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DOENÇAS DE SUÍNOS: Erisipela: É uma doença infecto-contagiosa que pode se manifestar de forma aguda ou septicêmica, com lesões na pele em forma de losango. Forma crônica: artrite não-supurativa e endocardite vegetativa. Agente etiológico: Erysipelothrix rhusiopathiae. É sensível a desinfetantes e muito resistente no solo e em fezes de suínos (1 a 6 meses). Fonte de infecção: suíno portador. Maioria dos animais sadios alojam o agente nas tonsilas e linfonodos e podem eliminar via fecal. O meio ambiente tem importante papel na transmissão, os animais enfermos tem bactéria presente nas fezes, urina, vômito e pele e os animais recuperados tem bactéria presente nas fezes e urina. Todas as idades são susceptíveis. Bactéria → trato digestivo ou ferimentos da pele → multiplicação → bacteremia em menos de 24 horas. Patogenia: Lesão urticarial: tem reação inflamatória vascular aguda que causa eritema, hemorragias e trombose local e necrose (casos graves). Sinais clínicos: Forma aguda cutânea: Ocorre principalmente em animais com mais de 6 meses de idade (cepas de baixa virulência); Após 2 a 3 dias: febre, anorexia e prostração. Lesões cutâneas em varias regiões do corpo, salientes, coloração purpura escura, não dolorosa. Podendo se desaparecer em 4 a 7 dias ou conflui-se, formando grandes placas que se desprendem com facilidade. Forma aguda septicêmica: Em animais de todas as idades, apresentando febre, vômitos, diarreia, aborto, manchas cianóticas na pele e na região abdominal, nas orelhas, nos membros e no focinho e podendo ocorrer casos de morte súbita. Forma crônica: Artrite não-supurativa nos membros e articulações intervertebrais. Liquido serosanguinolento, membrana sinovial, hipertrofiada, linfonodos regionais com hipertrofia acentuada e geralmente com cistos. Lesões endocárdicas com aspecto de vegetação, grandes e friáveis, frequentemente bloqueiam o orifício valvular. A maioria das endocardites vegetativas são causadas por Streptococcus suis. Diagnóstico: Presuntivos por sinais e lesões epiteliais. Isolamento das tonsilas e baço. Aplicar penicilina 12 em 12 horas por 3 dias e antitérmico e ter resultados fornece indícios para o diagnóstico. Forma cutânea tem recuperação em 24 horas. Forma aguda tem resposta não satisfatória com atraso no crescimento e grande condenação no lote. A vacina não tem muita importância, nem eficiência. Epidermite exsudativa É uma dermatite seborreica infecciosa localizada ou generalizada; Ocorre principalmente em leitões de 5 a 35 dias criados em sistemas intensivos, com higiene deficiente ou problemas de desequilíbrio na microbiota normal (causado pelo uso constante de antibioticoterapia profilática). É altamente infeccioso em uma leitegada, com animais mais jovens o curso da doença é mais curto e morbidade e mortalidade mais altos. Epidemiologia: penetra na pele dos animais por meio de lesões, mossagem, corte de cauda e instalações inadequadas. Entrada do organismo → Septicemia → Fragilidade do epitélio cutâneo → Infecção generalizada Sinais clínicos: Localizada: em animais mais velhos, atípica. Pequenas lesões cutâneas circunscritas e recobertas por uma série de crostas escamosas, localizadas: principalmente na região dorsal e lateral do pescoço. Generalizada: em leitões lactentes, apresentando anorexia, apatia, diarreia e modificação na coloração da pele. Animais amontoados, podendo ocorrer perca da função renal e acumulo de toxinas pode causar morte. A recuperação é lenta e muitos se tornam refugos. Vesículas (cabeça) → Rompimento → Exsudação → Formação de crostas → Descamação. A pele fica engrossada, ocorrendo aumento da secreção cutânea, favorecendo o aumento de bactérias. Tem o rápido cobrimento da pele do animal com exsudato gorduroso e odor desagradável. Tratamento e controle: Penicilina de 12 em 12 horas para toda a leitegada; - Rever e corrigir as falhas do programa de limpeza e desinfecção; - Evitar causas predisponentes: cuidado e higiene na realização das práticas de manejo cirúrgico que possam abrir porta de entrada para as bactérias (umbigo, gengiva, cauda); Sarna suína: Sarna sarcóptica, tem grande prejuízo econômico, perda de peso, atraso no crescimento, queda na produção leiteira, impotência coeundi. É de notificação obrigatória em muitos países. Ciclo ocorre apenas na superfície epitelial, com duração de 15 a 25 dias. Sobrevive fora do corpo do suíno (nas instalações) de 3 a 4 semanas. É sensível a luz solar. As fêmeas põe de 2 a 4 ovos por dia durante 20 a 30 dias (período de vida). Todas as idades são susceptíveis. Porém em leitões de 5 a 7 semanas não apresentam as lesões por ação dos anticorpos passivos. No inverno as lesões são mais frequentes. Transmissão por contato direto X indireto: Forma latente (Conduto auditivo externo ou na superfície interna da orelha) → Portadores e potenciais disseminadores. Patogenia: as fêmeas fecundadas cavam galerias na pele, o rompimento dos ovos causa saída de um liquido seroso, mas o mesmo seca e forma as crostas que são observadas no interior do canal auditivo. A saliva, ovos e fezes do acaro atuam como antígeno para reação de hipersensibilidade. Os primeiros sinais clínicos aparecem depois das 6 semanas ou mais. Manifestação clínica mais importante nos animais de crescimento e engorda: lesões de natureza essencialmente alérgica – sarna eritematosa alérgica. Tem prejuízo econômico, pois tem prurido intenso (intranquilidade), animais pioram a conversão alimentar em 10%, tem problemas reprodutivos como falha na concepção, anestro e impotência coeundi. Lesões: pápulas que começam na cabeça e se espalham pelo corpo. Formação de pápulas, vesículas, fistulas, crosta e queda de pelo. Pode regredir em 5 semanas, ou pode se tornar crônica, tendo formação de crostas, acantose e hiperqueratose (raspado positivo). Os animais cronicamente afetados apresentam crostas grossas nas orelhas, cabeças e patas. Diagnóstico: Clínico: - fácil: intenso prurido. Gravidade da infestação: - Avaliação de carcaças no abatedouro (dermatite papular: score de 0 – 3). - índice de prurido (desejável <0,1) 10% das baias recria/engorda: Laboratorial: raspado cutâneo profundo nas bordas da lesões na face interna da orelha. Tratamento: O prognostico é favorável. Produtos: hidrocarbonetos clorados, organofosforados, piretróides, ivermectina. Banhar também as instalações. Em casos graves, repetir a aplicação até 5 vezes com intervalo de 7 dias. Criações livres: Tratamento preventivo a cada 6 meses ou por meio de raspados 2 vezes ao ano. Quarentena nos animais de reposição – duas aplicações de ivermectina com intervalo de 18 a 21 dias. Criações com problemas: UPL – Aplicar ivermectina nas porca 14 dias antes do parto ou aplicar ivermectina no plantel de reprodução antes do começo do inverno. Unidade de engorda: caso os leitões sejam oriundos de UPL que não utiliza o protocolo acima, deve-se adicionar ivermectina na ração de alojamento. Meningite estreptocócica: Doença que afeta principalmente leitões de creche e se caracteriza por sinais nervosos e alguns casos de morte súbita. Tipo I: artrite em leitões em aleitamento; Tipo II: meningite pós-desmama; Afeta suínos de todas as idades, mas principalmente de 1 a 12 semanas. É mais frequente em suínos mantidos em baias com superlotação e ventilação deficiente. Portadores assintomáticos. Incidência maior da doença em granjas que compram e agrupam leitões de diferentes origens para recria e terminação (terminadores). Mas também em animais de engorda e reposição. Infecção nos leitões via: umbigo, ferimentos na pele e ferimentos na gengiva. Sinais clínicos: - Febre (42º); - Incoordenação; - Decubito lateral; - movimentos de pedalagem; - opistótono (dorso flexão da cabeça); - Morte (casos septicêmicos mortes súbitas); Congestão das meninges e edema submeningeano. Muitas vezes observa-se colaração purulenta nas meningesPode-se observar também: equimose no miocárdio, miocardite focal e endocardite vegetativa. Diagnóstico: Presuntivo: sinais clínicos e/ou lesões Bacteriológico: coletar cérebro, pulmão, líquido articular e válvulas atrioventriculares; Diferencial: doença de Aujeszky, intoxicação por sal, doença de Glasser e doença do edema; Tratamento e prevenção: Penicilina (30.000 UI/kg cada 12 horas por 2 a 3 dias) + antitérmico; Evitar superlotação nas creches; Evitar variações de temperatura, trocas alimentares e excesso ou falta de ventilação na creche; Não existe vacina eficiente no mercado; Em granjas grandes é feita vacinas autógenas com amostras da própria granja. Doença de aujesky: Doença infecto-contagiosa que provoca graves prejuízos econômicos devido a: - Elevada morbidade e mortalidade dos leitões; - Imunodepressão e atraso no crescimento dos porcos de engorda; - Perdas reprodutivas das porcas em gestação; É um herpesvírus, com Sobrevivência: 2 a 7 semanas no ambiente e até 5 semanas na carne. Não tem variação antigênica. Cepas com variações no grau de patogenicidade e tropismo por diferentes tecidos (nervoso e respiratório). É amplamente distribuída por países onde a suinocultura é evoluída e teve um aumento na prevalência nas ultimas décadas. Em ruminantes, felinos, caninos e roedores(raramente) é geralmente fatal (são hospedeiros finais) e não eliminam o vírus. Quando há morte de cães e gatos em granjas de suínos com sinais nervosos e coceira é um forte indicativo. O suíno é o reservatório natural da doença (forma subclínica: eliminação contínua do vírus). O vírus está presente nas secreções nasais e saliva dos animais doentes a partir de 7 a 10 dias pós-infecção. Vias de infecção: respiratória e oral. Após infecção natural: transferência de anticorpos pelo colostro (proteção até as 7 a 10 semanas de idade). Após vacinação: transferência de anticorpos pelo colostro (proteção até os 24 dias de idade) Eliminação do vírus principalmente pelo trato respiratório, podendo ser eliminado pelo leite. A vacinação não impede a infecção. Suínos tornam-se portadores e eliminam o vírus de forma intermitente (mínimo 7 dias). A baixa quantidade de vírus é suficiente para provocar a doença em animais susceptíveis. Situações de estresse: portadores eliminam o vírus. Os aerossóis tem importância relevante na disseminação da doença. Áreas de grande concentração de suínos, torna-se difícil controlar a disseminação do vírus, que pode ser transportado até por 9 Km pelo vento. ` Patogenia: Infecção: contato direto entre animais doentes ou portadores, água e alimentos contaminados ou aerossóis. Forma nervosa: vírus multiplica-se inicialmente no epitélio do trato respiratório superior, invadem as células olfativas, atinge o bulbo olfatório (nova multiplicação) e atinge o SNC. Forma respiratória: multiplica-se nas células alveolares e nos macrófagos, que são então destruídos pelo sistema imune do suíno. Infecção uterina: pode interferir em todos os estágios de desenvolvimento embrionário e fetal, podendo provocar abortos, nascimento de fetos mumificados, infertilidade, etc. Forma clássica: Três formas: sinais nervosos, sinais nervosos e respiratórios e sinais reprodutivos. Leitões de 1 semana: sinais poucos nítidos. Febre, inapetência, depressão, pelos eriçados, salivação espumosa e mortalidade até 90% dos leitões. Leitões de 8 a 35 dias: predominam os sinais nervosos como convulsões, movimentos de pedalagem, andar sem rumo, tremores musculares, decúbito lateral, opistótono e nistagmo. Tem morte em até 2 dias após os sinais clínicos. Recria, terminação e reposição: sinais nervosos graves se tornam menos comum, quanto maior a idade dentro deste período. Tem febre, anorexia, prostração, constipação e eventualmente, sinais respiratórios. Porcas em lactação: febre, constipação, anorexia, agalaxia e transtornos puerperais. Porcas em gestação: febre, anorexia, falsa mastigação, salivação intensa e problemas reprodutivos (retornos ao cio, mumificação, abortos, natimortos, malformações, nascimento de leitões fracos e infertilidade). Sinais clínicos: Forma respiratória: O vírus provoca uma imunodepressão, pois se multiplica nos macrófagos, que são posteriormente destruídos pelo sistema imune. Infecções bacterianas secundárias: pleuropneumonia e a pneumonia por Pasteurella multocida. Forma subclínica: Há a infecção, mas não se manifestam os sinais característicos da doença. Esta forma pode aparecer devido a baixa quantidade de vírus circulante ou devido a baixa patogenicidade da cepa infectante. Estado de latência: Após infecção aguda: desenvolvimento de imunidade e excreção do vírus por um curto período. Estresse: reativação do vírus no organismo Comumente: ausência de lesões. Em alguns casos: congestão de meninges e aumento do líquido cefalorraquidiano, focos de necrose no fígado e miocárdio e consolidação nos lóbulos anteriores do pulmão (amostra pneumotrópicas). Diagnóstico Presuntivo: histórico, sinais clínicos e lesões. Laboratorial: isolamento viral (casos agudos – cérebro) e sorologia (a partir dos 7 a 12 dias após a infecção natural ou vacinação). Diferencial: meningite por S. suis, intoxicação por NaCl, peste suína clássica e doenças que provocam problemas reprodutivos. Controle: Erradicação: Aplicado em países com baixo n.º de focos da doença (Inglaterra e a Dinamarca): • Controle sorológico nos frigoríficos • Animais infectados são identificados, as granjas de origem localizadas e os animais contaminados abatidos. É um método eficaz, no entanto tem as seguintes desvantagens: • É caro • Só é aplicável em regiões pouco infectadas • O risco de contaminação dos animais não imunizados é permanente. Vacinação As principais vantagens da vacinação são: - Reduz o número e a gravidade dos surtos da doença; - Reduz as perdas econômicas; - Reduz a pressão de infecção As principais desvantagens da vacinação são: - Imunidade vacinal não impede a replicação viral no trato respiratório e a excreção do vírus; - Não impede o estabelecimento do estado de latência; - Não diferenciação de anticorpos vacinais dos provocados pela infecção (vacinas comuns); Vacinação + erradicação: Só é possível com vacinas deletadas, e usando Kits ELISA que diferenciem os animais infectados dos vacinados. E com cooperação dos suinocultores e teste sorológico negativo. Situação da Doença de Aujeszky no Brasil • Doença de notificação obrigatória; • Vacina morta deletada é a única permitida no país e é de controle oficial e somente permitido em rebanhos suínos com diagnóstico positivo da doença ou em rebanho vizinho sob-risco; • Maior incidência: SC, PR, SP, MG e GO. Circovirose Suína: Doença que atinge principalmente suínos após o desmame causando atraso no crescimento, palidez, refugagem, às vezes icterícia e morte. • Síndrome multisistêmica do emagrecimento pós-demame (SMEPD); • Síndrome da dermatite e nefropatia suína; Vírus não envelopado (tornaos mais resistentes aos desinfetantes). Doença mundialmente distribuída. No Brasil a doença é emergente que causa prejuízos consideráveis à suinocultura. Epidemiologia: Persiste por até um ano, não há cura. Leitões perdem a imunidade materna com 3 a 9 semanas de vida. Soroconversão ocorre 3 a 4 semanas após a desmama. Transmissão vertical e horizontal Vírus eliminado nas fezes, secreções nasais, sêmen, fetos abortados, natimortos. 3 a 20 % dos animais da creche são afetados Predisposição ao desenvolvimento da doença: • Granjas de ciclo completo com fluxo contínuo • Granjas de terminação de múltiplas origens Patogenia Apenas alguns animais de cada baia adoecem, embora a grande maioria apresente soroconversão. O mecanismo do desencadeamento da doença ainda não está bem esclarecido. Fatores ambientais, de manejo, imunidade, doenças concorrentes (parvovirose e PMS). - Imunossupressão com depleção linfocitária nos órgãos afetados, linfopenia,diminuição de linfócitos B e T e monócitos. Predisposição à doenças secundárias. Sinais clínicos A partir dos 40 dias de idade ocorre emagrecimento rápido e progressivo, anorexia, icterícia, febre (nem sempre presente), diarréia, dispnéia, tosse, hipertrofia dos linfonodos inguinais, lesões de pele de coloração vermelho-púrpura no pescoço, abdômen e paleta. Reprodutoras: abortos, natimortos e mumificados. Morbidade varia de 4 a 20%. Mortalidade de 70 a 90%. Síndrome da Dermatite e Nefropatia Suína Febre, lesões de pele multifocais, bem circunscritas, levemente elevadas, coloração vermelho escuro, centro necrótico, bem circulares ou irregulares sobre o pernil, região ventral do abdômen e nariz, flancos, orelhas e tórax. Nos casos mais graves ocorre anorexia, emagrecimento acentuado. Os animais morrem devido à falha renal aguda. Lesões 70% dos casos: linfonodos e pulmões apresentam lesões. Lesões mais frequentes: emaciação, espinha dorsal marcada, hipertrofia dos linfonodos mesentéricos e inguinais, consolidação pulmonar crânioventral. Rins pálidos, hipertrofiados, petéquias na superfície, pelve renal distendida e com urina avermelhada. Microscopicamente: glomerunefrite fibrinosa aguda difusa, com nefrite intersticial e vasculite sistêmica necrosante. Diagnóstico Sinais clínicos, lesões macro e microscópicas. Diagnóstico definitivo: presença do circovírus tipo 2 nas lesões microscópicas por meio de imunohistoquímica. PCR também pode ser utilizado. Tratamento Não existe um tratamento eficiente. Os antibióticos para evitar o aparecimento de doenças secundárias. Tilmicosina (Pulmotil®): 10 a 15 mg/kg de peso corporal/dia durante 7 dias (via ração ou água de bebida. 20 pontos de Madec: MATERNIDADES: 1. Usar o sistema "todos dentro, todos fora" e limpar as canaletas de dejetos entre lotes; 2. Lavar as porcas e vermifugar antes do parto; 3. Limitar os reagrupamentos de leitões na maternidade ao absolutamente essencial, tentar trocar leitões apenas nas primeiras 24 horas após o parto; 4. Usar baias ou gaiolas pequenas, com divisórias sólidas; 5. Usar o sistema "todos dentro, todos fora" e limpar as canaletas de dejetos entre lotes; 6. Diminuir a lotação para níveis iguais ou menores do que 3 leitões por m² ou seja, espaço igual ou maior que 0,33 m² por leitão; 7. Aumentar o espaço de cocho para valor acima de 7 cm/leitão; 8. Melhorar a qualidade do ar, mantendo níveis de NH3 abaixo de 10 ppm, CO2 abaixo de 0,1% e umidade abaixo de 85%; 9. Melhorar o controle da temperatura ambiental; 10. Não misturar leitões de diferentes lotes na chegada ou durante o período de permanência nas creches; 11. Usar baias pequenas, com divisórias sólidas; 12. Usar o sistema "todos dentro, todos fora" e limpar as canaletas de dejetos entre lotes; 13. Não misturar leitões de diferentes lotes na chegada ou durante o período de permanência nas recrias; 14. Não misturar leitões de diferentes lotes na chegada ou durante o período de permanência nas terminações; 15. Diminuir a lotação, adotando um espaço acima de 0,75 m² por leitão; 16. Melhorar a qualidade do ar e o controle da temperatura ambiental; 17. Usar um programa de vacinação adequado às doenças do plantel; 18. Racionalizar o fluxo de ar e de animais nos prédios; 19. Adotar uma higiene estrita em manejos como corte de dentes, corte da cauda, injeções e outros; 20. Remover precocemente animais doentes para baias hospital ou realizar a eutanásia dos mesmos. Controle Medidas de manejo, programa de higiene e bem estar. • Evitar mistura de suínos de diferentes origens; • Evitar a superlotação; • Boa ventilação associada à temperatura adequada; • Isolar os doentes numa baia enfermaria; • Utilizar o sistema todos dentro todos fora; • Medicar o quanto antes os leitões doentes; • Fazer transferência dos recém-nascidos somente nas primeiras 24 horas de vida; Influenza Suína: Doença infecciosa aguda do trato respiratório que cursa com alta morbidade (até 100%) e baixa mortalidade (<2%). ZOONOSE Maior incidência: outono, inverno e início da primavera. Transmissão horizontal Associada à introdução de novos animais. Infecção durante todo o ano, porém com manifestação clínica no inverno. Somente o vírus: doença respiratória benigna Manifestação clínica e severidade dependem de co-fatores infecciosos, idade, imunidade e variante do vírus envolvido. Sinais clínicos: Período de incubação: 2 a 7 dias; Iniciam subitamente em muito animais: Febre, anorexia, prostração, leucopenia, dispnéia, espirros, tosse, conjuntivite, descarga nasal e perda de pesa considerável. Recuperação: 4 a 6 dias Nos humanos: Febre, tosse e dor nas articulações. Lesões: Congestão e edema da mucosa das vias respiratórias superiores, aumento de volume dos linfonodos cervicais e mediastínicos e Pneumonia intersticial. Diagnóstico: Presuntivo: histórico e sinais clínicos Confirmatório: provas laboratoriais Diferencial: outras doenças respiratórias Controle: - Medidas terapêuticas para combater infecções secundárias - Evitar a movimentação dos animais afetados - Imunidade após o surto: desconhecida - Vacinas disponível no Brasil; Pneumonia enzoótica dos suínos: Doença altamente contagiosa, caracterizada por pneumonia crônica, que se torna permanentemente endêmica nos rebanhos, provocando imunodepressão e atraso no crescimento. Causada por mycoplasma hyopneumoniae, que tem resistência a maioria dos antibióticos. Frequentemente complicada pela Pasteurella multocida tipo A e D. É distribuída mundialmente, com alta incidência em sistemas intensivos e devastadora economicamente. Perdas econômicas estão largamente associadas com alta conversão alimentar e baixas taxas de crescimento A cada 10% de área pulmonar afetada corresponde à 5% a menos de ganho de peso diário. O suíno é o único hospedeiro e todas as idades são susceptíveis. Transmissão: Contato direto com secreções do aparelho respiratório; Aerossóis; Transmissão horizontal: Em rebanhos infectados a transmissão ocorre primariamente da porca para os leitões; O agrupamento de leitões na desmama contribui na transmissão da doença A prevalência da doença é influenciada principalmente pelos seguintes fatores: • Superlotação • Concentração de gases nas instalações • Unidades de engorda com mais de 500 animais • Instalações com mais de 2 fileiras de baias; Patogenia: Infecção ocorre pela via respiratória Período de incubação: 1 semana a 10 meses Sítio principal de infecção: epitélio bronquiolar e bronquial com destruição dos cílios da traqueia, redução da eficiência do sistema mucociliar e diminuição na resistência imunológica. Tem alta incidência de lesões entre os 2 e 4 meses, com a imunidade se desenvolvendo lentamente, quando o animal for pra terminação poderá se recuperar totalmente. Sinais clínicos Tosse seca e crônica: observada quando os animais são forçados a se exercitarem (fase de crescimento e terminação); Movimentos respiratórios: geralmente normais; Associação com P. multocida: respiração abdominal, inapetência, febre (41ºC), prostração e morte. Lesões: Áreas de consolidação pulmonar de cor púrpura a cinza, bem delimitadas do tecido normal, de consistência carnosa, localizadas principalmente nos lobos apicais, cardíacos, acessório e região antero-ventral dos diafragmáticos. Diagnóstico: Clínico: fácil, baseado nos sinais clínicos; Acompanhamento de abate: monitorização para avaliar periodicamente a prevalência; Atenção: as lesões pulmonares regridem com o avançar da idade Laboratório: Isolamento, PCR, ELISA. Tratamento: Não há tratamento eficiente, embora a gravidade possa ser reduzida com antibioticoterapia (Tilosina, Tiamulina); Estratégia amplamente utilizada: medicação durante 10 a 15 dias na ração dos leitões quando são transferidos da creche para as unidades de crescimento e terminação. Animais com prostração, febre e respiração abdominal devem ser separadosem baia apropriada e devem receber medicação injetável consistindo de: antitérmico, antibiótico, broncodilatador + mucolítico. Controle: Granjas positivas devem procurar conviver com a doença: redução dos fatores de risco e a aplicação de medidas terapêuticas e imunoprofiláticas. A eliminação é possível mas pode haver recidivas. Vacinação: uso contínuo da vacinação produz resultados satisfatórios, principalmente em granjas onde a doença gera prejuízos consideráveis. (Custo x beneficio) Esquema de vacinação -Reprodutores: vacinar aos 6 meses de idade e revacinar em 2 a 3 semanas após. Leitões e porcas: depende da vacina utilizada e do protocolo definido pela granja. Correção dos fatores de risco: - Unidades de engorda: máximo 300 animais - Baias: máx. 15 animais (mín. de 1 m²/animal e volume de ar superior a 3 m³/animal) - Cortinado: controle da temperatura e da concentração de gases dentro das instalações (meses frios); Forro nas instalações: Métodos auxiliares de controle - Criação no sistema – all in all out - Criação em 3 sítios de produção Quantificação das lesões: Cálculo: lobo - peso relativo x escore = soma. Rinite atrófica progressiva: Doença contagiosa do trato respiratório superior, caracterizada por atrofia das conchas nasais e mau desempenho dos animais. Distribuição mundial com prevalência rebanhos comerciais: 25 a 50%. Transmissão: contato direto entre suínos. Porcas e cachaços infectados: reservatório Reposição com reprodutores infectados: principal meio de introdução da doença. Porcas cronicamente infectadas transmitem a doença às suas leitegadas por contato nasal, durante o período de aleitamento. Leitões infectados: fonte ativa de infecção. Nível de imunidade dos suínos jovens influencia o grau de infecção e a incidência da doença clínica. Imunidade do colostro de porcas sorologicamente positiva é transferida para os leitões, fornecendo proteção por 2 a 5 semanas. Leitões com altos níveis de imunidade passiva não é infectado. A gravidade da doença depende da idade em que o leitão se infectou e da imunidade passiva: 1ª semana de vida: lesões graves 4ª semana de vida: lesões moderadas 10ª semana de vida: não desenvolvem lesões Sinais clínicos: Estágios agudos (3 a 9 semanas de idade): • Espirros • Corrimento nasal mucoso • Placas escuras nos ângulos internos dos olhos (obstrução do canal lacrimal – epífora) • Epistaxe passageira; Estágios crônicos: • Desvio do focinho para um dos lados e/ou encurtamento do mesmo • Formação de pregas na pele que o recobre • Má performance dos animais na engorda; Diagnóstico: Clínico – mais evidente a partir de 5 semanas de idade: Anatomopatológico – exame das conchas nasais de leitões com mais de 10 semanas de idade ou dos animais enviados ao frigorífico: Realiza-se o corte transversal do focinho entre o 1º e 2º dentes pré-molares; - Sorológico: pouco valor - Diferencial: Rinite por corpúsculo de inclusão -Surto explosivo e com curso agudo Histopatológico: presença dos CI típicos no epitélio glandular da cavidade nasal; Classificação de Rinite Atrófica por meio do Índice de Rinite Atrófica (IRA) – Embrapa 1990. Scores: • Conchas normais = 0 • Atrofia leve = 1 • Atrofia moderada = 2 • Atrofia grave ou completa = 3 Score x animais / número animais Interpretação do IRA 0 a 0,30: livres ou nível insignificante 0,31 a 0,45: levemente afetados ou com probabilidade de 3% do aparecimento de lesões graves 0,46 a 3,0: moderado a gravemente afetado com probabilidade de 6 a 20% dos animais apresentarem lesões graves. Doenças vesiculares de suínos: Doenças virais agudas e contagiosas, caracterizadas por febre e vesículas com erosões na boca e no nariz, patas e tetas. Febre aftosa: Doença viral mais contagiosa em suínos, que se caracteriza pela ocorrência de febre e formação de vesículas na coroa do casco, língua e focinho. Todos os animais biungulados são susceptíveis. ZOONOSE: humanos são fontes de infecção. Transmissão • Aerossóis de animais e humanos • Contato direto ou indireto • Consumo de dejetos contaminados • Fômites • Inseminação artificial • Produtos biológicos contaminados • Aves migratórias Gado e ovelhas podem ser portadores do vírus, mas o vírus não persiste em suínos. Sinais clínicos: 24 a 48 h após a inalação do vírus e podem perdurar por vários dias: • Febre, anorexia, claudicação; • Vesículas na borda coronária, parte distal dos cascos e espaços interdigitais; • Vesículas e erosões no focinho; • Erosão do epitélio da língua • Lesões das tetas • Mortalidade até 5% - especialmente em animais jovens (necrose do miocárdio) • Abortos - devido a febre (sem alterações patológicas específicas da placenta ou dos fetos); Diagnóstico NUNCA deve ser diagnosticado baseado em sinais clínicos e lesões macroscópicas somente, devido à semelhança com outras doenças vesiculares e do grande impacto econômico causado pela notificação da presença da doença, o diagnóstico somente é feito baseado na confirmação laboratorial. Suspeita de FMD: veterinário estadual e/ou federal deverá ser informado imediatamente,um especialista treinado em doenças exóticas animais será enviado para o local para colher amostras e enviá-las para o laboratório federal para a confirmação do diagnóstico. Diagnóstico diferencial: • Estomatite vesicular; Doença vesicular suína; Exantema vesicular suína; Podridão dos cascos; Queimaduras químicas ou térmicas; Fotossensibilidade. Tratamento e controle: Os procedimentos básicos são: • Interrupção imediata no deslocamento de animais e produtos de origem animal na área afetada; • Abate de todos os animais infectados e animais susceptíveis que entraram em contato; • Desinfecção de todos os veículos, equipamentos e funcionários envolvidos; • Vacinação em cadeia depende do tamanho do surto. Doença vesicular suína: Enfermidade infecciosa, clinicamente indistinguível das demais doenças vesiculares. Maior importância: diagnóstico diferencial Febre Aftosa. América livre desta doença. ZOONOSE Transmissão: Contato direto via lesão na pele e na mucosa. Produtos infectados (vírus resistente): secos, defumados ou carnes curadas Contaminação fecal é a maior fonte de disseminação (diferente de outras doenças vesiculares virais). Animais recuperados: vírus nas fezes por 14 dias a 3 meses. Sinais clínicos: 27 dias após a infecção; Febre e anorexia acompanhadas por vesículas na boca, focinho, faixas coronárias, espaços interdigitais, e solas das patas, levando à claudicação e ulcerações; Clinicamente indistinguível da FMD; Algumas cepas causam encefalite, resultando em andar instável e tremores. Alguns animais sub-clinicamente infectados sem sinais da doença; Diagnóstico: Presuntivo: lesões e sinais clínicos; Não tente fazer um diagnóstico diferencial definitivo no campo, notificação obrigatória, comunicar ao serviço veterinário oficial; Diagnóstico diferencial: Febre aftosa, estomatite vesicular, exantema vesicular suína, podridão dos cascos, queimaduras químicas e térmicas. Tratamento e controle: Medidas de prevenção são similares às da FMD: - Controle de animais importados de áreas infectadas; - Eliminação do lixo de aviões e navios internacionais;
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