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Metais de transição Condutores, isolantes e semicondutores 1° semestre 2015 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Química Profa. Alessandra Stevanato O PAPEL DA QUÍMICA NA ENGENHARIA DE MATERIAIS Ciência dos materiais: envolve a investigação das relações que existem entre as estruturas e as propriedades dos materiais. Engenharia de materiais: com base nas correlações estrutura-propriedade, produz um conjunto predeterminado de propriedades. Funções: Cientista de materiais: desenvolver ou sintetizar novos materiais. Engenheiro de materiais: cria novos produtos ou sistemas usando materiais existentes e/ou para desenvolver técnicas para o o processamento de materiais. Processamento Estrutura Propriedades Desempenho LIGAÇÃO METÁLICA Orbitais Moleculares em Sólidos- BANDAS N=1 N=2 N=3 N=4 N= Sólido unidimensional- fila de atomos contribuindo com um orbital s "BANDA S" - N orbitais moleculares L AL L AL NL L AL L AL A Teoria de Orbitais Moleculares em Sólidos • Uma banda consiste de um número finito porém contínuo de níveis de energia. • Uma banda formada pela sobreposição de orbitais s é denominada banda s. Se houver orbitais p disponíveis, então pode se formar uma banda p, e assim por diante. Níveis eletrônicos com energia próxima Região de energia onde não existem orbitais A Teoria de Orbitais Moleculares em Sólidos • Devido à maior energia dos orbitais p em relaçao aos orbitais s, há frequentemente um espaço de energia entre as duas bandas. Este espaço é chamado de band gap. • O nível de Fermi: • Quando T=0, os elétrons ocupam os orbitais individuais da banda de acordo com o pricípio da construção. Por exemplo, para N átomos fornecendo um elétron cada, a T=0 os N/2 orbitais de menor energia estarão ocupados. O orbital de maior energia que é ocupado a T=0 é chamado de Nível de Fermi. A Teoria de Orbitais Moleculares em Sólidos • Metais: material no qual a banda que contém elétrons está parcialmente preenchida. Isso permite aos elétrons se moverem através de orbitais que estão desocupados e próximos em energia ao nível de Fermi. • Exemplos: Cu, Ti, Sn, Fe, etc... A Teoria de Orbitais Moleculares em Sólidos • Usando as bandas, pode-se correlacionar os tipos de sólidos com as estruturas tipicas das bandas e gaps de energia: – Isolante: material no qual a banda está completamente preenchida e existe um intervalo (gap) significante entre os níveis ocupados e a banda vazia. – Exemplos: NaCl sólido, diamante, AlN3 – Semicondutor Intrínseco: material em que o gap é menor do que o de um isolante, de forma que a distribuição de Fermi resulta na ocupação da banda vazia por alguns elétrons – Exemplos: silício, germânio, GaAs, InAs A Teoria de Orbitais Moleculares em Sólidos • Semicondutores Extrínsicos • Alguns materiais que apresentam band gaps grandes (isolante) ou médios (semicond. intrínsecos) podem ser transformados em semicondutores através do processo de dopagem → introdução de pequenas quantidades de impurezas: 1 átomo de dopante para cada 109 átomos- hospedeiros. Semicondutores tipo n: se Si puro é dopado com pequenas quantidades de As, os elétrons excedentes do As podem ser termicamente excitados de forma a ocuparem os orbitais vazios de átomos de Si adjacentes. Neste caso, os portadores de carga serão os elétrons negativos (a banda de doação é devida aos átomos de As mais eletronegativos). Semicondutores do tipo p: se doparmos Si com pequenas quantidades de Ga, diz-se que estamos introduzindo “buracos” no sistema. Isso resulta na formação de uma banda aceptora muito delgada com energia muito próxima à da banda preenchida, e a excitação térmica resulta em fluxo de elétrons. Neste caso, os portadores de carga são os buracos positivos (a banda aceptora é devida aos átomos de gálio). A Teoria de Orbitais Moleculares em Sólidos • Supercondutores: supercondutores de baixa temperatura → conhecidos desde 1911: abaixo de 4,2K, a resistência do mercúrio cai a zero. Muitas ligas apresentam supercondutividade a baixas temperaturas. Ex: Nb3Ge, com Tc=23,3K. O mecanismo pelo qual ocorre a supercondutividade abaixo de certa Tc ainda é motivo de estudo. Uma das teorias mais antigas envolve o conceito de pares de Cooper → pares de elétrons que resultam da distorção local da rede cristalina devido ao excesso de carga positiva. Um elétron do par é a causa do excesso de carga positiva, e o outro elétron do par é atraído por ele, e o conjunto se move como um par. Quando a temperatura ultrapassa Tc os movimentos da rede são suficientes para romper as distorções locais, e o movimento do par de Cooper é subitamente interrompido. SUPERCONDUÇÃO – “levitação” Trem bala Junções p-n Transistores, LED's, Lasers de semicondutores
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