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ESTABILIDADES PROVISÓRIAS graduação

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Clarisse Goulart Nunes
clarissegn@gmail.com
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Estabilidades Provisórias
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Estabilidades Provisórias
Gestante
Dirigente Sindical
Empregados Eleitos membros da CIPA
Acidentado
Empregados membros do conselho curador do FGTS
Empregados membros do Conselho Nacional de Previdência Social
Empregados eleitos diretores de Sociedades Cooperativas
Empregados eleitos membros de Comissão de Conciliação Prévia
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Gestante
Art. 10, II, b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
...
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.  
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Gestante
Termo inicial da estabilidade: desde a confirmação da gravidez
Termo final da estabilidade: até cinco meses após o parto.
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Gestante
Súmula nº 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
 II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
 III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
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Estabilidade e Reintegração
A garantia de reintegração no emprego do empregado detentor de estabilidade provisória dispensado sem justa causa restringe-se ao período da estabilidade
Findo período da estabilidade devida opera-se, tão somente a condenação ao pagamento de salários e demais direitos trabalhistas reconhecidos até o término de período.
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Gestante
OJ SDI-1 399 TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA APÓS O TÉRMINO DO PERÍODO DE GARANTIA NO EMPREGO. ABUSO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010)
O ajuizamento de ação trabalhista após decorrido o período de garantia de emprego não configura abuso do exercício do direito de ação, pois este está submetido apenas ao prazo prescricional inscrito no art. 7º, XXIX, da CF/1988, sendo devida a indenização desde a dispensa até a data do término do período estabilitário.
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Gestante
OJ SDC 30 TST. ESTABILIDADE DA GESTANTE. RENÚNCIA OU TRANSAÇÃO DE DIREITOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE.  (republicada em decorrência de erro material) - DEJT divulgado em 19, 20 e 21.09.2011
Nos termos do art. 10, II, "b", do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do artigo 9º, da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário.
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Gestante
No âmbito dos TRT esta tese não é aplicada de forma unânime.
O principal argumento que funda a impossibilidade de renúncia do direto pela empregada está na razão de ser estabilidade, que protege não direito da mãe, mas sim o direito ao sustento da criança.
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Empregados Eleitos membros da CIPA
Art. 10, II, a do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
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Súmula 339 TST
Súmula nº 339 do TST
CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)
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CIPA – arts. 162 a 165 CLT
   Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho.                       
Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:                  
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades;                
b) o numero mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;                
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;              
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.                     
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CIPA
Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. 
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s).                 
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CIPA
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.                       
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.                     
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.                      
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.                             
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.            
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
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CIPA
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.                         
 Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. 
 
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Dirigente Sindical
Art. 8º, VIII da Constituição Federal.
Art. 8  É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos dalei.
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Empregado acidentado 
Contexto e repercussão do acidente de trabalho.
Classificação dos acidentes de trabalho de acordo com a Lei 8.213/91, aplicada pela Justiça do Trabalho.	
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Acidente típico art. 19 Lei 8.213/91
Art. 19.  Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.    
Quem tem direito ao auxílio-acidente:
Empregado
Empregado doméstico
Trabalhador avulso
Segurado especial – art. 11. VII desta Lei
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Acidentes por equiparação art. 21 Lei 8.213/91 
Determinados eventos são equiparados a acidente de trabalho pelo legislador.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
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Acidentes por equiparação art. 21 Lei 8.213/91 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
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Acidentes por equiparação art. 21 Lei 8.213/91 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
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Acidentes atípicos art. 20 Lei 8.213/91
Acidentes atípicos são os que decorrem das DOENÇAS OCUPACIONAIS.
Doenças ocupacionais podem ser:
Doenças profissionais: produzidas ou desencadeadas pelo exercício do trabalho. Tecnopatias, ergopatias ou idiopatias.
Doenças do trabalho: adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado. Mesopatias.
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Não são considerados acidentes de trabalho art. 20, §1º
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
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Empregado acidentado 
Art. 118 da Lei 8.212 de 1991
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
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Súmula 378 TST
Súmula nº 378 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991.
 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado.
 II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. 
III –  O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no  n  no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
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Empregado acidentado 
A estabilidade provisória no emprego decorrente de acidente de trabalho, prevista pela lei previdenciária, não exige o preenchimento dos mesmos requisitos indispensáveis ao reconhecimento da responsabilidade civil do empregador por acidente do trabalho.
 Com efeito, o art. 118 da lei 8.213/91 não demanda para a aquisição da estabilidade provisória pelo trabalhador acidentado que o infortúnio tenha ocorrido em virtude de culpa do empregador, satisfazendo-se a mera demonstração do nexo de causalidade entre o labor e a incapacidade, elemento cuja presença é incontroversa no caso em apreço
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A documentação carreada aos autos não deixa margem para qualquer dúvida a respeito da ocorrência de acidente de trabalho típico. 
Foi cadastrada CAT em 28/01/2014 (fl. 19), permanecendo o autor afastado em função de acidente do trabalho entre 07/2/2014 e 23/4/2014, consoante Ficha de Registro de Empregado (fl. 18), com percepção de auxílio-doença acidentário (B91) entre 06/02/2014 e 15/5/2014 (fl. 130). O reclamante tem direito, portanto, à estabilidade provisória no emprego prevista pelo art. 118 da Lei 8.213/91.
Deste modo, correta a sentença ao reputar nula a demissão do reclamante em 24/4/2014, quando este ainda gozava da proteção conferida pelo art. 118 da Lei 8.213/91 em razão do acidente de trabalho típico e condenar a reclamada ao pagamento de indenização substitutiva correspondente.
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Empregado acidentado
Comunicação do acidente de trabalho – CAT junto à Previdência Social
Imediatamente – em caso de morte do empregado
Até o primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência
Se o empregador não comunicar, poderão formalizar a comunicação:
O acidentado
Seus dependentes
Sindicato
Médico
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Empregado acidentado
Ocorrido o acidente de trabalho, feito a comunicação o trabalhador será encaminhado para perícia realizado pelo INSS.
NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário caracteriza a natureza acidentária da incapacidade quando comprovado o nexo entre a atividade da empresa e a doença (entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID)
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Empregados membros do conselho curador do FGTS
Art. 3o  O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais.
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Empregados membros do conselho curador do FGTS
 Compete ao Conselho Curador: estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS, de acordo com os critérios definidos nesta lei, em consonância com a política nacional de desenvolvimento urbano e as políticas setoriais de habitação popular, saneamento básico e infra-estrutura urbana estabelecidas pelo Governo Federal;
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Empregados membros do conselho curador do FGTS
§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
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Empregados membros do conselho curador do FGTS
§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos umaúnica vez.
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Empregados membros do conselho curador do FGTS
§ 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical.
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Empregados membros do Conselho Nacional de Previdência Social
O Conselho Nacional da Previdência foi instituído pela Lei 8.213/1991
É composto o CNPS por seis representantes do Governo Federal e nove representantes da sociedade civil, sendo:
3 representantes dos pensionistas e aposentados
3 representantes dos trabalhadores em atividade
3 representantes dos empregados
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Empregados membros do Conselho Nacional de Previdência Social
Aos membros representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada por meio de processo judicial (art. 3, §7º Lei 8.213/1991)
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Diretores das Sociedades Cooperativas
A Lei 5.764/1971 instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas.
Tais cooperativas tem como finalidade propiciar melhores condições de vida às classes pobres, não tendo, portanto fins lucrativos, sendo definidas pela cível como pessoa jurídica de direito privado.
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Diretores das Sociedades Cooperativas
O art. 55 da Lei 5.764/1971: prevê a estabilidade aos diretores das sociedades cooperativas.
“Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543 da CLT.”
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Diretores das Sociedades Cooperativas
OJ SDI-1 253, TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71. CONSELHO FISCAL. SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA (inserida em 13.03.2002)
O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.
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A Comissão de Conciliação Prévia
Criadas pela Lei 9.958/2000, inseriu as letras A até H ao arts. 625 da CLT. 
As Comissões de Conciliação Prévia têm a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho entre patrões e empregados. Poderão ser aplicadas também para conflitos coletivos.
A sua criação é facultativa. 
No contexto de aumento de demandas trabalhistas e a insuficiência da resposta jurisdicional é um meio evitar a judicialização.
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A Comissão de Conciliação Prévia
O art. 625-B, §1º CLT trata da estabilidade provisória dos membros titulares e suplentes eleitos pelos empregados para a comissão de empresa ou de grupo de empresas.
Veda a dispensa dos representantes titulares e suplentes dos empregados na comissão, até um ano após o término do mandato, que é de um ano
Essa garantia inicia-se com a candidatura e vai até um ano após o término do mandato, se eleito, ou até a conclusão do processo eleitoral, para aqueles que não se elegerem. Não teria sentido imaginar uma estabilidade apenas a partir da posse.
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A Comissão de Conciliação Prévia
É importante notar que a lei desta vez foi clara ao assegurar tal garantia também aos suplentes (§ 1º, do art. 625-B, da CLT), para evitar alguns anos de discussão na doutrina e jurisprudência, como ocorreu com os suplentes da CIPA, que somente depois de muitas divergências assentou-se o entendimento no TST, pelo Enunciado 339 e no STF, por vários julgados,  preconizando a extensão da estabilidade ao suplente .
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A Comissão de Conciliação Prévia
O STF determinou que as demandas trabalhistas podem ser submetidas ao Poder Judiciário antes que tenham sido analisadas por uma comissão de conciliação prévia. Para os ministros, esse entendimento preserva o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça.
Assim, esvaziando a razão de ser das CCP.
Duas ADIs (nº 2139 e nº 2160 propostas em 2000 e ainda-2016 não julgadas) argumentam no sentido de afastar a obrigatoriedade da fase de conciliação prévia, alegando a interpretação conforme a constituição. 
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Precedentes Normativos do TST
Além das hipóteses constituicionais e legais podem ser estipuladas estabilidades provisórias por intermédio de convenções coletivas.
Diversas situações especiais foram levadas à Justiça do Trabalho, a partir da provocação das categorias formando um conjunto de precendentes, os quais indicam o sentido dos julgamentos reiterados sobre temas específicos.
45
Precedentes Normativos do TST
Nº 77 EMPREGADO TRANSFERIDO. GARANTIA DE EMPREGO (positivo)
Assegura-se ao empregado transferido, na forma do art. 469 da CLT, a garantia de emprego por 1 (um) ano após a data da transferência.
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Precedentes Normativos do TST
Nº 80 SERVIÇO MILITAR. GARANTIA DE EMPREGO AO ALISTANDO (positivo)
Garante-se o emprego do alistando, desde a data da incorporação no serviço militar até 30 dias após a baixa.
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Precedentes Normativos do TST
Nº 85 GARANTIA DE EMPREGO. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA (positivo)
Defere-se a garantia de emprego, durante os 12 meses que antecedem a data em que o empregado adquire direito à aposentadoria voluntária, desde que trabalhe na empresa há pelo menos 5 anos. Adquirido o direito, extingue-se a garantia.
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Precedentes Normativos do TST
Nº 86 REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES. ESTABILIDADE NO EMPREGO (positivo)
Nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição direta de um representante, com as garantias do art. 543, e seus parágrafos, da CLT.
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Estabilidade e Reintegração
A garantia de reintegração no emprego do empregado detentor de estabilidade provisória dispensado sem justa causa restringe-se ao período da estabilidade
Findo período da estabilidade devida opera-se, tão somente a condenação ao pagamento de salários e demais direitos trabalhistas reconhecidos até o término de período.
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Estabilidade e Reintegração
Súmula nº 396 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
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Estabilidade e Reintegração
OJ SDI-2 24 TST. AÇÃO RESCISÓRIA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. REINTEGRAÇÃO EM PERÍODO POSTERIOR. DIREITO LIMITADO AOS SALÁRIOS E CONSECTÁRIOS DO PERÍODO DA ESTABILIDADE (inserida em 20.09.2000)
Rescinde-se o julgado que reconhece estabilidade provisória e determina a reintegração de empregado, quando já exaurido o respectivo período de estabilidade. Em juízo rescisório, restringe-se a condenação quanto aos salários e consectários até o termo final da estabilidade.
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Extinção da Empresa
Para o TST com a extinção da empresa consideram-se automaticamente cessados os contratos de trabalho.
Acabando a atividade empresarial não há como se conceder a estabilidade no emprego, ainda que provisória, na empresa que já encerrou suas atividades.
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Extinção da Empresa
Súmula nº 369 do TST
 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência aoempregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
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Extinção da Empresa
Súmula nº 339 do TST
CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)
 
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Extinção da Empresa
Exceções: a jurisprudência do TST muda o sentido quanto ao acidentado de trabalho e a gestante, concedendo o direito à indenização decorrente da estabilidade, ainda que extinta a empresa.
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Aviso-prévio
Estando o empregado acobertado pela permanência no emprego, via o reconhecimento da estabilidade provisória, só pode o empregador dar o aviso prévio após o término do período estabilitário.
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Aviso-prévio
AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.
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Referências Bibliográficas
Maurício Godinho Delgado
Amauri Mascaro Nascimento
Luciano Martinez
Eduardo Gabriel Saad
Sérgio Pinto Martins
Alice Monteiro de Barros
Octávio Bueno Magano
Arnaldo Süssekind
Carlos Henrique Bezerra Leite
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