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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Franciele Figueiredo Silveira Ismael Henrique Begrow Julio Cezar Souza de Mello PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁTICA PARA AV. PERIMETRAL Santa Cruz do Sul 2014 Franciele Figueiredo Silveira Ismael Henrique Begrow Julio Cezar Souza de Mello PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁTICA PARA AV. PERIMETRAL Santa Cruz do Sul 2014 SUMÁRIO 1 MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO 3 Dados preliminares 3 Estrutura de pavimento flexível 4 ESTRUTURA DE PAVIMENTAÇÃO 4 Reforço do subleito 4 Sub-base 4 Equipamentos mobilizados para a execução da sub-base 4 Base 5 2.5 Revestimento asfáltico 5 3 DADOS DE TRÁFEGO 6 3.1 Fator de Eixo – FE 6 3.2 Fator de Equivalência Operacional – FEO 6 3.3 Fator de Carga – FC 6 3.4 Fator de Veículo – FV 7 3.5 Fator Climático Regional – FR 7 3.6 Período de Projeto 7 4 TIPOS DE SOLOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 8 5 MEMORIAL DE CÁLCULO 9 6 PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DO PROJETO 10 REFERÊNCIAS 11 ANEXOS 12 1 MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO O presente memorial tem por objetivo orientar a execução e estabelecer critérios mínimos de qualidade para os elementos envolvidos no sistema de pavimentação utilizado na avenida perimetral em Rio Pardo. 1.1 Dados preliminares Proprietário: Prefeitura Municipal de Rio Pardo Município: Rio Pardo - RS Extensão da pista: 1385m Largura da faixa de rolamento: 3,6m Largura acostamento: 3m Área de pavimentação: 19.113 m² Local de intervenção: Avenida Perimetral Número de N para fluxo: 2,5x10-7 Realizaram-se estudos de caráter geológico para obtenção das características físicas e granulométricas de suporte dos solos que constituem o leito da estrada a ser pavimentada. Também foram feitos os levantamentos topográficos necessários ao levantamento de corte e aterro e para o projeto de drenagem. 2 ESTRUTURA DE PAVIMENTAÇÃO A execução da pavimentação da avenida perimetral apresentará as seguintes características técnicas quanto às camadas adotadas e os materiais a serem utilizados. A tabela abaixo apresenta os dados de cálculo que determinam a espessura das camadas do revestimento. Tabela 1 – Espessura das camadas de revestimentos Espessuras das Camadas: Camada Calc. (cm) Adotada(cm) Revestimento 10 10 Base 9,43 15 Sub-base -5,57 15 Reforço Sub-leito -20,57 Não Precisa Reforço 2.1 Reforço do subleito Devidos as propriedades do sub-leito não foi necessário o reforço. 2.2 Sub-base Antes do início da terraplanagem deverá ser feita a limpeza da área estabelecida pela equipe de topografia, sendo o material de limpeza removido para um bota fora que deverá ser indicado pela fiscalização da obra. Os locais onde será necessário o aterro deveram ser executado com material trazido de jazida pré estabelecida por sondagem e análise do solo. Deverá ser executada para a grade definitiva de sub-base uma camada de 15cm de brita com granulometria uniforme, 1,5% de umidade ótima, 1,79gf/cm³ e ISC 72% conforme análise de laboratório. 2.3 Equipamentos mobilizados para a execução da sub-base Motoniveladora com escanificador Caminhão tanque distribuidor de água Caminhão basculante Carregadeira Equipamentos de compactação: Rolo pé de carneiro, Rolo Liso Vibratório e Rolo Pneumático. 2.4 Base Deverá ser executada como base uma camada de 15cm de brita bem graduada com 5,1% de umidade ótima, 2,28gf/cm³ e ISC 169% conforme análise de laboratório. Deverá ser executada uma camada de imprimação impermeabilizante entre a camada de base finalizada e a camada de rolamento, para aumento da superfície de coesão da base pela penetração do material betuminoso. Deverá ser utilizada emulsão asfáltica CM-30, aplicado em quantidade de 1,2l/m² e a temperatura que lhe proporcione melhor espalhamento 2.5 Revestimento asfáltico Deverá ser executada uma camada de 10cm determinada pelo número de (N) obtido para o tráfego estimado local. Esta camada de revestimento asfáltico deverá observar os seguintes procedimentos e espessuras. Deverá ser executada em duas camadas de 5cm de brita 1 com emulsão asfáltica devendo obrigatoriamente ser executada entre as camadas asfálticas uma camada de ligante do tipo RR-1C na quantidade de 0,6l/m² e na temperatura que lhe proporcione um melhor espalhamento. Sobre a segunda camada deverá ser executada uma camada de impermeabilização. Figura -1 Camadas do pavimento a ser construído 3 DADOS DE TRÁFEGO Apresenta-se abaixo tabela com as informações de trafego da av. perimetral. Tabela 2 – Dados de tráfego Tipos de Veículos Quantidade Carro 500 ESRD 1 600 ESRD 2 200 ETD 230 ETT 160 ETD + ESRD 175 ETT + ESRD 120 Total 1.985 VDMc = 1.485 Tempo Projeto 10 Taxa Crescim. % 3 3.1 Fator de Eixo – FE Coeficiente que, multiplicado pelo volume total de tráfego comercial que solicitará o pavimento durante o período de projeto, fornece a estimativa do número de eixos que solicitarão o pavimento no mesmo período de projeto. 3.2 Fator de Equivalência Operacional – FEO Coeficiente que, multiplicado pelo número de operações de uma determinada carga de eixo, simples ou tandem, fornece o número equivalente de operações do eixo simples padrão de rodas duplas de 80 kN. 3.3 Fator de Carga – FC Coeficiente que, multiplicado pelo número de eixos que solicitarão o pavimento durante o período de projeto, fornece o número equivalente de operações do eixo simples padrão de rodas duplas de 80 kN. Abaixo apresenta-se a tabela com os dados de pesagem para obtenção do FC. Tabela 3 – Dados de pesagem DADOS DE PESAGEM Tipo Eixo Carga (tf) Quantidade % FEC %i * FECi ESRS 4 817 25,02% 0,0545 1,3635 6 668 20,47% 0,2779 5,6881 ESRD 6 219 6,71% 0,2779 1,8641 8 526 16,10% 0,8148 13,1160 10 350 10,73% 3,2895 35,3026 ETD 10 73 2,23% 0,4720 1,0539 17 332 10,17% 8,5488 86,9543 ETT 17 28 0,86% 1,0791 0,9254 20 140 4,29% 2,3980 10,2822 25 112 3,43% 8,3271 28,5647 3.265 100,00% 185,1149 FC = 1,8511 3.4 Fator de Veículo – FV Coeficiente que, multiplicado pelo volume total de tráfego comercial que solicita o pavimento durante o período de projeto, fornece o número equivalente de operações do eixo simples padrão no mesmo período, ou seja: FV = FE × FC. 3.5 Fator Climático Regional – FR Coeficiente que considera as variações de umidade dos materiais do pavimento durante as diversas estações do ano. 3.6 Período de Projeto Período adotado para o dimensionamento da estrutura do pavimento, de tal forma a desempenhar sua função de proporcionar trafegabilidade, conforto e segurança aos usuários durante este período. Adotou-se, período de projeto igual a 10 anos para execução de pavimento flexível. 4 TIPOS DE SOLOS E SUAS CARACTERÍSTICAS O objetivo dos estudos e análises do solo foi avaliar a capacidade de suporte de uma brita bem graduada, uma brita de granulometria uniforme e um solo laterítico estabilizado com cal. Para avaliação dos materiais foram realizados os ensaios de compactação (NBR 7142/96) e índice de suporte Califórnia (NBR 9885/87 ou DNER ME 049/94). Os ensaios de compactação foram executados para britas segundo a energia do Proctor Modificado e o solo laterítico segundo o Proctor Intermediário. Ensaios de compactação realizados em cilindro pequeno (cilindro de Proctor) mostraram que a mistura de solo-cal apresentou a partir dos resultados exibidos na tabela abaixo boa capacidade de suporte e concluí-se que a brita graduada pode ser utilizada como camada de base de pavimentos, porque possui um ISC > 80% o que não ocorre com a brita de granulometria uniforme. Esta pode serusada como sub-base, pois além de boa capacidade de suporte pode, também, funcionar como camada estrutural drenante ou como “estrutura reservatório” em pavimentos permeáveis. Tabela 4 – Dados obtidos nos ensaios Material analisado Umidade Ótima Densidade Max. ISC Aplicação Brita bem Graduada 5,1% 2,28gf/cm3 169% Base Brita de Granulometria uniforme 1,5% 1,79gf/cm³ 72% Sub-base Solo laterítico estabilizado com cal teor 4% 18,2% 1,66gf/cm³ 80% Sub-leito 4.1 Estabilização do Sub-leito com Cal A estabilização do subleito foi realizado seguindo o seguinte processo: cal hidratada: em geral superior a 4% em relação ao peso seco água; Dosados e homogeneizados em usina, preferencialmente, ou em pista. A distribuição do material é feita por distribuidor de agregados (espessura e largura adequadas); A compactação é feita por rolos lisos; deve ser realizada após espalhamento. Figura 2 - Distribuição de cal para estabilização de solo 5 MEMORIAL DE CÁLCULO Com base nos dados de tráfego coletados, dimensionamos o pavimento em função do N. O N é o numero equivalente de operações do eixo padrão (8,2 tf), dado pela fórmula N = 365.Vm.P.(FC).(FE).(FR), onde: P: período de projeto ou vida útil (anos); FC: fator de carga; FE: fator de eixo, obtido pela relação FC/VDMc (VDMc número de veículos de projeto); FR: fator climático; Vm – volume médio diário de tráfego no ano médio do período P (1 sentido). Já o Vm é obtido pela fórmula , admitindo cres- cimento linear, onde: V1: VDM (Valor Diário Médio, considerando tráfego desviado) no sentido mais solicitado no 1º ano de projeto (1 sentido); P: Periodo do Projeto; t: Taxa de crescimento anual (%). E o Vt (Volume Total de tráfego) é estimado pela seguinte fórmula Vt=365*P*Vm. Sendo assim foram calculados os seguintes valores, com base na contagem de veículos realizada "in loco" apresentada na tabela abaixo: Contagem de Veículos Tipos de Veículos Quantidade Carro 500 ESRD 1 600 ESRD 2 200 ETD 230 ETT 160 ETD + ESRD 175 ETT + ESRD 120 Total de veículos 1.985 VDMc = 1.485 Após a contagem dos veículos foram classificados os tipos de eixos e quantificados os mesmos. Tipo Eixo Quantidade ESRS 1.485 ESRD 1.095 ETD 405 ETT 280 Total 3.265 FE= 2,1987 Com o objetivo de quantificar os veículos tipo, foi elaborada a tabela abaixo com os valores de carga por eixo em seguida padronizando a influência dos mesmos segundo a planilha presente no anexo 2. DADOS DE PESAGEM Tipo Eixo Carga (tf) Quantidade % FEC %i * FECi ESRS 4 817 25,02% 0,0545 1,3635 6 668 20,47% 0,2779 5,6881 ESRD 6 219 6,71% 0,2779 1,8641 8 526 16,10% 0,8148 13,1160 10 350 10,73% 3,2895 35,3026 ETD 10 73 2,23% 0,4720 1,0539 17 332 10,17% 8,5488 86,9543 ETT 17 28 0,86% 1,0791 0,9254 20 140 4,29% 2,3980 10,2822 25 112 3,43% 8,3271 28,5647 3.265 100,00% 185,1149 FC = 1,8511 E com base nas tabelas acima foi calculado o número N para a condição abaixo: Tempo Projeto (anos) 10 Taxa Crescim. (%) 3 Vm= 1.685 Vt= 6.151.984 N= 25.038.781 N= 2,50E+07 6 PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DO PROJETO Com base nos estudos realizados e nos quantitativos obtidos com o projeto, obtiveram-se os seguintes valores referentes ao custo de execução do projeto de pavimentação da Av. Perimetral de Rio Pardo. MUNICÍPIO: RIO PARDO / RIO GRANDE DO SUL TRECHO 01 : 1km Pavimentação asfáltica com C.B.U.Q. ITEM DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS COMP. DNIT 01/2014 UNID. QUANT. PREÇO UNIT. TOTAL 1.00 Regularização 386.583,95 1.01 Desmatamento e limpeza do terreno, detocamento árvores diâmetro 15 cm 2 S 01 000 00 m² 15.600,00 0,35 5.460,00 1.02 Regularização do subleito 2 S 02 110 00 m² 15.600,00 0,76 11.856,00 1.03 Transporte de material de jazida até 50,00 Km (transporte local em rodovia pavimentada) 2 S 09 001 91 t*km 575.979,04 0,61 351.347,21 1.04 Compactação de aterros a 100% proctor normal 2 S 01 511 00 m³ 5.671,12 3,16 17.920,74 2.00 Pavimentos 552.772,03 2.01 Revestimento CBUQ - capa rolamento AC/BC 2 S 02 540 51 m³ 1.394,40 88,97 124.059,77 2.02 Base 2 S 02 230 00 m³ 2.792,40 74,16 207.084,38 2.03 Sub base 2 S 02 230 00 m³ 2.878,72 74,16 213.485,88 2.04 imprimação 3 S 02 300 00 m² 13.800,00 0,25 3.450,00 2.05 pintura de ligação pavimento/pavimento 3 S 02 400 00 m² 13.800,00 0,17 2.346,00 2.06 pintura de ligação pavimento/base 3 S 02 400 00 m² 13.800,00 0,17 2.346,00 TOTAL DO ORÇAMENTO 939.355,98 ANEXOS ANEXO 1 Figura 4 – Imagem de satélite da Av. Perimetral Figura 5 – Prancha de corte da Av. Perimetral ANEXO 2 Cálculo do FC- fator de carga (USACE): ANEXO 3
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