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* * * * Grupo carboxila Grupo amina Cadeia lateral ou grupo R – varia entre os AA Átomo de Hidrogênio Estrutura básica de um AA * * Propriedades dos AA - São íons dipolares ou zwitterions * * Aminoácidos proteicos são L- a - aminoácidos Para entender a complexidade estrutural de uma proteína é necessário primeiro compreender as propriedades de seus aminoácidos constituintes. O Carbono a é assimétrico, ou seja, tem 4 ligantes diferentes Essa propriedade define o Ca como um centro quiral e confere propriedades ópticas às moléculas. * * Aminoácidos protéicos são determinados geneticamente: código genético Existem 20 aminoácidos que ocorrem naturalmente em proteínas de todos os tipos de organismos, e que são determinados por códons específicos (triplets de nucleotídeos) no material genético dos seres vivos. Os aminoácidos proteicos são classificados de acordo com as propriedades de suas cadeias laterais * * Os 20 aminoácidos proteícos * * Classificação dos AA em função da polaridade do grupo R: - AA apolares (R hidrofóbico) - AA polares (R hidrofílico) R = cadeias orgânicas com caráter de hidrocarboneto. As cadeias não interagem com a água: Ala, Val, Ile, Leu, Met, Phe, Tyr, Trp Apolares * * Cadeias laterais aromáticas * * R = cadeias laterais hidrofílicas que interagem com a água. R pode ter carga elétrica ou carga residual. Três categorias: - AA básicos = carga + a pH 7 - AA ácidos = carga – a pH 7 AA Polares * * - AA polares sem carga líquida a pH 7 * * Os aminoácidos “especiais” possuem características intermediárias entre os grupos dos aminoácidos polares e apolares. Além disso: a cisteína é o único aminoácido cuja cadeia lateral é capaz de fazer ligações covalentes e com isso pode contribuir para a estrutura da proteína. a prolina não é um aminoácido típico, e sim um iminoácido, uma vez que seu Ca e seu Na fazem parte de um anel heterocíclico da molécula. * * OBS: A classificação dos aminoácidos pode diferir, conforme o autor. O importante em cada caso é entender os critérios para a classificação. A hidroxilisina e hidroxiprolina, produtos da hidroxilação da prolina e da lisina, são importantes componentes estruturais do colágeno. Aminoácidos modificados Outros aminoácidos, além dos 20 codificados geneticamente, podem ocorrer em proteínas e peptídeos biologicamente ativos, ou como aminoácidos ou derivados livres. Esses aminoácidos são produzidos enzimáticamente, por modificação pós-tradução de um dos 20 aminoácidos clássicos. Exemplos: * * Além dos 20, existem mais 2 aminoácidos protéicos que são determinados geneticamente: -pirrol-lisina (somente em Archaea) - selenocisteína (presente em animais, algumas bactérias; mas ausente em plantas e Archaea) * * Neurotransmissores- mensageiros químicos liberados de uma célula nervosa e que influenciam outras células Ex: - GABA (derivado do glutamato), serotonina e melatonina (derivados do triptofano) Tiroxina (derivado da tirosina) Ácido indolacético (fitormônio derivado do triptofano) Os aa são precursores de outras moléculas complexas contendo N como os nucleotídeos e ácidos nucléicos, o heme (molécula contendo ferro) e clorofila (pigmento fotossintético). Vários aa também participam como intermediários metabólicos como aminoácidos não comuns como citrulina e ornitina que participam do ciclo da ureia no metabolismo de aminoácidos. * * Apesar do número baixo de AA, existem milhares de proteínas diferentes...... Considerando-se uma proteína de 20 aminoácidos, um de cada tipo, podem ser obtidas 2,4 x 108 proteínas diferentes (20 arranjos de 20 elementos) * * Proteínas organizam moléculas de água em torno de si, formando uma camada de solvatação, que garante a solubilidade em meio aquoso. Moléculas de água interagindo no gelo. Na água líquida, a rede de interações é menos organizada. Camada de solvatação de um composto aniônico Camada de solvatação de um composto catiônico O * * As características físico-químicas da ligação peptídica das cadeias laterais dos aminoácidos Os aminoácidos apresentam várias funções químicas que podem se ionizar e conferir carga elétrica à molécula. Exemplo: Função carboxila Função amina * * Comportamento ácido-básico de aminoácidos: ionização Abaixo estão 4 formas de um aminoácido variando o estado de ionização do grupo amino e do grupo carboxila. Qual dessas formas de um aminoácido não pode existir ? Porque ? Pense antes de dar o próximo click ! * * DISSOCIAÇÃO DE UM ÁCIDO Considere a equação geral de dissociação de um ácido HA dada abaixo: Quando a velocidade da reação 1 iguala-se a da reação 2, atingiu-se o ponto de equilíbrio. Pode-se dizer que a reação “terminou”, pois não há mais modificação das quantidades dos reagentes ou produtos de ambas as reações. O pK é igual ao logaritmo negativo da Kd * * Observe os valores de pKs da tabela abaixo. * * [H+] [OH-] IONIZAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS * * Portanto, a diferença de 7 unidades logarítmicas entre os pKs dos grupos a-amino e a-carboxila reflete a diferença de afinidade que as funções químicas em questão apresentam pelo próton H+. Observe nas formas possíveis do aminoácido, que o grupo NH3+ só se dissocia se o grupo –COOH já estiver completamente dissociado em –COO-. A afinidade por prótons do grupo amino (pk ~ 9) é 107 vezes maior do que a do grupo carboxila (pK ~2). * * Meio alcalino Meio ácido As formas iônicas de um aminoácido se interconvertem, variando a carga da molécula na dependência do pH do meio e do pK de cada grupo: carga * * Aminoácidos, peptídeos e proteínas são bons tampões Um tampão é definido como um composto ou conjunto de compostos que impedem variações da concentração de [H+], ou seja do pH, do meio. * * Poder tamponante e curva de titulação da glicina A curva mostra a variação do pH de uma solução do aminoácido glicina quando se adiciona uma base, por exemplo, NaOH. A glicina vai se dissociando, e libera H+ para o meio. adição de NaOH (volume) Observe também que há um ponto da curva onde o pH varia bruscamente. Nessa região ocorre o ponto isoelétrico (pI) da glicina, em que 100% das moléculas apresentam carga zero, como visto abaixo. Observe que o pH da solução na metade desses trechos da curva coincide com os valores de pK dos grupos ionizáveis da glicina. O efeito tampão nesses pHs ocorre por que há duas formas de glicina presentes na solução, uma dissociada (50%) e outra não, como mostra a figura. Glicina (forma anfotérica – carga zero) * * pK a - NH3+ = 9.60 pK a - COOH = 2.34 Cálculo do ponto isoelétrico pI = 2.34 + 9.6 = 5.97 2 pH 0 - 2 pH 2,34 pH 3.0 - pH 9.0 pH 9.6 pH 10 - 14 Como o estado de ionização e a carga elétrica da glicina variam em função do pH do meio ? Para a glicina os valores de pK são: Em pH < 2,34, todos os grupos ionizáveis da glicina estão protonados. A molécula apresenta carga +1. Diminuindo a [H+] do meio, a a-COOH começa a desprotonar. No pH 2,34, metade das –COOH desprotonaram, gerando a glicina com carga zero. Em pH 5,97 ocorre o ponto isoéletrico da glicina. 100% das moléculas estão com carga zero. Aumentando mais o pH, até o valor 9,6, (pK do NH3+), haverá 50% de moléculas de glicina com carga -1. Em pH > 10 predomina a forma de glicina com carga -1. * * Equivalentes de OH- * * Como o pH do meio afeta a carga de aminoácidos com cadeias laterais ionizáveis ? Como exemplo, veremos a ionização da Lisina: pK -COOH = 2.18 pK -NH3+ = 8.95 pK R- NH3+ = 10.53 todos os grupos protonados predomínio carga +2 pH < 2 pI = 8.85 + 10.53 = 9.69 2 (ponto isoelétrico) (+2) * * Aminoácidosessenciais O homem sintetiza 9 dos 20 AA. Os 11 AA que ele não sintetiza são denominados AA essenciais Estes devem ser suplementados na dieta. Se 1 ou mais dos AA essenciais não for administrado, o homem degrada suas proteínas corporais para obter os AA que necessita. Os 11 AA essenciais são Arg, His, Ile, Leu, Lys, Met, Phe, Thr, Try, Val, Se-Met Plantas e bactérias são capazes de sintetizar todos os AA * * Funções das proteínas Estruturais: Componentes do esqueleto celular (actina, tubulina,etc) e de sustentação (colágeno, elastina, etc) Dinâmicas: Enzimas (no metabolismo), Transporte de moléculas (hemoglobina), Mecanismos de defesa (imunoglobulinas), controle do metabolismo (alguns hormônios), processos contráteis (miosina), controle da expressão gênica (elementos da transcrição), etc. * * Proteínas podem ser definidas como polímeros compostos de n unidades monoméricas, os aminoácidos, ligados entre si por ligações peptídicas A ligação peptídica ocorre entre o grupo a-carboxila de um aminoácido e o grupo a-amino de outro aminoácido. Até 100 aminoácidos (10 kDa) peptídeo Mais de 100 aminoácidos proteína * * A ligação peptídica ocorre entre o grupo a-carboxila de um aminoácido e o grupo a-amino de outro aminoácido. A ligação covalente que liga os aminoácidos no esqueleto covalente de uma proteína é a ligação peptídica. Esse fato evidencia ressonância eletrônica, com uma nuvem de elétrons oscilando entre o C e o N. Isso atribue à ligação simples C – N um carácter parcial (50%) de dupla ligação As distâncias interatômicas na ligação peptídica são menores que as de uma ligação amida comum. * * PROTEÍNAS Ligação peptídica É uma ligação carbono-nitrogênio que se forma pela reação entre o grupo carboxila (COO--) de um aminoácido e o grupo amino (NH3 +) do aminoácido seguinte * * Formação da ligação peptídica A reação acima JAMAIS ocorre espontaneamente num ser vivo. A ligação peptídica é feita no aparato de síntese protéica e ocorre nos ribossomos. Nesta reação os aminoácidos sempre estão ligados a um tRNA . Lembre-se sobre: * * AA2 AA1 Os 4 átomos ficam no mesmo plano Características da ligação peptídica * * Não há possibilidade de rotação em torno do eixo da ligação peptídica * * A rotação é possível nas ligações com o Carbono * * Sentido da Cadeia Polipeptídica Após incorporação a peptídeos, os aminoácidos individuais são denominados resíduos de aminoácidos. * * Assim, o esqueleto covalente de uma proteína, representado pela sequência linear dos átomos (-N-C-Ca-)n, apresenta restrições de mobilidade que são importantes determinantes do enovelamento da molécula. A figura mostra duas ligações peptídicas – CO – N -, com os átomos alinhados no plano determinado pela ressonância da ligação. O único ponto de rotação possível da cadeia peptídica é em torno do Ca, entre as ligações peptídicas, definindo dois ângulos de rotação: Y- (psi ) – ângulo de rotação entre o Ca e o C F (fi) – ângulo de rotação entre o Ca e N Como resultado da ressonância da ligação peptídica, ela é mais rígida que uma ligação simples, colocando todos os átomos participantes no mesmo plano espacial. * * Pontes de enxofre O grupo sulfidrílico da cisteína é reversivelmente oxidado. Estas ligações colaboram para a estabilização da conformação protéica * * As propriedades fundamentais das proteínas: As proteínas são polímeros constituídos por unidades monoméricas ( aminoácido) As proteínas podem conter vários grupos funcionais Podem interagir entre si ou com outras macromoléculas Variabilidade quanto a rigidez e flexibilidade * * proteínas globulares: a cadeia polipeptídica enrola-se sobre si mesma criando uma estrutura compacta mais ou menos esférica. Ex: globulina proteínas fibrosas: as cadeias se enrolam entre si criando uma estrutura tipo fibra. Ex: actina As proteínas podem ser classificadas quanto à sua forma em: * * Organização estrutural de uma proteína - Estrutura Primária - Regiões de estrutura Secundária - Estrutura Terciária Toda a proteína possui uma: * * Níveis de organização estrutural e tipo de ligações Estrutura primária Ligações covalentes (= ligação peptídica) entre os resíduos de aminoácidos da proteína * * Estrutura Primária Estrutura Primária = seqüência de aminoácidos da proteína. Esta estrutura é mantida pela ligação peptídica (covalente) entre os resíduos de aminoácidos. A estrutura é determinada pelo código genético no DNA. Estrutura linear. Ala – Val – Lys diferente de Lys – Val – Ala * * * * Estrutura Secundária Estruturas regulares bidimensionais formadas por segmentos da proteína, que interagem por Pontes de Hidrogênio entre átomos da cadeia principal Folha beta pregueada Tipos de estrutura secundária * * Na alfa-hélice a cadeia polipeptídica se enrola ao redor de um eixo imaginário no sentido horário Pontes de H entre o –NH de um resíduo e o O=C- do quarto resíduo É o tipo de estrutura secundária mais abundante em proteínas globulares Não confundam com dupla hélice .... * * As hélices são de passo direito Há 3,6 resíduos por volta de hélice e 1.5 Å entre os resíduos As cadeias laterais orientam-se para o exterior da hélice em um ângulo de 20º entre resíduos adjacentes * * * * * Os grupos R estão projetados para fora da hélice * * * * * * * Folha beta pregueada Estrutura secundária relativamente abundante em proteínas globulares A cadeia polipeptídica é quase inteiramente estendida. Os grupos R ficam acima e abaixo da estrutura. Pontes de hidrogênio * * Folha beta pregueada * * * * * * * * * Folhas beta anti-paralelas - Folhas beta paralelas Tipos de folha beta pregueada * * Várias proteínas apresentam combinações entre as estruturas hélice e folha pregueada que podem ter proporções variadas. Estas são chamadas de estruturas supersecundárias ou motivos e podem ser: * * * * Estrutura terciária - Conformação tridimensional da proteína - Dobramento final da cadeia polipeptídica por interações com regiões com estrutura definida (alfa-hélice e folha beta pregueada) e regiões sem estrutura definida. - Responsável por sua função * * Estrutura terciária Interações não covalentes (em sua maioria) entre átomos da cadeia lateral de um aminoácido com átomos da cadeia lateral de outro aminoácido ou átomos da cadeia principal * * Interações hidrofóbicas – entre cadeias laterais de aminoácidos apolares Ex. Valina ----- Leucina Pontes de hidrogênio e forças de van der Waals – Ex. Asparagina ----- Glutamina Pontes salinas – entre grupos carregados de cadeias laterais de aminoácidos Ex: Ácido aspártico ---- Lisina Interações não covalentes * * Pontes dissulfeto (S-S) formam-se entre os grupos SH de duas cisteínas cisteína Ligações covalentes * * * * Muitas proteínas são constituídas por mais de uma cadeia polipeptídica. A estrutura quaternária descreve a forma com que as diferentes subunidades se agrupam e se ajustam para formar a estrutura total da proteína. Estrutura Quaternária * * Forças que mantém a estrutura quaternária As mesmas que mantém a estrutura terciária: Ligações não covalentes: Interações hidrofóbicas Pontes salinas Pontes de hidrogênio e forças de van der Waals Ligações covalentes: Pontes S-S * * HEMOGLOBINA é composta por quatro subunidades 2 subunidades alfa e 2 subunidades beta * * * * A Citocromo C oxidase é uma proteína integral da membrana interna de mitocôndrias A Lipase gástrica é uma proteína solúvel em meio aquoso. Proteínas são moléculastridimensionais. A forma da molécula é determinante de sua função. * * A Citocromo C oxidase é uma proteína de membrana. Proteínas de membrana possuem uma região de aminoácidos hidrofóbicos apolares, cujas cadeias laterais projetam-se para “fora” e interagem com a porção lipídica de membrana celulares. Outras regiões dessas proteínas ricas em aminoácidos hidrofílicos polares projetam-se para os meios aquosos extra- ou intracelular, e podem formar “canais” hidrofílicos que atravessam a membrana, interconectando os meios separados por ela. Corte transversal da membrana interna da mitocôndria * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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