Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ALESSANDRA ROCHA ÍSIS DE OLIVEIRA SANTOS JARLENE MUNIZ DE OLIVEIRA MARCIA DOS SANTOS CORREIA MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA TELES A POLÍTICA DE ARISTÓTELES Aracaju/2017 ALESSANDRA ROCHA ÍSIS DE OLIVEIRA SANTOS JARLENE MUNIZ DE OLIVEIRA MARCIA DOS SANTOS CORREIA MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA TELES A POLÍTICA DE ARISTÓTELES Relatório sobre “A biografia e política de Aristóteles”, realizado em fevereiro de 2017, da disciplina Introdução ao Pensamento Sociológico, do curso de Serviço Social, ministrada pelo Professor (a): Telma Andrade, na Universidade Paulista. Aracaju/2017 Resumo O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. (aos 62 anos). Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade tem influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade. O presente trabalho narra sobre um pouco de sua historia, suas frases, sua forma de política e sua forma de governo. Palavras-chave: Filósofo, Obras, Pensamento, Causas, Frases, Política, Governo. Sumário INTRODUÇÃO 5 AS QUATO CAUSAS 5 PRINCIPAIS OBRAS 6 FRASES DE ARISTOTELES 6 POLITICA 6 FORMAS DE GOVERNO.....................................................................................................8 REFERENCIAS BIBILIOGRAFICAS.....................................................................................10 Aristóteles: um dos maiores filósofos de todos os tempos 1. Introdução Segundo Berti e Enrico, Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C., a escola Liceu (depois se transformou na Escola Peripatética), voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza. O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos. 2. As Quatro Causas: Segundo Aristóteles, há quatro causas implicadas na existência de algo: · Causa material: daquilo que a coisa é feita como, por exemplo, o ferro. · Causa formal: é a coisa em si como, por exemplo, uma faca de ferro. · Causa eficiente: aquilo que dá origem a coisa feita como, por exemplo, as mãos de um ferreiro. · Causa final: seria a função para a qual a coisa foi feita como, por exemplo, cortar carne. 3. Principais obras de Aristóteles: · Ética a Nicômano (compilação de aulas de Aristóteles) · Política · Organon · Retórica das Paixões · A poética clássica · Metafísica · De anima (Da alma) · O homem de gênio e a melancolia · Magna Moralia (Grande Moral) · Ética a Eudemo · Física · Sobre o Céu 4. Frases de Aristóteles · "O verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre." · "A principal qualidade do estilo é a clareza." · "O homem que é prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz." · "O homem livre é senhor de sua vontade e somente escravo de sua própria consciência." · "Devemos tratar nossos amigos como queremos que eles nos tratem." · "O verdadeiro sábio procura a ausência de dor, e não o prazer." 5. Política Silva T. Alexandre e tal. Cita que; A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. O estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa. A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. Desta ciência trata Aristóteles precisamente na Política, de que acima se falou. O estado, então, é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado. Silva T. Alexandre e tal. Referencia uma passagem de Aristóteles bastante intrigante que diz: "Em todas as artes e ciências", disse ele, "o fim é um bem, e o maior dos bens e bem em mais alto grau se acha principalmente na ciência todo-poderosa; esta ciência é a política, e o bem em política é a justiça, ou seja, o interesse comum; todos os homens pensam, por isso, que a justiça é uma espécie de igualdade, e até certo ponto eles concordam de um modo geral com as distinções de ordem filosófica estabelecidas por nós a propósito dos princípios éticos." Segundo Aristóteles, a família compõe-se de quatro elementos: os filhos, a mulher, os bens, os escravos; além, naturalmente, do chefe a que pertence a direção da família. Deve ele guiar os filhos e as mulheres, em razão da imperfeição destes. Deve fazer frutificar seus bens, porquanto a família, além de um fim educativo, tem também um fim econômico. E, como ao estado, é-lhe essencial a propriedade, pois os homens têm necessidades materiais. No entanto, para que a propriedade seja produtora, são necessários instrumentos inanimados e animados; estes últimos seriam os escravos. Aristóteles não nega a natureza humana ao escravo; mas constata que na sociedade são necessários também os trabalhos materiais, que exigem indivíduos particulares, a que fica assim tirada fatalmente a possibilidade de providenciar a cultura da alma, visto ser necessário, para tanto, tempo e liberdade, bem como aptas qualidades espirituais, excluídas pelas próprias características qualidades materiais de tais indivíduos. Daí a escravidão. O estado surge, pelo fato de ser o homem um animal naturalmente social, político. O estado provê, inicialmente, a satisfação daquelas necessidades materiais, negativas e positivas, defesa e segurança, conservação e engrandecimento, de outro modo irrealizáveis. Mas o seu fim essencial é espiritual, isto é, deve promover a virtude e, conseqüentemente, a felicidade dos súditos mediante a ciência. Então, como seja tarefa essencial do estado a educação, que deve desenvolver harmônica e hierarquicamente todas as faculdades: antes de tudo as espirituais, intelectuais e, subordinadamente, as materiais, físicas. O fim da educação é formar homens mediante as artes liberais, importantíssimas a poesia e a música, e não máquinas, mediante um treinamento profissional. Eis porque Aristóteles, como Platão, condena o estado que, ao invés de se preocupar com uma pacífica educação científica e moral, visa a conquista e a guerra. E critica, dessa forma, a educação militar de Esparta, que faz da guerra a tarefa precípua do estado, e põe a conquista acima da virtude, enquanto a guerra, como o trabalho, são apenas meios para a paz e o lazer sapiente. Aristóteles, diversamente de Platão, salva o direito privado, a propriedade particular e a família. O comunismo como resolução total dos indivíduos e dos valores no estado é fantástico e irrealizável. O estado não é uma unidade substancial, e sim uma síntese de indivíduos substancialmente distintos. Se quiser a unidade absoluta, será mister reduzir o estado à família e a família ao indivíduo; só este último possui aquela unidade substancialque falta aos dois precedentes. Reconhece Aristóteles a divisão platônica das castas, e, precisamente, duas classes reconhece: a dos homens livres, possuidores, isto é, a dos cidadãos e a dos escravos, dos trabalhadores, sem direitos políticos. Quanto à forma exterior do estado, Aristóteles distingue três principais: a monarquia, que é o governo de um só, cujo caráter e valor estão na unidade, e cuja degeneração é a tirania; a aristocracia, que é o governo de poucos, cujo caráter e valor estão na qualidade, e cuja degeneração é a oligarquia; a democracia, que é o governo de muitos, cujo caráter e valor estão na liberdade, e cuja degeneração é a demagogia. As preferências de Aristóteles vão para uma forma de república democrático-intelectual, a forma de governo clássica da Grécia, particularmente de Atenas. No entanto, com o seu profundo realismo, reconhece Aristóteles que a melhor forma de governo não é abstrata, e sim concreta: deve ser relativa, acomodada às situações históricas, às circunstâncias de um determinado povo. De qualquer maneira a condição indispensável para uma boa constituição, é que o fim da atividade estatal deve ser o bem comum e não a vantagem de quem governa despoticamente. 6. Formas de Governo a) Formas Puras · Monarquia: governo de um só homem, de caráter hereditário ou perpétuo, que visa o bem comum, como a obediência as leis e às tradições. · Aristocracia: governo dos melhores homens da república, selecionados pelo consenso dos seus cidadãos e que governa a cidade procurando o benefício de toda a coletividade. · Politia/democracia: governo do povo, da maioria, que exerce o respeito às leis e que beneficia todos os cidadãos indistintamente, sem fazer nenhum tipo de discriminação. b) Formas Pervertidas · Tirania: governo de um só homem que ascende ao poder por meios ilegais, violentos e ilegítimos e que governa pela intimidação, manipulação ou pela aberta repressão, infringindo constantemente as leis e a tradição. · Oligarquia: governo de um grupo economicamente poderoso que rege os destinos da cidade, procurando favorecer a facção que se encontra no poder em detrimento dos demais. · Demagogia: governo do povo, da maioria, que exerce o poder favorecendo preferencialmente os pobres, causando sistemático constrangimento aos ricos. Para obter uma sociedade estável, ele considera que o regime mais adequado é o misto, que equilibre a força dos ricos com o número dos pobres. Para ele a sociedade ideal seria aquela baseada na mediania, que graças à presença de uma poderosa classe média, atenua os conflitos entre ricos e pobres, dando estabilidade à organização social. Esse governo, ele definia como timocracia (timé = honra), em que o poder político seria exercido pelos cidadãos proprietários de algum patrimônio e que governariam para o bem comum. Em outros momentos esse regime ideal é chamado de politia (governo da maioria, mas regido por homens selecionados segundo a sua renda), que ele classifica entre as constituições retas. As preferências de Aristóteles vão para uma forma de república democrático-intelectual, a forma de governo clássica da Grécia, particularmente de Atenas. No entanto, com o seu profundo realismo, reconhece Aristóteles que a melhor forma de governo não é abstrata, e sim concreta: deve ser relativa, acomodada às situações históricas, às circunstâncias de um determinado povo. De qualquer maneira a condição indispensável para uma boa constituição é que o fim da atividade estatal deve ser o bem comum e não a vantagem de quem governa despoticamente. A preocupação de Aristóteles caracterizou-se por enfatizar os regimes políticos que existiam, que eram concretos, elaborando uma precisa classificação deles, enquanto que Platão reservava seu interesse maior pelo idealizado. O método aristotélico, empírico e detalhista influenciará a maioria dos grandes teóricos da ciência política, como N. Maquiavel em "O Príncipe", 1532; T. Hobbes em "Leviatã", 1651; e Montesquieu em "O Espírito das Leis", 1748. Critica-se Aristóteles por ele não ter vislumbrado o surgimento, em sua própria época, de uma forma política superior à da pólis, a emergência de um estado-imperial, supranacional e multicultural, cujas sementes foram deixadas pelo seu discípulo, Alexandre, o Grande. Sabe-se, inclusive, que ele se manifestou em carta ao conquistador negando-lhe apoio a qualquer integração maior com os asiáticos, levantando contra eles argumentos preconceituosos e até racistas. Por mais poderoso que fosse o seu intelecto, ele continuou um homem limitado pelos muros da cidade-estado. 7. Referências Bibliográficas Política, segundo Aristóteles, Belo Horizonte-MG, Texto elaborado por estudantes de direito da Faculdade Newton Paiva, Alexandre Torres da Silva , Marcus Bretz Andrade, William de Oliveira Silva, Thiago Ribeiro Gomes, Igor César de Sousa Pereira, Professor: Gustavo Nassif, cadeira de Ciência Política Disponível em <http://www.jornaldosamigos.com.br/politica_aristoteles.htm>. Acesso em 28 de fevereiro de 2017. Acessado as 13:50h. Teoria Geral do Estado & Ciência Política. Professor João de Deus Alves de Lima. A Política de Aristóteles. Disponível em <http://fazerdireito.tripod.com/textos/apoliticadearistoteles.pdf>. Acesso em 28 de fevereiro de 2017. Acessado as 17:30h. Novos Estudos Aristotélicos, Autor: Berti, Enrico, Editora: Loyola, Ano de publicação: 2011 Temas do livro: Filosofia, Pensamento na Grécia Antiga. Disponível em < http://www.suapesquisa.com/aristoteles>. Acesso em 28 de fevereiro de 2017. Acessado as 18:40h
Compartilhar