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Biópsia: Definição e Indicações

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Biópsia
Definição
Bios= vida
Opsis= visão
Remoção de tecido de um indivíduo vivo para exame diagnóstico. É o exame menos duvidoso e deve sempre ser realizado quando um diagnóstico definitivo não pode ser obtido de uma maneira menos invasiva
Biópsia
Propósito
Determinar o diagnóstico das anormalidades macroscópicas 
Confirmar ou excluir diagnóstico
Tranquilizar o paciente cancerofóbico
Determinar o diagnóstico das lesões infecciosas por meio da pesquisa de agentes etiológicos
Indicar o melhor tipo de tratamento (expectante, medicamentoso, quimioterápico, radioterápico, associação terapêutica) 
Biópsia
3 tipos principais:
Biópsia incisional;
Biópsia excisional;
Biópsia aspirativa.
Citologia esfoliativa – método auxiliar de diagnóstico
Biópsia
Indicações
Lesão que persista por mais de 15 dias sem fatores etiológicos determinantes
Nas lesões brancas, vermelhas e negras
Lesões inflamatórias que não respondem ao tratamento local após duas semanas de retirada do agente agressor
Lesões periapicais em progressão
Qualquer lesão que provoque alterações morfológicas teciduais (hiperplasia)
Lesão óssea não especificamente diagnosticada por achados clínicos e radiográficos
Biópsia
Indicações
Diagnosticar e auxiliar o tratamento de lesões fúngicas, bacterianas e virais
Qualquer lesão que possua característica de malignidade
Estabelecer grau histológico da malignidade dos tumores, tendo em vista seu prognóstico e tratamento
Verificar se a remoção foi completa
Alterações hiperceratóticas persistentes na superfície do tecido
Qualquer tumefação evidente, visível ou palpável, abaixo de tecido relativamente normal
Biópsia
Contra-indicações
Locais
Lesões vasculares
Sistêmicas
Doenças sistêmicas que impeçam o procedimento
Biópsia- Princípios cirúrgicos 
Não pincelar a área com iodo ou antissépticos coloridos
A solução anestésica não deve ser injetada no interior dos tecidos
Estabilização adequada dos tecidos a serem biopsiados manualmente ou por meio de instrumentos cirúrgicos
Evitar dilacerações dos tecidos durante manipulação
Incisão: incisão deve ser realizada em linha única, uniforme, com contato de elipse na superfície e convergente em sua base (fácil sutura e cicatrização).
Não utilizar bisturi elétrico
A área da biópsia deve se estender ao tecido adjacente, incluindo uma parte de tecido normal
A biópsia deve ser realizada em áreas representativas e incluir volume adequado de tecido alterado
Evitar áreas de necrose
Hemostasia
Identificação das margens cirúrgicas da lesão
Sutura
Obedecer aos princípios de sutura
Língua – sutura por planos quando necessário
Biópsia- escolha do local
Lesões neoplásicas – áreas da periferia onde a lesão está em progressão
Lesões leucoplásicas – áreas de maior hiperqueratinização
Lesões verrucosas – área mais verrucosas
Lesões leucoeritroplásica – área mais avermelhada e se ulcerada, com parte da úlcera
Lesões císticas e policísticas – coletar material em profundidade
Lesões bolhosas – remover tecido perilesional
Biópsia incisional
É o exame no qual uma parte da lesão é removida para análise histopatológica
Obedecer os princípios cirúrgicos 
O formato da incisão deverá ser em CUNHA
A exérese da lesão deverá ser realizada na sua periferia, envolvendo uma quantidade suficiente de lesão e tecido normal adjacente
É preferível biópsia estreita e profunda do que uma larga e superficial
A área escolhida deverá ser característica da lesão 
Realizar sutura se possível
Biópsia incisional
Indicações
Lesões grandes
Lesões de localização perigosa
Lesões em suspeita de malignidade
Lesões em que a biópsia determinará tratamento radical ou conservador
Lesões que podem ser tratadas por outros meios ao invés da cirurgia, depois de estabelecido o diagnóstico
Biópsia incisional
Contra-indicações
Hemangioma
Melanoma
Biópsia incisional
Pinça saca-bocado
Biópsia por Punch
Biópsia excisional
É a remoção completa da lesão no momento em que se realiza o procedimento cirúrgico diagnóstico
Uma área de 2 a 3mm de tecido aparentemente normal deverá ser removida ao redor da lesão
Seguir os princípios cirúrgicos para a prática de biópsias
A sutura poderá ser realizada sem maiores dificuldades
Biópsia excisional
Indicações
Lesões menores que 1cm de diâmetro
Lesões clinicamente benignas
Qualquer lesão que possa ser removida completamente sem mutilar o paciente
Lesões pigmentadas e vasculares também podem ser removidas por esta técnica
Biópsia excisional
Cuidados com o espécime
Fixar o material imediatamente após a remoção para evitar ressecamento da peça
Cuidar para que a peça não seja esmagada ou distorcida
Deverá ser fixado em formol a 10%
O volume do formol deverá ser 20x maior que o volume da peça
A peça deverá estar totalmente imersa no frasco com formol
O frasco deverá possuir uma abertura que permita a passagem do espécime sem compressão
O frasco deverá ser lacrado e etiquetado
Informar ao patologista quando houver tecido duro na peça
Biópsia aspirativa
A biópsia aspirativa emprega agulha e seringa para penetrar a lesão e aspirar seu conteúdo
Importante para o reconhecimento e identificação da presença de líquidos em lesões intra-ósseas e também em algumas lesões de tecidos moles
Biópsia aspirativa
Indicações
Toda lesão que contenha fluido em seu interior
Toda lesão radiolúcida intra-óssea antes da exploração cirúrgica 
Biópsias intra-ósseas
Princípios cirúrgicos
Biópsia aspirativa
Confecção de retalho cirúrgico
Confecção de janela óssea
Remoção da peça cirúrgica
Hemostasia
Sutura
Biópsia por congelamento
Entende-se por biópsia por congelamento aquela em que é feita a retirada do espécime e seu estudo feito imediatamente após o procedimento cirúrgico.
Auxílio no diagnóstico de peças com suspeita de malignidade no transoperatório.
Citologia esfoliativa
É um exame complementar de diagnóstico que utiliza células obtidas por meio de raspagem da superfície de uma lesão
Podemos avaliar através deste método
Lesões tumorais
Infecciosas
Outras lesões que se descamam
Por ser um método limitado apenas indica ou sugere determinada patologia
Citologia esfoliativa
Indicações
Nas lesões de superfície que não apresentam indicação de biópsia cirúrgica
Nas lesões vesiculares, como herpes e pênfigo
Em paciente que não permitem intervenções cirúrgicas sem preparo pré-operatório
No seguimento pós-operatório
No controle de biópsias falso-negativas
Lesões extensas e múltiplas, selecionando o lugar mais indicado para biópsia
Por ser de baixo custo e isento de complicações pode ser usado em campanhas de saúde 
Citologia esfoliativa
Materiais necessários
Espátula metálica ou madeira
Escova interdental
Lâmina de vidro para microscopia
Fixador
Técnica
Raspar a superfície da lesão com espátula umedecida
Espalhar o material obtido sobre a lâmina de vidro
Fixar o material imediatamente com álcool 95° ou solução álcool/éter 1:1
Citologia esfoliativa
Classificação dos esfregaços segundo Papanicolau:
Classe 0: material inadequado ou insuficiente
Classe 1: células normais
Classe 2: células atípicas decorrentes de processos inflamatórios, sem características de malignidade
Classe 3: células sugestiva, mas não conclusivas de malignidade
Classe 4: células fortemente sugestivas de malignidade
Classe 5: citologia conclusiva de malignidade
Ficha para registro da biópsia
Bibliografia
Peterson, L. J.; Ellis, E.; Hupp, J.R.; Tucker, M. R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 3.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000.
Prado, R; Salim, M. Cirurgia bucomaxilofacial: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro. Medsi,2004.
Freitas,
R. Tratado de cirurgia bucomaxilofacial. São Paulo. Editora Santos, 2006.
“Vejam como e grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deu, 
o que de fato somos”
 1 João 3:1

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