Buscar

Clássicos da Sociologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Clássicos da Sociologia - Auguste Comte, Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber
	
	August Comte, Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber(respectivamente).
                                   
               Abordaremos neste post,  os primeiros autores que discutem a sociologia como ciência, tais quais Auguste Comte, Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber.
	
	
 AUGUSTE COMTE é considerado “pai da sociologia”. Ele é um autor francês, que se situa no final do século XVII, começo no século XIV. Foi influenciado pelas ciências naturais, principalmente biologia. Não crê que a ciência humana é uma ciência de caráter analítico, ou seja, uma ciência que visava analisar fato a fato e passa a ver a sociologia como sendo uma ciência de caráter sintético, uma ciência que visa analisar a sociedade como um todo, e ai começam os primeiros problemas da teoria de Auguste Comte, pois não é possível formular conceitos que abordem tamanha diversidade de contextos sociais.
   Comte adota uma visão evolucionista, onde ele determina qual o ponto de menor desenvolvimento e qual o ponto de maior desenvolvimento (negativo para o positivo), onde o ponto de menor desenvolvimento seria toda e qualquer sociedade que não apresentasse as mesmas características da sociedade industrial europeia, logo o ponto de maior desenvolvimento seria toda e qualquer sociedade que apresentasse características côngruas com a sociedade industrial europeia.
              Ele aborda o cientificismo, onde analisa a transformação de um mudo medieval (visão teológica) para um mundo racional, um mundo científico, industrial.
         August Comte é considerado um Autor Eurocêntrico, onde a Europa seria o paradigma de desenvolvimento elevado. Seguindo essa linha de raciocínio, a Europa também abusou deste argumento no período de neocolonialismo, para justificar a entrada das potencias europeias em continentes como áfrica e Ásia, não para explorar, e sim para levar o desenvolvimento, a ciência, aquelas regiões, o que obviamente era uma desculpa pra ocultar o caráter exploratório.
            Comte estabelece etapas de desenvolvimento da sociedade: Passariam de uma etapa teológica, etapa metafísica e por uma etapa positivista.
	
	Bandeira do Brasil , idealizada
 no positivismo
      Ele determina que é função da sociologia acelerar/desenvolver o processo de evolução da sociedade.Aborda que é inevitável que as sociedades caminharão para o modelo europeu industrial, porém é função da sociologia permitir que esse caminhar se acelere. Comte tem como base ideológica opositivismo. Ele não concorda com conflitos sociais. Ele defende a ideia de ordem, onde diz que a sociedade deve respeitar a ordem natural da evolução da sociedade, ele não concorda com revoluções/mudanças drásticas/massas populares.
          Ele concorda com um progresso, mas um progresso dentro de uma ordem.Segundo Comte, sociologia deveria acelerar o processo de evolução das sociedades mantendo sempre uma ordem, nada de forma revolucionária, e se encaminhando para o que deveria ser o modelo ideal de sociedade.
           ÉMILE DURKHEIM nasceu em 1858, em Épinal, no noroeste da França, próximo à fronteira com a Alemanha. Era filho de judeus, porém, não seguiu o caminho da família, optando por uma vida secular, ou seja, optou por uma vida sem vínculos religiosos. Desde jovem, foi um opositor da educação religiosa e defendia o método científico como forma de desenvolvimento do conhecimento. Em boa parte dos seus trabalhos, procurou demonstrar que os fenômenos religiosos tinham origem em acontecimentos sociais.
Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia comociência empírica e para sua instauração no meio acadêmico, tornando-se o primeiro professor universitário dessa disciplina. As referências necessárias para situar seu pensamento são, por um lado, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, e por outro, o manancial de ideias que vinham sendo formado por Saint-Simon e Comte.
	
	Émile Durkheim
           Émile Durkheim além de ser considerado um dos fundadores da sociologia moderna, é considerado o pai da sociologia da educação. A educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta e, a construção do ser social – feita em boa parte pela educação – é a absorção do indivíduo de uma série normas e princípios (morais, religiosos, éticos, comportamentais, etc.) que determinam o comportamento do individuo na sociedade. Tinha como máxima que os “fatos sociais devem ser tratados como coisa”.
          Para Durkheim, a sociedade sempre prevalece sobre o individuo, dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que asseguram sua perpetuação. Essas regras e leis independem do individuo e pairam acima de todos, formando uma consciência coletiva que dá sentido de integração entre os membros da sociedade. Elas se solidificam em instituições, que são a base da sociedade e que correspondem, nas palavras de Durkheim, a “toda crença e todo comportamento instituído pela coletividade”.
            Diferentemente da sociologia estrutural de Marx que pregava o conflito e luta entre as classes, Durkheim vê a sociedade de certa forma integrada, criando um coeso em geral cujo era mantido por regras de convivência. Um exemplo da integração é a intensidade em que membros de um grupo/sociedade interagem entre si, como por exemplo trabalhos diferentes, porém complementares, que precisam um do outro, provocam um sentimento de união/integração do grupo de trabalhadores. Durkheim defendia que os grupos compartilham valores, crenças e normas coletivas que os mantêm unidos.
         KARL MARX , alemão nascido na data de 05 de maio de 1818, em Trier, produziu uma ciência baseada em vários conhecimentos, cursou filosofia,direito e historia nas universidades de Bonn e Berlim.Em 1842 assumiu o cargo de redator – chefe do jornal alemão Gazeta Renana , editado em colônia onde tinha a postura de um liberal radical.Ele queria descobrir a causa dos conflitos de classes provocadas pela revolução Industrial e o meio de os resolver.
	
	Karl Marx
            Algumas influências no desenvolvimento do pensamento de Marx : leitura crítica da filosofia de Hegel ( método dialético ) , contato com o pensamento socialista francês e inglês.No ano de 1843 transferiu-se para Paris . Lá conheceu Engels , um radical alemão de quem se tornaria amigo íntimo e com quem escreveria vários ensaios e livros.
          Fora do âmbito das Ciências Sociais, Marx é conhecido principalmente pelos seus escritos sobre ocomunismo.
Elaborou sua teoria geral e o programa dos movimentos operários. Assim o marxismo tem suas bases no socialismo científico e no materialismo histórico e dialético. 
         A contribuiçao que Marx teve para o pensamento sociologico foi principalmente um olhar da “teoria do conflito”, em que a organização social e a sua mudança baseiam nos conflitos intrínsecos á sociedade.
          Para Marx o homem somente pensa após a produção de trabalho, ou seja , o homem tera que produzir suas condições de vida através do trabalho e só assim podera pensar ou filosofar. Esse processo Marx deu o nome de infraestrutura.
           Existe uma base econômica na sociedade, que está relacionada às formas de produção de bens necessários para a sobrevivência. Onde a sociedade esta sempre exigindo mais qualidade e quantidade, incentivando as forças produtivas.
          Para Marx não são os pensamentos que determinam a vida; é a vida que determina os pensamentos: esta é a base do materialismo histórico em contraposição ao idealismo hegeliano.  
          “ É a produção da vida na história, qualitativamente. Vivemos de acordo com a nossa época e produzimos os bens necessários para esse modo de viver, a cada época.”
MAX WEBER foi um cientista social alemão, que viveu no século XX. Teve sua formação intelectual, em um momento histórico onde existiam divergências sobre a forma que as ciências sociais deveriam ser aplicadas.Desde cedo sempre teve a sua educação voltada ao estudo das humanidades, graças ao seu pai que era um conhecido advogado da época. Detinha o conhecimento de diversas línguas, historia e literatura clássica. Foi professor de economia na universidade de Freiburg, no entanto, dois anos depois, apresentou sérios distúrbios nervosos. Foi co-editor de ciências sociais o que trouxe vários avanços para os estudos da sociologia em seu país. No fim de suas atividades como professor, dava aulas particulares até falecer em 1920.
	
	Max Weber
Weber acreditava que a sociologia era a capacidade da captação da relação de sentido humana. Sendo assim, para se conhecer um fenômeno social é necessário extrair dele o seu conteúdo simbólico presente nas ações que o geraram. Weber apóia a idéia de que é necessário entender o sentido e o motivo da ação do individuo e não apenas o aspecto exterior da mesma. Ele considerava que os sentidos dessa ação não deveriam ser somente analisados do ponto de vista das ciências naturais embora se relacione mais com as ciências sociais, deveria se tentar compreende-la dentro do âmbito das ciências humanas.
            Diante da sociedade em que vivia Weber também teorizou diversos pontos de vista, entre eles: O legal e o típico onde e questionou os conceitos impostos sobre a sociedade, a qual fazia do individuo um instrumento de relações inter-sociais. Tais ideais eram conceitos definidos conforme critérios sociais impostos pela classe dominante da sociedade.
            Dentre outras análises feitas pelo sociólogo, podemos citar seus estudos sobre a sociologia da religião, de forma mais precisa a interpretação sobre as relações entre as idéias e atitudes religiosas, que foram publicadas em três volumes no livro Sociologia das Religiões. Além do caráter religioso, a obra também aborda questões econômicas e o surgimento do capitalismo.
            No âmbito político o autor possuía dois tipos de acepções, uma geral e outra restrita no qual em seu sentido mais amplo era entendido por ele como “qualquer tipo de liderança independente em ação”. No sentido restrito, ela seria a liderança de um tipo de associação específica; em outras palavras o Estado, o qual só existiria se um conjunto de pessoas se sujeitassem a autoridade alegada pelos detentores do poder no Estado. Para tanto, é necessário que estes possuam uma autoridade reconhecida como legítima.  
            Em relação ao tipo de autoridade tradicional, Weber apresenta duas formas; em relação ao desenvolvimento e ao corpo administrativo: Gerontocracia e partriarcalismo. Em ambos os casos, nenhum individuo ocupa autoridade independente do controle de um corpo administrativo, cujas funções e status são fixadas.
 	A palavra sociologia vem da fusão de dois termos: societas, termo em latim que significa sociedade, e logos, termo grego que significa estudo, ciência. Sociologia significa o estudo científico da sociedade, o estudo das formas de convivência humana. 
A Sociologia estuda as relações sociais e a forma de associação. É uma disciplina que considera as interações que ocorrem na vida em sociedade: envolve o estudo dos grupos e dos fatos sociais, das divisões em classes e camadas, da mobilidade social e da interação entre as pessoas e grupos que a constituem. Em síntese, a Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade por meio da observação do comportamento humano.
A Sociologia é uma Ciência Social. É importante ressaltar que os métodos utilizados nas Ciências Sociais são diferentes dos métodos utilizados nas Ciências Naturais. Estas empregam vários métodos precisos – cálculos, previsibilidade, demonstrações. Já as Ciências Sociais empregam processos quantitativos e de observação.
O objetivo das Ciências Sociais é ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais. A Sociologia revela a sociedade como ela é de fato, não como ela deveria ser. O propósito da Sociologia é o de contribuir para uma melhor compreensão a respeito da sociedade, o que permite que medidas sejam tomadas para melhorar a vida daqueles que dela fazem parte.
O estudo sistemático da sociedade humana se iniciou na Antiguidade. O grande filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), autor de Política, afirmou que “o homem nasce para viver em sociedade”.
Aristóteles
Na Idade Média, foram pensadores ligados à Igreja que refletiam sobre os assuntos pertinentes à sociedade humana. Durante o Renascimento, sugiram vários pensadores que abordaram fenômenos sociais: entre eles, Maquiavel (autor do famoso clássico político, O Príncipe), Erasmo de Roterdã (Elogio da Loucura), Thomas Morus (Utopia) e Francis Bacon (Nova Atlântida).
Uma obra particularmente importante ao desenvolvimento do estudo da Sociologia foi escrita por Giambattista Vico, no século XVIII. Na sua obra A Nova Ciência, Vico escreveu que a sociedade se suborna a leis definidas que podem ser descobertas pelo estudo e pela observação objetiva. Sua afirmação de que “O mundo social é, com toda certeza, obra do homem”, foi uma ideia revolucionária.
Anos mais tarde, o famoso filósofo Jean-Jaques Rousseau reconheceu que a sociedade exerce uma profunda influência sobre o indivíduo. Em sua célebre obra O Contrato Social, Rousseau afirmou que “O homem nasce puro, a sociedade é que o corrompe”.
Mas foi apenas a partir do século XIX, através de Augusto Comte, Herbert Spencer, Gabriel Tarde, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, que o estudo da sociedade se tornou verdadeiramente científico.   
Os pais da Sociologia
Augusto Comte (1798-1857) é tradicionalmente considerado o pai da Sociologia. Comte foi o criador do positivismo, no século XIX, que constituiu a base para o surgimento do cientificismo. O cientificismo acredita que a única forma que existe para se chegar ao conhecimento é por meio da ciência.
Comte lutava para que todos os ramos de estudos fossem abordados com a máxima objetividade. Este pensador francês defendia o ponto de vista de serem válidas apenas as análises das sociedades que eram feitas com espírito científico, ou seja, com objetividade e sem metas preconcebidas. Os estudos das relações humanas deveriam constituir uma nova ciência, a que se deu o nome de Sociologia. De fato, Comte foi o primeiro a usar a palavra sociologia, em 1839, em seu Curso de Filosofia Positiva. Segundo Comte, a Sociologia é a ciência suprema, estando acima de todas as filosofias e religiões. “Dela tudo parte e a ela tudo se reduz,” afirmou.
Mas foi a partir do trabalho de Émile Durkheim (1858-1917) que a Sociologia passou, de fato, a ser considerada uma ciência. Com seu rigor científico, Durkheim classificou a Sociologia como uma ciência com credibilidade, e assim ela se desenvolveu academicamente. Foi Durkheim quem formulou os primeiros conceitos da Sociologia. Ele demonstrou que os fatos sociais têm características próprias. Para Durkheim, a Sociologia é o estudo dos fatos sociais.
O que são os fatos sociais? De acordo com Durkheim, são o modo como um grupo social pensa, sente e age. Para Durkheim, os fatos sociais existem independentes da vontade de uma pessoa, antes mesmo de ela nascer, e são impostos pela sociedade.
Os fatos sociais são basicamente caracterizados por três características:
1. Generalidade: o fato social é comum a todos, ou a pelo menos à maioria, de um grupo de pessoas. Exemplos: a forma de habitação, de comunicação, de sentidos e moral.
2. Exterioridade: o fato social existe, não dependendo da vontade do indivíduo. São as leis, as regras sociais e os costumes que são impostos de maneira coercitiva.
3. Coercitividade: os indivíduos se sentem pressionados a adotar o comportamento estabelecido. As pessoas são obrigadas a viver conforme as regras da sociedade, independente de sua vontade ou escolha.
Os fatos sociais, de acordo com Durkheim, podem ser estudados de forma objetiva, como “coisas”. Da mesma maneira como a Biologia estuda a natureza, a Sociologia estuda os fatos sociais. Para a teoria sociológica de Durkheim, os fatos sociais têm existênciaprópria, ou seja, independem das crenças e ações de indivíduos.

Continue navegando