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Ambientes de sedimentação marinhos siliciclásticos

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19/10/2011 
1 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO 
MARINHOS SILICICLÁSTICOS 
AUGUSTO MINERVINO NETTO 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
▪ Definição de ambientes siliciclásticos 
▪ Transporte e deposição de sedimentos clásticos 
▪ Fatores controladores do volume de sedimentos clásticos que aportam às 
zonas costeiras 
▪ Principais características sedimentológicas dos grãos clásticos 
▪ Os principais processos físicos atuantes nas zonas costeiras – rios, marés, 
ondas e correntes 
▪ O efeito modelador das zonas costeiras – as variações do nível do mar 
▪ Ambientes dominados por rios 
▪ Ambientes dominados por ondas 
▪ Ambientes dominados por marés 
▪ Características geológicas/geomorfológicas de estuários 
▪ Características geológicas/geomorfológicas de deltas 
▪ Plataformas continentais siliciclásticas 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Objetivo 
Mostrar que: 
• A formação de depósitos siliciclásticos são 
dependentes primordialmente da tectônica 
local, variações do nível do mar e clima. 
• A complexa interação dos fatores acima 
mencionados aliada as características meteo-
oceanográficas produzem distintos 
ambientes marinhos siliciclásticos. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
NATUREZA DOS SEDIMENTOS 
 TERRÍGENOS 
 BIOGÊNICOS 
 AUTIGÊNICOS 
 COSMOGÊNICOS 
 VULCANOGÊNICOS 
 SEDIMENTOS MARINHOS 
 PELÁGICOS – MAR ABERTO, ÁGUAS PROFUNDAS 
 HEMIPELÁGICOS - TRANSICIONAIS 
 NERÍTICOS - COSTEIROS 
Ou tipos de sedimentos que ocorrem nos oceanos 
19/10/2011 
2 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
DISTRIBUIÇÃO ESQUEMÁTICA DOS SEDIMENTOS 
NA MARGEM CONTINENTAL 
Sedimentos Alóctones e Autóctones 
Sedimentos de Natureza Terrígena 
(Litogênicos, detríticos e siliciclásticos) 
Bacia 
Oceânica 
Equador 
Pólo Norte 
Sedimentos Glaciais 
Pólo Sul 
Sedimentos Glaciais 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Sedimentos carbonáticos vs. siliciclásticos 
ooides 
ooides 
Platô recifal 
Sedimentos litogênicos, 
detríticos, clásticos. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Sedimentos Terrígenos 
 Constituintes Clásticos 
(fragmentos de minerais e rochas) 
O processo de desintegração e decomposição é designado de 
intemperismo. 
Transportados pela bacia de drenagem, ventos, geleiras, 
correntes oceânicas 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Os principais constituintes terrígenos inorgânicos são formados por 
fragmentos de rochas. 
 Grãos minerais leves (quartzo, feldspato, mica) 
 Grãos minerais pesados (magnetita, ilmenita, zircão e rutilo) 
Sedimentos Terrígenos 
Os minerais de argila (argilominerais) tem significativa presença nas lamas 
de natureza terrígena, cujos componentes de maior ocorrência são as ilitas, 
caulinitas, clorita e esmectita. 
Terrígenos: são os componentes originados da erosão de áreas situadas 
fora da bacia deposicional e carreada para a mesma como sólidos. 
19/10/2011 
3 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Depósitos coluvionares – minerais pesados 
 Turmalina (A - J); 
 Zircão (K –N); 
 Rutilo (O – P); 
 Granada (Q ). 
Placeres costeiros, Extremo Sul da 
Bahia. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
FONTES E VOLUMES DE SEDIMENTOS 
TERRÍGENOS 
FONTE QUANTIDADE ESTIMADA 
(109 tons/ano) 
Rios 18.3 
Glaciares 2.0 
Poeira eólica 0.6 
Erosão costeira 0.25 
Detritos vulcânicos 0.15 
Água subterrânea <0.48 
http://www.odp.usyd.edu.au/odp_CD/ 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
O transporte dos grãos sedimentares até a bacia deposicional é modulado 
pela competência dos fluxos aquosos. 
Duas noções emergem como importantes: 
 Competência – tamanho das partículas que podem ser movimentados 
pelo fluxo aquoso. 
 Capacidade – quantidade de material que pode ser movimentado por 
unidade de tempo. 
Transporte Sedimentar 
Rio Jequitinhonha 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Transporte e Deposição de Sedimentos Clásticos 
• Rochas cristalinas são três vezes mais resistentes à erosão que 
rochas sedimentares. A intensidade do intemperismo e erodibilidade 
são reduzidas com o aumento do conteúdo de quartzo. 
• Cadeias montanhosas (Andes) produzem mais sedimentos que 
regiões cratônicas. 
Planície 
quaternária 
Embasamento 
Ponta de Corumbau 
19/10/2011 
4 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Fatores Meteorológicos e Oceanográficos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Perfil de Equilíbrio – sedimentos se acumulam verticalmente até alcançar a base 
de onda que teoricamente é a profundidade acima da qual os processos de 
transporte impedem à acumulação. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
A herança geológica 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
A distribuição dos sedimentos nos oceanos são controlados por seis 
fatores primários: 
 A idade da crosta oceânica; 
 O comportamento tectônico da crosta oceânica; 
 Variações do nível do mar; 
 Arcabouço geológico-geomorfológico da parte emersa; 
 Natureza e localização dos sedimentos de origem; 
 Comportamento dos processos sedimentares oceanográficos e 
climáticos que modelam a deposição de sedimentos na bacia. 
Transporte e Deposição de Sedimentos Clásticos 
19/10/2011 
5 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Fluxo de Sedimentos para a Zona Costeira 
 Controle tectônico  Geologia 
 Clima 
Rio Amarelo, China 
O clima controla as taxas de 
intemperismo, de erosão e de transporte 
de detritos até as linhas de costa. Essa 
influência é exercida inclusive na 
maturidade textural e mineralógica dos 
sedimentos clásticos acumulados nas 
margens continentais. 
Sedimentos alogênicos (= alóctone) 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Natureza e Volume dos Sedimentos 
Tamanho da bacia de drenagem; 
Relevo; 
Geologia/Geomorfologia 
Clima; 
Vegetação. 
Estes fatores governam a quantidade, o 
tamanho do grão e a forma com que 
chegam a linha de costa. 
Controle 
Tectônico 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Sedimentos Terrígenos 
Soerguimento = 5,7 mm/ano. 
Presença de duas fossas. 
Devido ao gradiente 
topográfico, freqüente 
atividade tectônica, alta 
erodibilidade das rochas, 
altos índices pluviométricos, 
tufões. Esta torna-se uma 
das mais importantes áreas 
de produção de sedimentos 
do mundo. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Sedimentos Terrígenos 
Mais de 30% da descarga dos rios em 
Taiwan, apresentam um fluxo hiperpicnal. 
Taiwanese rivers presently discharge > 
300 Mt of sediment to the surrounding 
ocean each year. 
 
19/10/2011 
6 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
A velocidade de transporte controla o tamanho dos grãos que podem ser carreados 
(a exceção das geleiras que carregam sedimentos de todos os tamanhos). A 
velocidade de transporte conseqüentemente provoca a seleção dos sedimentos por 
tamanho de grãos. 
Fluxo 
A força que impulsiona o objeto é representada pelo Fluxo, o objeto é designado 
partícula sedimentar ou Grão, e o atrito estático é dada pela relação de forças entre 
o grão com o fundo e com outros grãos circunvizinhos. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Transporte de Sedimentos 
Silte e 
Argila 
Areia 
Cascalho 
Fluxo 
O transporte de materialsólido na coluna d’água pode ser feito como carga de fundo 
ou em suspensão, dependendo do tamanho do sólido e das condições de fluxo. 
Para que qualquer movimento se inicie, o fluxo que impulsiona o objeto tem de ser 
maior que o atrito estático. 
Arrasto, saltação, rolamento e suspensão 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Relação de forças entre o 
grão, o fundo e os grãos 
circunvizinhos. 
A intensidade da força que impulsiona o grão, 
o fluxo, irá depender : 
 Velocidade do fluxo 
 Viscosidade de fluido 
 Profundidade da lâmina d’água 
O atrito estático é a força que se opõe ao 
movimento do grão. 
 Forma, tamanho e densidade do grão 
 Altura do centro de gravidade do grão 
 Forças coesivas entre o grão e os grãos 
circunvizinhos 
 Viscosidade do fluxo e 
 Tensão de cisalhamento. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Velocidade Limite para Transporte em Fluxos Unidirecionais 
2 
25 
0.75 
19/10/2011 
7 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
DESCARGA DE SEDIMENTOS FLUVIAIS 
142
131
444
256
210
232
1438
17
150
18
154
28
30
113
17
110
31
66
133
290
285
3228
62
930
3000
1738
100
25
59
67
150º W 120º 90º 60º 30º W 0º 30º E 60º 90º 150º E
30º S
0º
30º N
60º N
Sediment yield
essentially no discharge
to the ocean
<10
10- 50
50- 100
100- 500
500- 1000
> 1000
Produção de sedimento 
ton km2 /ano 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Drenagem Descarga 
Ranking Rio País Km2 m3/seg 
1 Amazônia Brasil 5.778.000 212.400 
2 Congo Zaire 4.014.500 39.650 
3 Yangtze China 1.942.500 21.800 
4 Brahmaputra Bangladesh 935.000 19.800 
5 Ganges Índia 1.059.300 18.700 
6 Yenisei Rússia 2.590.000 17.400 
7 Mississipi EUA 3.222.000 17.300 
8 Orinoco Venezuela 880.600 17.000 
9 Lena Rússia 2.424.000 15.500 
10 Paraná Argentina 2.305.000 14.900 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Espessura de Sedimentos nas Margens Continentais e Bacias Oceânicas 
19/10/2011 
8 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Quatro fatores que regulam o comportamento deposicional em 
plataformas continentais: 
Q = taxas de entrada de sedimentos 
R = mudanças do nível do mar 
M = tamanho dos grãos 
D = transporte sedimentar (marés, deriva litorânea, correntes costeiras e 
oceânicas) 
= Espaço de Acomodação 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Acomodação e Nível do Mar 
Nível de base 
Superfície deposicional 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Magnitude da descarga de sedimentos – Megatoneladas/ano 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
19/10/2011 
9 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
A deposição das últimas grandes 
formações sedimentares da bacia 
ocorreu a partir do Mioceno Superior, 
com o estabelecimento da drenagem 
do Rio Amazonas para o Oceano 
Atlântico entre 11,8 e 11,3 Ma. 
 
Considerando-se uma espessura de 
cerca de 10 km depositadas em 
aprox. 10 Ma. Taxa deposicional 
média de 1,0 m/ka. 
Taxas de sedimentação de até 5 m/ka para o Pleistoceno Superior durante as fases de mar 
baixo (glaciais), quando o Rio Amazonas esteve diretamente conectado ao seu cânion, na 
borda da plataforma e talude continental. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
O Leque do Amazonas - Megadeslizamentos 
O leque é caracterizado por um espesso prisma de sedimentação siliciclástica, 
com espessura que chega a 9.000 e está entre os mais expressivos complexos 
turbidíticos modernos, se estendendo por cerca 700 km além da quebra de 
plataforma continental. 
 
Os depósitos de movimentos de massa do Leque do Amazonas são 
climaticamente induzidos, modulados por variacões glacio-eustáticas: durante 
fases de rebaixamento de nível eustático, a dissociação dos hidratos de gás seria 
um dos principais mecanismos iniciadores de deslizamentos submarinos no leque. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
O Complexo de Megadeslizamentos do Amapá 
Sucessão vertical de instabilidade gravitacional 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Origem dos Sedimentos - Rios 
RIOS 
Leques submarinos dos 
rios Ganges e Indus. 
Delta e leque submarino do rio Mississipi. 
19/10/2011 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Poeira cruzando o Mar do 
Japão. 
Khartoum, Sudão 
Ação Eólica 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ação Eólica 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Mirante de Deus, PB 
Rocha Matriz ou Área Fonte 
By-pass de sedimentos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Lençois Maranheses, MA. 
Dunas Eólicas Ativas 
Área Fonte 
Dunas ativas são depósitos sedimentares controlados pelo clima, tectônica e 
eustasia. Estas acumulações eólicas representam áreas onde ocorre um déficit de 
sedimento local. 
19/10/2011 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Distância de transporte 
Largo, 
mais angular 
Menor, 
mais arredondado 
Arrendondamento e Esfericidade 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Selecionamento 
Areias Bem Selecionadas Areias Muito Mal Selecionadas 
Selecionamento, arredondamento e esfericidade tendem a aumentar com 
o aumento do transporte. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Esfericidade 
Selecionamento 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Porosity Varies with % Cement 
19/10/2011 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Porosity Varies with Sorting 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
MORE POROUS LESS POROUS 
 Fractured Shale Unfractured Shale 
Porosity Varies with Fracturing 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Rocha Sedimentar Clástica: 
Conglomerado (fragmentos de seixos e matriz 
arenosa e/ou pelítica). Extremamente mal 
selecionada. 
Em ambientes clásticos, tendo uma única fonte: 
Seleção do sedimento aumenta na direção do transporte; 
A média diminui (mm); 
Assimetria tende para grãos mais finos; 
Curtose 
Classificação granulométrica de Wentworth (1922) 
 
Classificação 
 (phi) mm 
Areia muito grossa -1 a 0 2 a 1 
Areia grossa 0 a 1 1 a 0,5 
Areia média 1 a 2 0,5 a 0,25 
Areia fina 2 a 3 0,25 a 0,125 
Areia muito fina 3 a 4 0,125 a 0,062 
Silte 4 a 8 0,062 a 0,0039 
( = - log2d; onde d é o 
diâmetro de grão em 
mm) 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Os sedimentos constituem-se de três componentes, os quais podem ocorrer 
associados em diferentes proporções: 
 
Terrígenos: são os componentes originados da erosão de áreas situadas fora da 
bacia deposicional e carreada para a mesma como sólidos. Exemplos: grãos de 
quartzo, feldspato, minerais pesados e argilominerais. 
 
Aloquímicos: Os aloquímicos são substâncias formadas a partir da precipitação de 
soluções dentro da bacia de deposição e que foram posteriormente retrabalhados 
dentro dessa bacia Exemplo: coquinas, oólitos, fragmentos de carbonatos em geral. 
 
Ortoquímicos: Os ortoquímicos são substâncias precipitadas dentro da bacia de 
deposição e que não apresentam evidências de pouco ou quase nenhum 
transporte posterior. Exemplos: evaporitos, calcita preenchendo espaços porosos 
de arenitos. 
Aloquímicos e ortoquímicos são constituintes químicos enquanto terrígenos são 
constituintes clásticosou detríticos. 
19/10/2011 
13 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Planície costeira do rio 
Jequitinhonha 
Canais de maré 
(inlet) 
Ambiente dominado por ondas 
(deriva litorânea) 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Os principais processos físicos atuantes nas zonas costeiras 
“e a formação dos compartimentos geomorfológicos” 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Canais 
(inlets) 
Planícies 
de maré 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
19/10/2011 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
SEDIMENTAÇÃO 
Variações do 
Nível do Mar 
Tectônica Clima 
Variáveis Controladoras dos Ambientes Siliciclásticos 
Principais controles 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Fatores determinantes na arquitetura deposicional – padrão estratal e distribuição 
das litofácies (modificado de Peter Vail, 1987). 
Variáveis Fundamentais 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
19/10/2011 
15 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Curvas de Variação do Nível do Mar 
Efeito Modelador das Zonas Costeiras 
A: curva esquemática de variação do nível relativo do mar nos últimos 150.000 anos, para a 
costa leste-nordeste do Brasil esboçada com base na curva eustática de Chappell & Shackleton 
(1986). B: curva de variação do nível relativo do mar nos últimos Martin et al. (2003 ) 
220 ky 
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16 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
m
e
tr
o
s
 
Curva do Nível Eustático do Mar para os últimos 2 Ma. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Alterações de 
caráter tectônico 
e/ou isostático 
atuante no 
continente. 
MÚLTIPLOS PROCESSOS COMBINADOS 
A B 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Alterações do Nível de Base 
Além das variações do nível do mar, o 
estoque de sedimentos será controlado 
pela área da bacia de drenagem, relevo 
e clima 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Vales incisos 
Depósitos 
Deltáicos 
Efeito das flutuações do nível de base 
Experimento demonstrando a formação de veles incisos e frentes deltaicas 
decorrente de um rápido abaixamento do nível do mar. 
Nível de base 
19/10/2011 
17 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Marés, ondas e correntes associadas a eventos de tempestades, 
desempenham na zona costeira um papel de grande efetividade dinâmica 
na distribuição, remobilização e retrabalhamento de sedimentos e 
formação de feições sedimentares características. 
Conjunção dos Fatores Meteo-Oceanográficos 
Zonas costeiras sistemas não-lineares 
Furacão, Ivan 
Indonésia, 2006 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Linhas de costas podem ser predominantemente erosivos 
ou deposicional 
A ação das ondas, marés e correntes litorâneas comanda os processos de 
erosão e deposição ao longo das costas. Dependendo da intensidade dos 
fatores meteo-oceanográficos, da taxa de estoque de sedimentos e da 
declividade da zona costeira haverá uma maior ou menor acumulação de 
sedimentos clásticos no ambiente costeiro. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Intercâmbio do estoque de sedimentos clásticos 
N 
Foz do Rio São Francisco 
Estuário dominado pela ação modeladora das ondas 
Regra de Brunn, o perfil 
médio de equilíbrio é 
rompido com mudanças 
do nível relativo do mar. 
a) Retrogradação 
b) Progradação 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Planície Costeira do rio Doce 
19/10/2011 
18 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Imagem Landsat 7, demonstrando transporte de sedimentos no estuário do 
rio Geba, na Guiné-Bissau. 
Aporte de Sedimentos Clásticos sendo injetados na bacia deposicional 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes Dominados por Rios 
Delta do Paraíba do Sul 
Os sedimentos aluvionares que 
alcançam a linha de costa são 
redistribuídos pela bacia através 
dos processos de deriva litorânea, 
correntes costeiras e marés. 
O Delta do Paraíba do Sul 
formado por depósitos de 
areias fluviais que foram 
retrabalhados por processos 
marinhos ao largo da 
desembocadura fluvial. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes Dominados por Rios 
Rio Cathy 
Bancos recifais 
Delta temporário 
Terras Úmidas 
Costeiras 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Geração dos Orbitais de Ondas 
Comprimento de 
onda 
As ondas constituem um dos processos marinhos mais efetivos no 
selecionamento e redistribuição dos sedimentos depositados nas regiões 
costeiras e plataforma continental interna. 
Altura de 
onda 
Cava 
19/10/2011 
19 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Propagação 
de ondas em 
águas profundas 
Wave base 
Wave base 
Zona de 
arrebentação Zona de 
surfe 
Praia 
Propagação 
de ondas em 
águas rasas 
Metade do 
comprimento 
de onda (L/2) 
Face de 
praia 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Dinâmica Costeira em Ambientes Dominado por Ondas 
Atuação da alternância da energia de ondas 
Alterações no pacote sedimentar do prisma praial 
 Alterações no perfil topográfico 
Mudanças 
granulométricas 
Costa da California, EUA. 
28, março/2010 
20, janeiro/2010 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambiente Dominado por Ondas 
A morfologia da linha de costa reflete essencialmente a interação entre o estoque de 
sedimentos e os processos meteo-oceanográficos atuantes na bacia deposicional. A 
deriva litorânea constitui um dos processos mais significativos de transporte de 
sedimentos. 
N 
Deriva Litorânea 
Dunas - Depósitos de areias litorâneas 
Comuns ao longo de 
costas dissipativas, 
expostas à ação dos 
ventos. 
Clima; 
Suprimento de sedimentos; 
Velocidade dos ventos; 
Textura de sedimentos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Esse fato é de fundamental importância na dinâmica costeira, uma vez que 
a energia das ondas, e sua capacidade de viabilizar o transporte de 
sedimentos, é diretamente proporcional ao quadrado da sua altura. 
 
A energia das ondas, expressa em Joules/m², da qual depende a 
capacidade de remobilização dos sedimentos: 
 
E=1/8ρ.g.Hb² 
 
Onde: ρ é a densidade da água do mar, g a aceleração da gravidade, e Hb 
a altura da onda na arrebentação. 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Dunas Costeiras 
A origem e evolução das acumulações eólicas são determinadas por fatores 
ambientais de escala regional ou local: (i) suprimento de sedimentos, (ii) textura dos 
sedimentos, (iii) cobertura vegetal (iv) velocidade e variabilidade dos ventos (v) 
topografia pretérita (vi) variações climáticas e do nível do mar e (vii) soerguimento e 
subsidência tectônicas. 
Nas zonas costeiras podem ser adicionadas: profundidade do lenço freático, 
amplitude das marés, morfologia praial, orientação da linha de costa. 
A construção e evolução das dunas costeiras são decorrentes de processos atuantes 
a longo e a curto prazo. 
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Migração de Ilha Barreira, Cape Cod, Massachusetts 
Sentido da Deriva 
Litorânea 
A dispersãode sedimentos arenosos ao longo da costa, em ambientes 
dominados por ondas, resulta essencialmente da atividade das ondas que, ao 
se aproximarem da linha de costa formando um ângulo agudo, geram uma 
corrente que flui paralelamente à mesma. 
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Oceanside, California 
Ambiente Dominado por Ondas 
Praias arenosas representam uma feição efêmera ao longo do tempo, sendo 
modeladas continuamente pelos processos continentais, oceânicos e atmosféricos. 
Dessa forma, esses ambientes dinâmicos estão em permanente transformação. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Morfodinâmica Praial 
A morfologia e granulometria de praias arenosas é 
controlada por vários fatores, dos quais os principais 
são: o suprimento de sedimentos para a zona 
costeira pelos rios, e os processos oceanográficos 
(ondas, marés, correntes costeiras e ação de 
tempestades). 
Praia de Guaibim, 
Valença, BA. 
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0
1
2
3
4
5
6
7
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Distância (m)
Co
ta (
m)
22/02/2008
6/5/2008
18/8/2008
13/11/2008
Morfodinâmica Praial 
Estado morfodinâmico – 
dissipativo a intermediário 
Praia de Guaibim, Valença, BA. 
1,2 – 1,3 m. 
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Correntes de Retorno 
Barra da Tijuca, RJ 
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Planície Costeira de Caravelas – ambiente dominado por ondas ? 
Ambiente progradacional tendo 
como fonte de sedimentos o 
ambiente marinho. 
Andrade, 2000 
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Qual a importância de fenômenos em escala temporal 
curta? 
Dinâmica de fluidos; 
Processos meteo-oceanográficos; 
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Ambiente Dominado por Ondas e Rios 
Desembocadura do rio Paraíba 
do Sul 
1 
1- Efeito Molhe Hidráulico 
2- Fase de formação de 
cordões arenosos 
2 
2 
Depósitos 
Marinhos 
Depósitos 
Fluviais 
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Efeito Parede Hidrodinâmica 
Planície Costeira de Caravelas 
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Ilha Barreira, EUA 
Carolina do Norte, EUA 
Cordões 
arenosos 
Feições típicas de um sistema de mar transgressivo. 
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Ilha Barreira, Portugal 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ilha Barreira, EUA 
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Área onde ocorre mistura de 
processos fluviais e marinhos. 
Contrario dos deltas apresentam taxas de 
fornecimento de sedimentos inferiores à 
sua capacidade de retrabalhamento por 
processos bacinais. 
Interação de fluxos: estuários dominado por ondas vs. marés 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes Dominados por Marés 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambiente Dominado por Marés 
Micro-marés (0 – 2m) 
Meso-marés (2 – 4m) 
Macro – marés (> 4m) 
Ambientes dominantes nas regiões sujeitas à macro-marés: 
Estuários; 
Planícies de maré; 
Manguezais; 
Pântanos de água salgada (marismas ou salt marshes). 
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Estuários são formados durante a transgressão de vales incisos. 
Parte distal de um vale fluvial afogado 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes Dominados por Marés 
As marés que são observadas nas zonas costeiras resultam do 
empilhamento e amplificação das marés oceânicas, à medida que estas se 
movem sobre a plataforma continental e para dentro de estuários e baías. 
Planície de maré, no litoral do Pará 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes Dominados por Marés 
Delta do Amazonas Costas submetidas a um regime 
de macromarés (amplitude > 4m) 
mostram estuários marginados 
por amplas planícies de maré 
lamosas ocupadas por extensos 
manguezais ou marismas, que 
transicionam rumo ao interior para 
pântanos costeiros. Ilhas 
barreiras estão ausentes. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Estuários 
Estuários são ambientes costeiros transicionais, influenciados, por um lado, pelos 
agentes continentais (água vadosa e sedimentos continentais) e, por outro lado, pelos 
agentes marinhos. 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Compartimento geomorfológico que ocorre nas embocaduras dos rios sendo 
uma porção interna do vale de drenagem de um rio até onde ocorre a 
influência da penetração de maré. 
A extensão desta influência pode variar em função de vários fatores: como 
descarga fluvial, amplitude de maré, correntes, ventos e morfologia da 
desembocadura. 
Estuários 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Estuários são feições costeiras bastante 
dinâmicas no tempo e no espaço sendo 
encontrados nas zonas costeiras de todo o 
mundo, em todas as latitudes. São 
caracterizados como ambientes de transição, 
responsáveis pelo equilíbrio dos fatores 
físico-químicos entre a bacia hidrográfica e a 
zona costeira. 
Seção de um estuário dominado por ondas 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Modelo de distribuição de fácies estuarina em função da energia 
hidrodinâmica. 
Prisma de Maré vs.Descarga Fluvial 
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Floculação no ambiente fluvial: 
presença de filmes mucosos derivados de 
atividade bacteriana e partículas orgânicas 
adsorvidas da suspensão (positivamente 
carregadas) auxiliam na floculação. 
No Ambiente Marinho: 
Na água salina existem íons livres de Na+, K+, Mg+ que 
irão estabelecer ligações químicas de van de Waals 
com a matéria orgânica. 
Normalmente, as partículas de argila 
transportada em suspensão na água 
doce possuem cargas elétricas negativas 
em sua superfície. 
Floculação de partículas sedimentares no ambiente estuarino. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Partículas argilosas possuem uma alta superfície em relação ao seu 
volume bem como uma alta carga residual com as outras camadas 
sobrepostas e sotapostas… 
 
 ...assim as cargas tendem a se unirem …. 
 
 …tornando as argilas relativamente duras de serem erodidas, mais 
do que sedimentos compostos por siltes grossos e areias! 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Do ponto de vista geológico são ambientes efêmeros, com tendência a serem 
gradualmente preenchidos até atingirem um estágio final de evolução, quando os 
sedimentos fluviais serão lançados diretamente no mar. 
 
A propagação da onda de maré pode representar o maior mecanismo físico de 
circulação no ambiente estuarino. A penetração da maré tem um papel fundamental 
na renovação e mistura das massas d’água, na distribuição de sal, sedimentos e 
nutrientes dos estuários. 
Estuários 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Na costa brasileira, devido à queda do nível médio do mar no Holoceno, os 
estuários ainda existentes apresentam bacias de sedimentação de 
reduzidas dimensões. Exceções são feitas às baías com forte controle 
tectônico, como a Baía de Todos os Santos, Paranaguá, Camamú, onde 
uma drenagem fluvial, relativamente pequena, um grande espaço de 
acomodação permite que grandes estuários ainda existam. 
 
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Ambientes de SedimentaçãoMarinhos Siliciclásticos 
Do ponto de vista geológico, os estuários funcionam como armadilhas de 
sedimentos fluviais e marinhos. 
Estuários 
Zona de Turbidez Máxima 
 
A magnitude dessa turbidez máxima depende da concentração do material em 
suspensão do rio e do mar e da intensidade da circulação estuarina. 
 
Além disso, a erosão causada por fortes correntes de maré, ressuspende o 
fundo, principalmente sedimento fino. 
 
Em estuários esta zona de turbidez máxima podem causar uma diminuição na 
entrada de luz na coluna de água e conseqüentemente, diminuição da 
produtividade primária. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Acumulação de sedimentos 
alóctones à frente de 
desembocaduras fluviais. 
 
Acumulação de sedimentos 
mais rápida do que a 
remoção pelos processos 
costeiros. 
Deltas 
Deltas são sistemas de sedimentação que ocupam uma posição intermediária entre 
os ambientes subaéreos (continentais) e subaquosos (marinhos ou lacustres). 
Delta do rio Lena na Rússia 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Deltas são protuberâncias construídas ao longo de linhas de costa, quando 
os rios chegam aos oceanos, mares semifechados, lagos ou lagunas 
costeiras trazendo um grande volume de sedimentos. 
A velocidade de suprimento sedimentar é maior do que aquela que os 
agentes da dinâmica litorânea da bacia receptora podem retrabalhar e 
distribuir. 
Deltas 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Classificação Morfológica dos Deltas 
Diagrama ternário de deltas proposta por Galloway 
(1975) com seis tipos de delta identificados por 
Coleman e Wright (1975). 
Lobos alongados e 
irregulares 
Forma cuspidada 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Subambientes do Complexo Deltaico 
1- Planície deltaica 
2- Frente deltaica 
3- Prodelta 
Decarga anual de 500 * 
106 Ton. de sedimentos 
Delta do Mississipi 
Topset 
Foreset 
Bottomset 
Perfil Estratigráfico 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Pro-delta 
Frente deltaica 
Planície deltaica 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Seção Estratigráfica do Ambiente Deltáico 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Delta do rio Amarelo 
1977 
2000 
Fluxo Hiperpicnal – densidade do fluxo 
fluvial maior que a bacia receptora. 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Plataforma Continental Siliciclástica 
RAMPAS 
O termo Rampa tem sido adotado para descrever uma superfície 
deposicional com suave declividade, geralmente menor que 10, desde o 
ambiente de água rasa agitada até águas profundas, sem uma marcante 
quebra em direção ao talude. 
Barreiras recifais estão geralmente ausentes, mas pináculos recifais podem 
ocorrer. Esta pode ser subdividida em dois tipos: homoclinal e rampas 
distalmente escarpadas, diferindo entre si na feição de quebra da 
plataforma continental, mais uniforme no primeiro tipo e no segundo tipo 
marcada pelo aumento do gradiente de declividade na plataforma externa 
em direção ao talude continental. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
RAMPAS 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Devido a seu perfil e ausência de construções proeminentes na borda da 
plataforma os swells podem retrabalhar diretamente o fundo marinho, 
resultando em: 
1) o nível de energia no ambiente de água rasa é alto; 
2) as fácies próximas a praia são complexas, devido aos níveis altos de 
energia que promovem contínuas mudanças na face de praia; 
3) os sedimentos podem ser facilmente transportados para águas mais 
profundas; 
4) devido as rampas estarem adjacentes aos ambientes terrestres, elas 
são fortemente influenciadas por sedimentos siliciclásticos. 
Rampas – Características Morfológicas 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
 Zonas Hidrodinâmicas de uma Rampa 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Morfologia da quebra da rampa distalmente escarpada em direção ao 
talude, no oeste da Flórida. 
RAMPAS 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Rampas Homoclinal: 
A costa do Golfo Pérsico, Shark Bay no oeste da Austrália e a plataforma do 
Golfo de Gabès no Mediterrâneo. 
Rampas Distalmente Escarpadas: 
Nordeste de Yucatan no México, a plataforma oeste da Florida (Tucker & 
Wright, 1990) e a plataforma continental do Brasil. 
As principais fácies de uma rampa distalmente escarpada incluem: 
 
 Abundantes depósitos por escorregamento; 
 Breccias e areias lamosas no talude continental; 
 Plataforma interna coberta por areias litoclástos e esqueletais; 
 Ocorrência de pequenas estruturas recifais (bioermas). 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Fluxos 
Gravitacionais de 
massa 
Leques 
deposicionais. 
Rampas 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Distribuição granulometria média presente na área de estudo, plataforma 
continental norte do Estado da Bahia. Método de interpolação IDW. 
Descarga Fluvial como Elemento Controlador de Fácies Carbonáticas 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Silva, 2008 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
0% CaCO3 
100% CaCO3 
Percentual de sedimentos 
carbonáticos/siliciclásticos no Rio 
Grande do Norte. 
Plataforma Continental Mista 
Fácies Mistas 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Lama carbonática 
Lama siliciclástica 
Areia siliciclástica 
Areia bioclástica 
Cascalho bioclástico 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
SHELF EDGE REEFS 
• DROWNED PHASE 
• “Give-up reefs” 
 
• Before 7 ky 
• Pleistocene ? 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Plataformas com Barreiras Marginais 
Plataformas escarpadas ou plataformas de bordo são plataformas rasas a qual a 
parte externa é agitada por ondas, a margem é marcada por um pronunciado 
aumento da profundidade na zona próxima à quebra da plataforma continental. A 
margem externa da plataforma continental pode ser constituída de uma barreira de 
recifes, bancos de areias esqueletais ou pequenas ilhas proveniente de uma fase 
deposicional recente. 
A existência de uma barreira de recifes contínua a semi-contínua ao longo da 
margem da plataforma restringe a circulação logo atrás dessa, formando uma 
laguna entre a barreira recifal e o continente. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Apresenta muralha de recifes ou baixios ao longo das margens da plataforma, os 
quais ao amortecerem a energia das ondas, geram ambientes de baixa energia em 
sua retaguarda (lagunas, plataformas rasas, etc.). 
A Grande Barreira de Recifes, 
Sudeste da Flórida, Belize e 
Queensland são alguns 
exemplos modernos de 
plataformas escarpadas. As 
duas primeiras plataformas são 
coberta por sedimentos 
carbonáticos, enquanto Belize e 
Queensland são cobertos por 
sedimentos siliciclásticos (em 
uma estreita porção) e 
carbonáticos. 
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Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Sedimentos Carbonáticos Sedimentos Siliciclásticos 
A maioria dos sedimentos ocorrem em 
ambientes rasos e tropicais 
Clima não é um problema, os 
sedimentos ocorrem em qualquer local 
e profundidade 
A maioria dos sedimentos formam-se 
em ambientes marinhos 
Os sedimentos formam-setanto em 
ambientes marinhos como terrestres 
O tamanho dos sedimentos depende do 
esqueleto do organismo e das partes 
duras e calcificadas 
O tamanho dos sedimentos dependem 
da energia hidráulica atuante no 
ambiente de deposição 
Os ambientes sedimentares 
carbonáticos mudam sem uma 
mudança no regime hidráulico 
Mudanças no ambiente sedimentar 
corresponde a mudanças no regime 
hidráulico 
A exposição periódica desses 
sedimentos durante a deposição podem 
causar diagênese 
A exposição periódica dos sedimentos 
durante a deposição não afeta os 
depósitos 
Sinais das fáceis sedimentares são 
destruídas durante metamorfismo de 
baixo grau 
A fácies sedimentares continua 
discernível mesmo após o 
metamorfismo de baixo grau. 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Ambientes de Sedimentação Marinhos Siliciclásticos 
Referências Bibliográficas 
Dalrymple, R. W., Zaitlin, B. A. Boyd, R. (1992) Estuarine facies models: conceptual basis 
and stratigraphic implications. Jounal of Sedimentary Petrology. V. 62 n.06 1130-1146

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