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Fichamento - Duplicatas - Cap. 22

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Duplicatas (pp. 328 - 341); Capítulo 22. 
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 
26 ed. – São Paulo – Saraiva – 2011. 
Matheus Vieira da Cunha Ribeiro (00191536) 
O texto do autor têm como proposito esclarecer e apresentar de maneira didática 
o conceito de “Duplicatas” conforme a jurisprudência e a doutrina brasileira 
entende. 
O texto iniciasse com a conceituação de Duplicatas Mercantis e suas devidas 
exemplificações. 
A título de exemplificação histórica o autor inicia o texto citando o Código 
Comercial brasileiro, revogado em 2002, pelo novo Código Civil, citando o art. 
219, CCom, artigo originário do conceito de duplicata. Esse artigo obrigava os 
empresários (toda a classe empresarial) a emitir uma segunda via no momento 
do fechamento do acordo comercial, d’onde constaria uma relação dos itens 
negociados (para atacado). Cada uma das partes ficaria com a sua via. O art. 
427, CCom, determinava que a fatura, assinada pelo comprador que ficava em 
posse do vendedor, possuía características dos títulos cambiais, podendo ser 
utilizado para negociações pois representava uma garantia de pagamento. A 
fatura referente do artigo 427 devia ser assimilada pela contabilidade como uma 
conta de ativo circulante, subgrupo clientes; característica contábil de valores a 
receber em um prazo superior a 30 dias, porém inferior a um ano. 
Esse primeiro trecho não dá o conceito de duplicatas, apenas situa o leitor na 
origem dela dentro do direito brasileiro. O conceito e todo o seu entendimento 
dá-se conforme a Lei nº 5.474, 18 de Julho de 1968. Essa legislação determina 
que todas as vendas mercantis, a prazo, dentro do território brasileiro obriga a 
emissão – pelo vendedor – de uma fatura de pagamento, para apresentar ao 
comprador. 
A fatura nada mais é do que uma relação das mercadorias negociadas, 
discriminando seu valor na hora da compra e a sua natureza. 
Dois anos após a declaração da lei 5.474, o governo brasileiro celebrou um 
convênio entre as esferas políticas da nação, afim de facilitar a transmissão e 
comunicação de informações fiscais, adotando dessa forma uma nova forma de 
transmissão de informações comerciais e tributárias em apenas uma relação 
faturaria. Surgia a “nota fiscal-fatura”, instrumento utilizado até hoje na 
celebração dos acordos comerciais dentro do território. Vale lembrar que com o 
advento da tecnologia a “nota fiscal”, como é tratada comumente, adaptou-se a 
essa nova realidade. Hoje, em praticamente qualquer acordo comercial, é 
realizado a emissão da nota comercial eletrônica. 
O instrumento da “nota fiscal-fatura” gera uma concordância entre às obrigações 
tributárias e comerciais, conforme ordena a legislação, emitindo-se em apenas 
uma relação das operações realizadas o “efeito mercantil e tributário”. O único 
adendo a se fazer com relação a NF-fatura é que ela deve ser emitido 
independentemente do prazo do pagamento, seja ele à vista ou à prazo a NF-
fatura deve ser emitida, o texto destaca essa diferença, pois a duplicata pode ser 
facultativa conforme previsto pelas regras da legislação. 
Ou seja, “a emissão da NF-fatura é sempre obrigatória, a emissão da duplicata 
mercantil, por sua vez, é sempre facultativa”, (pp. 329). 
A duplicata mercantil deve ser emitida baseada na NF-fatura. A duplicata 
mercantil deve seguir alguns requisitos básicos para ser considerado 
efetivamente uma duplicata. Essas regras estão em conformidade com o art. 2º 
da Lei da Duplicatas – LD e seus parágrafos e incisos. Dessa forma mesmo que 
todos requisitos de preenchimento de uma duplicata sejam cometidos não pode 
ser tratado como duplicata o documento que não segue o padrão imposto pela 
LD. (LD, art. 27) 
O texto também enfatiza que os comerciantes que emitirem duplicatas devem 
realizar um controle delas em um livro específico. O art. 19 da LD denomina esse 
livro como “Livro de Registro de Duplicatas”. Como o autor mesmo cita na página 
331. Esse controle se dá devido o registro das duplicatas, pois cada duplicata 
possui um número de registro único, esse número de registro não 
necessariamente consta com o número da NF-fatura devido a facultatividade da 
emissão de uma duplicata. 
O texto destaca algo importante: “Não admite a lei a emissão de uma duplicata 
representativa de mais de uma fatura, ou NF-fatura. Outrossim, sendo o preço 
da venda parcelado, será possível ao vendedor optar pelo saque de uma única 
duplicata, em que se discriminem os diversos vencimentos, ou pela emissão de 
uma duplicata mercantil para cada parcela”. (pp.331) 
Na segunda parte do texto o autor dedica-se a explicar o efeito de causalidade 
da duplicata mercantil. “A duplicata mercantil é um título causal [...]. No sentido 
de que a sua emissão somente é possível para representar crédito decorrente 
de uma determinada causa prevista por lei. Ao contrário dos títulos não causais 
[...], a duplicata não pode ser sacada em qualquer hipótese segundo a vontade 
das partes interessadas. Somente quando o pressuposto de fato escolhido pelo 
legislador [...] se encontra presente, é que se autoriza a emissão do título. Este 
é o único sentido útil que se pode emprestar à causalidade da duplicata 
mercantil”. (pp.332 – 333) 
A causalidade de uma duplicata é cumprida quando foi efetuado a compra e 
venda mercantil. Sem esse pressuposto – mercantil – a duplicata perde a sua 
característica sendo dessa forma um dos outros três títulos regidos pelo direito 
cambiário, podendo, dessa forma, ser sacado e transmitido como meio crediário. 
Até 1990 era considerado crime emitir um “duplicata simulada”, um falso 
documento que não corresponde a compra e venda efetivada, mas sim algum 
interesse das partes. (Crime de falsificação) 
O art. 172 do código penal brasileiro, sofreu uma alteração acrescentando a 
quantidade e qualidade do produto negociado. 
A terceira parte do texto trata do “Aceite”. 
O aceite pode ser confundido como a validação da duplicata, um entendimento 
errôneo. O Aceite é – somente – o reconhecimento do sacado de sua obrigação. 
Tornando a natureza da obrigação cártular – sendo até esse momento 
contratual. 
Por esse motivo dentre as cinco possibilidade de procedimento que pode ser 
adotado pelo sacado encontra-se a possibilidade de não assinar a obrigação, 
podendo o sacador recorrer na justiça o “direito” que lhe é garantido. A falta de 
assinatura na Letra Cambial não descaracteriza o título cambiário. A letra pode 
então circular, cumprindo com as suas características cambiárias, mesmo com 
a ausência do aceite, uma vez que a legislação vigente qualifica o aceite da letra 
como sendo facultativo. A validade da letra está na data do pagamento, d’onde 
deve ser apresentada ao sacado para que seja pago a sua obrigação contratual. 
Portanto o que qualifica a validação de uma letra cambial é o saque e não o 
aceite. 
Como o autor mesmo trata, independentemente do aceite o comprador (sacado) 
possui responsabilidades definidas em lei que inevitavelmente deverão ser 
cumpridas ou justificadas em corte. 
Já a duplicata mercantil, não possui a facultatividade das demais letras cambiais, 
sendo o “Aceite”, obrigatório. A obrigatoriedade do aceite na duplicata está, não 
na falta de recusa, mas sim na comprovação e descumprimento de certas 
condições previstas em lei. 
A recusa do “Aceite”, poderá ser fundamentada conforme os casos previstos no 
artigo oitavo da Lei da Duplicata. São três as condições previstas em lei para o 
não aceite e são todos relacionados ao descumprimento do contrato de compra 
e venda. Somente nessas condições o sacado poderá recusar-se a cumprir com 
sua obrigação cambial, sendo que o sacador pode recorrerem juízo. 
Sendo o Aceite da Duplicata Mercantil de caráter obrigatório, o mesmo pode ser 
categorizado dentre três categorias discriminatórias. 
a) Aceite ordinário 
b) Aceite por comunicação 
c) Aceite por presunção 
As denominações das categorias explicitam por si mesmas as origens e de suas 
características. Sendo a ordinário: assinatura comum, por comunicação: tendo 
sido efetuada uma nota de comunicação por escrito ao sacador – “o aceite por 
comunicação impede a circulação do título” (pp.338) -, por presunção: quando o 
sacado recebe a mercadoria, sem ter havido causa legal para a recusa da 
obrigação – nesse caso pode ocorrer protesto do sacador no caso do sacado 
reter a duplicata porém recebendo a mercadoria. A lei nesse caso possui 
características próprias para garantir o protesto do vendedor desde que seja 
seguido os passos legais. 
Um trecho interessante de ser destacado é o seguinte: “Como se pode perceber, 
dos cinco comportamentos que o comprador pode ter diante do recebimento de 
uma duplicata remetida pelo vendedor, apenas a sua devolução não assinada 
(Aceite) e acompanhada de declaração de recusa do aceite é que pode, [...], 
libera-lo da obrigação cambial documentada pela duplicata mercantil”. (pp. 335). 
Esse trecho deixa claro que pode ocorrer a recusa e ao mesmo tempo liberação 
de uma obrigação cambial por parte do sacado, desde que – como o texto 
destacou diversas vezes – determinadas características sejam descumpridas. 
O art. 25, LD, normatiza as demais disposições e características cambiais 
referentes ao crédito da duplicata mercantil. 
Um personagem chave na normatização da duplicata mercantil é o avalista. 
O aval da duplicata deve constar no verso do próprio título ou em folha anexa. O 
avalista estará dando a sua garantia pessoal concernente a honra do comprador. 
Na legislação brasileira há pouca referência para o avalista, sendo as suas 
características – na maior parte – correspondendo ao que consta na Lei Uniforme 
de Genebra, ou no Código Civil brasileiro. 
A quarta parte do texto trata da: EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO 
REPRESENTADO POR DUPLICATA. 
O protesto da Duplicata Mercantil se dá conforme previsto na lei art. 13 § 1º da 
LD. Seguindo as definições preexistentes do descumprimento da obrigação por 
parte do sacado. 
A doutrina e a prática comercial ampara ao protesto por indicação, a emissão de 
uma triplicata. Que como o texto mesmo deixa claro, não passa de uma segunda 
via da Duplicata. O art. 23 da LD, define que ao ocorrer a perda ou extravio de 
uma duplicata, o vendedor têm obrigação de emitir uma segunda via. A emissão 
de uma triplicata não pode importar prejuízo a qualquer umas das partes, não 
podendo ser efetuado em caso de retenção (por não aceite). É importante 
observar e cumprir com os prazos legais definidos pela legislação, para que não 
haja desqualificação ou perda. 
Dentre as qualificações da exigibilidade do crédito, está a definição de que o 
credor pode tanto ser o sacador do título ou o endossante do título. Pois a título 
de regra a duplicata ainda é constituída de características cambiais, podendo ser 
endossada a terceiros. Importante notar o seguinte: “A lei não elenca o sacador 
dentre os coobrigados em relação aos quais o protesto é necessário porque seria 
redundante”. (pp. 337). Em outras palavras a obrigação contratual da letra 
sempre se voltará para o sacado original, aquele que primeiro realizou o acordo 
(Devedor Principal). 
A execução de um protesto deve cumprir com as datas legais para não ocorrer 
prescrição, sendo o prazo de prescrição do sacado de 3 anos e do sacador, 
endossante e avalistas de 1 ano, a contar da data de vencimento do título. 
A quinta e última parte explorada pelo autor é relativo aos TÍTULOS POR 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, que são regulamentadas pela lei das duplicatas, 
também. 
Sendo um modelo de duplicata que pode ser emitido, tanto por pessoas físicas 
quanto jurídicas que dediquem-se a atividade de prestar serviços. Sendo 
necessário que haja um documento comprovando o vínculo contratual e a efetiva 
prestação do serviço. Tirando por essa característica a parte, a duplicata por 
prestação de serviço segue as normas legislativas da duplicata mercantil nas 
suas demais considerações. 
Além desse título, existe a Duplicata por Conta de Serviço que não qualifica-se 
para circulação cambial como os demais títulos. Nessa duplicata deve estar 
contado os serviços prestados discriminadamente, assim como a data, local e 
origem da relação contratual.

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