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Processo Penal I

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Direito Processual Penal I – T.8B
Prof.: Roberto Gomes (robertoabgomes@gmail.com)
Raphaela Macedo
I UNIDADE
	AULA 01 - 07.08.13 (Digitação Potyra)
CONCEITO DE DIREITO PENAL
O direito penal regula a conduta das pessoas físicas e na área ambiental, regula das pessoas jurídicas. O direito penal está posto para regular as condutas das pessoas na sociedade, identificando tipos penais (condutas vedadas ou obrigadas). As condutas obrigadas são aquelas nas quais se o individuo não praticar ele se amolda em uma figura típica também (ex: prestar socorro). Então no direito penal há a regulação das condutas que o indivíduo deve praticar ou se abster de praticar para que ele não viole bens jurídicos escolhidos como de extrema importância para a sociedade, e por isso merecedores de proteção.
O direito penal só será utilizado quando o legislador escolher proteger um bem jurídico com a estrutura do direito penal. Ele só poderá fazer isso quando: (1) identificar que esse bem jurídico é de grande relevância; (2) que é um bem que há um respaldo constitucional para poder utilizar-se do direito penal; (3) que os outros ramos do direito não estejam sendo eficientes na proteção desse bem.
Um bem deverá ter relevância para o direito para ser protegido. Mas, identificados esses três critérios ele será um bem jurídico penal, que será protegido pelo direito penal. 
O direito penal ou o direito material, com todo o seu conjunto de regras, restabelecerá tanto a forma de atuar do individuo, ou seja, a obrigação de como atuar e de como não atuar, e irá também estruturar o poder de punir do estado (ele tanto tem o dever de legislar, como também tem o dever de aplicar a lei quando um fato acontece).
O direito penal também funciona tanto como uma capacidade punitiva como um limite a atuação punitiva estatal – isso porque o estado poderá punir o indivíduo, mas ele não pode ultrapassar os limites postos por ele próprio (estado). Ou seja, deve existir uma exata conformação entre a conduta descrita e a conduta real do indivíduo, para que se possa atuar enquanto estado punitivo. 
Não adianta só o tipo existir, ele tem que ser prévio e claro (claro para aquele que é obrigado a se comportar de acordo com a norma), e só pode ser criado por lei em sentido estrito. 
Direito penal substantivo → direito penal material.
Direito penal adjetivo → direito processual penal. 
O direito penal então define os fatos típicos penalmente, e deste direito objetivo advém o direito-dever subjetivo de punir por parte do ente estatal. 
	AULA 02 - 13.08.13 (Digitação Potyra)
CONCEITO DE PROCESSO PENAL
O processo penal é um conjunto de regras que regula a persecução penal (extrajudicial e judicial), estruturando poderes e prerrogativas para os órgãos persecutórios estatais, de forma a permitir que os mesmos reúnam elementos elucidativos de fatos indicados como delituosos, com a finalidade de apurar a responsabilidade da pessoa indicada como autora do mesmo. 
A persecução penal é desenvolvida pelos órgãos estatais ou excepcionalmente pelo particular em juízo, e desse modo, regula também o processo penal, instrumentos em favor do indivíduo perseguido para que o mesmo possa se opuser às investidas persecutórias. Ademais, funciona o processo penal como um limite para a perseguição do estado, pois impõe ao mesmo, limites e apresenta garantias em favor do réu no processo. Esse conjunto de regras cuida ainda, de disciplinar a atuação da jurisdição (estado-juiz) nas questões pena, impondo um modelo de juiz garantidor, imparcial e depositário da produção probatória. 
Não há a possibilidade de aplicação do direito penal no caso concreto se não for em juízo. Diferente do direito civil, que pode ter aplicação do direito no caso concreto sem a presença do judiciário (ex: celebrar um acordo – que será um título executivo extrajudicial). Só precisará do judiciário se quiser subjugar alguém. 
A persecução penal possui duas fases: a da investigação, que é a fase PRÉ-PROCESSUAL - quando há instauração do inquérito policial; e a da ação penal, que é a fase PROCESSUAL - quando tem-se o processo propriamente dito. 
Obs.: A persecução processual não depende de fase pré-processual; e a pré-processual não obriga a fase processual. Ou seja, de acordo com o art. 12, CPP, o inquérito policial deverá acompanhar a ação penal quando sirva de base para ela, logo, apesar da investigação pré-processual do inquérito ser feita para fundamentar a futura ação penal, a fase processual pode se dar sem ela.
Para ambas é necessário haver uma justa causa – isso que autoriza a entrar com uma ação penal. As duas precisam de intervenção judicial (judicial condenatória ou consensual – chamada de transação penal). 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
Princípio trata-se do elemento fundante de um sistema ou miscrossistema processual. É o elemento nucelar de um microssistema jurídico e vetor de orientação e interpretação de um microssistema jurídico. Se violar um princípio, viola a própria estruturação do microssistema. Ao se estudar o princípio, deve-se se verificar se ele é fundamental para a existência do sistema jurídico, para se definir a lógica e racionalidade desse sistema normativo.
PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE
Determina que a persecução penal será exercida por órgãos estatais e os atos persecutórios deverão ser praticados por integrantes das estruturas de estado ou por quem esteja a seu serviço. Este princípio é excepcionado nos casos de crimes de ação penal privada na fase de persecução penal em juízo. 
Persecução (vem de perseguir, buscar algo) – perseguição estatal de elementos probatórios para elucidação do fato; jurisdição – é o depositário probatório. Deve-se depositar na jurisdição a prova produzida. O papel probatório é destinado às partes, para que elas apresentem as provas e o juiz apresente o seu juízo de valor. O estado distinguiu as funções persecutórias das funções de julgamento. 
A forma como o estado escolheu para que se tivesse o domínio da força, para que tentasse a paz social, reduzindo e impedindo a ampliação dos conflitos → o estado tem o monopólio da aplicação e execução da pena e da própria persecução – e com isso determinou que o levantamento de elementos probatórios deve ocorrer obrigatoriamente por órgãos públicos; e consolidou nas mãos do MP a persecução em juízo, ou seja, concentrou nas mãos do MP a fase investigativa e judicial para com isso impedir a vingança no desenvolver do processo, a ampliação dos conflitos, pois o que motiva a vitima não é simplesmente a aplicação do direito no caso concreto, é a revolta dela diante daquele caso. O estado, por isso, afastou a vítima da persecução para tentar aplicar o direito no caso concreto da maneira menos passional que puder. Sendo assim o estado diz que o monopólio da jurisdição e da persecução é DELE – esse foi um dos maiores saltos democráticos que se teve.
Obs.: Se a persecução ficasse nas mãos do particular haveria uma maior probabilidade de impunidade, já que um controle disso seria algo muito difícil.
Esse princípio sofre exceção → nos casos de ação penal privada exclusiva, quem é o legitimado para tal ação será o ofendido (ou seu representante legal ou sucessores). Logo, a forma de perseguir em juízo será atribuída ao particular; nos casos de ação penal privada personalíssima, ela só pode ser exercida pelo próprio ofendido.
	AULA 03 - 14.08.13
(continuação princípio da oficialidade...)
Nestor Távora acredita que é uma exceção ao princípio da oficialidade a possibilidade do particular proceder a investigações, verdadeiramente, o particular pode coletar alguns elementos de prova, poderá fazer investigações particulares, mas isso não pode se confundir com a instauração de um procedimento investigativo. Pois o poder público tem prerrogativas que o particular não tem, por exemplo, pode conduzir pessoas, fazer solicitações judiciais, como busca e apreensão. 
********** doutrina investigativa **********
O particular não temnenhum poder investigativo. O particular tem a doutrina da inteligência, que já fora visto que a polícia brasileira deve trabalhar com inteligência, mas a inteligência aqui falada é uma doutrina investigava.
Essa doutrina investigava surgiu na 2ª guerra mundial, as forças armadas trabalhavam bastante de forma mais organizada com essa doutrina, que na verdade é uma forma de produção de conhecimento, pautado em pura metodologia científica que muitas vezes utilizamos sem ter noção.
Primeiro os militares fizeram isso, depois as polícias do mundo e capitaneada nisso o FBI, depois de outros países, o EUA difundiu isso no mundo. Na ditadura militar difundiu isso no Brasil para facilitar a captação dos grupos no golpe de 64 e isso acabou se ampliando para agências de estado, que o estado criou para produzir conhecimento sobre determinados temas, e depois as empresas privadas também passaram trabalhar com isso.
A doutrina da inteligência se pauta da seguinte forma: trabalha com a avaliação de grandes bancos de dados, nenhum dado é perdido, tudo é guardado. Uma empresa que trabalha assim, qualquer coisa que entre nela, uma pessoa ligou dizendo que vai chover, isso é guardado. E ele busca ter acesso a todos os bancos de dados possíveis e imagináveis. Esses dados são para serem coletados todas as vezes que necessário. Isso é chamado de fonte, que é todo o instrumento que permite coletar dados. E dado é tudo aquilo que é coletado sem nenhum tipo de avaliação, isto é, de forma bruta.
Depois de trabalhados os dados, filtrados, geram uma informação. As informações se relacionam, e assim vão se encaixando como se fossem um quebra-cabeça, e quando chega a conclusão é que se chega ao conhecimento. 
***********************************
Por isso, que essas fontes que originam os dados coletados, podem ser chamadas de fontes fechadas ou negadas e fontes abertas. As fontes abertas são tudo aquilo que não precisa de nenhum requisito para se ter acesso (google, jornais, revistas...). As fontes fechadas são aquelas que são restritas, que só tem acesso por meio de ordem judicial, e não é qualquer um que pode, só os legitimados para tal, ou as fontes fechadas para os particulares, mas que são abertas para o poder público, por exemplo, o sigilo  telefônico só é aberto com ordem judicial.
Diante dessa situação, conclui-se que podem acontecer crimes que as pessoas por qualquer razão tomam a frente por levantar dados em fontes abertas.
Na ação penal privada, o legislador reconheceu formalmente uma hipótese em que está somente o particular autorizado para atuar.
PRINCIPIO DA OFICIOSIDADE
Assegura que a percepção penal se iniciará (via de regra) independente da provocação de quem quer que seja, inclusive poderá acontecer contra a vontade do ofendido. Assegura que a atuação dos órgãos perceptórios NÃO dependam de autorização do ofendido ou de algum órgão estranho a estrutura persecutória do estado. Ou seja, nos crimes de ação penal incondicionada o estado pode começar a investigação se houver provocação, como pode também começar sem provocação. Nesse caso a atuação do estado é ex officio.
O principio em questão é mitigado nos crimes de ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou a requisição do Ministro da Justiça (na fase investigativa e na fase judicial). É ainda, há a situação de exceção ao referido princípio nos casos do crime de ação penal privada (na fase da persecução pré-processual).
O art. 5º, §§ 4º e 5º do CPP, são os fundamentos legais para a afirmação da exceção ao princípio da oficiosidade. Nos crimes de ação penal pública condicionada exige o legislador a condição de procedibilidade denominada de representação do ofendido/requisição do ministro da justiça para o início do inquérito policial e para o início da ação penal. Enquanto exige o requerimento do ofendido para a instauração do inquérito policial dos crimes processados por ação penal tipicamente privada.
§ 4o  O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5o  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Nos crimes de ações penais públicas incondicionadas para que os órgãos atuem não precisa de qualquer autorização, até que a vitima não queira. O estado pode começar o processo se for provocado como pode começar sem provocação.
Esse princípio é excepcionado em algumas situações, o legislador diz que alguns fatos só são apurados e processados com a devida representação do ofendido, esses dois atos são condições de procedibilidade, logo, nesses crimes, mesmo que a polícia tome conhecimento, que a imprensa fale, enquanto a vítima não fizer a representação, deve aguardar, enquanto o Ministro da Justiça não fizer a requisição, não adianta ninguém falar nada! 
Nos crimes de ação penal privada, o ato que inaugura a investigação é o requerimento e não a representação.  É uma exceção na fase investigava ou na fase processual. Na fase judicial não há essa exceção. Na ação penal privada o requerimento é uma condição para que o inquérito policial se inicie, mas não foi falado a mesma coisa na parte judicial, porque quem ingressa com a ação é o próprio ofendido. 
Logo, é o que assegura atuação do Estado sem provocação.
RESUMINDO:
Ação penal incondicionada → MP e Polícia atuam ex officio (a vítima querendo ou não).
Ação penal condicionada → Exceção a oficiosidade: MP e Polícia só poderão atuar se houver uma condição de procebilidade (representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça).
Então a exceção é tanto para a fase pré-processual (investigativa), como na fase processual (judicial). 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA
Consiste em determinar que a atuação do MP (federal ou estadual) está pautada em juízo vinculado, não cabendo a atuação por escolhas discricionárias do órgão acusatório. O MP diante de elementos probatórios que justifiquem a propositura de uma ação penal por conta da existência de justa causa (prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria) bem como ausentes os elementos que impedem o exercício da ação penal, deverá o MP deflagrar a ação penal, pois estarão presentes os requisitos para tal.
O principio em tela encontra mitigação na lei 9099/95, mas precisamente no instituto da transação penal (acordo entre MP e autor).
Esse princípio vai assegurar que a atuação do MP é dissociada de uma idéia de escolha, de opções. Só poderá mitigar esse princípio quando se falar em transação penal.
	AULA 04 - 17.08.13 (Sábado)
FALTANDO!
	AULA 05 - 21.08.13 
JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS (ANOS 80)
Tratar a lei para entender os institutos, para depois fazer relação com a obrigatoriedade e indisponibilidade:
Nos anos 80, anos em que as pessoas tinham somente uma televisão nas suas casas, e quem tinha uma televisão era rico, e mais de uma é porque realmente tinha dinheiro. O brasileiro tinha uma garagem, e quando não tinha era quem chegava primeiro e ainda sobrava vaga. Piscina só tinha quem era rico. 
Além disso, a expressão “mansão” indicava que um apartamento era uma mansão, literalmente. Os anos 80 foram totalmente diferentes, foram os anos caretas, porque a AIDS transformou as pessoas em caretas.
Os anos 70 que foram os libertários tinham uma cabeça para a vida sexual muito mais aberta que os anos 80, em que houve um retrocesso a diversas questões.
Diante disso, é dos anos 80 que iremos falar. É nesse período que se sai de uma sociedade fechada para um mundo mais aberto a partir do governo de Fernando Collor. Na história da Republica pós 88 não teve um presidente brasileiro que não tenha passado pela situação de Collor. Todos os demais passaram por problemáticas parecidas. Fora disso, além de não ter base de parlamentar, uma grande parte brigou com ele, brigou com a indústria automobilística, com o irmão,que foi uma briga interna. Ele foi um ícone escolhido como corrupto como se os demais não fossem.
Nos anos 80, vimos surgir algo extremamente interessante, que são as soluções de conflitos sociais sem passar pelo poder judiciário, que a sociedade soluciona por outros meios. Em 88 se abriu a estrutura, que antes era difícil o acesso, a quantidade de demandas aumentou demais. Então nos anos 70 tínhamos judiciário afastado e, por isso, outros mecanismos que solucionavam os problemas. Eram os meios consensuais da solução de conflito.
Em 73, o CPC permitia uma fase consensual do processo, mas é claro que nessa época era e outra forma, ninguém nem falava com o juiz. O brasileiro não era preparado. Diante disso, a conciliação do judiciário era um “faz de contas”. Ou chegava com acordo pronto para juiz homologar. Diante dessa realidade e com as soluções acontecendo fora o judiciário, surge em alguns estados (SP, BA, RS) os chamados JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS (já nos anos 80), esses juizados facilitavam a solução de conflito em ritos mais simplórios e privilegiavam a conciliação, e isso popularizou, virando uma febre no Brasil. Foi o órgão judiciário mais conhecido.
Essas pequenas causas acabaram por se popularizar tanto que se criou uma lei específica, para disciplinar as pequenas causas. Esse é um fenômeno de processo civil que se cria a estrutura privilegiando a conciliação com causas de menor complexidade.
Na esfera penal não existia qualquer coisa nesse sentido, mas a mesma inspiração começa a fervilhar com o direito penal internacional, levando a criar o princípio da bagatela, em que não precisaria usar o penal em situações menos gravosas que outras, mas diante dessa efervescência para o tratamento de crime de bagatela, é isso que vai se desaguar na CF/88. Têm dois caminhos, a CF/88 tinha a inspiração civil de juizados de pequenas causas que buscava solucionar conflitos de menor complexidade, de outra, a discussão dogmática penal que era necessário dar uma solução diferente para situações menos gravosas. 
E daí, surge o art. 98 da CF, inspirado na fórmula que deu certo dos juizados, faz surgir a regra de criação do legislador infraconstitucional dos juizados especiais, que terão a mesma inspiração dos juizados de pequenas causas, mas mais do que isso, e que continue na esfera cível e levando a consideração a dogmática penal que identifica os crimes menos gravosos e que se crie juizados no âmbito penal. E assim, surgem duas vertentes, os juizados especiais cíveis e os juizados especiais criminais. E mais, tanto está dizendo que seja inspirado nas regras das pequenas causas, como quer também que o legislador infraconstitucional, quando crie a lei dos juizados deve levar em consideração: união, DF, territórios, estados criarão juizados especiais com juízes togados e leigos capazes para conciliação, ou seja, quer a conciliação, e o julgamento das causas simples e as infrações penais de menor potencial ofensivo. Ou seja, quer celeridade. Quer fortalecer os juizados, como não só conciliam, julgam e também executam. Recurso é julgado na própria estrutura dos juizados.
De 88 até 95 teve um hiato legislativo, porque não tinha uma lei disciplinando, e nesse caso continuou com a vigência das pequenas causas.
Em 95 surge a lei 9099, essa lei é federal, e criada por ordem do art. 98, que os estados só podiam criar os juizados a partir de uma regra geral, então determinou os elementos fundantes, que na lei tem a parte cível e criminal. A lei nasce para criação dos juizados especiais estaduais, embora seja lei federal. Os primeiros juizados a serem implementados foram estaduais. E nela, vai surgir o conceito de infração de menor potencial ofensivo, embora tenha sofrido alterações até os dias de hoje.
Surgiu assim: são infrações de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes com previsão de pena privativa de liberdade máxima cominada abstratamente em quantum igual ou inferior a 1 ano. Ou cominada a pena de multa, desde que para esse crime não houvesse previsão de procedimento especial. 
Esse nascimento fez surgir algumas dúvidas, o que interessa é se é ou não potencialmente lesivo de forma gravosa ou não. 
Já tinha mudança de posicionamento pra tirar a figura da vedação do procedimento especial, mas isso gerou reflexo para a justiça militar, e criou vedação expressa (art. 90-A)
No ano de 2001 surge a lei 10.259 também é uma lei federal só que nasce para implementar os juizados especiais cíveis e criminais no âmbito da justiça federal. Então em 95 foi implementada a hipótese legislativa que permitiu os estados criarem juizados no âmbito estadual, em 2001 vem a lei e permite a mesma coisa no âmbito federal.
Diante disso, essa lei 10259 não cria nada, só algumas coisas que se adaptam ao âmbito federal, logo, na esfera estadual é aplicada a lei 9099, e na esfera federal utiliza a 9099 e a 10259 no que for necessário para adaptar as diferentes jurisdições.
A lei 10259 trouxe um novo conceito de infração de menor potencial ofensivo, que é o seguinte: serão infrações de menor potencial ofensivo os crimes com previsão de pena privativa de liberdade máxima cominada abstratamente igual ou inferior a 2 anos. Ou cominada a pena de multa.
São dois conceitos diferentes e não tratam de procedimentos especiais no segundo conceito, e também não fala em contravenção. Vamos entender os motivos: o mesmo crime na esfera federal teria um tratamento mais brando na esfera estadual, diante disso, os tribunais fecharam o posicionamento que a nova lei, ao trazer conceito sobre o mesmo tema, prevalece o conceito mais novo. Logo, este é o conceito atual.
Ora, se já havia discussão doutrinária e jurisprudencial para afastar procedimento especial, o silêncio mostra que não afasta a lei 9099. O silêncio permite aplicação em todos os casos e toda vez que tiver que vedar, irá fazer, como fez o art. 90-A, vedando para justiça militar. O novo conceito afastava a vedação do procedimento especial, a menos que o legislador faca expressamente.
Esse silêncio de contravenções penais tirou de menor potencial ofensivo? Claro que não. Ampliou-se a pena, não pode tirar as contravenções. O legislador tirou por conta da regra do art. 109, IV, ultima parte da CF/88. "...ressalvados as contravenções penais" isso quer dizer que  toda contravenção penal é de competência  da justiça estadual, a esfera federal não tem competência para julgar contravenção. O STJ sumulou na nº 30 que na vigência da CF/88 a justiça estadual é competente para julgar a contravenção penal ainda que pratique em detrimento de bens da União, ou seja, não adianta! Contravenção penal não é causa de justiça federal, e, por isso, não tem porque a lei federal tratar de contravenção penal. Esse silêncio gerou uma mudança legislativa, essa diferença de âmbitos também gerou. Mas o silêncio das contravenções não gerou nada, porque era algo desnecessário.
Se no art. 109 excluiu as contravenções, porque falou em infrações penais? Não precisava falar.
Embora esse conceito fosse a consolidação jurisprudencial sobre o tema, efetivamente são dois conceitos legais. Um em uma lei 9099 e o outro na lei 10259, e o aplicador adora fazer pegadinhas. Diante disso, esse problema precisava ser resolvido. E antes disso, houve duas alterações: a primeira está no estatuto do idoso no art. 94, que sobre o tema diz, os crimes previstos nesta lei cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 anos, aplica-se o procedimento previsto na lei 9099/95 e subsidiariamente no que couber as do CP e do CPP. Com o surgimento disso, mudou o conceito de infração, e não tinha razão do legislador legislar mudar numa lei que específica. É um contra-senso que é proteger o idoso e protege o réu. Precisava interpretar o art. 94 com três possibilidades: (1) a pena é igual o inferior a 2 anos; (2) a pena é superior a 2 anos, mas é igual ou inferior a 4 anos; (3) a pena é superior a 4 anos.
Se nesse estatuto for igual ou inferiora 2 anos, aplica-se a lei 9099 ou 10259, é de menor potencial ofensivo. Mas se for superior a 4 anos, aplica o CPP e as demais leis processuais. Agora se for superior a dois anos e inferior a 4 anos, manda aplicar a 9099, na verdade o que queria é porque a regra natural é que idoso morre primeiro, então, se tem uma maior brevidade de vida, é necessário que o processo seja mais célere, até para a comunidade tenha solução com o idoso em vida. Quando for superior a dois anos e igual a 4 anos, aplicará o procedimento sumaríssimo. A lei 9099 em duas partes, judicial processual aplica sumaríssimo célere e tem a fase conciliatória que tem diversos institutos que são despenalizantes, e o legislador diz que quando for ate 2 anos, aplica a 9099 completa, com tudo o que tem direito, quando for superior a 2 e inferior 4 só aplica a parte do procedimento sumaríssimo, a parte que tem benefícios está excluída, porque não foi pra isso que fora criada essa regra.
O STF fez uma ADIN para excluir os benefícios, que isso não é infração de menor potencial lesivo e o conceito continua INTACTO! 
Eis que em 2006 tem mais uma lei que vai alcançar o conceito de menor potencial ofensivo 11.340 que a Maria da penha. A lei Maria da penha preocupada com as decisões consensuais e podendo estimular a continuidade da prática dos crimes, o procedimento como foi previsto gera diversas prescrições, não se levou em consideração que o problema não está somente no homem que é mau, é uma construção social, e essa foi feita por homens e mulheres, mães que educam seus filhos. Devem ter mudanças sociais, e em diversas questões.
A solução penal mais adequada é a mais dura quando tiver violência doméstica contra a mulher, em que veda a lei 9099. A lei não criou tipo penal de violência doméstica, está no CP que chama de lesão corporal. Agora, a lei mexeu na pena.
Não é todo fato que cabe a lei Maria da penha, porque é violência doméstica ou familiar. Logo, pode ir para os juizados, pode ser considerada contravenção...
Hoje, após advento da lei 11313/06 o conceito se estabilizou, e são infrações de menor potencial lesivo as contravenções penais respeitada a competência da justiça federal. E os crimes que se aplicam a pena máxima em 2 anos. E ou multa.
II UNIDADE
	AULA 01 - 10.09.13
SISTEMAS PROCESSUAIS 
Quando se fala em sistemas, é o modelo para soluções penais adotado pelo Estado, tanto para persecução penal, quanto para investigar. Quais serão as garantias, qual será atuação do persecutor, do acusador. O sistema processual através dele que se identifica o modelo processual adotado pelo Estado para aplicação do direito penal no caso concreto.
Para falar em modelo processual tem que se falar em duas coisas, os dois grandes modelos são: inquisitivo e acusatório. A primeira vista pode parecer que são diferentes que foram estruturados em momentos distintos, como se fossem antagônicos, sem que houvesse qualquer tipo de contato, embora sejam ideologicamente distintos, eles coexistiram durante a historia em diversos momentos e influenciou um no outro. Dependia do momento histórico para saber qual o modelo utilizar.
Nos aglomerados humanos, antes do Estado, anterior a Grécia Clássica, Roma... Falando dos povoados, grupos humanos que estavam se unindo não existia sanção penal e civil, tinha atos praticados contrários às regras do grupo. A aplicação da sanção era do próprio grupo, ou seja, não havia um organismo estruturado para aplicação de sanção, para determinar o processo para aplicação da sanção, para se quer fazer a captura da pessoa.
A pena de prisão é algo novo, que surgiu a partir da Idade Média, a prisão era uma cautela para aplicar a sanção corporal. A igreja que popularizou a prisão como mecanismo de sanção. Tinha eternização dos conflitos pelas vinganças, ou com acordos financeiros, lesões corporais.
Para essa estruturação, tinha a impunidade, porque muitas vezes não tinha o interesse de atuar, a família não tinha força, condições. Então a estruturação maior, começa a criar mecanismos para um sistema de aplicação de sanção. E dai surge um modelo acusatório grego ou romano, que leva as assembléias populares o fato, na Grécia se o fato fosse crime público, qualquer pessoa do povo poderia na assembléia popular, acusar, se fosse um crime privado, somente a vítima podia ir acusar, e o autor iria se defender. Era um sistema acusatório, em que havia oralidade, as funções eram distintas, esse sistema foi um sistema que viveu na Grécia e acaba indo pra Roma.
Esse sistema, ainda assim não privilegiava a solução dos conflitos, porque acusar alguém é algo pessoalmente caro, se expor acusando.
Diante disso, gerava impunidade, por conta da exposição, então começa a adotar um sistema inquisitivo que coincide com o sistema acusatório. E vai se tornando um procedimento escrito e sigiloso, e quando tem um fortalecimento da igreja católica passa a ter a forca dela pra julgar algumas questões, esse sistema caiu como uma luva para a igreja. 
Com a queda do império romano teve parte dos germânicos dominando, quando aconteceu isso, os germânicos usavam sistema acusatório e desse modo, nessa área influenciaram com esse sistema.
Pós revolução francesa surge o sistema acusatório baseado com outros pressupostos, todavia a função de acusação é entregue a um órgão público, sai das mãos do particular, diverso do órgão julgador.
SISTEMA INQUISITIVO
ESCRITO
SIGILOSO
CONFUSÃO DE FIGURAS
ACUSADOR
JULGADOR
SISTEMA ACUSATÓRIO
ORAL
PUBLICIDADE
FUNÇÕES DISTINTAS
ACUSAÇÃO
DEFESA
JULGAMENTO
CONTRADITÓRIO
SISTEMA MISTO
JUDICIAL
PARTE INQUISITÓRIA
PARTE ACUSATÓRIA
SISTEMA ADOTADO NO BRASIL
	AULA 02 - 11.09.13
SISTEMA PRELIMINAR DE INVESTIGAÇÕES 
POLÍCIA OSTENSIVA
PM - EXCEÇÃO INVESTIGATIVA - IPM
PRF (UNIÃO)
PFF (UNIÃO)
* A União não tem PM, utiliza-se da força da Segurança Nacional
* Força de Segurança Nacional não se confunde com forças armadas
* Na Bahia a PM e a Polícia Civil são chefiadas respectivamente pelo comandante geral da PM e delegado chefe da polícia civil, e ambos subordinados ao secretário de segurança pública. 
* As forças armadas são comandadas pelos comandantes das respectivas forças e submetidos ao ministro da defesa
* As polícias da União são submetidas ao Ministro da Justiça
POLÍCIA INVESTIGATIVA OU POLÍCIA JUDICIÁRIA
POLÍCIAS CIVIS DOS ESTADOS (1)
POLÍCIA FEDERAL (2)
(1) e (2) realizam IP e TCO
Outras instituições investigadoras:
a) COAF, INEMA, IBAMA, CADE, REC. FEDERAL, SEC. DA FAZENDA...
b) Casas legislativas: Senado; Câmara dos Deputados; Ass. Legislativa; C. dos Vereadores = CPI'S
b.1) Poderes da CPI 
- C/ cláusula de reserva da jurisdição
- S/ cláusula de reserva da jurisdição
b.2) Poderes das CPI'S Municipais  x STF
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No processo penal o legislador brasileiro criou pressuposto para ação penal que é a sustentação probatória, ou seja, só é possível deflagrar uma ação penal se o acusador público ou privado,conseguir  apresentar em juízo, elementos probantes, isto é, um lastro probatório mínimo, q justifique o exercício da ação penal, porque gera um constrangimento pela pessoa que é acionada e também extremamente gravoso porque pode levar a cautelares que são de prisão, pode ser constrangimento penal, tem gente que perde emprego, perdas financeiras, então a ação penal por si só já é uma aflição na vida da pessoa e para reduzir o risco de ações penais temerárias, o legislador brasileiro obriga que quem vai deflagrar consiga levar a juiz elementos probatório mínimos q a ação penal é razoável, q n é uma mera aventura de quem está iniciando.
No campo do processo civil não necessariamente tem a necessidade de elementos fundantes, na ação penal tem q ter prova q o fato existiu e indícios suficientes de autoria. Por exemplo, ação de paternidade não precisa de prova alguma, basta a mulher dizer que praticou sexo com um homem, vaia juízo alegando o fato, sem nenhum documento, nenhuma testemunha e daí pede a prova de DNA, que é posterior a inicial. Em processo penal não tem essa possibilidade, pois se evita a litigância de má-fé, porque no processo civil isso se resolve com dinheiro.
Já que fora criado um pressuposto que dificulta o exercício da ação penal, foi desenvolvido um sistema preliminar, anterior a ação penal, de investigações, que  possibilitam a se encontrar a justa causa diante do fato supostamente criminoso, da mesma forma que se criou o pressuposto, criou uma estrutura investigativa.
O sistema preliminar de investigação foi pensado como forma de garantir q o indivíduo n será processo sem q haja lastro probatório mínimo e ao mesmo tempo instrumentalizar os organismos persecutórios, meios q permitam encontrar a justa causa para o exercício da ação penal.
Anterior a esse sistema, tem o sistema de segurança pública, que é de instituições estruturadas pelo estado para exercer a segurança pública, embora, no Brasil, faz crer que a segurança publica é polícia em rua, mas tem a ver com educação das pessoas em saber se comportar, não se tornarem alvos fáceis, tem a ver com iluminação pública, congestionamento, impedimento de existência de terreno baldio. Policiamento em rua compõe a segurança pública. 
O sistema de segurança pública repressivo: policia federal, civil dos estados, rodoviária federal, ferroviária federal (...), logo Guarda Municipal tem função de proteção do patrimônio dos municípios, é determinação constitucional. E pela crise na mídia sobre segurança pública, as guardas municipais estão sendo utilizadas e as pessoas estão achando bom. 
No sistema de segurança pública tem as polícias ostensivas, para ser visto, a sua visibilidade deve impedir, inibir a prática criminosa. Essas são as PM, que são militarizadas, tem uma hierarquia. A PRF são fardadas, mas não tem hierarquia. Desse modo, a PM é uma força auxiliar, que é chamado pro muitos, tem uma estrutura que há anos tinha as próprias forças armadas com a mesma função. A hierarquia militar é extremamente importante. As polícias civis não são ostensivas, mas estão tão bem armadas quanto a PM.
O que fazer para permitir que as pessoas estão nos serviços públicos cobrem os seus direitos? Ou trata como privilegiados ou cria instrumentos para se protegerem. 
A PM é ostensiva, fardada, militarizada.
PFF ostensiva e fardada.
A função ostensiva e exercida pela PM, mas excepcionalmente a PM também tem função investigativa quando trata de crime militar e utiliza o IPM (inquérito policial militar).
A PRF e PFF não residem inquéritos, os crimes que forem praticados numa rodovia e a polícia atuar, deve levar o indivíduo a uma delegacia civil ou federal. Pois são polícias ostensivas.
- O estado não tem polícia rodoviária
- A união não tem PM - usava polícia federal ou forças armadas - Hoje, para evitar o policiamento das forças armadas, a doutrina das forças armadas é diferente das polícias, pois é de ferir e matar. A doutrina das PM e demais é de preservação de vidas, da vítima e autor, se tiver que escolher entre as duas é diferente, para que o instrumento persecutório aplique a sanção adequada. Não se deve usar as forças armadas. Mas se  união não tem PM e para isso criou a força de segurança nacional, que são as PM dos estados a serviços  da União, que o Estado disponibiliza essas pessoas, que atuam no exercício da função da União, essa foi a saída para que não fosse criada a PM federal, que seria muito custoso.
- Força de seguranca n confunde com forcas armadas
- Na Bahia .... 
- As forças armadas ... - No estado são todos numa secretaria só, polícias da união se submete ao ministério da justiça, é o ministro da justiça que comanda, todos se reportam a ele. E todos eles se reportam a presidente da república.
Além do sistema ostensivo, tem o sistema investigativo, que tem na policia civil e federal q e policia da união, essas tem o papel de fazer autuação investigativa utilizando IP ou TC, mas além deles, outras instituições também fazem investigações, a diferença é q da policia é exclusivamente penal, as demais, nas suas autuações administrativos, investigam fatos típicos das suas funções.
	AULA 03 - 18.09.13
Não houve aula. Correção prova.
	AULA 04 - 24.09.13
(Entrega do projeto, pegar aula com alguém)
	
AULA 05 - 01.10.13
INQUÉRITO POLICIAL
CONCEITO
É um procedimento administrativo preparatório destinado a elucidar um fato supostamente delituoso, identificando os elementos de autoria e existência do crime.
O procedimento em questão é exclusivo da polícia judiciária (civis e federal) e deverá ser presidido por autoridade policial (delegado de polícia civil ou federal, obrigatoriamente bacharel em direito, ingresso na carreira pública através de concurso público, art. 144 da CF).
É um procedimento administrativo porque é uma sequência de atos administrativos, são as diligencias praticadas por integrantes da administração pública, e são interligado porque se destinam a um fim, que é a elucidação do fato com todas as suas circunstâncias.
Logo, o inquérito policial não é um fim em si mesmo, é na verdade uma sequência de atos administrativos. Ele reunirá elementos que permitam a avaliação do legitimado penal de existência ou não de condições para a ação penal. Reúne elementos que sustentam e viabilizam a futura a ação penal. Então é um procedimento preparatório.
O inquérito policial não somente busca a autoria e a existência do crime, e também elucidar o fato com todas as circunstancias, inclusive pode chegar a conclusão que foi um fato da natureza, que não há nenhum autor. Nessa busca da elucidação do fato, dentre elas tem que encontrar se existente os indícios mínimos de quem foi o autor e comprovar que o fato existir. 
Não se fala em comprovar a materialidade, porque é menor do que a existência do fato. A materialidade é comprovar o crime que deixou vestígio, mas nem todos os crimes são materiais, há os formais. A materialidade é uma das formas de comprovação da existência de um fato. Pode-se chegar a um crime através de testemunhas, por exemplo.
Somente quem pode presidir o inquérito policial é quem pertence a estrutura pública, logo, são as polícias judiciárias. Essa atuação é exclusiva. E mais, hoje não há mais a figura dos delegados "calça curta" que são pessoas que não são concursadas, por vezes, policiais militares, as vezes formados em direito que eram nomeados, a partir da CF/88 diz que os delegados devem ser bacharéis em direito que ingressa na carreira através de concurso público.
Excepcionalmente pode se falar em IPM - são inquéritos policias exclusivos da apuração de crimes militares. Os IPM's não fazem parte dos procedimentos administrativos que estão sobre o rol das policias civis e federal, e sim dos policiais militares e forças armadas.
CARACTERÍSTICAS
O procedimento em questão tem por características: a oficialidade; oficiosidade (via de regra); sigilo externo; indisponibilidade; obrigatoriedade (para a autoridade policial); valor probatório relativo.
OFICIALIDADE = se é privativo da polícia, integram a estrutura pública. Mesmo quando quem pratica o ato não é alguém que está integrando a carreira publica, é alguém que está a serviço público, por exemplo, quando há ausência de perito, o magistrado nomeia pessoas a atuar como peritos, e estes, respondem como servidor público, mesmo que o serviço não seja remunerado (art. 327, CP)
Deste modo, as pessoas que estão atuando, mesmo que de forma privada, quando estão praticando atos como nomeados, toda nomeação de alguém, ainda que transitória para exercer atividade naquele momento, estão a serviço do poder público, e poderão responder por improbidade administrativa.
OFICIOSIDADE = via de regra, porque o IP é para apurar fatos supostamente típicos, serão acionados futuramente por ação penal privada ou pública condicionada ou incondicionada. Quandofor incondicionada começa independente de provação de quem quer que seja; mas conforme estabelece a regra do art. 5, §§ 4º e 5º, há uma exceção que os crimes de ações penais privadas e públicas condicionadas ao IP só poderão começar a partir da provocação de quem é requisitado. Logo, a oficiosidade só é cabível para as ações penais públicas incondicionadas. 
SIGILO EXTERNO = o IP diz o legislador no art. 20 do CPP (...). Durante a investigação o delegado tem que avaliar qual a peneira que vai fazer para a coletividade porque quando informa mais do que deve, a sociedade pode entrar em pânico, poderá existir pressões durante a investigação, e por conta disso, o interesse da sociedade e pelo interesse da investigação, não da conhecimento a imprensa, porque tanto ajuda, quanto atrapalha. Para resguardar a própria intimidade de quem está sendo investigado, da mesma forma que as autoridades policias e os integrantes da administração pública tem que dar publicidade, mas pode ter o sigilo sobre o conteúdo, cabe a autoridade policial dizer quais as informações podem sair ou nao, é externo porque é em relação ao publico em geral, porque em relação ao investigado, tem acesso a todas as informações (S. 14, STF). 
Essa súmula traz algo interessante, que fala que o acesso não é irrestrito, só tem acesso aqueles que já foram documentados, o que está sendo produzido não pode ter conhecimento, até porque pode ser inviabilizado, por exemplo não se pode dizer a alguém que vai sair a pena privativa de liberdade, porque a pessoa pode fugir.
Já houve decisões que os juízes não permitiram nem que o advogado tivesse acesso as informações, ou seja, o contraditório pode quedar em relação a um bem maior, que é o bem da vida. Por exemplo, a testemunha é um arquivo vivo, e tem juízes que quando o nome da pessoa aparece no processo, antes de entrar no programa de proteção as testemunhas, o juiz não permite que ninguém tenha acesso, posterga até o momento que se tenha protegido aquela pessoa. O MP costuma criar uma senha com o juiz nesses casos, por exempo, ao invés de colocar o nome da pessoa coloca "X Alencar" e o juiz já sabe. E, quando esconde a pessoa, está dificultando a ampla defesa, mas nada é absoluto.
O sigilo nesses casos de pessoas no pró vida é apenas até aquele prazo, depois o sigilo é em relação a pessoa. Porque o investigado tem acesso pelo o que a pessoa falou.
INDISPONIBILIDADE = o IP n será arquivado por autoridade policial, é indisponível. Não é afirmação que o IP não pode ser arquivado e sim que a autoridade policial não pode arquivar. O IP pode ser arquivado, mas somente pelo MP (art. 17, CPP).
O fato de nao poder arquivar n quer dizer q n pode indeferir. O IP pode começar tanto de oficio pelo delgado, como provocado, na acao penal privada só pode ser provocado, na pública pode ser por oficio ou por requerimento. Todas as hipóteses que devem começar pela provocação, se acontece a provocação, o delegado pode avaliar e não instaurar o IP, porque entende que não estão presentes os elementos mínimos. Mas a partir do momento que instaura, não pode arquivar.
O legislador não fala sobre isso, mas fala sobre recurso do ato que indefere o IP, ora, se fala em recurso do ato, é porque o ato é existente! É o que está no art. 5, p. 2, CPP.
Indefere com três hipóteses: 
1) Atipicidade manifesta = quando um fato chega a policia a finalidade da policia deve investigar se é típico ou não, mas tem fatos que são claramente típicos. A primeira instituição que a população procura é a polícia, então quando traz um fato civil tão escancarado que não é tipo penal, deve indeferir. O ideal é que encaminhe para outros órgãos que não sejam um exercício de força, pois gera essa intimidação por ser a polícia.
2) Prescrição manifesta = se tem dúvidas, influencia na prescrição. São fatos que a prescrição está clara. Se alguém fala que houve um furto há 15 anos, por exemplo, já houve a prescrição do crime.
3) Decadência manifesta = alguém diz que foi vitima de calúnia, há 3 anos e a pessoa soube no dia, e só nesse momento que resolveu entregá-lo, decaiu o direito, pois devia entregá-lo com até 6 meses o conhecimento do fato.
Mas, do ato do delegado que indefere pedido de IP, cabe recurso administrativo ao chefe de polícia, figura hoje inexistente no Brasil. Logo, se cair num concurso dizendo "cabe recurso administrativo inominado para: a) Luiz; b) Pedro; c) Chefe de Polícia..." É o chefe de polícia porque é o que está na lei. Mas hoje, o que representa o que seria o chefe de polícia, na policia federal é a superintendência (superintende; superintendes) e na polícia civil é o delegado chefe. Continua essa expressão, mas não existe essa figura.
Além disso, o ofendido além de fazer o recurso administrativo poderá buscar no MP ou no Judiciário a sua função requisitória, já que o MP tem o poder de requisitar nos crimes de ação penal pública. E também ao juiz. 
ATENÇÃO! Mas isso não é recurso, é solicitação ao MP e ao juiz que se eles concordando com a tese da pessoa, requisite a restauração do IP da pessoa. Não é recurso porque tem que ter hierarquia para tal.
	AULA 06 - 02.10.13
(cont. características do inquérito policial...)
OBRIGATORIEDADE
Esse princípio já foi visto nos princípios do processo penal. Como princípio relacionou com o MP, em obrigatoriedade da ação penal pública. Porém aqui é diferente, é no sentido de que o delgado de policia, uma vez tomando conhecimento de um fato delituoso de ação penal pública, verificando que há os elementos para instauração do IP, não pode escolher não atuar, não instaurar o IP, não tem essa opção.
Deste modo, a obrigatoriedade em relação ao IP se apresenta como dever do delgado, de instaurar o IP quando não haja impedimentos para tal. Terá que atuar obrigatoriamente de oficio quando for ação penal publica incondicionada. E só terá obrigatoriedade de atuar na ação penal pública condicionada e ação penal privada, quando há a representação ou provocação do ofendido.
ATENÇÃO! O IP é dispensável para ação penal. Quase nenhum autor não fala nesse princípio, fala em discricionariedade, mas este ultimo é forma de atuar, para que exista uma acao penal n eh obrigatório a existencia do IP, por isso, dispensável, embora importante para encontrar a justa causa não é pré-requisito, o pré-requisito para ação penal é a justa causa.
Embora dispensável, se o delegado tomar conhecimento de um fato criminoso, é obrigatória a instauração do IP. Não existe nenhum fato impeditivo, pois o estado tem interesse na investigação do crime.
Art. 2; 27; 39, § 5; 46, §1 = noticiam a dispensabilidade do IP.
INQUISITÓRIO
No IP não existe bilateralidade, o que se tem é a condução da investigação por uma autoridade que vai levantar todos os elementos para se chegar a elucidação dos fatos. Não há nem partes, e sim apenas atos de investigação.
Art. 14
Embora a doutrina brasileira e jurisprudencia confirmem que não tem contraditório e ampla defesa, Nestor Távora diz que concorda que não tenha contraditório, mas negar que tem ampla defesa é negar o obvio, diz isso que se o legislador autorizou q se faça requerimento deu ampla defesa e obriga o delegado da acesso dos autos a pessoa, é para que a pessoa possa exercer sua ampla defesa. Roberto concorda com esse pensamento.
Em juízo, faz o requerimento e o juiz não pode escolher que produza a prova, deverá, via de regra, permitir a produção probatória por conta do principio da liberdade probatória, só não pode aceitar se a prova for ilícita, se aquele fato ja foi comprovado, etc.
Art. 156 CPP 
O legislador deu o poder a um juiz que é fora do sistema acusatório. Continuou o entendimento equivocado de dar poderes na fase investigativa ao juiz. Agora se tem a proposta de lei de se criar o juiz de instrução e o juiz de garantias, na fase investigativa funcionaria o juiz de garantias e na fase processual o juiz de instrução, e o que acontece hoje é que o mesmojuiz faz as duas funções.
VALOR PROBATÓRIO RELATIVO
Art. 155
A doutrina critica este artigo, pelo fato da palavra "exclusivamente". Veio o projeto de reforma do CPP, mas o original desse projeto, essa expressão não existia. Quando foi ao parlamento, nas discussões nas casas e órgãos, chegou a conclusão que não pode ficar sem o IP.
Quando é feita a perícia, é feita na fase investigativa, logo, toda prova é feita nesta fase, para tirar isso teria que colocar um contraditório. A doutrina diz para resolver, por exemplo, atos investigativos como a perícia que sao irrepetíveis em determinados momentos, tem o contraditório diferido ou postergado, e não sendo possível desconstituir isso, entra no processo como prova. A única prova que  pode se repetir é a prova testemunhal.
Para sempre fazer uma produção de provas se tiver toda uma estrutura pra isso, mas não só isso, é pensar no processo estruturado. Assim, o IP tem valor probatório sim, mas é relativo, porque muitos dos seus atos entram no processo.
A justificativa dessa discussão é porque toda prova, em regra, deve ter o contraditório. E no caso do IP, é relativo porque como não tem contraditório não pode ser a prova absoluta, e inclusive, pode ser discutida depois, por isso, que se fala em contraditório postergado.
Esse artigo poderia ser constitucional sim, mas da maneira que o IP está estruturado é um problema, mas o que se tem é que o CPP tem que ser todo reestruturado, pois está num momento histórico diferente da CF/88. Inclusive, já se tem um projeto de lei. 
	AULA 07 - 08.10.13
ATOS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
O art. 5 do CPC estabelece as condições para instauração do IP. Estabelece o legislador que o IP poderá ser instaurada EX OFICCIO, ou seja, pelo delegado sem provocação de quem quer q seja, ou pode começar de forma provocada. Todavia, o que se deve tratar aqui e quando se tratar de crime de ação penal publica incondiciaona, a autoridade policial pode instaura o IP ex officio ou provocada. E quando se trata de crime de AP condicionada somente poderá instaurar de forma provocada. E AP privada, só de forma provocada.
Quando se fala instaurar ex ofccio quer dizer q o delegado poderá tomar conhecimento do fato de qualquer maneira, quer seja via direta (ex.: a polícia está numa operação e o delegado tem conhecimento daquele fato), por via da imprensa, por informação de terceiros estranhos ao fato, não precisa ser necessariamente a vítima. Desse modo o delegado pode tomar conhecimento de diversas formas e instaurar o IP. 
Se não for por meio de provocação, se for por conhecimento direito, imprensa ou por meio de terceiros, o delegado instaura o IP por meio de uma portaria, que será o ato que vai inaugurar o IP quando se iniciar ex officio. 
O delegado pode comecar um IP a partir de uma prisão em flagrante. Quando a pessoa é presa em flagrante, é encaminhado a delegacia de polícia, lavra o auto de prisão em flagrante, que deverá ser encaminhado ao MP e ao juiz e se o individuo n tiver advogado, deve ser encaminhado a DP. Tem toda uma produção de atos para formalizar o auto de prisão em flagrante, uma vez formado, é encaminhando no prazo de 24h ao magistrado competente, ao MP.
Além disso, fica a cópia o auto na delegacia com a finalidade de dar início ao IP.
Pode começa o IP ainda por requisicao do MP, que toma conhecimento de um fato, e pode fazer um oficio requisitorio, que deverá conter: motivacao fatica (fatos que levaram o promotor a requerer o IP); fundamentação jurídica (explicitar os dispositivos que justitifiquem, qual o tipo penal q a conduta se enquadra). Esse ofício é requisitorio que o delegado n pode deixar de instaura, mas é pressuposto que n seja u mero ato de vontade e sim motivado em fatos que tenham conformacao juridica.
E segundo o CPP, porque a requisição do MP está tanto elevando no CPP como na CF, todavia o CPP também autoriza o juiz a requisitar. Logo, o juiz também poderá requisitar a instauração o IP. Vale lembra que em doutrina, muitos criticam o artigo que autoriza o juiz a instaurar o CPP, que viola o princípio da imparcialidade, porque o juiz tem que informar fatos e direitos, e dessa forma acaba pre-julgando o tema, que não é o papel do magistrado, que quando chegar o conhecimento deve aplicar a regra do art. 40 do CPP, que diz que um juiz ou tribunal toimar conhecimento de fatos de APP deve encaminhar ao MP, pq encaminhndo n faz juizo de valor. 
E poderá começar ainda, por requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Representação é um ato que pode ser produzido pela vítima, representante legal ou sucessores. É uma livre manifestação de vontade, no qual os sujeitos demonstram que querem que o Estado persiga aquele que será indicado como autor do fato, o ofensor.
Esse ato produzio não tem forma, pode ser feita tanto oral, como escrito. Sendo oral será reduzida a termo. Não tem grandes regras, basta que seja demonstrado o que se quer. Não precisa de advogado e nenhuma formalidade, basta que tenha capacidade para fazer isso.
A representação pode ser encaminhada ao delgado de policia, que instaurará o IP ou indeferir; ao MP, pode requerer a instauração do IP; determinar o arquivamento e se o ofendido apresentar representação já com elementos de justa causa, se torna desnecessário a instauracao do IP, já habilita o MP a atuar, oferece a denúncia e começa a ação penal. Poderá, por exemplo, fazer um parecer de arquivamento, das peças informativas que recebeu. E ainda, pode o MP começar o seu próprio inquérito; Ao juiz, não deveria encaminhar, mas como o art. 5 autoriza e não foi declarado inconstitucional, se encaminha ao magistrado e ele pode fazer duas coisas: ou requisita a instauração do IP ou encaminha com base no art. 40 ao MP.
A representação tem um prazo decadencial, segundo dipõe o art. 38 do CPP, é de 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria e esse prazo decadencial não se interrompe, não suspende, não prorroga. Logo, deverá antecipar para que não se tenha problemas com a perda do prazo.
Além disso, a representação ela é retratável, isto é, quer dizer voltar atrás, só cabe em crime de AP condicionada a representação, que o ofendido poderá voltar atrás. A retratação do ofendido não se confunde com a retratação do ofensor, que já se sabe que nos crimes contra a honra, o ofensor, em audiência pode se retratar, não é isso!! O ofendido volta atrás, dizendo que não quer mais investigar, que é até o momento da apresentação da denúncia.
Da mesma forma como a representação não tem forma, a retratação também. A única representação que tem forma será feita por PJ, porque não é qualquer pessoa que pode representar PJ.
A retratação é retratável. A doutrina e jurisprudência majoritária concordam que há a retratação da retratação, que pode ocorrer em até 6 meses. Esse prazo não se renova, é o mesmo. 
Ex.: o fato aconteceu dia 15 de abril, representou. Um mês depois, se retratou. Depois de 10 dias, resolveu representar novamente, e faz a retratação. 20 dias depois, se retrata. Em novembro se retrata para representar, mas já não pode mais, pois o prazo é de 6 meses. A retratação da representação deve se preocupar com oferecimento da denúncia. Quando for uma nova representação se preocupa com o prazo decadencial de 6 meses.
Roberto pensa que a retratação equivale ao perdão. Deveria acabar. 
Sobre representação há duas exceções:
Diz o legislador ao tratar da Maria da penha, trouxe duas excecoes a regra do CPP. 
Primeiro, no CPP só pode fazer retratação até o oferecimento da denúncia. Na Maria da penha é até o recebimento da denuncia. 
Porque há a preocupação das mulheres, vítimas de violência doméstica, por pressões e sofrimentos, muitas vezes voltavam atrás. Mas o legislador criou as medidas de urgência, de proteção as mulheres vítimas de violência, varias determinações de prioridade em situação de remoção com o servidor. Mas a mulher não sabe e àsvezes sequer disse o que estava sofrendo. 
Se o magistrado identifica algum indicativo que a mulher quer se retratar, na Maria da Penha, manda o legislador que o magistrado, depois de oferecida a denuncia, designe uma audiencia específica parra retratação, tem essa audiencia q o magistrado vai perguntar as razoes pq ela quer voltar atras, se é pelo temor, se é por problema financeiro porque o homem é que sustenta a familia. E nessa audiencia, devem estar presente promotor e juiz. E vale ressaltar que a audiência é exclusiva para mulher.
Se a mulher não se retratar, o juiz recebe a denúncia. Depois que a denúncia é oferecida, marca audiência e recebe a denúncia.
A lei n chama de retratação, chama de renúncia. E ai vem a divergencia com entre Roberto e Nestor Távora. Renúncia tem significado diferente de retratação, quem renuncia não volta atras. Nestor acredita que tem retratação da renúncia. Já Roberto diz que a renúncia é instituto jurídico e extingue a punibilidade. 
Art. 16 da Lei Maria da Penha.
-- Chega o IP, prepara a denuncia, vai a vara ou distribuicao e entrega a denuncia - oferecimento da denuncia. Para o CPP, acabou, não ode fazer mais retratacao.
-- Quando oferece denuncia, encaminha ao cartório crime, que é devidamente autuada,, e é encaminhada ao magistrado. O magistrado vai fazer um ato de pre delibação, inicial de avaliação se existe justa cuasa, se tem legitimidade, se a petição obedece as formas. Verificando que está tudo certo, lancará um despacho de recebimento da inicial.
AP incondicionada -> IP começa: ex officio do delegado (portaria); auto de prisão em flagrante; requisição do MP; requisição magistrado; requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
AP condicionada -> IP começa: só pode com a representação do ofendido, é o ato que permite ao delegado que instaure o IP; por requisição do MP, desde que tenha tido uma representação; requisição do juiz, desde que tenha tido para ele uma representação.
AP privada -> IP começa: mediante requerimento do ofendido.
AP condicionada a requisição do Ministro da Justiça, paara se iniciar precisarão que exista a requisição do MJ. A requisição é dada ao delegado ou passa pelo MP antes? A doutrina minoritária entende que a representação é encaminhada diretamente a policia e apartir dali o delegado instauraria o IP. Essa requisição obriga o delegado a instaura, mas n obriga o MP a oferecer a denuncia, autoriza o MP a ajuíza a acao.
Entendimento majoritário e com precedente do STF, a requisição é encaminhada primeiro ao PGR e ele avalia se há elementos ou não que indiquem a possibilidade de encaminhar a polícia, para evitar que haja constrangimento para o pais. Pq o MJ tem um cargo político e muitas das decisões são políticas, e o PGR faz uma avaliação juridica. O PGR pdoe arquivar, encaminhar a requisicao a delegado q eh obrigado a instaurar ou poderá atos diretos se entender que são possíveis. 
A discussao é que dps q o MJ requisita, pode se retratar? Para a doutrina entende que nao cabe, pelo fundamento q tem interesse publico, q ao fazer essa opcao n era um ato de vontade quando representa, faz em atenção ao interesse da sociedade, do estado.
Mas o outro pensamento é que requisição é um ato administrativo, se é ato adm pode ser revogado quando é inconveniente, quando alega a inconveniência pode revogar.
O dominante é oi primeiro, mas n tem regulamentação legal sobre o tema.
	
AULA 08 - 09.10.13
Pergunta: Pode existir instauração de IP ou outro procedimento investigativo através de denúncia anônima?
O STF tem um posicionamento de que uma denuncia anônima pode gerar investigação. Com base com o que determina a CF as pessoas tem direito a petição, a opinar, liberdade de expressão, mas deve declarar quem é. E o STF e o STJ dizem que, excepcionalmente, diante de uma denuncia anônima em que se tenha um bem jurídico de grande valor, deve fazer apurações preliminares e não logo o IP. E depois dessa apuração, caso haja elementos que justifiquem a instauração do IP, será feito.
Gamil acredita que não se deve fazer um relatório de inteligência.
ATOS INVESTIGATIVOS DO INQUÉRITO POLICIAL
O legislador no art. 6 e 7 do CPP traz um elenco de atos investigativos, mas esse rol é exemplificativo, ou seja, pode ser aquilo que está no rol, mas outros atos investigativos diversos, que estão determinados em outras leis específicas próprias.
Todavia, o que n se pode perder de vista sao 4 coisas:
1) uma investigação criminal é constragendora por natureza, constrange o investigado, invade a sua seara de intimidade;
2) um delegado de policia na sua investigação civil ou federal é autorizado pelo legislador a fazer esse contrangimento, ou seja, é legal;
3) esse atos tem que estar limitados ao que dispõe a lei, ou seja, pode constranger, mas somente até os limites impostos pelo legislador. Pode ouvir, notificar, conduzir coercitivamente, uma vez comparecendo como testemnha tem a prerrogativa de informar que o silencio ou falta com a verdade ensejará no crime de falso testemunho... Não pode praticar nenhum ato físico contra a pessoa (torturas físicas ou psicológicas);
4) uma investigação, diversos atos dela se darão de forma auto executória - a autoridade policial poderá produzir o ato independente de autorização judicial. Mas nos casos em que o legislador cria uma proteção aquele bem jurídico, será necessário fazer o pedido de autorização judicial.
Certos constrangimentos, sigilo telefônico, telematico, bancário, requerem autorização judicial previa.
No art. 6 encontra: (...), inciso I (...) A isso denomina-se de preservação ao local do crime, para compreender quais os indicativos e todas as circunstâncias do crime, para que os peritos possam trabalhar, e inclusive, só pode deixar o local do crime depois da autorização da perícia.
Inciso II (...) - lembrar que tem os objetos que são instrumentos do crime, por exemplo, carro que foi utilizado para atropelamento, a faca que  foi utilizada para matar uma pessoa, esses instrumentos alguns são apreendidos para mandar para a perícia, mas nem todo será, nos casos de furto não tem porque fazer perícia do objeto do furto. Então, os bens apreendidos servirão como instrumento probatório e para fazer a perícia. Esse bem pode ser restituído, conforme estabelece o art. 118 e ss do CPP.
Art. 118 (...) Os bens que serão perdidos, que não poderão ser devolvidos, não podem ser objetos de restituiçao, por exemplo, drogas não podem ser devolvidas depois de apreendidas (óbvio!!). 
Se aquele bem for restituível, só poderá quando não mais servir ao processo ou inquérito. Tem bens que já nascem sem servir, que são bens que foram colocados de forma lícita.
Serão devolvidos aqueles bens que não servirem ou não mais servirem ao inquérito ou processo, antes de transitado em julgado a sentença, pois depois, das duas uma: ou perde ou devolve. Quem pode requerer é aquele que tem o direito material sobre aquele bem, através de uma mera petição: na fase investigativa ao delgado; na fase judicial ao juiz. Se o delegado indeferir o pedido, pode pedir ao juiz através de um pedido ou mandado de segurança.
Uma vez fazendo pedido ao delgado de policia poderá devolver: (1) se não mais interessar na investigação e/ou processo; (2) quando tiver certeza da titularidade daquele bem.
Quando vai requerer ao juiz poderá: na dúvida, faz a prova para conhecer a titularidade, não conseguindo, faz um depósito judicial e envia para a esfera civil para que seja discutido.
Se o bem for apreendido em flagrante, não precisa de ordem de busca e apreensão; Em espaço aberto não precisa; 
Art. 119 CPP
Art. 91 do CP.
art. 91, inciso I, a e b - bens proibidos de serem devolvidos.
	
AULA 09 - 15.10.13
ATOS DE CONCLUSÃO 
PROVA PERICIAL X PROVA TESTEMUNHAL
1. Se o crime deixa de vestígio, a prova pericial é obrigatória. Chamam de perícia indireta algo que nãoé, prova testemunhal não é perícia indireta, porque a prova direta é estudada no próprio corpo da vida, a indreta é que se busca meios científicos indiretos, por exemplo, o sangue que está no local do fato. Há essa confusão, que há, na verdade, uma gradação: perícia direta (feita no objeto); perícia indireta (meios indiretos para reconstruir o fato); prova testemunhal, pode ser complementar, o juiz avalia segundo o seu convencimento, integra o sistema probatório e também pode ser substitutiva, que quando não mais houver vestígios, pode substituir a prova pericial.
Ex.: o sujeito matou, cortou e jogou no mar, limpou tudo. Não deixando vestígios, mas as pessoas viram e dizem como foi. 
EXAME DATILOSCÓPICO
2. Além disso, pode haver o resultado do exame datiloscópio, que prescinde se já houver uma identificação civil. Todavia a própria lei diz (12.037) cria hipóteses que mesmo que tenha sido identificado civilmente, tem que identificado penalmente. Pois o documento pode estar velho e levar a dúvidas.
RECONSTITUIÇÃO DO CRIME
3. No art. 7 há a reprodução (reconstituição do crime), em que se encena o crime, respeitando as condições do ambiente, da moralidade e dos costumes.
QUALQUER ATO LEGAL
4. Qualquer ato que não seja ilegal, e que em outras leis estejam autorizados.
(perdi algo....)
PRAZOS
(...)
- Preso - 10 dias - não cabe prorrogação
- Solto - 30 dias - cabe prorrogação
Na Lei 5.010/66 que disciplina a justiça federal, nessa lei, trata dos IP na esfera federal. Nesses casos, o prazo para o indivíduo preso é de 15 dias, cabe uma prorrogação de 5 dias. E com ele solto é de 30 dias, e cabe prorrogação quantas vezes for necessário.
É diferente na esfera federal e na esfera estadual, para o Prof. é um equívoco, porque a lei é antiga. E, não se diferencia pela competência, e sim, pelo crime, por exemplo, na lei de drogas (11.343/06), o prazo para indivíduo preso é de 30 dias e cabe uma prorrogação, e solto de 90 dias cabendo uma só prorrogação.
A Lei 1.521/51 lei dos crimes contra e economia popular (crimes de usura, emprestar dinheiro a juros, etc.) esses crimes dessa lei, que for investigado por IP, o prazo para acabar o IP é de 10 dias, preso ou solto e não cabe prorrogação.
O IP se encerra com o relatório, produzido pelo delegado de polícia, que vai indiciar o indivíduo, que há elementos suficientes para constatar que a pessoa é autora do fato. O indiciamento pode até ser feito antes, não há uma vinculação.
Ao acabar o IP, o delegado encaminha para a vara crime competente, e isso depende. se na comarca tiver uma vara, vai para aquela, se há outras varas, faz distribuição. Se durante a investigação foi pedida busca e apreensão, quebra do sigilo bancário, deve haver uma distribuição.
A regra é essa, mas alguns estados, e o projeto do novo CPP, na BA, GO e RJ, enquanto ainda não mudou, criou-se um termo de cooperação de MP, polícia e judicário, que leva para a central de inquério que funciona no MP, porque quem avalia para mandar voltar ou não, é o MP, então para não ficar indo e vindo da polícia, pro judiciário, pro MP, voltar pro judiciário, etc., criou-se uma linha direta entre polícia e MP.
	AULA 10- 16.10.13
FALTEI!
	AULA 11- 23.10.13
Aula Passada:
ATOS DO MP APÓS RECEBIMENTO DO IP
Após o recebimento do IP o MP  tem 3 possibilidades:
1. Fazer um parecer de arquivamento
2. Requisitar nnovas diligencias
3. Oferecer denúncia
O ofendido poderá:
1. Oferecer queixa-crime
2. Renunciar ao direito de queixa
3. Deixando transcorrer o prazo decadencial, nessas duas hipóteses, estará extinta a punibilidade.
O MP vai se manifestar através de um parecer sobre existencia ou nao da exitncao de punibilidade, e o juizo que faz apos a pronúncia do MP, deverá avaliar e homologar ou não esse posiconamento do MP. O juiz n está vinculado a pronúncia do MP.
Não se fala em parecer de arquivamento em AP privada, fala que o MP faz um parecer para se manifestar  sobre a punibilidade. Na pública que tem. Na privada faz como custus legis, que entende, por exemplo, que a legalidade está cumprida.
O promotor pode entender por uma serie de razoes (justa causa, prescricao, decadencia, insignificante...) que o caso não inicia uma ação penal e faz um parecer de arquivamento fundamentado para o juiz.
	
AULA 12- 29.10.13
Relembrando:
AP PRIVADA - IP
O ofendido ou vítima teria três possibilidades: oferecer queixa crime; renunciar ao direito de queixa; deixar transcorrer o prazo decadencial. Essas duas últimas possibilidades, ensejarão em extinção de punibilidade. E que para seja declarada essa extinção, é necessário que o juiz assim decida, mas antes abrira vistas ao MP, para que o MP na condição de custus legis, avalie se realmente houve decadência, se a renuncia é existente, se é expressa ou tácita (um sujeito que sofreu a lesão de outro, chama para batizar o filho, deve olhar no caso concreto).
Extinguindo a punibilidade não haverá mais a possibilidade de deflagração penal. O ofendido age por vontade, n tem nenhum limite do interesse publico, e entendendo que estão presentes os requisitos para ação, oferece a queixa crime (art. 41, CPP)
Uma vez oferecendo a queixa crime, pode o juiz não receber, pode rejeitar com base no dispõe o art. 395 do CPP. Rejeita quando é inepta, quando falta uma das condições para o exercício da AP, quando falta justa causa ou indicio de autoria ou prova da existência do crime.
O IP pode ser de AP privada exclusiva e personalíssima, pq a subsdiaria só acontece quando houver uma inércia na AP publica. A exclusiva, ofendido, representante legal ou sucessores. Personalíssima é apenas o ofendido.
As AP públicas  o IP é encaminhando para o legitimado para ação, que é o MP (art. 129 I, CPP). Ao receber os autos do Ip ou qualquer peça informativa, porque para o MP deflagrar AP não precisa ser IP, pode ser de outras instituições, pode ser uma CPI... Ao chegar ao MP, o IP, o promotor de justiça ou procurador da república, o membro do MP, em seu poder terá 3 possibilidades: (1) requisitar novas diligências, e assim acontecerá toda vez q o membro n se sentir em condições de formar o juízo de valor sobre o fato, pq é uma coisa essencial, não q seja pouco importante, algo essencial impede dele formar o o seu  convencimento, pq se for algo simples vai oferecer a denuncia e vai requisitar que essa coisa seja produzida posteriormente, então pode ser pq falta um documento, pq alguem importante n foi ouvido, pq ha contradição entre as pessoas ouvidas e precise de uma acariacao, pode ser q um laudo n tenha sido realizado ou se realizado n tenha chegado aos autos ainda, e ai fará retornar a delegacia de policia para fazer as novas diligencias, e será bvia juiz ou diretamente. Se for via juiz,. o juiz n pode indeferir o retorno para delegacia, pq n pode fazer juizo de valor pelo MP, mas se o juiz tiver vendo que o IP vai e volta, na verdade o promotor esta querendo ganhar tempo, pode ver indicios de corrupcão, entao vai encaminha ao procurador geral, ao conselho, oq  n pode fazer é se intrometer na relacao entre o promotor e delegacia. 
(2) oferecer a denúncia - se convence que o que foi apresentado nos autos é suficiente para deflagrar a AP, logo, fará a denuncia crime com base no art. 41 do CPP, q é o artigo que permite que se produza a inicial acusatória. Qualquer das duas peças se submete a mesma estrutura. E se o juiz perceber que nao tem os requisitos da inicial (inepta, falta requisitos, falta justa causa), com base no art. 395 do CPP poderá rejeitar a ação penal pública.
(3) parecer de arquivamento - na ap privada, o que  tem é a chamada de juizo de conveniência e oportunidade, o ofendido julga se é ou nao para ele conveniente entrar com uma ap, por uma serie de razoes pode ser que não queira mais. E ainda, há na ap privada os motivos na vingança. O MP atua segundo o juizo de obrigatoriedade, se há os requisitos, deveoferecer a denúncia. E inclusive, se entende que nao pode oferecer denüncia, faz um parecer de arquivamento. não tem um elenco, e sim na situação fática que o promotor vai analisar. Pode entender que está presente a prescrição, a decadência, que seja um fato atípico, que exista um excludente de ilicitude (legiítima de defesa, estado de necessidade...), que não há substrato contra probatório (falta indicio de autoria, materialiade da lesão, justa causa), que o fato é insignificante... Razoes podem ser muitas que levem o MP a não deflagra a AP e deve fazer o parecer dizendo as sua razoes, que será encaminhado ao judiciário.
ARQUIVAMENTO ESTADUAL:
- parecer pelo promotor de justiça
- encaminhado ao juiz de direito, da vara crime competente
- o juiz de direito poderá concordar com o promotor, se concorda, homologa o arquivamento. Produz efeito, o arquivamento
- no parecer de arquivamento, podem ser de 2 tipos: 
- após o arquivamento ser realizado, pode ter duas possibilidades: se atinge o mérito, tem a formação da coisa julgada formal e da coisa julgada material pq houve a extinção de punibilidade, de mérito; mas se for justa causa, é falta de provas, e quando for assim, será coisa julgada formal, poderá então, haver uma homologação, q se for por falta de base probatória, será de desarquivamento, art. 18 do CPP  súmula 524 do STF, os dois afirmam que a pós o arquivamento feito por parecer do MP e homologado por juiz, sendo tal arquivamento fundado em falta de lastro probatório, caberá desarquivamento se houver nova prova.
- quando houver nova prova e ainda não tiver prescrito, porque o arquivamento não para a prescrição, não interrompe e nem suspende.
- com base em questões que resolvam o mérito não cabe desarquivamento, então com base nisso, n adianta surgiu nova prova. Todavia, o STF tem dois precedentes, de forma equivocadíssima, que caberia desarquivamento no caso de nova prova em legitima de defesa e estado de necessidade. Ou dizia que todos eles aceitaram nova prova para desarquivamento ou não dizia em nenhum, pq é tanto extinção de punibilidade, quanto atipicidade.
- o juiz pode discordar do promotor e não homologar, e ai aplica o art. 28 do CPP, diz que deverá de forma fundamentada apresentar as razões da discordância e encaminhar ao procurador de justiça. Esse procurador tem que fazer um parecer e submete ao judiciário. É um sistema de controle.
- se o procurador concorda com juiz, pode: (1) ele mesmo oferecer a denúncia ou (2) designar outro membro do MP para promover o ato.
1. O princípio a independência funcional impede q retorne ao primeiro.
2. Embora a lei fale em designar outro, ele encaminha para o promotor que exerce a substituição, a lei do MP determina que anualmente saia a lista de substituições no diário oficial.
	
AULA 13- 30.10.13
ARQUIVAMENTO FEDERAL 
- É feito um parecer pelo Procurador da república
- Encaminhado ao Juiz Federal competente, que poderá homologar ou pode não homologar, se não homologa, de forma fundamentada apresenta suas razões, e encaminha ao Procurador Geral da República, e aplica-se a lei complementar 75/93 que disciplina o MP da União, entre eles o Federal, e nessa lei, está elencada as atribuições do PGR, e entre essas não está a de avaliar o inquérito instaurado pelo PGJ, ele encaminha para CCR (câmara de coordenação e revisão), que tem finalidade e exercer controles do MPF, formado por três procuradores da república que dois são indicados pelo conselho superior do MPF e outro indicado pelo PGR. Essa formação fica no cargo por dois anos, reconduzido uma vez. Essa câmara tem q função de reavaliar essa discordância entre o juiz e o PR.
- CCR diferente do PGJ ou insiste no arquivamento, pq concordou com o PR, ou insiste na ação e encaminha para outro PR. Não pode ingressar com a ação pq a lei n autoriza
Além disso, quando o IP chega ao MP, uma das possibilidades é fazer o parecer de arquivamento, outra é realizar novas diligencias, e terceira é oferecer denúncia.
OFERECIMENTO DE DENÚNCIA
Quando o IP chega em poder dos legitimadores, o MP ou ofendido podem fazer a peça inaugural (denuncia ou queixa crime - art. 41, CPP).
Uma petição inicial, denúncia ou queixa, para ser oferecida, precisa que, inicialmente se tenha elementos de justa causa, havendo-os a peça inicial tem que ter: (art. 41)
(1) narrativa do fato com todas as suas circunstancias = isso quer dizer que deve ser narrado tudo que aconteceu de importante, por exemplo, se uma pessoa comeu feijão ou nao no dia do crime, pode não ter relevância alguma. Narrar o fato é tentar descrever a atividade delituosa, a conduta, porque cometer crimes é conjugar verbos: "matar", "subtrair", "constranger", deve demonstrar que houve a ação expressa do tipo.
(2) qualificar - sendo AP pública somente o denunciado, não se qualifica o MP, pois é órgão público. Mas se for AP privada, qualificar o querelado e o querelante. Sempre respeitando a fidelidade com o fato que diferencia A de B, sem nenhuma adjetivação que possa ser pejorativo
(3) classificar o crime - deve demonstrar que o que ocorreu  se encaixa num tipo penal.
(4) arrolar testemunhas - se necessário, pq nem todo crime tem prova testemunhal. Quando se for arrolar, deve fazer em um numero autorizado pelo legislador, se for um processo, q o rito é sumario, o máximo é de 5. Se o rito for ordinário, o máximo de 8. Rito do júri, máximo de 8. Rito de entorpecentes, máximo de 5. Lei 9099/95, não diz, a doutrina diverge, diz q o máximo de 5 e outra parte o máximo de 3, nesse caso deverá indicar na peça.
Essa petição inicial, o que se diferencia no aspecto formal, está na necessidade de qualificação tb do autor, do querelante (na ap privada).
	
AULA 14 - 05.11.13
TIPOS DE ARQUIVAMENTO
A doutrina confunde os arquivamentos implícito e indireto.
IMPLÍCITO = não é reconhecido legalmente e os tribunais não aceitam. É reconhecido pela doutrina garantista, e não clássica. É aquele que se dá quando um membro do MP, diante de um procedimento investigativo oferece a inicial acusatória tendo mais de um agente ou crime, silencia sobre um deles e o magistrado não exerce o controle de legalidade.
Ex.: Silêncio da administração - a administração pública é instada a se pronunciar por alguém, e a administração tem o dever de se pronunciar e silencia. Nesse caso tem duas opções: entra em juízo; as vezes a propria administração pública, legalmente, dá efeito ao seu silêncio.
A doutrina diz que nesse arquivamento é que se o promoor avaliou e  nada fez, e o juiz também, logo, essa inércia leva a uma seguranca para o individuo que só haverá outra atuação do MP se houver nova prova.
Já os tribunais dizem que como não há nada na lei nesse sentido, deve haver o aditamento do arquivamento a qualquer tempo, desde que não haja prescrição e que não tenha transitado em julgado (pois, nesse caso, deverá ajuiza ooutra demanada) e também desde que o aditamento não atrapalhe o julgamento do processo. O  entendimento tem como fundamento o principio da obrigatoriedade, isto é, deve haver uma pronúncia do MP.
INDIRETO = 
INTERNO OU INTRA MUROS = algumas pessoas em razão da prerrogativa de função (agentes políticos, que podem ser eleitos ou não), serão denunciados por quem atua no órgão, quem chefia aquela instituição ministerial. Diz a doutrina não ser ato complexo, por exemplo, quando o  PGR pede o arquivamento, o STF tem que homologar. E intra muros porque o efeito fica dentro do próprio MP. No caso do PGE, mesmo que o TJ devolva para o legado de promotores ou para o conselho não terá efeito jurídico operando a mesma situação intramuro.
	AULA 15 - 06.11.13
Entrega da prova. Não houve aula.
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