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Síntese “Características da Cultura e Cosmovisão Africanas e Centralidade do Culto aos Orixás no Brasil” – Jorge Manoel Adão

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Aluno: Eduardo Caetano de Oliveira - 3º Período 
Professor: Clébio Correia De Araújo 
Disciplina: História da África 
 
 
Síntese “Características da Cultura e Cosmovisão Africanas e Centralidade do 
Culto aos Orixás no Brasil” – Jorge Manoel Adão 
 
Começamos a leitura vendo a intenção do autor de abordar características 
da cultura e cosmovisão africanas, especificamente tal abordagem parte da 
cultura yorùbá, vinda da África Ocidental. Não só isso tal trabalho também nos 
mostra o surgimento do Culto aos Orixás, buscando de certa forma, didática nos 
fazer compreender tais especificadas dessa cultura, o que de certa forma vai de 
encontro com a proposta de implementação da Lei n. 11.645, de 2008, que torna 
obrigatório o ensino da história e cultura africanas e afro-brasileira na educação 
básica, juntamente com a história e cultura dos povos indígenas brasileiros. 
Inicialmente o autor nos mostra que a interpretação de mundo africano-
tradicional, presente nas culturas banto e nagô foram preservadas através dos 
cultos e religiões afro-brasileiras, sendo que em seguida ele desenvolve os três 
tipos dessas religiões: 
• O culto aos orixás (o nome pode mudar de acordo com a região): é a 
única religião propriamente africana: seus orixás, rezas e fundamentos, 
possuem referência só na África. 
• Umbanda: Surge no Brasil no início do século XX, reunindo elementos do 
cristianismo, pajeísmo, kardecismo e africanismo. 
• Quimbanda ou Macumba: cultua os Exus e Pomba-giras (Exu feminino), 
classificados como Exus Pagãos pelos umbandistas. 
A partir deste momento ele destaca sendo um senso comum entre muitos 
autores, a família, a vida comunitária e a religiosidade como aspectos presentes 
tanto na cultura banto como a yorùbá. Para os banto, nós podemos destacar a 
crença do mundo ser criação de Nzambi. Para eles a família é o centro de tudo, 
tal cultura tem como papel central o da mulher. Vemos também a forte influência 
da vida em comunidade para os banto, pois para eles quem vive em comunidade, 
não morre. Já os yorùbá, acreditam na criação por Olorun, senhor de Òrun e do 
Aiyê, nessa concepção o homem e a mulher foram criados ao mesmo tempo. 
 
Ainda com os nagô, ele nos conta sobre o humanismo yorubano sendo 
expressado através da filosofia E kú, segundo ele, essa saudação carrega forte 
desejo para que o interlocutor realize sua atividade da melhor maneira possível. 
Seguindo ainda a reflexão, é identificado que o yorubano usa de muitos 
provérbios sendo considerado um dos idiomas mais econômicos do mundo. Com 
relação ao trabalho entendemos que as profissões eram hereditárias, com 
conhecimento sendo passado de pai pra filho, esse conhecimento acabava por 
permitir o surgimento da comunidade familiar, conhecidas pelo exercício 
passado a gerações, tais ofícios também podem ter ligação com um determinado 
orixá patrono da casa, como é o exemplo da comunidade consagrada a trabalhar 
com o ferro, o orixá patrono dessa comunidade seria Ògún, patrono dos 
metalúrgicos. Já as atividades recreativas nessa sociedade são usadas na 
educação informal como meio para transmissão de conhecimentos, regras e 
tabus dos yorùbá. 
 
O mesmo ainda enfatiza no texto o papel do mito e o símbolo na cultura 
yorubana para a sua compreensão. Sendo assim, segundo Rehbein, toda 
oferenda, sacrifício e ritos implica na transmissão e assim uma revitalização do 
axé. “O todo está dentro de cada parte, assim como cada parte está no todo”. 
Para ele esse tipo de simbologia é consciente e inconscientemente vivido pelos 
sacerdotes das religiões de matriz, principalmente o candomblé. 
 
 Entre as Religiões de Matrizes Africanas no Brasil, historicamente 
destaca-se, em especial, o culto aos Orixás, sendo mais recentemente 
acompanhado, dos demais cultos de origem ou influência africana no Brasil. 
Neste momento ele se usa de dados do Censo de 2000 do IBGE, para nos 
mostrar o crescimento do candomblé no país, mesmo com a diminuição de 
adeptos das religiões de matriz africana, tal crescimento vem de adesão recente, 
mesmo sem as pessoas terem tido contato antes. Aqui ele nos explica a estrutura 
que embasa e dá sentido ao Culto aos Orixás. Os elementos são: 
• O àse (axé) – a força vital – é a energia que está presente em todo 
o elemento vivo. 
• Èsù (Exú) - é o elemento procriado, tudo o que existe possui Èsù. 
Ele é a transformação, enquanto àse é a força para a 
transformação, é o elemento dinâmico, que faz a ligação entre o 
mundo invisível e o mundo visível. 
• òrun e àiyé (órum e aiê) - àiyé abrange o universo físico concreto 
e a vida de todos os seres materiais, que o habitam: mundo visível. 
“[...] O òrun é um mundo paralelo ao mundo real que coexiste com 
todos os elementos deste [...]”. 
• Ikú – a morte: Ikú é tido como a morte, sendo responsável pela 
passagem do àiyé para o òrun. 
• Olórun (Olórum): é o dono do céu, o Criador, Pai e Senhor de 
tudo o que existe, também conhecido como Olodumaré e 
Odùdúwa. 
• O awo (auô): explicita o lugar do mistério e do segredo nessa 
cultura. Aqui, encontramos a figura do Babaláwo (literalmente: pai 
e senhor do mistério) - o Sacerdote de Ifá (orixá da adivinhação). 
 Para finalizar ele não só enfatiza a implantação da lei e sua 
importância nas escolas da educação básica, assim como também 
nos da uma visão sobre a conjuntura atual que não podemos ficar 
presos étnico-racial, pois isso não é algo para se trabalhar 
separadamente e sim interseccionar com as questões de classe, 
gênero e orientação sexual.

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