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Escrita coreana, chinesa e japonesa.

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Os sistemas glotográficos são dividos em escrita logográfica em que os caracteres representam palavras ou morfemas, não retém informação sobre a articulação do fonema, sendo que podem ser morfêmica ou polimorfêmica e ao contrário da anterior a fonográfica os caracteres se relacionam em níveis orais podendo ser silábica, segmental (alfabético) e traçal (GARCIA, 2008, SAMPSON, 1996). Agora, que os conceitos fundamentais foram revisados, podemos partir para analisar a seguinte questão “Por que os sistemas fonográficos alfabéticos são mais abrangentes do que o sistema logográfica?” e para isso, utilizaremos o livro do autor Geofrrey Sampson ‘Sistemas de escritas: tipologia, história e psicologia’ da editora Ática.
Primeiramente, Sampson estabelece as seguintes características para o sistema de escrita chinês: é logográfico morfêmica, sendo que o morfema é a menor unidade de significado da língua e independentes de pronúncias; as palavras chinesas não ocorrem à flexão; trata de uma língua isolante em que ocorre junção de palavras independentes; ele pode ser grande e parecer uma palavra e não existe uma explicação muito clara do que seja palavra e morfema. A língua portuguesa tem algumas coisas comuns com a língua chinesa como, por exemplo: junção de palavras para formar uma terceira (beija-flor), mas é predominante a aglutinação (junção de palavras para formar uma nova e ocorre a perda fonética ou morfológica) e a junção de consoantes acontece fonologicamente são diferentes quando usadas antes ou depois de vogais. Mas são diferentes em relação ao sistema de escrita já que o chinês é logografico e língua portuguesa é fonográfica alfabética.
Podemos perceber por meio dessas características que o sistema chinês é muito marcante em relação aos outros sistemas de escrita e também limitante. Muitas línguas apresentam flexão de palavras e para isso é necessário uma alta quantidade de grafes caso mudasse para o sistema logográfico, porque o enfoque delas são diferentes uma é baseada nas palavras e a outra é o morfema/palavra do chinês. Chegaram a criar um sistema latinizante que transcreve sons chineses para alfabeto latino conhecido como pinyin, o intuito não era substituir um sistema pelo outro e o resultado não passou de uma questão de imagem porque apenas ficou mais simples as grafes já existentes.
A vantagem citada no livro é que se um grupo de pessoas aprendem as regras da língua para utilizar as letras e suas pronúncias, seja mais fácil que a escrita chinesa em que o indivíduo precise aprender cada palavra com sua grafia separadamente. Sendo que a primeira é adquirida naturalmente o que não é verdade, porque trata de um percurso sem fim de aprendizado independe da língua e escrita utilizada. Não deve existir uma hierarquia de sistemas de escrita, cada uma delas tem seus pontos fortes e fracos, porém o sistema fonográfico alfabético consegue acompanhar com mais facilidades as novidades tecnológicas. 
E depois que vemos as diferenças dos sistemas de escrita fonográfica e logográfico, daremos uma ênfase na diferença de escrita coreana (fonográfica traçal) e chinesa (logográfica). 
Historicamente, a Coreia baseava seus costumes em relação à China, inclusive utilizava a escrita chinesa mesmo que a língua falada fosse coreana. O que nos dias atuais são bastante diferentes entre si e essas diferenças vão além do sistema de escrita em que a coreana é fonográfica e a chinesa logográfica. Diferencia em classificação se é natural ou não, formação de novas palavras e estrutura de uma frase. 
A escrita da Coreia é artificial porque foi criada relacionada aos traços fonéticos da composição dos fonemas, retornando ao conceito de fonográfica citado anteriormente é um sistema fonogrático traçal. Ademais, a formação de palavras é aglutinante, ou seja, contém raízes de palavras polissilábicas e que vêm sendo acrescentados novos sufixos. As frases coreanas são escritas com verbos no seu final e a presença de posposições invés das preposições.
O chinês é uma língua isolante porque ocorre a junção de duas palavras independentes, apesar de que a língua portuguesa não seja isolante temos alguns exemplos como guarda- sol. Ao contrário da coreana não se utiliza nem preposições como posposições, a estrutura da frase é semelhante a língua inglesa e diferente da coreana. E as palavras do chinês não sofrem flexões.
REFERÊNCIA
GARCIA, T. M. Reciclagem neuronal: o espelhamento de grafemas na leitura de um silábico. 2008. Dissertação (Doutorado de psicolinguística) - Instituto de Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina.
SAMPSON, Geofrrey, Sistemas de escrita: tipologia, história e psicologia. 1 ed. São Paulo: Ática, 1996. Cap 2, 7, 8 e 9.

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