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Gravidade da Psicopatia

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Gravidade da Psicopatia
Existe três tipos de psicopatia
1) Psicopatia leve, onde o indivíduo se envolve em crimes como estelionato ou fraude, lesando poucas pessoas;
2) Psicopatia moderada, em que o indivíduo se envolve no mesmo crime acima descrito, porém, acaba lesando um maior número de pessoas, como por exemplo, o superfaturamento na compra de remédios para o sistema de saúde pública e; 
3) Psicopatia Grave, onde o sujeito pode cometer crimes de maior grau, tais como os serial killers, que cometem uma série de assassinatos, em sua maioria, com requinte de crueldade, sendo este, um tipo raro. 
Características de um psicopata
É importante ressaltar que somente um profissional da psicologia ou psiquiatria pode diagnosticar esse transtorno de personalidade. É possível também que uma pessoa tenha as características abaixo apresentadas, mas não seja psicopata, por isso tal importância de procurar sempre um especialista, são características nítidas:
Revela segredos e sem constrangimento fatos íntimos que outras pessoas lhe confidenciaram, sem pensar na imagem do próximo;
Não segue as regras do convívio social e rituais sociais de relacionamento;
Gosta de se fazer de vítima contando mentiras sobre seu passado;
São egoístas;
não se arrependem dos atos; 
ausência de sentimentos afetuosos;
têm valores morais distorcidos; 
gostam ou não se incomodam com o sofrimento alheio. 
Uma característica visível é o transtorno narcisista, onde a pessoa sente uma necessidade excessiva de ser admirada e não sabe aceitar criticas, mesmo que a sociedade atual vem colocando isso como um ponto de sucesso, incentivando a passar por cima dos outros, ser o melhor, ter o corpo mais perfeito, etc...
Sociopatia
A sociopatia (popularmente conhecida como psicopatia) também chamada Transtorno de Personalidade Anti-social, é considerada um distúrbio mental que curiosamente manifesta-se em indivíduos aparentemente normais. Apesar de até então ser incurável, o tratamento psiquiátrico e a terapia medicamentosa não os tornam menos irrecuperáveis, o que torna um ponto negativo terapêutico, pois, a possibilidade de que os efeitos desse transtorno sejam positivos é apenas com uso de medicação controlada e exata.
Em nosso cérebro, há uma região responsável exclusivamente pelas nossas emoções, uma das característica de um sociopata seria a ausência de atividades nessa região cerebral, sendo ele uma a pessoa incapaz de perceber seus sentimentos e de simpatizar com os outros, ou seja, acabam sentindo prazer ao ver o sofrimento dos outros e geralmente encontram satisfação na tortura física, psicológica e emocional de suas vítimas. Cabe ressaltar que este tipo de pessoa não sente culpa, vergonha ou remorso, pois não acredita que pode errar e não tem medo de uma possível punição por seus atos, sendo assim, não amadurecem com seus erros, não sentem tristeza, amor e não criam vínculos, apesar de se mostrarem prestativos, generosos e sedutores. Estes indivíduos são dominados pelo excesso de razão e ausência de emoção, tendo um único propósito, o objetivo individual.
Nesse sentido, é válido lembrar que isto não é algo que inicia-se de um hora para outra. Como dizia Freud, durante a infância surgem as primeiras manifestações do caráter e de como poderá vir a ser o futuro adulto alicerçando, em primeira instância, a saúde mental através do contato com a mãe. Em casos que as relações parentais não se desenvolvem de forma sadia, o superego da criança em formação representa um “juiz interior”, diante de condutas violadoras dos direitos dos outros, não é desenvolvido. Isso explica porque os sociopatas não sofrem pelos seus atos ilícitos ou imorais e consequências, pois não se preocupam com tal fato. 
Tão difícil quanto passar por tudo isso, é diagnosticar tudo isso, pois dentro da própria sociopatia existem paramentos de gravidade divididos em: leve e moderado/grave. Normalmente o grau mais leve seria o mais difícil de diagnosticar, pois, este tipo de pessoa dificilmente mata, mas apresenta características como frieza, racionalidade, hábito de mentir e falta de consideração com o sentimento dos outros. Além do mais, se aproveitam de situações e oportunidades, podendo ser considerados manipuladores, trapaceiros e dissimulados a ponto de conseguir transmitir uma aparência inocente. Já o grau moderado/grave trata-se daqueles indivíduos deliberadamente antissociais, que possuem uma alta tendência a se tornarem serial killers. Apresentando possivelmente as mesmas características do psicopata comunitário, mas de maneira mais agressiva, impulsiva, sádica e mentirosa. Em geral, sociopatas de grau moderado se envolvem com drogas, jogos, atos imprudentes, vandalismo e promiscuidade. Entretanto, em casos de sociopatia grave, a tendência acaba sendo tornar-se um assassino sádico.
Eis alguns critérios para o diagnóstico desse transtorno:
• Crônico desrespeito e violação aos direitos dos outros;
• Grande capacidade de seduzir o sexo oposto;
• Compreensão das demais pessoas como objetos descartáveis;
• Visão do mundo como afetivamente frio e automático, justificando, sem remorso, a burla de suas regras;
• Geralmente, declaram suas boas intenções, entretanto, sem o cumprimento do prometido;
• Apresentação de irritabilidade e agressividade, manifestas por lutas corporais ou agressões físicas;
• Egocentrismo patológico e incapacidade para o amor;
• Sentimento de prazer pelos problemas que causam aos outros;
• Fracasso em conformar-se a normas sociais com relação a comportamentos legais, como indicado pela execução repetida de atos que constituem motivos para a detenção;
• Propensão a enganar, como indicado por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar outros, para obter vantagem ou prazer;
• Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa;
• Irresponsabilidade indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras;
• Impulsividade ou fracasso de fazer planos para o futuro.
O transtorno de personalidade anti-social se configura com a presença de, ao menos, quatro desses sintomas.
Imputabilidade Penal (Psicopatas/Sociopatas)
Primeiramente a psicopatia é um transtorno da personalidade e não de uma doença mental. A psicopatia em nenhum momento se manifesta no mundo por meio de sintomas, mas de comportamentos antissociais, o que nos revela que a mesma é um transtorno. Quanto em relação ao Direito Penal capacidade de culpabilidade dos psicopatas, o que divide muitas ideias, tendo em vista a falta de taxatividade nas normas quanto a psicopatia, sendo então, sempre resolvido pelo magistrado após auxilio e analise de um especialista que presta um diagnostico como base para o julgamento. Em seu art. 26 do CP, ele prevê:
-Caput do art. 26 do CP, somente é considerado inimputável quem, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado não possuir, no momento da ação ou omissão, plena capacidade para entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Para o reconhecimento da inimputabilidade, seria necessário que a psicopatia fosse uma doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Somente assim então seria possível admitir a inimputabilidade nesses casos, além de analisa se tais circunstâncias dos fatos e momento dos fatos, seriam então suficientes para retirar a capacidade de entender e querer dos seus portadores.
É necessário ter em vista que a psicopatia não é uma doença mental, mas de uma forma de ser do próprio individuo, uma forma única de ver o mundo e de se expressar no mesmo. Sendo ele logo imputável, não existe uma alteração na capacidade psíquica, de discernimento dos fatos, o psicopata sabe diferenciar o certo do errado, o licito do ilícito. Nessas circunstâncias, entendemos então que a psicopatia não tem como tornar o agente inimputável, tendo em vista que não está acometido de qualquer distúrbio

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