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Trabalho Como se faz um processo Francesco Carnelutti

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS SOCIAIS E APLICADAS – CCJSA
BACHARELADO EM DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
PROF. ME. JUCYANE PONTES DE ASSIS BRITO
Amanda Mitiko Junqueira Marui
RESUMO DO LIVRO “COMO SE FAZ UM PROCESSO, DE FRANCESCO CARNELUTTI”.
RIO BRANCO
2018
Amanda Mitiko Junqueira Marui
RESUMO DO LIVRO “COMO SE FAZ UM PROCESSO, DE FRANCESCO CARNELUTTI”.
Trabalho Acadêmico apresentado à Universidade Federal do Acre como requisito de obtenção de nota parcial da disciplina Direito Processual Civil I
Orientadora: Jucyane Pontes de Assis Brito
RIO BRANCO
2018
I - O Drama 
	Sobre este capítulo, o autor comenta sobre as ávidas expressões dos homens para com os seus interesses nos processos. Relaciona o processo com o prazer e deleite por vê-lo, assim como no teatro, a disposição da ficção cênica que nos dá a ausência dos problemas que cada individuo tem para tomar aquela vivida pelo alheio com emoção, também comparada com as partidas de futebol. Também valida as semelhanças entre a representação do futebol ou a luta de boxe com o processo, como em suas leis, figurando a do conhecimento destas pelo público para que ele compreenda todo o processo.
II – O Processo Penal
	Este surge como processo que resulta em pena, e, logicamente, a pena é associada ao delito, indiferente do seu potencial ofensivo, como também está sujeita a pena as contravenções. Carnelutti afirma que a pena é o resultado que não pode ser afastado do processo, pois é a parti desta que se inibi outros crimes e contravenções. Também afirma a equivalência entre o delito e o castigo, pois estes se relacionam a fim de se estabelecer a ordem social.
	É proclamado pelo autor que o castigo não pode ser tão célere quanto a velocidade do delito, pois exige-se que se preceda com o julgamento antes de proferir uma pena. Essa afirmativa é inversamente proporcional à justiça, pois é visto que quanto mais célere esta é, mais insegura ela se torna. Tanto é investido a verdade nesta máxima que, a palavra processo sugere sequência, procedimentos que ocorre em passos, conferindo uma ordem que não afirma sua realização de modo abrupto. 
	Mediante ao explicitado, pode-se avistar o desdobramento do processo penal com a instrução e o debate, em que ambas têm por finalidade saber se deve ou não castigar, como também corrobora na eliminação de possíveis condenações de inocentes, conhecido como erro judicial. O erro judicial pode ser classificado em positivo e negativo, sendo o primeiro resultante da condenação de um inocente e o segundo é fomentado na absolvição de um culpado.
	Obstar erros supracitados conferem importância quanto evitar danos, mesmo que estes sejam de todo modo sejam incontornáveis, como problemas referentes à cura, pois esta, analogamente vista à luz da medicina com a prescrição da solução de problemas de saúde, é de difícil diagnostico pelo aplicador da pena e pelo que assiste o apenado fora do tribunal e dentro da penitenciária. Este diagnóstico é feito negativamente pela sociedade, geralmente classificando aquele que cumpriu com a pena imposta como incurável independente do cumprimento do castigo.
III – O Processo Civil
	Difere-se do processo penal pela inexistência do delito, mas sim pela prevenção dele. Parte de um conflito de interesse entre as partes, que são civilizadas, já que se uma delas não assim fosse o delito já seria óbvio. Neste processo, enfoca-se na tentativa de anular uma lide, dada por Carnelutti como “conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida ou insatisfeita”. A diferença do delito e a lide existe, como já afirmado, pela não-civilidade por parte dos interessados no processo.
	Retomando as diferenças, percebe-se que o processo civil se distingue do processo penal pelo fato de que o penal trata de reprimir crimes efetivados, como também previne aqueles que não tiverem a existência comprovada, dando o verdadeiro valor de justiça em todas as situações. Já no processo civil, as formas preventivas e repressivas ocorrem com ou sem a lide. 
	O processo civil pode é distinguido em duas vertentes: o processo voluntário e o contencioso. O primeiro é utilizado em situações de menor complexidade, por vezes sem a presença de um imputado, como em situações em que se solicita autorizações, permissões, convalidações e etc., onde não se exige uma lide de fato para a abertura do processo. Já o processo contencioso se exige a existência da lide, com a presença de um autor e um imputado, para que haja em essência um conflito de interesses entre as partes, já que um só não briga. 
	O processo civil também se diferencia do processo penal pela parte do juiz, que no primeiro ele não pode ser realizado de oficio. Para que o processo ocorra, o juiz deve ser provocado pelo autor, salvo guarda em condições fortuitas em que o Ministério Público age.
	 Este processo possui uma gama quase infinita de possibilidades de processo, bem como dificilmente poderá encontrar dificuldades na proposição de processo, na exposição de suas razões, na exibição de suas provas e na apresentação de suas reclamações. Por isso a justiça não é rápida, e sua morosidade é dada culpa ao juiz, assim como são acusados pela imperfeição da máquina processual. A morosidade do processo se dá não pelas inúmeras causas, mas pela natureza do próprio processo. 
	Mas, além da natureza lenta, o processo perde sua celeridade pelos inúmeros recursos protelatórios que podem ser pedidos pelas partes, mesmo pelo que solicitou o juízo do juiz para a modificação da situação, que tem interesse pela celeridade, bem como por aquele que é o imputado, que enseja protelar ao máximo as suas possíveis penalidades. Desta forma, o processo se arrasta por mais tempo que o ideal, torna-se mais oneroso e tende a ter seu resultado deturpado.
IV – O Juiz
	O juiz entra no processo para dar aos litigantes ou ao imputado o juízo que os mesmos não têm ou tiveram, para que por meio deste juízo cheguem ao fim com a satisfação do problema demandado. Para isso, o juiz, sendo aquele possuidor de um juízo, necessita este que seja conhecedor de como se faz para julgar, bem como a ciência do processo. 
	Este tem em si uma imagem de alguém mais que um homem comum, mas como um ser mais próximo de Deus, uma figura sacerdotal. A raiz da intuição do juiz e no juízo está na palavra de Cristo, “Não julgueis”, fazendo dessa forma que os homens não sejam investidos desse poder de julgar. Tanto há a diferença do juiz dos demais homens que, sobre este cai o uso da toga, que põe em evidência sua majestade.
	Para se fazer a diferença entre os homens este surge com diferenças qualitativas e quantitativas. Qualitativa, como já foi afirmado, pela forma de julgar, como um ser divino, sendo ele escolhido por eleição ou decreto e, quantitativa por ser aquele que expressa parte de um colegiado judicial, sendo ele homogêneo ou heterogêneo.
	O juiz poderá contar com o auxílio de peritos nos obstares que surgirem no processo, nas duvidas que sobrevém e que ele não consiga descobri-las desassistido, é um conselheiro no processo. Este também poderá contar com outros leigos como técnicos do direito, como secretário, que remete seu trabalho aos documentos dos atos do processo; também disporá do oficial de justiça, que é incumbido de notificar aqueles que precisam colaborar e estar presentes diante do juiz. A responsabilidades destes, bem como do juiz, que são empregados do Estado, são chamadas de oficio judicial. Os agentes supracitados estão sujeitos a competência em razão de território e de função.
V – As Partes
	As partes, como já falado, seriam aqueles que estão diante do juiz em busca do juízo que lhes falta ou faltou. Estes são diferenciados entre os processos penal e civil, onde no primeiro, conhecido como por jurisdição voluntária, é um processo que pode ser considerado unilateral, onde é sempre presente apenas uma das partes fica diante do juiz.No processo civil, contencioso (impede que seja feita a justiça com as próprias mãos) e é bilateral, ou seja, exige que as partes sejam presentes no processo. 
	O processo possui partes, mas no processo civil de fato são partes por de fato haver o julgamento dos dois ou mais litigantes, em que a somatória destes formam um todo, que é o litigio. As partes do processo civil são o autor, que aciona o juiz para que solucione o conflito, e o demandado, que é aquele do qual se reclama a pretensão, ou seja, o autor pretende e o demandado resiste à pretensão. No processo penal também é um processo de partes, mas de fato, em sua maioria é uma só, que é o imputado. Quando for presente uma parte civil, este processo será nomeado de processo misto. O agredido, por motivos diversos e justificáveis, não comparece como parte, pois este fica nos bastidores do processo, mas em seu lugar pode surgir, por exemplo, o Ministério Público.
	O Ministério Público como parte pode parecer de função ambígua, pois por vezes pode estar para dar o contraditório ao se opor com o defensor do imputado, bem como pode por vezes pedir a absolvição do mesmo. A sua função vai mais do que compor no processo as partes, mas lhe é atribuída a razão de colaboração para as decisões do juiz. 
	Então, no processo penal o imputado seria basicamente aquele que é submetido ao processo penal para que em juízo seja comprovado sua culpa ou inocência, para que somente após seja punido ou não. Para que haja a solução do processo penal, o juiz conta com o oficio judicial partido da policia judiciária, que é composta por empregados do Estado de outra divisão da administração pública. Estes são aqueles que investigam a partir de indagações relacionadas ao crime, bem como fazem uso de perícias afim de solucionar este.
	 Das partes do processo penal quando julgados, no caso do réu, é significante a observação da capacidade jurídica do mesmo, isso pois é imprescindível notar a capacidade destes diante da imputação, como no caso dos doentes mentais e das crianças, que são incapazes. Há o reconhecimento de personalidade também no caso de grupos de homens, sejam pessoas jurídicas ou físicas. O primeiro é o mais delicado das personalidades, pois ele está associado a pluralidade de homens, e dentro do processo penal não pode ser imputado, bem como as crianças e os doentes mentais. Este processo só admite se estender aos homens que sejam pessoas. 
	Em contrapartida, o processo civil aceita como demandado qualquer pessoa, sejam homens ou não, posto que a lide visa obstar a concretização de um crime. Isso porque são todos julgáveis e passíveis de cumprir a sentença do juiz. Isso porque o juízo do juiz não tem simples valor de conselho, mas de imperatividade, força de mandato como se estivesse escrito na lei. E só assim tem esse valor por uma permuta feita pelo juiz de um mandato genérico para o um mandato específico. Em suma, essa conversão confere a lei dada de forma geral para um indivíduo específico.
 	É determinada a eficácia quando o juiz transforma a coisa pendente em coisa julgada, pois a partir dessa transformação ela não pode ser mais discutida e essa coisa julgada vale como verdade. 
VI – As Provas
	O processo inicia por hipóteses e o juiz não tem certeza de todos os fatos dentro e fora dele, e se estive consciente dos fatos, este não seria o juízo dele, mas aquele que os testemunha. Mas, pretende-se através das provas sanar a incerteza, certificando-se dos fatos como se os tivesse presenciado pois isso um juízo não se pode ser feito sem as provas. Para isso, o juiz conta entre muitos outros colaboradores, com a atividade perceptiva, que nada mais é que a sensibilidade dos sentidos em favor da atividade. 
Todas as atividades do juiz prezam por uma constante e paciente atenção sobre os homens e as coisas, sendo o primeiro conhecido como provas pessoais e o outro como provas reais. Isto porque todas as provas são relacionadas aos homens e as coisas e sempre são sujeitas mutação, por isso é indispensável toma-las o mais imediatamente possível antes de um macular. Essa tomada de provas e sua análise fica por conta da polícia judiciária. 
As provas podem ser representativas ou indicativas/indiciárias. A primeira, como a própria etimologia pode dizer, é representar algo. A representação pode ser direta, obtidas a partir de meios óticos e acústicos, como vídeos, fotos, gravações; e indireta, que é a mais tradicional, remetendo a mente do homem como fonte do que se percebeu, como uma testemunha ou um documento. Entretanto, o documento garante maior rigor às provas, salvaguarda das falhas da memória do homem, mas, assim mesmo, por vezes a testemunha pode atender melhor as exigências de um juiz. 
Já as provas indiciárias diferem-se das representativas por não haver uma existência física, mas por atuarem por meio da razão, argumentando a existência ou não do fato em si. Essas provas se distinguem em naturais (indícios) e artificiais (sinais), sendo claro que para o processo penal prevalecem os indícios e para o processo civil, os sinais. 
Estas provas devem ser recebidas e julgadas pelo juiz, de maneira que este interrogue as testemunhas, leia os documentos e avaliar a veracidade dos fatos, tudo culminando na crítica das provas. Dentre as provas, as testemunhas a pesar de serem indispensáveis, estes devem ser avaliadas com cautela e à luz de inteligência, paciência e humanidade daquele que o sabatina, pois ali está em jogo a inocência ou a culpa do réu. 
VII – As Razões 
	Após a avaliação do passado (juízo de existência) através das provas, é momento de se prospectar ao futuro (juízo de valor), dando as partes o juízo inerente ao buscado pelo processo. Carnelutti discorre sobre a relação entre a razão e a inteligência humana, entrelaçando entre estas bases um resultado provisório do juízo, sustentado pela inteligência e, caso seja necessário corrigi-lo, a razão.
	O juiz se enquadra como um homem razoável pelo fato de não se guiar apenas pela intuição, mas sim por uma análise cautelosa, pois só assim se pode prever possíveis falhas no processo. Este juízo de direito, que é minunciosamente cauteloso e completamente guiado pela lei, é inversamente proporcional nas suas razões ao ser comparado com o juízo de equidade, onde o juiz fazia de sua razão aquela ciência de bem e mal que carregava consigo. Mas, a principal diferença entre os juízos de direito e de equidade é que o primeiro é o próprio juiz e o último é o papel do legislador.
Às razões também lhes cabe a função de provas, totalmente opostas àquelas supracitadas, pois, esta encontra-se no campo metafísico e não são objetos. Elas para terem sentido de prova, as razões devem ser avaliadas, que chamados de interpretação da lei, onde nada mais é que a relação feita pelo juiz entre a lei e o fato. Isso pois as leis presumem um fato e fazem para elas consequências.
O juiz, além de tomar as razões, deve tornar a lei em sua amplitude e generalidade e torna-la aplicada especificamente para cada caso concreto. Isso nada mais é que a consequência de uma interpretação da norma jurídica ou simplesmente chamamos de interpretação da lei.
VIII – O Contraditório
	Neste, a colaboração das partes é fator primordial para o processo, pois ambas têm o interesse no seu fim, mas principalmente com os interesses inerentes a determinadas situações, como um desfecho em que o imputado tanto deseja ser absolvido. A importância dessa colaboração é a fim de que se chegue a verdade o quanto antes, dando celeridade ao processo. Mas, o que pode obstar nesta parte positiva é a parcialidade entre os colaboradores, que ensejam passar o que lhes é conveniente segundo seus interesses. 
	O obstar inserido nessa colaboração só é retificado com o contraditório, que nada mais é que a colaboração da parte contrária no processo. O ônus da prova fica por parte das partes porque o juiz não pode fazê-la de oficio, assim fazendo que cada uma destas ofereça a razão em que o juiz possa levar em consideração. O princípio do ônus da provaincita as partes a serem ativas no processo para com seus interesses, bem como o juiz não pode estar nele por ser aquele que dará o juízo e por estar alheio a todos os fatos ocorridos, onde as partes provaram por vezes de forma ocular. E no mais, para o juiz compreender se o acusado é inocente ou culpado, é necessário que alguém acuse e outro o defenda e o Ministério Público e o defensor existem para que isso aconteça.
	O contraditório nada mais é que a arguição das partes com o uso ou não de técnicas, por vezes leigas, mas sempre dotadas de paixão. Por esses requisitos, o defensor é o ator mais presente para a defesa dos interesses das partes. Estes têm pré-requisitos para a atividade que são imprescindíveis para o exercício da função. Difere-se do advogado pelo vinculo de contrato de patrocínio, o que lhe gera ao fim do processo parte pecuniária que chamamos de honorários. 
	O processo e feito por partes e estes fazem uso do contraditório para defender seus interesses diante da razão do juiz. Mas, como o processo penal se não composto por uma parte civil, neste se fará o contraditório artificial representado pelo Ministério Público, impondo-se como contrário ao defensor do imputado, a fim de dar equilíbrio ao processo. Já no processo civil, o contraditório é natural.
	O Ministério Público, então, como conhecido por todos, costuma representar o Estado e a sociedade, mas não no julgar o demandado ou o imputado, mas no fazer cumprir a punição, fazendo-o como uma representatividade do juiz na execução da pena. 
	Entre os defensores, há a diferença entre os serviços nas esferas civil e penal, onde na primeira, o defensor representa todos os interesses da parte que o solicitou. Já no caso do penal, ele não é obrigado a fazer e dizer aquilo que o imputado deseja. O que ainda difere entre as esferas dos processos é na presença do defensor e a do réu. No processo civil é inconcebível a ausência de uma das partes, seja com ou sem defensor, mas, em contrapartida, no processo penal é admitida a presença apenas do defensor em representação do imputado quando este for um imputado contumaz. O Ministério Público e o defensor estão tão relacionados ao contraditório quanto o autor e o demandado estão com relação à lide. 
IX – A Introdução
	Trata-se da abertura e introdução do processo, distinguindo sua construção. Esta é uma das fases do processo, onde encontramos outra diferença entre os processos penal e civil. O processo é o instante em que pode começar com a provocação do juiz para o processo. 
	Diferencia-se o processo civil por haver a necessidade de provocar o juiz por este não poder fazê-lo de oficio. No processo penal ocorre o mesmo, mas quem provoca o juiz para o processo é o Ministério Público e este não pode se abster em provocar o judiciário quando for necessário. Este só pede ao juiz que dê seu juízo ao processo através de ações como a denunciação do crime, pois este precisa ser ciente da existência do crime para dar-lhe o fim adequado. 
	A iniciativa no processo civil é a oportunidade de se fazer o contraditório, onde passa de antemão pela citação, demanda passa pelas mãos do juiz e chega até o instante em que este pode expor suas contrarrazões. E, caso o demandado não compareça, é dada revelia ao processo, confirmando que o convidado assume a responsabilidade daquilo que escusou de se defender. 
X – A Instrução
	A intenção do processo é obter o juízo do juiz, da qual se faz necessário as provas e as razões. Carnelutti comparara a discussão e a instrução, pondo em cheque que a primeira tem por finalidade expor as razões e a segunda para sustentar as provas. 
	Neste capítulo Carnelutti toma o valor do erro processual, tanto quando o imputado é absolvido, haja visto que é observada pelo ponto de vista que houve uma perca do tempo do judiciário. Por isso, os desdobramentos dos processos são imprescindíveis para que não seja causado dano ao imputado. Fala-se dos imputados, pois é no processo penal que a atenção é dobrada quando responde à instrução, que passa a ter maior foco nas fases preliminar e a definitiva. Existe a mesma divisão no processo civil, mas é menos complexa que no penal.
	Uma diferença entre as instruções nos processos penal e civil é o local onde se recebe as provas, onde na fase definitiva da instrução penal ocorre na audiência diante do público, na fase preparatória da instrução penal, bem como no processo civil, são recebidos no despacho do juiz, sem a presença do público.
XI – A Discussão
	A discussão, nada mais é que debater, discutir, explorar o que foi depreendido através das provas, para que ao fim possa o juiz dar o seu juízo. Mas, como inevitavelmente cada um vê e interpreta de uma forma, por isso, o juiz que discute consigo mesmo, deve tentar por seu esforço para que seja solucionado como uma decisão colegiada, como já foi citada nas condições de que cada juiz deve dispor. 
	Isso retoma também ao aspecto divino que o juiz deve ter, onde ele só pode julgar por sua proximidade com Deus. E falando Nele, Deus, só pode julgar por haver um julgamento não singular. O homem juiz, apesar da sua imagem sacerdotal passada pelo cargo que ocupa, é falho. Por isso, por muitas vezes será necessário que o processo passe pelo juiz colegiado, onde o número de indivíduos acentua mais ainda a diferença de interpretações que cada individuo pode ter de acordo com o seu ponto de vista. 
	Mas, o juízo colegiado não é o suficiente para romper as barreiras encontradas no caminho da verdade. Mas, não lhes diminui a importância, ainda mais na analogia em que diz que “Deus possui dois olhos em vez de um só”. Os juízes têm em mãos cargas pesadas por conta do oficio, ouvir as partes, o ministério público, os defensores e testemunhas. Uns acusam, outros defendem, conflitos de interesses se sobressaem diante da verdade. 
	 De certo ponto de vista, essa discussão sempre se dirige ao juiz, jpa que este depende desta para proferir sua decisão. Para essa discussão é aberta a forma oral e a escrita, ambas possuidoras de prós e contras. No processo civil é mais costumeira a discussão vir da forma escrita, tornando mais rara a discussão e enfatizando a decadência da arguição oral. Já no processo penal, é admitida as duas formas de discussão, sendo na fase introdutória possível o uso das formas oral e escrita, mas pela exigência do debate, a forma mais usual é a arguição oral para se fazer a discussão. 
XIII – A Decisão
	A decisão ocorre após a instrução e a discussão, pois o juiz já pode tomar para si o juízo suficiente para tomar a prestação jurisdicional a que lhe é devida a atividade. É na decisão onde são expressas as vontades do juiz, juntamente com o seu juízo. Estas não precisam ser necessariamente decisões, mas ordens, bem como nem todas as decisões podem ser sentenças.
	As decisões podem ser positivas ou negativas, sendo esses resultados sobre a sua capacidade de dar ou não a sua decisão sobre eles, tanto por falta de competência do juiz ou pela parte não legitimada para o caso. A decisão também pode ser negativada pelo fracasso da prova, onde nesse caso, o juiz assim mesmo deve julgar para que o processo não fique aberto a gerar prejuízos onerosos ao Estado. Entra nesse aspecto o ônus da prova, que por um lado pode prejudicar uma das partes e colaborar com a outra. 
	No processo civil se resolve pelo ônus da prova, ou seja, quem acusa deve prover as provas para garantir a motivação da lide. No processo penal ocorre pelo fenômeno favor rei, comumente conhecido como o principio in dubio pro reo, ou seja, na duvida julga-se em favor do réu. Quando se falta provas em ambos os processos, os réus são inocentados, mas no civil o acusado é visto como não tenha praticado o ato que ponha em jogo o interesse em conflito. Já no processo penal, o imputado é absolvido por falta de provas, mas não por que não cometeu. 
 XIV – A Execução
	É dado o fim do processo é aquilo de que foi decidido pelo juiz vai para a execução. Se comprovado o crime, ao imputado é conferido o cumprimento depena compatível com a decisão do juiz. A execução do processo penal, em sua maioria, é a saída do tribunal para a penitenciária, obviamente dada como execução forçada. Essa ultima parte era vista como parte desconexa do processo, mas não é, pois este é o cumprimento do que foi decidido em juízo. N
	Necessariamente a execução não necessita iniciar após a decisão. Por exemplo, as vezes é necessária a prisão preventiva do acusado para que este não deturpe o processo de cognição do processo. Essa providência pode ser chamada de cautelar. A mesma medida pode ocorrer no processo civil, onde os bens do demandado podem ser sequestrados bens de valor para o possível ressarcimento financeiro do autor do processo. Esse ultimo exemplo podem ser dados pelo decreto de injunção e a letra de cambio.
	A execução forçada nada mais e que a execução do que a lei manda para aqueles que podem oferecer resistência ao seu cumprimento, tanto ao privar de liberdade, como a expropriação de dívidas em dinheiro. 
XV – A impugnação 
	A impugnação nada mais é que se fazer julgar novamente o mérito do processo, pois este é sujeito pela fragilidade causada por inúmeros problemas surgidos no seu decorrer. Volta-se a fazê-los quantas vezes for necessário para que se haja a confiança em seu resultado, mesmo que este não mude seu estado desde o primeiro até o ultimo, claro que dentro de um limite jurídico para que não sejam solicitadas infinitas solicitações de impugnações. Além do mais também estipula um prazo máximo para manifestação. Essa ineficácia manifesta-se, por exemplo, pelo mecanismo denominado duplo grau de conformidade.
	A insatisfação com o resultado processual é o principal fator para que haja o desejo de impugnar. Os juízos de impugnação no processo penal são dois: a apelação e a de revisão. A mais comum é a de apelação, que é a solicitada pela parte que foi vencida, onde se pede que renove o juízo de forma a solicitar um outro juiz para decidir em sua causa, juiz este conhecido com o juiz de devolução. A outra forma de impugnação, a de revisão, condiz com a revisão consentida ao condenado, em casos idôneos e de absoluta injustiça, com a observância da ausência de delito cometido por ele. 
	Os juízos de impugnação extraordinária (processo civil) são a revogação e a oposição de terceiro. A primeira correlaciona-se com a revisão penal, onde se enquadram nelas casos considerados anômalos passíveis de injustiça. Com conceito de revogação, a oposição de terceiro surge com o interesse no processo e que tem direito de exigir a sua averiguação no processo.

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