagamento, bem 
como se a instituição que concede os recursos é confiável.
Instituições financeiras
As instituições fi nanceiras são responsáveis por captar recursos fi nanceiros, 
conceder crédito e intermediar a compra e a venda de ações. Sua função é 
analisar os negócios do mercado de capitais que se referem aos investimentos, 
aplicações e empréstimos, determinando as melhores posições fi nanceiras e 
indicando as opções para as partes interessadas.
Conseguir rendimentos a partir de uma quantia aplicada é o desejo de todas as pessoas 
que possuem algum investimento. Boa parte dos investidores conseguem bons 
resultados, mas sabemos, também, que há muita gente que não investe, pois tem 
dificuldade de encontrar aplicações financeiras mais rentáveis. A internet facilitou a 
forma como as pessoas têm acesso ao mercado de ações e títulos, mas exige que você 
entenda onde está investindo e todas as características das aplicações financeiras. 
Saiba mais no link a seguir. 
https://qrgo.page.link/vWswV
5Introdução à administração financeira
Atribuições do administrador financeiro
Os administradores fi nanceiros podem exercer suas atribuições nas empresas, 
instituições fi nanceiras, corretoras de valores, agências que operam com 
mercado de capitais ou até mesmo prestar consultoria externa às organizações. 
A área fi nanceira é vital em todas as empresas e o administrador fi nanceiro 
tem como principal atribuição analisar as movimentações econômicas do 
mercado para apontar as melhores decisões a serem tomadas pelas empresas, 
infl uenciando seu crescimento econômico.
O administrador financeiro precisa ter preparo para administrar os 
recursos da empresa de tal forma que o retorno aos acionistas seja sufi-
ciente para mantê-los como investidor. Além disso, precisam preocupar-se 
com a satisfação de seus clientes, consumidores e fornecedores internos 
e externos, assim como conhecer os espaços de debates no ambiente de 
produção e possuir visão sistêmica da atividade, de modo a garantir que 
ela esteja sendo operada da forma mais eficiente possível. É necessidade 
primordial, nesta função, o conhecimento do mercado financeiro a fim de 
analisar, avaliar entre diversas propostas, o melhor investimento a se fazer 
e quando fazer. Ser capaz de captar novos recursos também é essencial, 
além de saber analisar, planejar e prever os riscos envolvidos nas tomadas 
de decisão.
O principal foco do gestor financeiro é fazer o patrimônio líquido de uma 
empresa aumentar, gerando lucro líquido. 
Para que se possa entender como anda o desempenho da empresa dentro de 
um cenário tão competitivo e turbulento, é necessário acompanhar o seu 
fluxo e sua lucratividade líquida. Conforme Gitman (2004), o fluxo de caixa é 
essencial para a empresa e deve ser a primeira preocupação do administrador 
financeiro, tanto na gestão das finanças do dia a dia quanto no planejamento 
e na tomada de decisões estratégicas (XAVIER, 2016, p. 11). 
O administrador financeiro tem como principal objetivo aumentar o 
valor do patrimônio líquido de uma companhia ao gerar lucro líquido por 
meio das atividades operacionais da organização. Para isso, esse profissional 
deve contar com um conjunto de informações gerenciais que possibilitem 
a devida análise da situação financeira da empresa a fim de maximizar os 
resultados financeiros.
Introdução à administração financeira6
Os cenários de incerteza e alta competitividade que permeiam as organiza-
ções exigem que haja um melhor entendimento sobre sua performance. Para 
tanto, o gestor financeiro deve acompanhar esse andamento de custos, despesas 
e receitas, prevendo diferentes possibilidades aos resultados da empresa. 
Frezatti (2009) ressalta que a sobrevivência das empresas depende de 
controle financeiro e constante acompanhamento do fluxo de caixa. A partir 
dessa forma de atuação é que os administradores financeiros podem acompa-
nhar os resultados e especialmente planejar e orientar o emprego de recursos. 
A ausência desse trabalho resulta na morte das empresas já em seus primeiros 
anos, exatamente devido à falta de acompanhamento do fluxo de caixa. Dessa 
forma, falta-lhes a estratégia de aproveitar as oportunidades para se prepararem 
para os diferentes cenários. O fluxo de caixa é uma ferramenta que busca o 
resultado entre as entradas e saídas de recurso em um determinado período.
Por isso, o administrador financeiro recebe essa valiosa incumbência que 
assegura o acompanhamento constante das finanças da empresa. Mas não se 
trata de apenas atualizar diariamente o fluxo de caixa, e, sim, de garantir sua 
análise. Deve-se, então, emitir pareceres com base em alguns aspectos como 
consistência, comparação e otimização (FREZATTI, 2009).
  Análise de consistência: trata de garantir que as projeções estão con-
siderando as informações adequadas.
  Análise comparativa: aborda a direção que o fluxo de caixa está 
seguindo, se os resultados melhoram ou pioram em comparação aos 
diferentes períodos, como mês anterior ou ano anterior.
  Análise de otimização: versa sobre a análise do fluxo operacional 
utilizado, apresentando algumas simulações que avaliam os resultados 
em detrimento dos riscos estudados.
 Outras análises devem ser praticadas pelo administrador financeiro, como, 
por exemplo, os indicadores que revelam o giro de caixa. Essa informação é 
obtida pelo tempo que o ciclo financeiro de uma empresa se repete, ou seja, 
quanto tempo é necessário para que tudo o que a empresa vendeu realmente 
seja convertido em dinheiro em caixa. Se o ciclo financeiro é pequeno, o giro 
de caixa é considerado grande, pois essas duas informações são inversamente 
proporcionais. O resultado desejável é que o giro de caixa seja alto, de modo 
que não haja necessidade de dinheiro entre o pagamento do fornecedor e a 
entrada de receita advinda dos clientes. 
7Introdução à administração financeira
Como o administrador financeiro pode saber se o giro de caixa está adequado?
Para conseguir encontrar o giro de caixa de uma empresa, o administrador financeiro 
deverá realizar um cálculo. A primeira informação relevante é o ciclo financeiro da 
organização, que é o prazo em dias que as receitas levam para se transformarem em 
dinheiro.
A fórmula para encontrar o ciclo financeiro da firma é a seguinte:
CCC = DIO + DSO – DPO
Onde:
DIO é o prazo médio de estoque;
DSO é o prazo médio para receber as vendas;
DPO é o prazo médio para pagar os fornecedores.
Tendo em mãos o ciclo financeiro da empresa, o administrador financeiro saberá 
em quanto tempo o dinheiro investido na compra do estoque volta para o caixa por 
meio das vendas.
Por exemplo: uma empresa possui um prazo médio para o estoque de 60 dias; o 
prazo para receber os valores das vendas é de 30 dias; o tempo médio para pagar 
fornecedores é de 45 dias.
Sendo assim, o cálculo do ciclo financeiro será: 
CCC = 60 + 30 – 45
CCC = 45
Se o ciclo financeiro da empresa é de 45 dias, podemos entender quantas vezes o 
capital gira na empresa dividindo os dias do ano pelos dias do ciclo financeiro:
365/45 = 8,11
Ou seja, o giro de caixa dessa empresa é de 8 vezes no ano. Esse é um bom giro, 
pois até mesmo ao considerar o ciclo financeiro vemos que a empresa pode depender 
pouco do capital de terceiros, já que, entre os investimentos do estoque, as vendas 
e o recebimento de tais recursos,a empresa fica pouco tempo sem ver o dinheiro 
oriundo das vendas. O administrador financeiro sabe dessa informação e deve projetar 
as contas da empresa com base nesse ciclo.
Fonte: Giro... ([20--?]). 
Os balanços praticados pela empresa também são analisados pelos adminis-
tradores financeiros e a famosa DRE (demonstração do resultado do exercício) 
é um dos elementos-chave para a explanação das conclusões apresentadas.
A DRE indica os custos, receitas e despesas de um determinado período 
em formato simplificado, como se observa na Figura 2, a seguir.
Introdução à administração financeira8
Figura 2. Estrutura da demonstração do resultado do exercício 
(DRE). 
Fonte: Soares e Scarpin (2010, p. 37).
A receita bruta de vendas corresponde a todas as vendas realizadas pela 
empresa, a tudo o que foi faturado naquele período. No entanto, o adminis-
trador financeiro sabe que o faturamento não é a mesma coisa que lucro, pois 
trata-se de um valor bruto que ainda não teve o abatimento dos descontos 
cabíveis, como as devoluções, os descontos concedidos, impostos e o custo 
dos produtos vendidos. Somente após essas deduções é que a DRE indica os 
resultados do lucro antes das provisões do imposto de renda e da contribuição 
social. Depois de todas essas informações é que há a indicação do valor que 
poderá ser lucro ou prejuízo da empresa. Portanto, o administrador financeiro 
necessita ter o domínio dessas informações para indicar o melhor caminho a 
ser seguido e a tomada de decisão que deve ser realizada.
9Introdução à administração financeira
Planejar-se financeiramente significa gerenciar bem os seus gastos, quitar quaisquer 
dívidas que possam existir, saber quanto é possível economizar e investir bem os 
recursos poupados. A questão é: como chegar a esse patamar? Veja no link a seguir.
https://qrgo.page.link/CKWKX
Funções do administrador 
financeiro nas empresas
O profi ssional ligado à administração fi nanceira é chamado de administrador 
fi nanceiro, diretor fi nanceiro ou supervisor fi nanceiro. Esse profi ssional é 
responsável pelo gerenciamento e pela aplicabilidade das técnicas da ad-
ministração, adaptando os conceitos teóricos à realidade da organização. 
Os administradores fi nanceiros apresentam diferentes funções no âmbito das 
empresas, como o gerenciamento das contas da empresa, decisões de investi-
mento, elaboração de orçamentos, encaminhamento de relatórios, planejamento 
de metas fi nanceiras, como apresentado a seguir.
  Decisões de investimento: o administrador financeiro deve oferecer 
suporte de decisão ao investimento para que os valores que forem 
obtidos pela empresa se encaixem como excedente de caixa. Para 
tanto, ele precisa de informações adequadas e devidamente atua-
lizadas para o desenvolvimento de uma carteira de investimentos, 
sempre de acordo com as políticas da empresa. Normalmente o 
modelo de investimentos da gestão que o administrador realiza 
baseia-se no conhecido CAPM (Capital Asset Pricing Model), que 
demonstra o retorno que um investidor aceitaria por investir em uma 
empresa. Trata-se de uma “[...] maneira de encontrar uma taxa de 
retorno exigido que leve em conta o risco sistemático” (PRATES. 
2016, documento on-line). 
Introdução à administração financeira10
Carteira de investimentos é o conjunto de aplicações do investidor, seja pessoa física 
ou jurídica, que apresenta o portfólio de investimentos, reunindo todos os ativos 
financeiros que podem fazer o dinheiro crescer, tanto em renda fixa quanto variável. 
É importante mencionar que o administrador financeiro sabe que não existe o melhor 
investimento, mas consegue identificar o que se apresenta como mais adequado a 
um objetivo e perfil de risco. Veja mais no artigo a seguir.
https://qrgo.page.link/zD1hr
  Administração das contas: o administrador financeiro gerencia “[...] 
os recursos financeiros da organização para oferecer contribuições 
valiosas sobre a liquidez, as dívidas e as projeções financeiras, que 
auxiliam na tomada de decisões sobre investimentos” (ENTENDA..., 
[20--?], documento on-line). Dessa forma, também é sua função ga-
rantir a entrada do dinheiro nas contas da empresa e assegurar o 
pagamento das dívidas. Para tanto, antes de a dívida ser contraída 
pela organização, o administrador financeiro é quem aprova ou não 
uma solicitação de gastos realizado por qualquer outra área da em-
presa, como as decisões de compras. A forma de acompanhar essas 
transações é a demonstração de fluxos para acompanhar o caminho 
do dinheiro na empresa. Nesse caso, os administradores consideram 
os efeitos de alterações na demanda, além de ofertas e preços sobre o 
desempenho da empresa. O entendimento da natureza desses fatores 
ajuda os administradores a tomarem as decisões operacionais mais 
vantajosas. Igualmente, os administradores podem determinar o mo-
mento propício de emitir ações, obrigações ou outros instrumentos 
financeiros (LIMA; OLIVEIRA, 2016).
  Declarações financeiras: é responsabilidade do administrador finan-
ceiro construir os relatórios financeiros mensais com detalhamento de 
entradas e saídas do dinheiro da empresa. Essas práticas asseguram a 
lisura das informações, bem como deixam os documentos devidamente 
organizados para o caso de auditorias e conferências necessárias pelos 
acionistas ou órgãos de governo. 
11Introdução à administração financeira
  Elaboração de orçamento: “[...] uma das principais funções do ad-
ministrador financeiro é elaborar o orçamento mensal da organização 
com base nos requisitos do negócio” (ENTENDA..., [20--?], documento 
on-line). Como ele gerencia o caixa da empresa, acaba por ter condi-
ções ideias para projetar o orçamento e, ao desempenhar essa função, 
mantém contato com os gestores de todas as áreas da organização para 
constantemente receber informações que demonstrem a necessidade de 
caixa. Após preparar o orçamento, o administrador financeiro aloca o 
dinheiro necessário a cada área (ENTENDA..., [20--?]).
O papel da gestão financeira envolve principalmente a análise, o planejamento, o 
controle e as tomadas de decisões. O gestor analisa resultados de diversos relatórios 
que demonstram a situação atual das finanças. Com base nessas informações, o gestor 
financeiro irá tomar decisões importantes para a saúde da empresa, como investimentos 
ou empréstimos. No vídeo do link a seguir, entenda as principais responsabilidades do 
gestor financeiro e a importância que ele terá para garantir o crescimento da empresa. 
https://qrgo.page.link/JLdMh
ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Editora Atlas, 
2002.
ENTENDA o papel do administrador financeiro nas empresas. Mercado em Foco, [20--?]. 
Disponível em: https://mercadoemfoco.unisul.br/entenda-o-papel-do-administrador-
-financeiro-nas-empresas/. Acesso em: 30 ago. 2019.
FREZATTI, F. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um instrumento fundamental 
para o gerenciamento do negócio. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GIRO de caixa. Blog Mais Retorno, [20--?]. Disponível em: https://maisretorno.com/blog/
termos/g/giro-de-caixa. Acesso em: 30 ago. 2019.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison 
Wesley, 2004.
Introdução à administração financeira12
JACOBSEN, Alessandra de Linhares. Introdução à administração 2. ed. Florianópolis : 
Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2011.
KWASNICKA, E. L. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2004.
LEMES JÚNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira: princí-
pios, fundamentos e práticas brasileiras. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2016.
LIMA, J. R.; OLIVEIRA, R. F. O administrador financeiro: seu papel e suas habilidades 
dentro das organizações sob a percepção dos gestores. Organizações e Sociedade, v. 5, 
n. 3, p. 5-16, 2016. Disponível em: http://revista.facfama.edu.br/index.php/ROS/article/
view/191/147. Acesso em: 30 ago. 2019.
PRATES, W. R. O que é CAPM (CapitalAsset Pricing Model)? Blog WR Prates, 2016. Dis-
ponível em: https://www.wrprates.com/o-que-e-capm-capital-asset-pricing-model/. 
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REIS, H. C. Regime de caixa ou de competência: eis a questão. Revista de Administração 
Municipal, v. 52, n. 260, p. 37-48, 2006. Disponível em: http://www.oim.tmunicipal.org.br/
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ROSS, S. A. et al. Administração financeira. Porto Alegre: AMGH, 2015.
SOARES, M.; SCARPIN, J. E. A convergência da contabilidade pública nacional às normas 
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em 2 set. 2019.
Leituras recomendadas
MARTINS, T. S.; CRUZ, J. A. W.; CORSO, J. M. D. O impacto da implementação do balan-
ced scorecard no desempenho financeiro. Revista Gestão & Planejamento, v. 12, n. 1, p. 
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-da-implementacao-do-balanced-scorecard-no-desempenho-financeiro. Acesso 
em: 30 ago. 2019.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
VIEIRA, M. V. Administração estratégica do capital de giro. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2008.
13Introdução à administração financeira

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