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Jéssica Campolina de Sousa Laís Bittencourt Nonato Tharik Rodrigues Wallyson Batista DETERMINAÇÃO DE MISTURAS DE BASES E DE ÁCIDOS Ouro Preto MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Farmácia QUI 329- Química Analítica Prof. Gilmare 2014 INTRODUÇÃO: Soda cáustica é o nome dado ao hidróxido de sódio encontrado no comércio, mas soda é o sinônimo também de soluções aquosas de hidróxido de sódio. Essas soluções absorvem CO2 existente no ar e de sua interação com NaOH resulta que contém, na realidade, uma mistura de hidróxido e carbonato de sódio, com tanto mais carbonato quanto mais tempo estiverem expostas no ar. O experimento consiste na determinação de uma mistura de OHˉ e CO3²ˉ, realizada com duas titulações consecutivas, utilizando uma solução padronizada de HCl. A volumetria ácido-base pode ser usada para a determinação de mistura de ácidos. Essa determinação é realizada com duas titulações consecutivas, utilizando uma solução padronizada de NaOH. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL MATERIAIS E REAGENTES Água destilada Balão volumétrico Becker Erlenmeyer Pipeta 10mL Bureta 25mL Timolftaleína Vermelho de metila Solução de Ácido Clorídrico (0,1188 mol/L) Solução de Hidróxido de Sódio (0,1024 mol/L) Mistura ácida (7 mL HCl + 4 mL de H3PO4) Mistura básica (4g de NaOH + 5,3g de Na2CO3) PARTE EXPERIMENTAL DETERMINAÇÃO DE UMA MISTURA DE HIDROXILA E CARBONATO EM AMOSTRA DE SODA CÁUSTICA. Adicionou-se 10mL da amostra básica (4g de NaOH + 5,3g de Na2CO3), dilui-se com aproximadamente 50mL de água destilada e acrescentou-se 4 gotas do indicador timolftaleína. Titulou-se HCl (0,1188 mol/L) presente em uma bureta de 25mL até que fosse nítida a percepção da mudança de cor de azul da Prússia para incolor. Ao perceber o incolor, adicionou-se 4 gotas do indicador vermelho de metila até ocorrer a mudança para a cor rósea avermelhado. Então aquecemos o erlenmeyer para que o CO2 presente na solução fosse eliminado. Essa eliminação é dada pela mudança da cor avermelhada para o amarelo. Resfriamos o erlenmeyer para voltar à titulação até verificarmos a volta da cor rósea avermelhado. Vale ressaltar que nessa titulação houve problemas com a bureta, que estava vazando, possibilitando uma maior margem de erros nos resultados. OHˉ + H2O V1 CO3²ˉ + HCO3ˉ V2 HCO3ˉ + H2CO3 CO2+H2O H2CO3 + HCO3ˉ Tabela 1. Volumes de titulação HCl em amostra básica. Viragem Triplicata 1ª viragem (azul da Prússia para incolor) 2ª viragem (incolor para avermelhado) Após aquecimento e resfriamento (avermelhado – amarelo – avermelhado) 1ª 19,2 mL 27,6 mL 28,0 mL 2ª 18,4 mL 27,1 mL 27,4 mL 3ª 19,3 mL 30,6 mL __________ DETERMINAÇÃO DE UMA MISTURA DE HCl e H3PO4 Adicionou-se 10mL da amostra ácida (7 mL HCl + 4 mL de H3PO4), dilui-se com aproximadamente 50mL de água destilada e acrescentou-se 4 gotas do indicador timolftaleína e 4 gotas do indicador vermelho de metila. Titulou-se NaOH (0,1024 mol/L) presente em uma bureta de 25mL até que fosse nítida a percepção da mudança de cor de róseo para amarelo. Foi determinada então a primeira viragem. Continuamos a titulação até percebermos a segunda viragem, dada pela mudança de cor de amarelo para azul da Prússia. OHˉ + HCl H2O + Clˉ V1 H3PO4 + OHˉ H2PO4ˉ + H2O V2 H2PO4ˉ + OHˉ HPO4²ˉ H3PO4 + HCl + 3OHˉ 2H2O + Clˉ + HPO4²ˉ Tabela 2. Volumes de titulação NaOH em amostra ácida. Viragem Triplicata 1ª viragem (róseo para amarelo) 2ª viragem (amarelo para azul) 1ª 14,2 mL 19,5 mL 2ª 13,6 mL 19,2 mL 3ª 14,0 mL 19,3 mL CÁLCULOS: Dados: 1º ponto de viragem (vermelho de metila) HCl + 1 do H3PO4 Mistura básica titulada com HCl: Média (V2 – V1) = 8,9 mL Média V1 – (V2 – V1) = 9,9 mL % de Na2CO3 na mistura: N %NaOH na mistura: Mistura ácida titulada com NaOH: Média (V2 – V1) = 5,4 mL Média V1 – (V2 – V1) = 8,4 mL % de H3PO4 na mistura: Pureza H3PO4: % de HCl na mistura: Pureza de HCl CONCLUSÃO: O experimento nos permitiu calcular a concentração de qualquer substância ácida ou básica, estando estas em misturas ácidas ou básicas, desde que tenhamos conhecimento exato da molaridade do nosso titulante, que no caso foi o NaOH e HCL. Se faz necessário a observação da real concentração dos nossos titulantes e indicadores, uma vez que por terem sido utilizados inúmeras vezes podem registrar concentrações diferentes das tabeladas. Devemos levar em consideração erros durante o processo de titulação, pesagem de TRIS no processo de padronização, e erros nos volumes titulantes na determinação de uma mistura de hidroxila e carbonato em amostra de soda cáustica, e também na determinação de uma mistura de ácido clorídrico e ácido fosfórico. Tais falhas podem interferir nos cálculos, prejudicando de certa forma os resultados obtidos. REFERÊNCIAS: SKOOG, Douglas A. Fundamentos de química analítica. São Paulo: Thomson, 2006. 999 p HARRIS. Analise Química Quantitativa. 7.ed., Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos, 2005. VOGEL. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 462 p. BACCAN, N.; Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; BARONE, J. S. Química Analítica Quantitativa Elementar, 2.ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 1995.
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