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USO DE ANIMAIS EM PESQUISA

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANA
ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
JAQUELINE PATRICIA CARDOSO
 
USO DE ANIMAIS EM PESQUISAS E TESTES LABORATORIAIS 
TOLEDO
2014
JAQUELINE PATRICIA CARDOSO
USO DE ANIMAIS EM PESQUISAS E TESTES LABORATORIAIS 
Trabalho sobre Uso de Animais em Pesquisas e Testes Laboratoriais apresentado à disciplina de Ética, do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Profº: Jaime José Rauber
TOLEDO
2014
1. ARGUMENTOS CONTRA O USO DE ANIMAIS
“Utilizar animais em pesquisas é um atraso na evolução científica, além de ser um grande desperdício de dinheiro público. A experimentação animal é ilegal, imoral e ineficaz” declara a entidade Projeto Esperança Animal (PEA).
A medicina humana não pode ser baseada em medicina veterinária, já que os animais são diferentes histológica, anatômica, genética, imunológica e fisiologicamente. Animais e humanos reagem diferentemente a substâncias. Por exemplo, algumas drogas são cancerígenas em homens, mas não em animais e o arsênio pode ser aplicado em enormes doses em cabritos e não causaria nenhum mal a estes, no entanto, no homem apenas uma gota o levaria a morte.
Um caso bastante conhecido e citado no vídeo é o da talidomida; a droga chegou às farmácias no final da década de 1950, como uma espécie de sedativo. Anos mais tarde, descobriu-se que ela era responsável por produzir deformações em recém-nascidos levando a morte de milhares de crianças. O problema foi que a droga só havia sido testada em ratos e camundongos - animais imunes a seus efeitos adversos. Quando um medicamento chega ao mercado, são os consumidores as primeiras cobaias de fato.
Doenças que ocorrem naturalmente e doenças artificialmente induzidas diferem com freqüência e substancialmente. Noventa por cento dos cânceres no ser humano são devido a medicamentos, pesticidas, aditivos alimentares, todos “testados com êxito” em animais.
Por ano, 100 milhões de animais morrem assassinados em testes laboratoriais. Causar sofrimento nos animais por motivos meramente lúdicos é um absurdo. Deveria existir algo em que proibisse mundialmente as indústrias de cosméticos principalmente, de fazerem testes com animais, pois isso sim é um mau trato desnecessário. Sabemos que há um Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), mas falta rigor na fiscalização da lei. Nas universidades há uma pressão muito grande sobre os pesquisadores pela produção cientifica e muitos estudos de pouca relevância ou que são desdobramentos e até mesmo repetições de outros trabalhos que acabam fazendo o uso de animais sem necessidade e, mesmo assim, o CONCEA aprova.
Quando há necessidade verdadeira e sem outra alternativa de se usar animais em experimentações e testes, essa utilização deve ser regulada e supervisionada por um comitê de ética e bem-estar. Para eles, além de anestesia e equipe treinada, os testes devem poupar os animais de todas as formas as injúrias físicas e psicológicas, incluindo medo e estresses crônicos, a dor, a fome e outros sofrimentos evitáveis; mas sabemos que usualmente nada disso acontece na prática.
Testes em laboratórios causam sofrimento, ferimentos e transtornos psicológicos. É justo os animais sofrerem para a obtenção de medicamentos e produtos que beneficiarão o homem? Os resultados obtidos em animais nem sempre são os mesmos obtidos posteriormente em humanos. Com tamanha tecnologia há alternativas capazes de substituir o uso de animais em testes como a aplicação de modelos matemáticos e computacionais, técnicas in-vitro com tecidos de seres humanos, entre outros.
Os animais não merecem tamanho sofrimento para satisfazer a mente lúdica humana, devemos respeitar toda forma de vida, sem ditá-la como superior ou inferior. Está mais do que provado que o uso de animais em testes laboratoriais é meramente um abuso da condição humana.
2. ARGUMENTOS A FAVOR DO USO DE ANIMAIS
Os testes são imprescindíveis para se conhecer os efeitos fisiológicos de uma nova substância no organismo como um todo. Medicamentos, principalmente, obrigatoriamente por lei, são testados em várias espécies de animais. Os testes têm uma grande margem de acerto em predizer os efeitos de novas substâncias em organismos humanos, mesmo feito em animais, que têm organismos diferentes.
É muito fácil falar “ah, se a ciência está tão evoluída, porque não substituem os testes em animais?” como se testar em animais fosse legal, como se os pesquisadores amassem ver os animais sendo torturados todos os dias. Claro que não fazem isso por opção, e sim porque não há mais opções e estão trabalhando duro para resolver isso. Entretanto, em muitas empresas há sim a possibilidade de substituir os testes em animais, porém não é feito por ser mais barato que implantar uma nova tecnologia de pesquisa. Cientistas afirmam que, em embora já haja métodos alternativos, eles ainda não suprem a necessidade do uso de cobaias em pesquisas.
Compreendemos que cultura de tecidos, provenientes de biopsia, cordões umbilicais ou plantas descartadas, dispensam o uso de animais, porém isso não é suficiente em todos os casos e é com modelos animais que é testada a segurança das células. Já no caso dos cosméticos, a pele artificial pode substituir os testes em animais, porém a pele artificial como auxílio para a triagem de novos medicamentos e cosméticos tem como dificuldade a necessidade de grande suporte financeiro, técnicos especializados e a união de várias áreas.
As alternativas ainda não substituem os testes reais em animais. Com animais de laboratório se produzem vacinas e soros fundamentais para a vida humana como o soro antiofídico (contra picada de cobras), que é feito ao se inocular pequenas e sucessivas doses de veneno de cobra em cavalos. Ou a vacina contra difteria, botulismo e tétano. O estudo da evolução do câncer tem de ser feito em animais.
Para muitos testes, uma ótima cobaia é o camundongo que é pequeno, fácil de reproduzir, tem um curto ciclo de vida e regeneração rápida, seu genoma é muito parecido com o humano, o que ajuda a responder muitas perguntas, principalmente na área de genética.
De acordo com a lei nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, o uso de animais em atividades de ensino e pesquisa é autorizado no Brasil. A legislação ainda prevê que somente as instituições credenciadas ao CONCEA podem criar ou utilizar animais em suas pesquisas; para obter credenciamento, qualquer instituição precisa primeiramente organizar a formação de uma Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) a qual é constituída por docentes, pesquisadores, representantes da sociedade civil e da sociedade protetora dos animais que também analisa e divulga questões relativas ao bem-estar animal. Portanto, os testes com animais são submetidos a comitês de ética; a principal ênfase é não causar sofrimento ou dor.
O fim do uso de animais em testes no Brasil tornaria a ciência brasileira dependente da tecnologia externa. Ao contrário do que dizem que os animais são utilizados apenas em benefício do homem; os testes com animais beneficiam também os próprios animais, pois são usados no desenvolvimento de rações, vacinas e medicamentos veterinários. Os resultados dos testes laboratoriais evitam que voluntários humanos sejam submetidos a substâncias potencialmente perigosas. 
Ainda não há como substituir o animal em todos os testes. Sempre que existir um método alternativo com eficácia comprovada, ele deve ser substituído. A ciência tem o objetivo de reduzir e até abolir o uso de animais. Portanto, não sejamos ignorantes em julgar precipitadamente todo e qualquer tipo de teste com animais em laboratórios.
3. POSICIONAMENTO CRÍTICO ONDE VOCÊ SE POSICIONA A FAVOR OU CONTRA O USO DE ANIMAIS EM PESQUISA COM BASE NOS ARGUMENTOS APRESENTADOS NO VÍDEO.
Posiciono-me a favor do uso de animais em pesquisas, porém não posso fazê-lo com basenos argumentos apresentados no vídeo, pois o mesmo é nitidamente posicionado contra o uso de animais, enfatizando somente os malefícios desta prática, com imagens e pressupostos extremamente opressivos. Entretanto irei argumentar com base em minhas próprias conclusões. 
Hipoteticamente, imaginamos que um medicamento para a cura do mal de Parkinson esteja sendo feito neste momento, e sua mãe ou seu pai sofram deste mal terrível. Então sai na imprensa que a última etapa antes de liberar o remédio para uso público é o teste em animais. Você pediria para que essas pesquisas não fossem feitas? Defenderia a espera para testes em outros modelos, prolongando o sofrimento de seus parentes?
Utilizar animais em pesquisas que podem curar doenças é um processo natural. Agora, causar sofrimento nos animais para criar um novo cosmético realmente é um absurdo. São duas pesquisas diferentes; uma visa um bem maior, a outra fazer um novo tipo de perfume. Eu respeito e muito, quem se dedica para proteger os animais, pois eu vou fazer o mesmo, dedicarei minha vida para proteger os animais também.
Um evento destacado nos jornais que gerou grande polêmica foi a invasão de ativistas nos laboratórios do Instituto Royal para salvar os beagles. Entretanto, de que adianta salvar os beagles se depois, quando estiverem com dor de cabeça vão correndo na farmácia comprar remédio, testados em animais. E comer boi, frango e peixe no almoço é outra coisa? Não é tortura animal? Matar para comer é bom, torturar para testes é ruim. Explique então como os animais são transportados para abate sem tortura. Extensas áreas de cultivo de soja tomam lugares de florestas; e onde vão parar os animais que moravam ali? Morreram queimados em lavouras, atropelados em rodovias ou foram caçados enquanto se dispersavam desesperados. Mas, é muito mais fácil proteger os bichinhos fofos como cachorros, coelhos, camundongos e macacos, do que olhar para o caos que está nossa floresta. A redução de habitat natural mata muito mais e tortura também. Imagine só animais sendo removidos de seus habitats, fugindo em busca de abrigo e comida e são caçados. Passar fome não é tortura?
Não adianta ser vegetariano por amos aos animais, que isso também não te livrará da tortura animal. A degradação dos habitats naturais se dá principalmente pela produção de grãos como feijão, trigo, arroz e soja. Simplesmente preferem fingir, não pensar nisso, achar que não existam mais torturas em animais se não forem mais utilizados em pesquisas e testes laboratoriais, e assim reduzem o peso da consciência. 
Agora o que é mais importante, o progresso da ciência ou o direito dos animais? Será que em nome desses direitos estamos dispostos a tomar o lugar deles como cobaias nos laboratórios? Será que vamos abolir o sacrifício animal em matadouros e nos abster de comer carne, peixes e aves? Será que vamos abrir mão de perfumes e maquiagem? Será que pelo bem dos bichos vamos deixar de vacinar nossos filhos e de tomar remédio?
O uso de animais para salvar vidas humanas é necessário, é o melhor que temos para garantir a nossa saúde, até que seja criada uma nova tecnologia capaz de substituir definitivamente o uso de animais. Mas, todo mundo se preocupa com os bichinhos usados na cidade, os fofinhos, mas os animais que morrem aos montes todos os dias de forma semelhante e até pior, ninguém quer saber. A sociedade é mesmo muito hipócrita.

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