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1º Semestre Serviço Social - Introdução ao Pensamento Sociológico - slide da aula - unidade II

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Unidade II
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO 
SOCIOLÓGICOSOCIOLÓGICO
Profa. Rita Maciel
Introdução ao Pensamento 
Sociológico
Ementa
Unidade I
1. A sociologia nos diversos campos da 
vida humana
2 O renascimento e o novo pensamento2. O renascimento e o novo pensamento 
social
3. O surgimento da ciência e as bases
da sociologia
4. Surgimento da sociologia 
Introdução ao Pensamento 
Sociológico
Unidade II
 A sociologia de Durkheim
 Max Weber e a sociologia alemã
Unidade III
 Max Weber e a sociologia alemã
 Marx e o materialismo dialético
 A contribuição de Gramsci ao 
pensamento sociológico
Introdução ao Pensamento 
Sociológico
A sociologia de Durkheim
“Embora Comte seja considerado o pai da 
sociologia e tenha lhe dado esse nome, 
Durkheim é apontado como um de seus 
primeiros grandes teóricos. Ele e seus 
colaboradores se esforçaram por 
emancipar a sociologia das demais teorias 
sobre a sociedade e constituí-Ia como 
disciplina rigorosamente científica. Em 
livros e cursos, sua preocupação foi definir 
com precisão o objeto o método e ascom precisão o objeto, o método e as 
aplicações dessa nova ciência.”
(COSTA, 2011)
Émile Durkheim
 Formulou as orientações iniciais para a 
sociologia, demonstrando que os fatos 
sociais possuem características 
próprias, por isso diferem dos objetos 
estudados por outras ciências. 
 Para ele, a finalidade da sociologia é 
compreender, estudar os fatos sociais. 
 Ao definir a finalidade da sociologia, 
buscou-se a resposta para a questão: 
o que vem a ser fato social?o que vem a ser fato social?
Émile Durkheim
Fato social
 Relaciona as ações da vida cotidiana, 
como a maneira de pensar, de sentir e agir 
de um determinado grupo social. 
 As ações existem não apenas na menteAs ações existem não apenas na mente 
de cada indivíduo, de cada membro de 
um grupo, mas também são exteriores e 
exercem, sobre eles, um poder coercitivo.
 Exemplo: a língua, o sistema monetário, 
as religiões, as leis; quer a pessoa goste,as religiões, as leis; quer a pessoa goste, 
quer não, vê-se obrigada a seguir o 
costume geral.
Introdução ao Pensamento 
Sociológico
 Em As regras do método sociológico
(DURKHEIM,1895, p.92-93), define o 
objeto da sociologia, os fatos sociais, 
com as seguintes explicações:
“É um fato social toda a maneira de 
fazer, fixada ou não, suscetível de 
exercer sobre o indivíduo uma coação 
exterior; ou ainda, que é geral no 
conjunto de uma dada sociedade tendo, 
ao mesmo tempo, uma existência 
própria independente das suasprópria, independente das suas 
manifestações individuais”.
Introdução ao Pensamento 
Sociológico
 Durkheim comparava a sociedade a 
um animal que possui um sistema 
de órgãos diferentes e cada um 
desempenha um papel específico, 
sendo alguns naturalmente mais 
privilegiados do que outrosprivilegiados do que outros. 
 Esse privilégio, por ser natural, 
representaria um fenômeno normal, 
como em todo organismo vivo em que 
predomina a lei da sobrevivência dos 
mais aptos e a luta pela vidamais aptos e a luta pela vida.
Émile Durkheim
 Nascido em 15 de abril de 1858 em 
Epinal, na Loraine, França.
 Filho de uma família de rabinos. 
 Iniciou seus estudos filosóficos na 
Escola Normal Superior de Paris, dandoEscola Normal Superior de Paris, dando 
continuidade na Alemanha.
 Na escola normal (normale), durante o 
período entre 1879 e 1882, encontrou-se 
com alguns homens que marcaram
sua época.sua época.
 Morreu em 1917.
Émile Durkheim
Principais obras
 Da divisão do trabalho social.
 Regras do método sociológico.
 O suicídio.
 Formas elementares da vida religiosa.
 Educação e sociologia.
 Sociologia e filosofia.
 Lições de sociologia (obra póstuma).
Durkheim e o seu tempo
 Émile Durkheim nasceu em um contexto 
em que a Europa ainda vivia a lembrança 
das revoluções de 1848. 
 Eric Hobsbawm (1982, p.22) descreve 
esse período como sendo palco da 
“primeira e a última revolução europeia 
no sentido (quase) literal”.
 As revoluções sociais envolveram a 
classe média, trabalhadores pobres, 
campesinos e intelectuais de esquerda, 
fato até então inédito no continente 
europeu. 
Émile Durkheim
 Com essa mobilização política, os 
Estados nacionais tiveram que fazer 
concessões, pois esse novo contexto, 
envolvendo novos sujeitos políticos, 
passou a influenciar nas organizações 
estratégicas políticasestratégicas políticas.
 Entre 1848 e 1851, a França se tornou 
palco de muita instabilidade política 
causada pela grande movimentação 
e pelos distúrbios que ocorriam no 
centro de Paris e envolviam oscentro de Paris e envolviam os 
diferentes grupos.
Émile Durkheim
 Após 1848, os grupos que estavam no 
poder contavam com a possibilidade de 
uma revolução social, fazendo com que 
cometessem excessos na repressão
da Comuna de Paris em 1871, fato 
presenciado por Durkheim que tinhapresenciado por Durkheim, que tinha 
13 anos nessa época.
 No campo econômico, esse período 
caracteriza-se pela expansão mundial do 
capitalismo, acompanhada do processo 
de colonização do imperialismo e dade colonização, do imperialismo e da 
difusão da crença no liberalismo 
econômico, no valor da ciência e 
na tecnologia para o progresso 
material e moral da sociedade. 
Émile Durkheim
 No período entre 1873 e 1896, a 
consolidação do mundo capitalista foi 
enfraquecendo e dando lugar a uma 
prolongada depressão, que atingiu não 
apenas as indústrias, mas também o 
comércio dos países capitalistascomércio dos países capitalistas.
 Durkheim passou a se preocupar 
fortemente com a educação moral, pois 
o que percebia na sociedade era um 
“culto do individualismo”, próprio dessa 
nova cultura europeia que se expandianova cultura europeia que se expandia
pelo mundo.
A definição da sociologia
como ciência
Para Durkheim, a questão que se colocava 
naquele contexto de transformações era a 
possibilidade, ou não, de reconhecer se os 
fenômenos sociais eram passíveis de 
serem investigados cientificamente, da 
mesma forma como eram estudados osmesma forma como eram estudados os 
fenômenos físico-químicos e biológicos.
 Preocupação em definir um estatuto 
científico para a sociologia e, assim, 
demarcar seu campo como ciência 
distinta e autônomadistinta e autônoma.
A definição da sociologia
como ciência
 Durkheim percebeu a possibilidade de 
articulação entre os diferentes campos 
das ciências humanas e sociais que 
poderiam auxiliar no entendimento dos 
fatos sociais, entre os quais estavam:
 a psicologia social;
 a história;
 o direito;
 a economia.
A definição da sociologia
como ciência
 Para Durkheim, a sociologia é a ciência
das instituições, aquela que compreende 
sua origem e seu fundamento.
Num sentido mais amplo, essas
instituições abrangem:
 as crenças, 
 os valores e 
 comportamentos constituídos.
 Justificam-se as preocupações ao 
conceber a sociologia e seu papel em 
auxiliar na compreensão das instituições 
pedagógicas, conduzindo o pesquisador 
à análise de prática social.
Interatividade
De acordo com a concepção de Durkheim, 
as condutas individuais e de grupo são 
guiadas por determinantes sociais, 
denominadas por ele como:
a) Consciência individual.
b) Instituição social.
c) Pensamento mágico.
d) Consciência coletiva.
e) Evolução social.
A definição do método 
sociológico
Durkheim
 Definir quais seriam os objetos de 
estudos e as bases da explicação 
sociológica, ao analisar:
 os sistemas sociais,os sistemas sociais, 
 as estruturas, 
 as instituições e 
 as relações entre o indivíduo 
e a sociedade.
A definiçãodo método
sociológico
 Problema básico
 Como estudar os objetos que tinham 
sido tradicionalmente motivo da 
especulação filosófica.
 Como analisá-los sem transbordar paraComo analisá los sem transbordar para 
a filosofia, sem invadir outros campos 
das ciências humanas, também 
nascentes, como a psicologia.
 Definir os métodos de investigação
ou as “regras” de construção destaou as regras de construção desta 
nova ciência era o grande desafio
de Durkheim.
A definição do método
sociológico
“Segundo Durkheim, que o sociólogo deixe 
de lado suas pré-noções, isto é, seus valores 
e sentimentos pessoais em relação ao 
acontecimento a ser estudado, pois nada 
têm de científico e podem distorcer a 
realidade dos fatos Essa postura exigerealidade dos fatos. Essa postura exige 
o não envolvimento afetivo ou de qualquer 
outra espécie entre o cientista e o objeto. 
A neutralidade exige também a não 
interferência do cientista no fato observado.” 
(COSTA 1997)(COSTA, 1997)
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
De acordo com a concepção de Durkheim, 
são guiadas por determinantes sociais, 
denominada por ele como consciência 
coletiva, isto é, aquilo que se sobrepõe às 
consciências individuais por meio de 
símbolos culturais como:símbolos culturais, como:
 ritos,
 valores, 
 crenças, 
 mitos mitos, 
 transmitidos e considerados válidos 
através das gerações.
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 As condutas individuais e de grupo são 
guiadas por determinantes sociais, 
denominadas por Durkheim como 
consciência coletiva.
 Consciência coletiva – faz parte da 
natureza dos símbolos sociais e, por 
isso, acompanhará as transformações, 
provando que a visão de mundo e de 
homem, em muito, incorpora o que se 
encontra presente na natureza dos 
símbolos sociaissímbolos sociais.
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 A partir da definição do conceito de 
consciência coletiva, Durkheim
responde a questão proposta pelo 
método funcionalista.
 Ao analisar a consciência coletiva, era 
possível verificar o que mantinha os 
homens coesos no contexto social, visto 
que considerava que a coesão entre os 
participantes de uma dada sociedade é 
diretamente proporcional à extensão da 
consciência coletiva fazendo com queconsciência coletiva, fazendo com que 
todas as consciências convirjam para 
uma consciência comum e sintam-se 
atraídas por suas similitudes.
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 “O suicídio” (1897) – fato de caráter 
altamente pessoal influenciado pelo 
meio social.
 Pesquisou sobre o histórico de suicídios 
na França, e percebeu que alguns 
indivíduos estão mais predispostos que 
outros a dar cabo da própria vida, sendo 
eles, geralmente, os que não estavam 
integrados a grupos sociais cujas 
aspirações estavam reguladas por 
normas sociaisnormas sociais.
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 Ao analisar o ato do suicídio, Durkheim 
(1977) parte do pressuposto de que não 
é apenas um fenômeno psicológico 
individual, mas esse ato é um fato social.
 Ao fazer exatamente essa distinção, 
contribuiu fundando, de sua maneira, o 
campo sociológico (RODRIGUES, 2009).
www.planetanewa.com
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 As análises do suicídio como fato social 
mostram a preocupação de Durkheim em 
delimitar a sociologia como um campo 
científico autônomo e sua maneira 
diferenciada de conceber a realidade 
social principalmente das orientaçõessocial, principalmente das orientações 
positivistas que transformavam a 
investigação social numa dedução 
de fatos particulares a partir de leis 
supostamente universais – como 
preconizava Auguste Comte, por exemplo.preconizava Auguste Comte, por exemplo.
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 Durkheim considerava os valores sociais 
como sendo determinados pela natureza 
particular das sociedades e acreditava 
que a análise crítica desses valores 
poderia contribuir para que a ciência 
sociológica formulasse uma ética quesociológica formulasse uma ética que 
substituísse a moral.
 O fenômeno do suicídio é, 
especificamente, individual, e a tarefa 
do sociólogo é estabelecer correlações 
entre as circunstancias e as variaçõesentre as circunstancias e as variações 
da taxa do suicídio, cujas variações são 
consideradas fenômenos sociais.
O conceito de consciência coletiva 
de Durkheim
 Para a teoria sociológica, o mais 
importante é essa relação entre o 
fenômeno individual e o fenômeno 
social, no caso de Durkheim, o suicídio e 
a taxa de suicídio.
 Sua tese principal era provar que o 
suicídio é um fato social, uma forma 
de coerção exterior que independe 
das vontades do indivíduo, mas que é 
estabelecida em toda a sociedade e que, 
portanto deve ser tratada comoportanto, deve ser tratada como
assunto sociológico.
Durkheim e a sociologia da 
educação
 Considerado também o criador da 
sociologia da educação.
 O homem nasce egoísta e só a 
sociedade, por meio da educação, pode 
torná-lo solidário. 
 A educação é uma ação exercida pelas 
gerações adultas sobre as gerações que 
não se encontram ainda preparadas para 
a vida social.
 A concepção de Durkheim, semelhante àA concepção de Durkheim, semelhante à 
de Comte, revela um caráter conservador 
e reacionário da tendência positivista
na educação.
Durkheim e a sociologia da 
educação
“A educação é um esforço contínuo para 
preparar as crianças para a vida em 
comum. Daí a necessidade de impor às 
crianças maneiras adequadas de ver, sentir 
e agir, às quais elas não chegariam 
espontaneamente ”espontaneamente.” 
(DURKHEIM, 1977)
Durkheim e a sociologia da 
educação
 A concepção de Durkheim, semelhante à 
de Comte, revela um caráter conservador 
e reacionário da tendência positivista
na educação. 
 Para o sociólogo francês, o professor 
tem o papel de formar cidadãos capazes 
de contribuir para a harmonia social.
 www.grupoescolar.com
Durkheim e a sociologia da 
educação
 Para Durkheim existe, em cada aluno, 
dois seres inseparáveis, porém, 
distintos: 
 o primeiro, denominado individual, é 
formado pelos estados mentais de 
cada pessoa, o jovem bruto, cujo 
desenvolvimento educacional se deu 
no século XIX, principalmente por meio 
da psicologia, entendida como a 
ciência do indivíduo;
Durkheim e a sociologia da 
educação
 a formação do segundo ser foi, 
portanto, o que deu projeção a 
Durkheim a partir do momento em 
que ele ampliou o foco conhecido até 
então, considerando e estimulando 
também o que concebeu como o outrotambém o que concebeu como o outro 
lado dos alunos, aquilo que é formado 
por um sistema de ideias que 
introjetam nas pessoas valores e 
concepções da sociedade da qual
fazem parte.fazem parte.
Durkheim e a sociologia da 
educação
 Essa concepção durkheimiana é também 
chamada de funcionalista e concebe que 
as consciências individuais são 
formadas pela sociedade. 
 Defende-se que a construção do ser 
social, feita em boa parte pela educação, 
corresponde à assimilação pelo 
indivíduo de uma série de normas e 
princípios – sejam estes morais, 
religiosos, éticos ou de comportamento 
que dirigem a conduta do indivíduo– que dirigem a conduta do indivíduo
num grupo.
Interatividade
Os determinantes sociais, ou seja, aquilo 
que se sobrepõe às consciências 
individuais por meio de símbolos culturais 
são denominados por Durkheim como:
a) Determinantes individuais.
b) Simbologia grupal.
c) Sistematização científica.
d) Consciência coletiva.
e) Categorias culturais.
Max Weber e a sociologia alemã
 A filosofia positivista desenvolvida na 
França e as transformaçõesna vida 
econômica na Inglaterra fizeram, desses 
dois países, potências emergentes nos 
séculos XVII e XVIII, e referências da 
sedimentação do pensamento burguêssedimentação do pensamento burguês.
 Também o desenvolvimento industrial 
e a expansão marítima fizeram com que 
esses dois países tivessem maior 
facilidade de se relacionar com outras 
regiões e por consequênciaregiões e, por consequência, 
possibilitaram um maior contato com 
outras culturas e sociedades.
Max Weber e a sociologia alemã
 Esse processo permitiu que os 
estudiosos tanto da França quanto da 
Inglaterra desenvolvessem uma análise 
das diferenças entre os grupos 
humanos, uma interpretação da 
diversidade social existentediversidade social existente.
 Os avanços tecnológicos desses países 
foram impulsionados pelos estudos 
das ciências físicas e biológicas que 
influenciaram nas concepções das 
primeiras escolas sociológicas emprimeiras escolas sociológicas em 
seus princípios e métodos.
Max Weber e a sociologia alemã
 Esse desenvolvimento não atinge, em 
seu início, a Alemanha, que apresenta, 
nesse período, uma realidade bastante 
diversa da França e da Inglaterra, 
trazendo como consequência o 
desenvolvimento do pensamentodesenvolvimento do pensamento 
burguês influenciado por outras 
disciplinas filosóficas do século XIX, 
como a história e a antropologia.
Max Weber e a sociologia alemã
Por outro lado, conforme Costa (1997, p.70)
escreve:
“A economia alemã se expandiu no período 
do chamado capitalismo concorrencial, 
período em que os países europeus 
disputaram com unhas e dentes os 
mercados mundiais, submetendo a seu 
imperialismo as mais diferentes culturas, o 
que torna a especificidade das formações 
sociais uma evidência e um conceito da 
maior importância”maior importância”.
Max Weber e a sociologia alemã
 A unificação alemã ocorre bem mais 
tarde que a de outros países europeus, 
fato que justifica sua entrada na corrida 
industrial e imperialista apenas na 
segunda metade do século XIX. 
 Por outro lado, esse atraso em relação a 
outros países permitiu o interesse pela 
história como ciência de integração, da 
memória e do nacionalismo.
A unificação da Alemanha: 
influência no pensamento 
sociológico
 As necessidades das grandes potências 
mundiais do século XIX foram 
acompanhadas por um surto nacionalista. 
 Nesse contexto, entre 1860 e 1870, a Itália 
e a Alemanha conseguem se unificar, 
lideradas pelas classes dominantes.
 Em meados do século XIX, a Alemanha 
era formada por uma confederação de 
principados e Estados.
A unificação da Alemanha: 
influência no pensamento 
sociológico
 Prússia e Áustria tinham um lugar de 
destaque, com o objetivo de manter 
equilíbrio entre as forças revolucionárias 
que ameaçavam a aristocracia 
conservadora (junkers).
 Nesse período, a principal atividade 
econômica do país era a agricultura, 
e ainda permaneciam na sociedade as 
relações feudais de produção.
A unificação da Alemanha: 
influência no pensamento 
sociológico
 O processo de unificação foi liderado 
pelo primeiro-ministro prussiano, Otto 
von Bismarck, que ficou conhecido 
como Chanceler de Ferro, resultando 
na formação do império alemão. 
 Assim, todos os Estados germânicos 
unificaram-se sob a liderança da Prússia, 
tendo Guilherme I como rei.
A unificação da Alemanha: 
influência no pensamento 
sociológico
Para que isso se concretizasse, foram 
necessárias três guerras: 
 contra a Dinamarca,
 contra a Áustria e
 contra a França contra a França. 
 Vinte anos depois, a Alemanha já era a 
principal potência industrial da Europa.
 Em 1834, sob a liderança do governo 
prussiano formou-se o Zollverien (união 
aduaneira dos Estados), que promoveu a 
abolição das tarifas interestaduais.
A unificação da Alemanha: 
influência no pensamento 
sociológico
 O desenvolvimento industrial da Prússia 
foi fortalecido com a formação das 
estradas de ferro, o incentivo à 
exploração do carvão e a mobilização 
da industria bélica, o que resultou na 
ampliação do armamento do exércitoampliação do armamento do exército, 
que, por conseguinte, movimentava 
grandes somas de recursos financeiros 
e alimentava as indústrias siderúrgicas 
e metalúrgicas alemãs, conformando 
novos centros urbanos e industriais.novos centros urbanos e industriais.
A unificação da Alemanha: 
influência no pensamento 
sociológico
Etapas da unificação alemã:
 1ª etapa: unificação econômica.
 2ª etapa: anexação de ducados 
dinamarqueses (1864-1866).
 3ª etapa: guerra austro prussiana (1866) 3ª etapa: guerra austro-prussiana (1866).
 4ª etapa: guerra franco-prussiana (1869–
1871).
Max Weber: vida e obra
 1864–1920
 Nasceu na cidade de Erfurt, na 
Alemanha, em uma família de burgueses 
liberais. 
 Dedicou-se ao estudo de direito,Dedicou se ao estudo de direito, 
filosofia, história e sociologia.
 Em 1895, iniciou a carreira de professor 
em Berlim.
 1904: publicou ensaios sobre a 
objetividade nas ciências sociais e aobjetividade nas ciências sociais e a 
primeira parte de A ética protestante e o 
espírito do capitalismo, que se tornaria 
sua obra mais conhecida, fundamental 
para a reflexão sociológica.
Max Weber: vida e obra
 Weber viveu numa época em que as 
primeiras disputas sobre a metodologia 
das ciências sociais começavam a surgir 
na Europa, sobretudo em seu país, a 
Alemanha.
 Na política, defendeu ardorosamente 
seus pontos de vista liberais e 
parlamentaristas.
 Sua maior influência se deu nos ramos 
especializados da sociologia, como no 
estudo das religiões, estabelecendo 
relações entre formações políticas e 
crenças religiosas.
A ação social pensada por Weber
 O ponto de partida de sua sociologia 
estava na ação social, a conduta humana 
dotada de sentido, de uma justificativa 
subjetivamente elaborada.
 Nessa concepção, o homem torna-se o 
principal responsável pela ação social. 
 Cabe a ele, como indivíduo, estabelecer 
a relação entre o sentido da ação e
seus efeitos.
 A sociologia, para Weber, é, antes deA sociologia, para Weber, é, antes de 
tudo, a busca pela a compreensão da 
ação social dos seres humanos 
“individualmente”.
A ação social pensada por Weber
 Tudo parte dos indivíduos e suas ações 
nos mais variados campos – desde a 
mais insignificante ação da vida privada 
até as mais grandiosas ações da vida 
pública.
 Ação social – moda, consumo, mercado, 
política, religião, crime, trabalho etc. – é 
toda conduta humana que interfere em 
outros e consigo mesmo. 
 A sociologia, segundo Weber, é para 
“compreender” isso e não ficar fazendo 
“julgamento de valor” sobre o agir 
humano.
Tipos de ação social 
 1º tipo: ação racional com relação afim –
considerado aquilo que é um cálculo 
que busca resultados, por exemplo, a 
atividade econômica que necessita de 
uma motivação para um cálculo racional 
sobre meios e fins custos e benefíciossobre meios e fins, custos e benefícios 
de sua ação.
 2º tipo: ação racional orientada por 
valores – diferentemente do primeiro 
tipo, nesse caso, as ações são 
“orientadas” por valores ou convicções“orientadas” por valores ou convicções 
determinadas – políticas, religiosas, 
morais ou ideológicas, entre outras 
motivações possíveis.
Tipos de ação social 
 3º tipo: ação afetiva – orientada 
basicamente por “emoções”, como a 
vingança, o desespero, o ciúme, o amor, 
a admiração, entre outros. Essas ações 
são consideradas “irracionais”, pois não 
possuem cálculos de meios e finspossuem cálculos de meios e fins.
 4º tipo: ação tradicional – é a ação 
considerada totalmente “irracional” e a 
menos consciente de todas, baseada em 
hábitos e costumes,por exemplo, o fato 
de os ingleses manterem sua adoraçãode os ingleses manterem sua adoração 
pela monarquia.
Interatividade
O primeiro-ministro prussiano, Otto von
Bismarck, ficou conhecido como Chanceler 
de Ferro, porque:
a) Liderou a unificação alemã que resultou 
na formação do Império Alemão.
b) Combateu na guerra entre a Alemanha e 
a Áustria.
c) Comandou a corrida industrial dos 
países europeus.
d) Liderou a unificação dos paísesd) Liderou a unificação dos países 
europeus.
e) Comandou os principais estados e 
confederações europeus. 
A ética protestante e o espírito
do capitalismo
 A ética protestante e o espírito do 
capitalismo, de Max Weber, foi escolhida 
por vários intelectuais como o mais 
importante escrito teórico publicado 
no século XX. 
 Nessa obra, Weber relaciona o papel 
do protestantismo na formação do 
comportamento.
 Partindo de dados estatísticos, Weber 
busca demonstrar a proeminência de 
adeptos da Reforma Protestante entre 
os grandes homens de negócios, 
empresários bem-sucedidos e mão
de obra qualificada.
A ética protestante e o espírito
do capitalismo
 Nas famílias protestantes, os filhos eram 
criados para o ensino especializado e 
para o trabalho fabril, optando sempre 
por atividades mais adequadas à 
obtenção do lucro, preferindo o cálculo
e os estudos técnicos ao estudoe os estudos técnicos ao estudo 
humanístico.
 Costa (1997) destaca alguns dos 
principais aspectos da análise 
desenvolvida por Weber.
A ética protestante e o espírito
do capitalismo
 O trabalho, para os protestantes, é fonte 
de toda a motivação que possibilitou a 
esse grupo construir valores, normas, 
regras e uma disciplina que não vem de 
nenhuma norma institucional, mas da 
capacidade que cada indivíduo tem decapacidade que cada indivíduo tem de 
assimilar, aceitar e introjetar esses 
valores, transformando-os em motivos 
de suas ações sociais.
 Os ganhos econômicos e materiais que 
o dinheiro permite e pode proporcionaro dinheiro permite e pode proporcionar 
não são a motivação primeira das 
relações sociais, mas sim sua vocação 
para estes.
A ética protestante e o espírito
do capitalismo
 O ethos (valores éticos) permite ao 
protestante acumular riqueza e propicia 
que ele reinvista sua riqueza no mercado 
de capitais e na produção, pois sua 
disciplina, sua procura por atividades 
lucrativas sua vida puritana renunciandolucrativas, sua vida puritana, renunciando 
a uma vida mundana, adequou-o ao 
mercado de trabalho.
A ética protestante e o espírito
do capitalismo
 O trabalho surge entre os protestantes 
como vocação (estado de graça) e sinal 
de benção; quanto mais agraciado por 
Deus, mais rico ou mais bem de vida era 
o protestante, por isso o trabalho é 
tempo e dinheirotempo e dinheiro. 
 Dessa forma, a vocação para o trabalho 
torna-se a base do racionalismo 
econômico moderno, em que o 
protestante se sente pressionado por 
uma obrigação moraluma obrigação moral. 
 Esse asceticismo produziu um indivíduo 
com fama de trabalhador honesto, 
inclinado à empresa capitalista.
A contribuição do pensamento
de Max Weber
 Weber tenta elaborar sua reflexão a partir 
da sociedade conflituosa do século XIX, 
que sofria com a divisão da burguesia e do 
proletariado, padecia dos conflitos e dos 
efeitos nefastos na vida dos trabalhadores 
no período da Revolução Industrialno período da Revolução Industrial.
 As lutas pelo poder na formação do 
Estado nacional alemão, o êxodo que a 
Revolução Industrial proporcionou também 
incomodavam o sociólogo alemão.
A contribuição do pensamento
de Max Weber
 Nesse período de construção do 
pensamento de Max Weber, a Europa 
estava lutando para construir os 
chamados Estados-nações, ou os 
Estados modernos.
 No campo religioso, a reforma 
protestante estava em plena ascensão 
e impondo ao mundo moderno novos 
valores religiosos e, por conseguinte, 
rompendo a unidade cristã da época.
A contribuição do pensamento
de Max Weber
 Na economia, o capitalismo impôs uma 
ruptura no sistema feudal e proporcionou 
a expansão marítima e comercial com a 
descoberta de outros pontos comerciais 
do globo terrestre.
 Esses acontecimentos tornaram o século 
XIX um século de unificações dos Estados-
ações e possibilitaram que tais fatos se 
tornassem eventos em escala mundial.
A contribuição do pensamento
de Max Weber
 A partir da segunda metade do século 
XIX, o absolutismo, como forma de 
governo, perdeu sentido e significado 
na conjuntura capitalista da época e 
proporcionou a ascensão do nacionalismo 
e do liberalismo que exigiam um estadoe do liberalismo, que exigiam um estado 
capaz de organizar a produção, a 
economia e a vida política da população.
 Nesse contexto do século XIX, a Alemanha 
era um emaranhado de 39 estados 
independentes e a formação de umindependentes, e a formação de um 
Estado-nação possibilitaria uma 
centralização de poder.
A contribuição do pensamento
de Max Weber
 Weber desenvolve seus conceitos a partir 
desse Estado moderno, herdeiro da reforma
protestante, do humanismo e do 
renascimento cultural e da expansão 
comercial e marítima.
 Em seu trabalho de maior repercussão, 
A ética protestante e o espírito do 
capitalismo, o autor consegue sistematizar 
seu método comparativo e evidenciar um 
tipo ideal, demonstrando a ligação entre o 
espírito comercial e a piedade cristãespírito comercial e a piedade cristã.
O calvinismo: objeto de estudo
de Weber 
 Um dos expoentes do asceticismo 
econômico (estudado por Weber em A 
ética protestante e o espírito capitalista), 
da mudança e da implantação dos valores 
éticos que moldaram o capitalismo 
moderno foi João Calvino (1509 1564)moderno foi João Calvino (1509–1564), 
fundador da religião calvinista (calvinismo).
 Nascido em Noyon, na França, descendente 
de uma família pequeno-burguesa, estudou 
na universidade de Paris teologia e direito.
O calvinismo: objeto de estudo
de Weber
 Em 1536, morando em Basileia, por causa 
da perseguição dos católicos franceses, 
publicou sua obra principal, Instituição da 
religião cristã.
 Nessa obra, expôs suas principais ideias 
que estruturaram o calvinismo, em que o 
indivíduo estava predestinado a ir para o 
céu ou padecer no inferno e quanto a isso 
nada se podia fazer, pois não cabe ao 
indivíduo conseguir sua salvação, mas a 
Deus por sua infinita misericórdiaDeus, por sua infinita misericórdia.
O calvinismo: objeto de estudo
de Weber
 Em 1534, exilou-se na Suíça, onde os 
habitantes da cidade de Genebra já 
haviam se rebelado contra a Igreja 
Católica. 
 A partir de 1541 até 1560, Calvino se 
estabeleceu na Suíça, onde governou 
a cidade de Genebra. 
 Implantou ali uma disciplina rigorosa, 
proibindo o jogo a dinheiro, o culto a 
imagens de santos, as danças, o teatro, 
o luxo e a ostentação de riqueza.
O calvinismo: objeto de estudo
de Weber
 Calvino se valia dos pastores e das 
pessoas mais antigas da cidade, adeptas 
ao calvinismo, para impor as leis do 
evangelho, ou seja, a igreja regeria a vida 
da população.
 A religião de Calvino se difundiu na 
França e se expandiu para a Inglaterra, 
passando pela Escócia, chegando até a 
Holanda. Calvino estabeleceu, a partir de 
Genebra, uma nova doutrina cristã, 
segundo a qual a salvação depende dasegundo a qual a salvação depende da 
vontade de Deus, manifestada no 
momento em que cada homem nasce.
O calvinismo: objeto de estudo
de Weber
 O rei Henrique VIII da Inglaterra rompe 
com o Papa, cria no país uma nova igreja 
e, pelo Ato de Supremacia, o parlamento 
inglês reconhece a Igreja Anglicana como 
sendo a Igreja nacional da Inglaterra e orei seu chefe supremorei, seu chefe supremo.
 A Igreja Anglicana é um novo instrumento 
de poder e torna-se fundamental para a 
consolidação do absolutismo real.
Interatividade
Em sua obra A ética protestante e o 
capitalismo, Weber consegue sistematizar 
seu método comparativo e evidenciar um 
tipo ideal demonstrando:
a) A ligação entre o capitalismo e a religião.
b) A separação entre a religião e a atividade 
comercial.
c) A ligação entre o espírito comercial e a 
piedade cristã.
d) A força da religião na formação dad) A força da religião na formação da 
pessoa.
e) O fator pessoal versus o comercial.
ATÉ A PRÓXIMA!

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