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PROCESSO CIVIL IV – RECURSOS PROF. PEDRO HENRIQUE RESCHKE Fase postulatória Fase saneadora Fase instrutória Fase decisória SENTENÇA DE MÉRITO (art. 487, I) Natureza Dentro da estrutura do processo civil, a sentença de mérito é o final esperado do processo, ou seja, um processo que siga a normalidade das situações o processo é construído para que o processo tenha uma sentença de mérito; O novo CPC coloca uma ideia chamada princípio da primazia do julgamento do mérito (as partes têm o direito de obter a solução integral do mérito) e tem a função reativa, a ideia por trás desse princípio está fundada na sanabilidade dos defeitos, ou seja, se puder ser sanado ele intima para que resolva os vícios e o processo seja conduzido até a sentença de mérito; Sempre que o juiz puder corrigir o problema ele vai dar preferência a essa solução; Classificação Podem ser mandamental, condenatória, declaratória, constitutiva e executiva lato sensu => 5 tipos de carga de eficácia; Qualquer decisão que o juiz dar, ela vai se acoplar em uma dessas categorias; Por força do princípio da congruência a sentença deve ter a mesma natureza do pedido que a parte exerceu, por exemplo, uma ação constitutiva terá uma sentença constitutiva; O juiz não pode converter a demanda só porque achou que é necessário ao caso; Se tem duas correntes de pensamento – ternária: só existem as sentenças declaratórias, constitutivas e condenatórias; quinaria: existem declaratórias, constitutivas, condenatória, mandamental e executiva lato sensu; Jurisdição enquanto uma manifestação do poder do Estado, tem duas funções: exercer direitos e aplicar direitos; Como o juiz não traz uma coisa individual do seu próprio sentir, ele não cria um direito novo, portanto aplica o direito; Toda decisão judicial, independente do tipo que for, ela tem um pouco de declaração, ou seja, pode ter matrizes de outras eficácias; Por exemplo, se você é condenado a pagar valor “X”, como premissa dessa condenação como a forma incide no caso concreto, terá uma declaração em que se baseia a decisão, e por isso será condenado; Um exemplo de sentença puramente declaratória – averiguação de paternidade, pois se pergunta “de onde vem o estado jurídico da sentença?”, nesse caso NÃO decorre da sentença, acontece decorrente da biologia, ou seja, se não vem do direito, se o juiz não faz nada além de declarar aquilo que pela natureza já era fato, é uma sentença meramente declaratória; O contrato assinado por pessoa incapaz não tem valor jurídico nenhum, nesse caso o juiz fará uma sentença que declara que é nulo, ou seja, decisão que reconhece apenas a nulidade é meramente declaratória, pois no momento em que foi assinado já era nulo, por conta da incapacidade civil da parte; DECISÕES PROCESSUAIS – SEM JULGAMENTO DE MÉRITO Requisitos de admissibilidade do procedimento Sequência lógica das questões: processo – ação – mérito Hipóteses do art. 485 Falta de pressupostos processuais Os pressupostos processuais para existência da ação são: jurisdição, capacidade de ser parte e pedido; Os de validade: competência (absoluta) e imparcialidade (impedimento), capacidade processual e postulatória (profissional com discernimento técnico); Falta das condições da ação Indeferimento da inicial Abandono do processo Intransmissibilidade da ação Desistência da ação DECISÃO DEFINITIVA – DE MÉRITO OU MATERIAL DECOSÃO TERMINATIVA – PROCESSUAL Encerra o processo sem nada dizer da questão jurídica de fundo; ELEMENTOS DA DECISÃO 489, I – Relatório 489, II – Fundamentos (§1º - 3º) 489, III – Dispositivo (Congruência, capítulos da sentença, exigências do dispositivo – clareza e precisão) O relatório é o momento em que o juiz expõe para as partes o que ele compreendeu daquele caso, nesse relatório não tem aplicação de direito, só conta a história; O relatório é um elemento fundamental, e se não tiver a decisão NÃO tem validade; Exceção a regra que toda decisão deve ter relatório: juizado especial; Na fundamentação, se dá a coordenação jurídica, que NÃO é pessoal do juiz, diferentemente do relatório; Todos os julgamentos e decisões serão fundamentados sob pena de nulidade – art. 93, IX, CF/88; Fundamentação substancial se opõe a fundamentação formal, pois quando a CF fala que deve ser fundamentada sob pena de nulidade, há a exigência de que a fundamentação seja adequada no sentido de enfrentar todos os pedidos das partes e explicar como o juiz está aplicando o direito nesse caso concreto; Art. 11, CPC fortalece o art. 93, IX, CF/88; Art. 11 CPC Mera reprodução de ato normativo Conceitos jurídicos indeterminados Motivos genéricos Não enfrentam todos os argumentos deduzidos no processo – A decisão não foi adequadamente fundamentada quando não coloca e explica todas as razões contidas na inicial e contestação, não se trata dos pedidos, e sim dos argumentos pela procedência do pedido; O magistrado não está obrigado a enfrentar todas as questões postas pelas partes; Colisão entre normas – ponderação => Teoria da argumentação jurídica (Alexy); Regra da congruência – A petição vai ser diferente do pedido somente quando ela for improcedente, ou seja, quando o autor perde é uma sentença declaratória negativa e para o réu vai ser procedente, sendo apenas declaratória => extra petita, ultra petita e citra/infra petita; 22/3 Limites Objetivos da Coisa Julgada (Art. 503 e 504) Questão: controvertido – juiz só decide em relação a questão, onde as partes discordam. É possível haver decisão e consequentemente coisa julgada Ponto: incontroverso – tudo aquilo que um confirma e o outro não nega é um ponto, juiz não pode decidir sobre pontos – não há coisa julgada sobre pontos Questão prejudicial: antecede a uma outra questão (premissa) ex. Mover uma ação de alimentos, a questão prejudicial é a paternidade, só vai ter que pagar a ação se for comprovado ser pai Só é prejudicial quando não foi objeto do pedido Questão principal: petição inicial, pedido do autor A questão prejudicial antecede a questão principal Cumulação de pedidos: mais de uma questão principal Ex. Cliente procura advogado pois esta sendo intimado a pagar divida devido à um contrato feito por sua mãe (incapaz). 1ª AÇÃO: Questão prejudicial: nulidade do contrato – premissa, não é uma questão que o juiz vai apreciar, vai estar na fundamentação Questão principal: existência da obrigação de pagar 2ª AÇÃO: Questão prejudicial: nulidade do contrato Questão principal: existência da obrigação de pagar coisa certa Teoria restritiva: Adotada pelo antigo código. Faz coisa julgada a questão principal, entende que na teoria expansiva a decisão do juiz vai além daquilo que o autor pediu –questões conhecidas pelo juiz não devem ser as mesmas questões decididas pelo juiz (juiz só decide quando a parte pede). Ação declaratória incidental: expansão dos limites da coisa julgada Teoria expansiva: Adotada pelo novo código. Faz coisa julgada a questão principal e a prejudicial (não sempre, vai fazer coisa julgada apenas se tiver sido efetivamente debatida ao longo do processo) Prazo para fazer coisa julgada: passar o prazo. Na questão prejudicial, apenas se passar o prazo E ela tiver sido debatida ao longo do processo Requisitos para a questão prejudicial ser abarcada ao longo prazo: Art. 503: questões prejudiciais formuladas ao longo do processo que não são pedidos do autor §1º Decisão expressa Julgamento de mérito, quando a decisão é de mérito pode averiguar, quando não for, obviamente não haverá Contraditório prévio e efetivo: analisar o processo já finalizado Competência absoluta do juízo: ex. Divisão de cotas de uma empresa onde um sócio morreu. Um dos sócios afirma que deveria receber mais, pois o que morreu era seu pai –questão societária será discutida pelo juízo cível e não fará coisa julgada para a vara da família que julgará a paternidade §2º Ex. Mandado de segurança (só admite prova documental), se aparecer uma questão prejudicial que necessita de audiência, essa nãofará coisa julgada. Art. 504 Fatos e Motivos fazem coisa julgada? Não, a decisão de um juiz não vincula o próximo Fato e questão prejudicial: questão prejudicial é sempre questão que poderia ser objeto de ação autônoma ex. Ação declaratória de nulidade do contrato. Questão de mero fato não é passível de fazer coisa julgada 27/3 Limites Subjetivos da Coisa Julgada: Quem é afetado pela coisa julgada: as partes Ex. Bráulio moveu uma ação contra A e B (obrigação solidária), sendo assim, Bráulio pode executar a sentença contra A e também contra B Ex2. Bráulio moveu uma ação contra A apenas, mesmo B sendo parte do contrato firmado com Bráulio, ele não pode se executado (B sofreria um prejuízo concreto de uma ação que não participou) Exceções: processo coletivo. Ex. Sindicato que entra em nome de seus empregados; acionistas que entram em nome da empresa Terceiros não podem ser juridicamente prejudicados, porém terceiros podem ser juridicamente beneficiados Eficácia natural da sentença: sentença é um fato nulo Regra do Art. 506, CPC: sentença faz coisa julgada entre as partes, não prejudicando à terceiros – em casos de benefícios, terceiros participam da coisa julgada Numa demanda de A contra B, um terceiro C não fica incapaz de mover demanda contra B (ganhou o processo) Terceiros não serão prejudicados juridicamente numa decisão Limites Temporais da Coisa Julgada Sentença dura para sempre Relações jurídicas de trato continuado: art. 505, I Prestação repetida, aplicada com uma certa periodicidade ex. Ação de alimentos – dura até o momento que o juiz decidir na sentença Não há limite temporal para a coisa julgada, há um ˜fim˜ da primeira coisa julgada, quando um segundo juiz defere nova sentença – será um novo processo, portanto, não importa se beneficia ou prejudica a antiga parte Rebus sic stantibus: enquanto durar a situação Numa relação de trato continuado, um novo juiz pode proferir uma nova decisão Quando existe uma mudança no estado de fato ou de direito, é necessário que se entre com uma nova ação. Não há a possibilidade de simplesmente parar com o pagamento das relações jurídicas de trato continuado, é necessário entrar com uma nova ação para modificar o pagamento Limites temporais, falso problema? O limite temporal é aplicado unicamente nas relações de jurídicas de trato continuado, onde uma decisão nova substitui uma decisão antiga 29/3 Ação Rescisória: desconstituição da coisa julgada – atacar a decisão que teria feito coisa julgada, abrindo possibilidade para rediscussão Ex nunc, decisão transitada em julgado deixa de existir a partir do momento da ação rescisória Processo originário já acabou, estamos falando de coisa julgada Ação rescisória NÃO é recurso – é postulada perante a novo juiz, não está reavivando novo recurso Ação autônoma, vai ter pedido autônomo. Deve juntar copias do processo anterior, mas é completamente separada da primeira Recurso: interposto contra uma decisão que NÃO fez coisa julgada Objetivo da ação rescisória: poder voltar a discutir a decisão do juiz, quebrando a barreira da coisa julgada Não serve para discutir mérito, serve para desconstituir a coisa julgada Medida excepcional, só cabe em alguns casos enumerados taxativamente nos incisos do art. 966, CPC Ex. Juiz impedido; juiz comprovadamente corrupto; decisão que viola manifestamente a lei – hipóteses onde a decisão é completamente errada É preciso entrar com a ação rescisória para que ocorra a desconstituição da antiga coisa julgada, ela não se desconstitui automaticamente Natureza e Função: juízo rescindendo e juízo rescisório Primeiro pedido: desfazer a coisa julgada, encaminhado ao juízo rescindendo (decisão tomada sobre a desconstituição da coisa julgada) –deixa vulnerável, não prolata uma nova decisão Regime de nulidade: no processo civil, existem decisões rescindíveis (tanto para hipóteses de nulidade, quanto para hipóteses de anulabilidade) –sendo a decisão nula ou anulável, a ação que cabe é sempre a mesma, ação rescisória Decisão que carrega nulidade, se torna rescindível Ação rescisória nunca é meramente declaratória É possível cumular ao juízo rescindendo, o juízo rescisório (esse pede a prolação de uma nova decisão) –deixa vulnerável e pede uma nova decisão Juízo rescindendo: sempre terá natureza desconstitutiva Juízo rescisório: sempre terá a natureza da primeira ação Objeto: decisões de mérito (exceção: art. 496, §2º, I) Possibilidades de rescisão: toda e qualquer decisão que julgar o mérito Ex. Caso for uma decisão monocrática julgando o caso, será ela a ser atacada pela ação rescisória Ex. Dano material c/c dano moral -> decisão parcial de mérito (dano material) -> sentença (dano moral) No caso acima, a decisão parcial de mérito faz coisa julgada, uma vez que julgou o dano material Novo código permite a decisão parcial de mérito: fragmenta a decisão, tendo assim, duas coisas julgadas. É possível acontecer uma decisão de mérito antes mesmo de o primeiro processo acabar, caso a sentença demore muito Se precisar atacar a sentença e a decisão parcial de mérito não precisa entrar com duas ações rescisórias, pode entrar com apenas uma, delimitando os pedidos Exceção de que apenas a coisa julgada material é motivo de decisão rescisória: Regras gerais: art. 485 (terminativa, não obsta a propositura, não são rescindíveis); art. 487 (definitivo, obsta propositora, são rescindíveis) É preciso corrigir o vício antes de propor a demanda: obstam que a demanda seja reproposta – coisa julgada formal Art. 485, §1º: litispendência; indeferimento da inicial; falta de pressuposto processual; falta de condições de ação; convenção de arbitragem – hipóteses em que há extinção do julgamento de mérito Cabe coisa julgada sempre que a decisão do primeiro juiz impedir que se proponha uma demanda igual Diferença entre rescisória e ação anulatória do art. 966, §4º Ação rescisória: ação de mérito rescindível Decisão de mérito: quando a vontade do juiz é imposta às partes Numa ação homologatória, não há decisão de mérito, portanto, não pode ser aplicada a ação rescisória Contra decisão homologatória de ato de vontade não cabe ação rescisória, e sim, ação anulatória: art. 966, §4º Ação anulatória não depende comprovação dos incisos do art. 966, cabe para rediscutir o mérito quando houver erro do juiz –ex. Acordo onde as partes concordam em R$ 5.000 e o juiz fixa em R$ 50.000 Coisa julgada inexistente: falta de litisconsorte necessário – é utilizada uma mera ação declaratória, chamada de querela nulitatis insanáveis (ação declaratória de nulidade de decisão) Hipóteses de Cabimento: art. 966 Rol taxativo, cabe apenas as hipóteses elencadas nos incisos do art. 966 Nenhuma das hipóteses fala a respeito do mérito da decisão Concussão (juiz exige que o valor seja pago); corrupção (juiz recebe o valor, é agente passivo) ou prevaricação (omissão na pratica de determinado ato, juiz deixa de realizar certa ação para beneficiar uma das partes): casos onde o juiz recebe uma vantagem indevida para beneficiar uma das partes. Deve ser trazido ao processo a prova de que uma das partes realmente foi beneficiada pelo juiz Não precisa ter ação penal para que a ação rescisória seja julgada, são ações autônomas Juízo impedido (juiz impedido de julgar caso em que a parte seja seu cônjuge; ascendente ou descendente) ou absolutamente incompetente Juiz impedido não é o mesmo que juiz suspeito, o impedimento corresponde à um rol taxativo, já o fato de ser suspeito é algo do próprio juiz, e não é o caso do inciso Juiz relativamente competente tem decisão valida, já o juiz absolutamente incompetente pode ter ações rescindíveis (ex. Juiz de primeiro grau julga caso de segundo grau) Importante lembrar que as ações não são inexistentes, elas são rescindíveis. No momento em que acontece a ação rescisória, a decisão anterior não deixa de existir (ela existiu até o momento em que aconteceu a ação rescisória) Dolo ou coação da partevencedora ou simulação ou colusão Ofender a coisa julgada: existe uma primeira decisão que já fez coisa julgada e o juiz decide em determinada maneira; um segundo processo também é julgado (de forma errada, pois por força negativa deveria ser levado em conta a primeira decisão) e o segundo juiz decide de maneira diferente. Sendo assim, cabe ação rescisória no segundo transito em julgado Violar manifestamente norma jurídica: não basta violar norma jurídica, precisa ser uma violação manifesta, grave, bruta, grotesca, fácil de perceber Súmula nº 343, STF: não cabe ação rescisória quando o entendimento aplicado pelo juiz era controvertido nos tribunais no momento do julgamento Violação manifesta vai contra o entendido nos tribunais. Violação manifesta de norma jurídica Violação à princípios? Prova falsa: prova que se verificou num processo criminal que era falsa. A prova tem que ser um elemento decisivo e relevante para a decisão do juiz, um caso onde o juiz mudaria sua decisão sem essa prova. Caso a decisão do juiz continue a mesma sem a prova, não cabe ação rescisória. Prova nova; prova ignorada: ex. Réu tem um documento que para o advogado era inexistente e quando esse descobre a sua existência entra com ação rescisória Erro de fato: art. 966, §1º -não pode ser uma questão que as partes tenham debatido ao longo do processo Prazo: 2 anos a partir do transito em julgado Prazo decadencial, Após os dois anos, a coisa julgada se torna coisa soberanamente julgada, não cabe mais qualquer hipótese de recurso Quando existe prova nova, há a possibilidade de reabertura do processo 5 anos: pegar com alguém Decisão parcial de mérito: o prazo pra rescindir todas as decisões se encerra dois anos após a sentença (ultima decisão transitada em julgado) –art. 975, CPC Legitimidade: autor, réu, MP ou eventuais terceiros interessados Réu da ação rescisória: todos aqueles que participaram da ação originária e não são autores da ação rescisória Art. 967, CPC: parte ativa (passiva serão todas aquelas que NÃO são ativas) Competência: regra é que será julgado por um órgão colegiado, portanto, o tribunal que proferiu a decisão, será aquele que irá julgar a rescisória. Ex. Decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça, a ação rescisória também será julgada pelo tribunal de justiça Petição Inicial: requisitos É rigorosamente igual a uma petição normal Há a possibilidade de cumular o pedido do juízo rescindendo (tribunal analisa se vai anular ou não a decisão) com o juízo rescisório (formula uma nova decisão) Incompetência do juiz e ofender a coisa julgada, é utilizado apenas o juízo rescindendo, uma vez que não há interesse de proferir nova decisão Custo: 5% do valor da causa (ação rescisória) –caso a rescisória não seja acolhida, esse valor será revertido em multa 10/4/18 Teoria Geral dos Recursos: Introdução: Função do recurso: voltada à busca por uma decisão correta – corrigir falhas; satisfação pessoal Conceito: Recurso é o remédio voluntario (depende de um ato da parte) idôneo a ensejar, dentro de um mesmo processo a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial. Meio de impugnação de uma decisão judicial dentro de um mesmo processo Princípios: diretrizes que orientam o sistema recursal –podem ser relativizados Duplo grau de jurisdição: a grande maioria das decisões são passiveis de serem revisadas ao menos uma vez -Direito que a parte tem de recorrer: recursos ordinários -Recursos excepcionais: STJ, STF -Todos tem o direito de ter a decisão re-analizada por outro órgão -Por que para um sistema o segundo grau de jurisdição é mais capaz de resolver o problema e corrigir imperfeições? Colegialidade (três desembargadores), porem na prática cada um não tem uma decisão própria, eles apenas acompanham o relator. -Há casos de decisões monocráticas do relator, ou seja, não é sempre que a decisão é colegiada Taxatividade: Art. 994 –todo recurso tem que ser criado por lei federal; caso uma lei não federal crie um recurso, essa lei é inconstitucional Unirerecorribilidade: contra cada tipo de decisão cabe um só recurso (singularidade): ex. Contra sentença cabe apelação -No processo civil, ao longo de uma ação, não pode propor dois recursos contra a mesma decisão -Correspondência: Quando se pensa nos tipos de decisão, existe sempre um recurso que cabe contra ela -Cabe um recurso e uma ação autônoma Voluntariedade: não há recurso daquilo que não foi objeto de recurso ex. Há uma sentença fixando um dano moral de X e um dano material de Y, se a parte recorreu apenas sobre o dano moral de X, não cabe ao tribunal decidir a respeito do dano material de Y -Parte recorrente que delimita o que deseja recorrer em juízo (é voluntário, apenas recorre se quiser) Vedação à reformatio in pejus: vedação à reforma em prejuízo, ninguém pode apresentar um recurso e sair prejudicado –só ocorre quando o tribunal analisa o recurso de uma das partes, se a outra parte que não recorreu sair prejudicada, não é considerado reformatio in pejus -Quando os dois recorrem, uma das partes necessariamente vai sair prejudicada, porém, não é considerado reformatio in pejus, uma vez que, ela vai se prejudicar pelo recurso da outra parte e não pelo seu próprio recurso Consumação: pegar com alguém Dialeticidade: vinculado à necessidade de que exista uma correspondência logica àquilo que o juiz decidiu em sua decisão e ao que a parte pediu em seu processo. -Tem que haver diálogo entre a decisão e o recurso -Ex. De violação: casos onde o advogado atua com modelo e quando vai recorrer da decisão copia os pedidos da petição inicial –não "conversou" com a decisão do juiz, o certo seria rebater os argumentos do juiz, e não reafirmar os pedidos da inicial -É um ônus da parte (quem está vinculado ao principio da dialeticidade) -Principio da dialeticidade para o juiz: decisão tem que ter fundamentação -Se o juiz não cumprir o principio da dialeticidade, não tem outra escolha o recorrente a não ser reafirmar os pedidos da inicial Primazia do julgamento de mérito: está vinculado ao principio da instrumentalidade (não é um principio recursal, é um principio geral do proceso) das formas –o processo não pode valer mais que o direito material que se está tutelando -Juízo de admissibilidade tem que vir antes do mérito. Porém, o juiz sempre que puder julgar o mérito, o fará antes -Idéia de que se o tribunal puder relativizar pequenos vícios formais, vai dar a parte pare corrigir o vício e então via poder analisar o mérito -Art. 932, § único: fala de vícios formais e não vícios materiais -Embora o juízo de admissibilidade venha antes do mérito cronologicamente, deve se dar prioridade ao juízo de mérito se for possível Fungibilidade: aplicação da ideia de substituição para o processo civil -Consegue comprovar para o juiz que existe uma duvida em qual apelação deve ser interposta -Receber uma forma processual como se fosse a outra, para manter o adequado -Não cabe quando tem um erro grosseiro, quando o sistema não é ambíguo -Advogado tem que comprovar na petição que o sistema é ambíguo, que o sistema não se decidiu em qual tipo de ação 24/04/18 Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito: Diferença entre conhecer e dar provimento Juízo de admissibilidade Competência: órgãos ad quem e a quo Requisitos intrínsecos: faz parte da natureza. Dizem respeito ao próprio direito de recorrer Se tem os quatro requisitos, pode recorrer Cabimento: ideia vinculada ao principio da unirrecorribilidade Legitimidade: parte tem que ser a parte legitima e interessada para apresentar aquele recurso –partes do processo; terceiros interessados (terceiro que é juridicamente interessado, quando o processo afeta diretamente um direito meu) e MP. Interesse recursal: não cabe recurso para discutir fundamento. Tem interesse recursal aquele que perdeu Tem que ser parte legitima e demonstrar que saiu perdendo Inexistência de fato impeditivo: ex. Juiz condena apagar algum valor, pago, recebo a quitação da outra parte e ainda recorro. Tem que provar para o juiz que NÃO HÁ o fato impeditivo Requisitos extrínsecos: requisitos formais para o processo, não estão vinculados ao direito material, apenas à forma recursal. São mais fáceis de corrigir Tempestividade: todo recurso terá um prazo para ser interposto Embargos: 15 dias uteis Pode recorrer antes de abrir o prazo (recurso extemporâneo –admissível); não pode recorrer depois de acabar o prazo (recurso intempestível –não admissível) Começa a contar no dia seguinte ao dia da intimação, contando apenas dias uteis Tempestividade é o único vicio extrínseco que não tem como ser sanado Preparo: todos os valores que a parte tem que pagar para nem todo recurso te preparo Art. 1007, §4º: fala sobre o preparo Regularidade Formal: cada recurso tem seus próprios requisitos Efeitos dos Recursos: Efeito devolutivo: reanálise. Quem define quais questões podem ser reanalisadas é a parte Extensão horizontal do efeito devolutivo Com qual profundidade essas questões podem ser reanalisadas? Recurso de fundamentação livre (parte pode alegar o que quiser, qualquer matéria) Alguns recursos trazer uma limitação sobre o que a parte pode alegar (eixo vertical) –recurso de fundamentação vinculada, tribunal pode apreciar apenas a matéria que a lei permitir Ex. Embargos de declaração; recursos especial e extraordinário; embargos de divergência Recurso de fundamentação vinculada TEM efeito devolutivo! Todo recurso tem efeito devolutivo Tantum devolutum quantum apellatum Não tenho recurso sem ter efeituo devolutivo. Efeito obstativo: impedir a formação da preclusão ou da coisa julgada –é atemporal. Efeito suspensivo/Ativo: suspende a eficácia da decisão Impede que a decisão recorrida seja executada, não pode haver execução na origem Não pode ter a execução provisória e muito menos a definitiva Art. 995, CPC: recursos não impedem a eficácia da decisão –em regra, os recursos não têm efeito suspensivo Art. 1012, CPC: exceção = apelação tem efeito suspensivo Desconfiamos da eficácia da decisão do juiz singular! Só é possível que sua decisão tenha efeito quando analisada por órgão superior Art. 315 Quem tem poder para conceder efeito suspensivo ao recurso é o relator –analise é feita monocraticamente Pode ser oplegis- derivado da lei, sua mera interposição ja surte efeito Ou quando o juiz determina. Requisitos: alta probabilidade de ser provido ou se for provido tenho alto risco. Ou seja uma tutela de urgência. Regra geral o relator decide por decisão monocrática. Efeito Ativo: com diferença que vale para decisão que nega, sempre que a decisão não tem por força de lei o efeito suspensivo, o juiz pode determinar se entender risco presente. Efeito substitutivo é intrínseco ao recurso, toda a decisão que deu mérito ao recurso, substitui-se a decisão recorrida. Efeito regressivo O efeito regride. Retorna para o mesmo juiz. É permitido ao juiz realizar o chamado de juízo de retratação (voltar atrás) juiz percebe que esta errado e muda de ideia antes da apelação. Efeito translativo Entende-se por efeito translativo a capacidade que tem o tribunal de avaliar matérias que não tenham sido objeto do conteúdo do recurso, por se tratar de assunto que se encontra superior à vontade das partes. Em outras palavras, o efeito translativo independe da manifestação da parte, eis que a matéria tratada vai além da vontade do particular, por ser de ordem pública. Efeito expansivo O recurso interposto por um litisconsórcio a todos aproveita. Apelação ( Art. 1009 e seguinte) Cabimento (Art. 1.009) – regra geral da sentença cabe apelação. Forma (Art. 1.010) – Simultaneamente envia 1 capa para o 1 grau pedindo para subir as razoes recursais (apelação) – não pode trazer fato novo (regra geral) a não ser por força maior, ou nao tinha acontecido ate o recurso ou quando é um fato que já aconteceu mas que só descobriu depois. Após, abre prazo para a parte contraria se manifestar. (Contrarrazões). Contrarrazões Recursais (tbm é protocolada no 1 grau) só depois das contrarrazões é que o juiz remete o processo ao 2 grau. Independente do juízo de admissibilidade, ele recebe e manda do jeito que recebeu, é o tribunal que faz o juízo de admissibilidade e de mérito. A apelação tem efeito suspensivo opelegis 1.012 Regra geral: Exceto A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. § 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. No interim entre a sentença e a apelação quando há um risco de dano grave ou difícil reparação – precisa de uma tutela provisória de urgência – art.300 Pede efeito suspensivo para o tribunal, e não tem que ser formulado junto com o recurso e pode ser pedido em qualquer tempo do processo. Então pode ingressar com uma petição isolada no tribunal a partir do momento que se entra com a apelação, pedindo o efeito suspensivo. Junta-se copia das peças mais importantes, pois o processo ainda está na origem. E o relator vai apreciar se concede ou não o pedido – Decisão Monocrática. Se for concedido ele manda um oficio para o juiz de primeiro grau informando. O mesmo relator que apreciou o pedido suspensivo, vai receber a apelação quando ela subir. O recurso dessa decisão é o agravo interno – ai vai para o colegiado. Efeito Devolutivo – (Art. 1.013, paragrafo e 1o e 2o) Tem caráter horizontal – quais capítulos serão devolvidos, tudo aquilo que foi impugnado é o que será visto pelo tribunal ( a parte que delimita o que vai impugnar) O fundamento que o juiz vai utilizar Teoria da causa madura ou teoria do julgamento imediato. (art 1.1013, paragrafo 3) Só se aplica nas hipóteses taxativas do artigo Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. -- § 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. I – 485 – sem solução de mérito II – incongruência com os limites do [pedido ultra e extra petita III- citra petita iV Decisão nao fundamentada Efeito regressivo (art. 331 paragrafo 1, 332 e 485 paragrafo 7) Efeito regressivo – juiz recua na decisão. Regra da apelação é que ela não tem efeito regressivo, ele recebe o recurso e sobre para o tribunal Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal deJustiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. § 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. Recurso Ordinário contra decisão que rejeitar o Mandado de segurança. Quando interpõe RO o papel do STJ muda, pois ele se transforma em segunda instância, efeito devolutivo é amplo. Função do STJ é uniformizar o entendimento. Cabe RO quando tiver um julgado do Tribunal de Mandado de segurança Habeas Data (acesso a informação, vindo de agente público) Mandado de Injunção MS de competência originaria do TJ quando denegatória a decisão Quando o Tribunal julgar causa em que é parte de um lado algum estado internacional, e de outro município ou pessoa física. Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. § 1o Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015. § 2o Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3o, e 1.029, § 5o. Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 1o Na hipótese do art. 1.027, § 1o, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 2o O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. § 3o Findo o prazo referido no § 2o, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade. Embargo de Divergência Recurso ligado com os tribunais que cria precedentes. Uniformizar internamente Quando o mesmo tribunal tem duas decisões diferentes sejam uniformizadas. Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que: I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; II - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade; (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016) III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; IV - nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal. (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016) § 1o Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária. § 2o A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual. § 3o Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. § 4o O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados. § 5o É vedado ao tribunal inadmitir o recurso com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016) Art. 1.044. No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior. § 1o A interposição de embargos de divergência no Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes. § 2o Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de divergência será processado e julgado independentemente de ratificação.
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