Atividade 5 antropologia

Prévia do material em texto

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE BELO HORIZONTE 
DISCIPLINA: Antropologia e educação 
PROFESSOR: Carlos Eduardo Gomes 
ATIVIDADE: Diversidade (6,0 pontos) DATA: 18/11/14 
TURMA: Pedagogia – 3° Período TURNO: Noite
Aline Reis
Edileusa Nolasco
Fernanda Rodrigues
Maria Alice Araujo
Mirelle Stephane
Zuleide
EXERCÍCIO SOBRE DIVERSIDADE
1- Qual o conceito de diversidade apresentado pelos autores no artigo “Educar para a diversidade étnico-racial e cultural”?  
R. Os Autores abordam que Diversidade é a contribuição de cada um dos grupos que formaram a Sociedade Brasileira com suas histórias, saberes, culturas e línguas diversas.
Referir-se a diversidade significa constatar as várias diferenças sociais e culturais existentes no interior da sociedade brasileira, reconhecer que essa complexidade envolve a problemática social, cultural e étnico-racial é o primeiro passo. Assim diversidade na abordagem pedagógica é pensar nas diferenças, perceber aquilo que é diferente.
2- O que quer dizer a expressão “democracia racial” presente no artigo e por que ela seria um problema no pensamento brasileiro?  
 
R. A “democracia racial” significa a igualdade democrática entre as raças. Mas ela se constitui um mito, porque no Brasil a identidade racial sofre influencia não só pela aparência física como também pela posição sócio econômica. Falar de democracia racial ainda provoca dúvidas, preconceitos e gera inquietações. Democracia racial tem sido apenas um discurso, uma forma para que as pessoas não percebam as diferenças sociais, tem sido um problema na vida dos brasileiros porque muitos não estão preparados para lidar com as diferenças de cor, cultura, aparência, posição socioeconômica etc... A democracia racial é uma sociedade extremamente preconceituosa e discriminadora separado por um enorme fosso social: A dos brancos ricos e a dos não brancos pobres sua história é marcada por desigualdades e  discriminações contra negros e índios. Assim Democracia Racial não é só o status que o individuo possui, é também o nosso discurso de que tudo é igual, temos a ideia de que o Brasil é um país democrático, quando em verdade essa questão é ainda um grande problema.
3- Discuta o problema colocado para a educação na seguinte citação: 
A grande porcentagem dos alunos expulsos da escola […] faz parte de uma população que historicamente resistiu à opressão e que não aceita a escola com seus significados, não se vê representada nela. É a população negra e mestiça que consciente, ou inconscientemente, reprova a escola e não mais acredita na sua eficácia para a ascensão social. (OLIVEIRA, 1988, p. 36 apud SILVA; SOUZA, 2008, p. 175)  
R. O sistema escolar tradicionalista tornou- se hostil a estes grupos que viam na escola um lugar segregacionalista. A educação passa a ser desacreditada para  melhorar a vida daqueles menos privilegiados que não tem perspectiva  nenhuma de crescimento que consciente ou inconscientemente reprova a escola.
4- Por que devemos romper com a visão atual a respeito do indígena? Em que aspectos devemos modificar a leitura atual a respeito destes?
R. É necessário romper com a visão estereotipada dos povos indígenas porque existe uma riquíssima diversidade sócio cultural, que devemos conhecer e preservar. É preciso modificar a leitura nos aspectos sociais, políticos e cosmológicos. A educação como direito e não imposição. Reconhecer e valorizar suas etnias conhecer suas línguas, suas formas tradicionais de organizações sócias.
5- Os indígenas possuem, constitucionalmente, o direito à educação em sua língua materna; no entanto, não há professores preparados para o pleno exercício deste impositivo legal. Na opinião do grupo, de que maneira a não efetivação da constituição poderia gerar problemas para as comunidades indígenas?
R. A não efetivação acarreta na perda de suas especificidades étnicas e culturais. Os professores não estão preparados para dar aulas em sua língua materna, dai o problema de cultura regional. Os índios hoje estão nas universidades e nas instituições escolares e é preciso que se dê mais informações e menos preconceitos e discriminações.
6- O Brasil vem, há alguns anos, promovendo ações afirmativas para alguns grupos étnicos – tais como negros e índios – que historicamente haviam sido destituídos do processo de integração social. Na opinião do grupo, essas ações afirmativas – notadamente a política de cotas – é um instrumento positivo para a inserção destes grupos étnicos? Justifiquem a posição do grupo. 
R. Como o grupo não chegou a uma única opinião, colocamos as que se opõe.
Zuleide – Entendi que o sistema de cotas não soluciona o problema da discriminação, na verdade se constitui como um paliativo. Acreditamos que é necessário criar se igualdade de condições a todos os grupos étnicos – negros indígenas e brancos. 
Maria Alice – Meu entendimento quanto á politica de cotas é uma forma de discriminação, como se o índio e o negro não fossem capazes de competir de igual para igual por uma vaga.
Aline – As cotas foram implantadas nas universidades com o intuito de sanar os problemas de acesso à educação superior á uma população que historicamente no Brasil sofreu discriminações e dificuldades em todas as áreas sociais, principalmente no quesito educação, sem educação, sem trabalho, e sem trabalho, o negro e o indígena perpetuam sua pobreza. Se formos honesto vamos admitir que a democracia racial é uma utopia, se há um negro desfilando por um bairro de classe alta, logo vamos supor que esteja ali a trabalho, um único negro numa classe de brancos se torna o centro das atenções. Assim acredito que dar mais oportunidades a essas raças, não é discriminação, não é duvidar da capacidade do negro ou do índio, é fornecer a eles condições de se igualar as outras raças. O problema com as cotas é mais sobre sua denominação “racial”, elas deveriam ser cotas “socioeconômicas”, pois a grande verdade é que no Brasil há uma imensa mistura de raças, assim quase ninguém por aqui é realmente branco, aqui as pessoas são pobres e ricas, milionárias e miseráveis.