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BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br Prezado aluno, está chegando a hora! Agora é tempo de seguir nas revisões finais e o nosso propósito aqui será o de afinar os seus conhecimentos nessa reta final. A seguir, oferecemos uma revisão do conteúdo de Legislação Especial Penal baseada exclusivamente no histórico de questões CESPE sobre os nossos temas. Trata-se de um super compilado dos tópicos e temas queridinhos da banca sobre a nossa disciplina! E quer saber? Estou convicto de que daqui sairão as questões de sua prova! Por isso, foco total e sigamos juntos em busca de sua vitória! LEI Nº 11.343/06 – LEI DE DROGAS � Lei 11.343/06 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad. Trata-se de um sistema composto por órgãos e entidades da Administração Pública que, em atuação conjunta, têm a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as atividades de repressão ao uso, ao tráfico e à produção ilegal de drogas. � Crime de posse ou porte ilegal de drogas (art. 28): quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. � O crime de posse ou porte de drogas para consumo pessoal não foi descriminalizado. O fato continua a ter a natureza de crime, na medida em que a própria lei o inseriu no capítulo relativo aos crimes e às penas além de suas sanções só poderem ser aplicadas por Juiz criminal e não por autoridade administrativa. Não podemos esquecer também que deve ser respeitado o devido processo legal. � As penas previstas para quem comete o crime de posse ou porte ilegal de drogas são: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. É preciso lembrar também que, segundo a Lei, o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde preferencialmente ambulatorial para tratamento especializado. Isso não é uma recomendação e sim uma determinação legal. � A pena de prestação de serviços à comunidade deverá ser realizada, preferencialmente em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. � O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema previdenciário. � No caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer. � A vedação da prisão em flagrante para esse crime (se cometido sem o concurso de outros, é claro) é absoluta, não estando condicionada à aceitação do agente em cooperar com a Justiça. Não será possível a prisão em flagrante, nem mesmo se houver recusa do agente em comparecer em juízo. � A Lei 11.343/06 determina que é indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais. � As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas autoridades de polícia judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. � É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais. � A Lei de Drogas possibilita ao tráfico ilícito de entorpecentes a redução de um terço a dois sextos sua pena desde que seja réu primário, de bons antecedentes e que não se dedique a atividades criminosas e nem a quadrilhas. � Atualmente a Lei de Drogas, após a publicação da Resolução do Senado nº 05/12, permite a conversão da pena em penas restritivas de direitos para aqueles que são réus primários, de bons antecedentes e que não se dediquem a atividades criminosas ou não integrem organização criminosa. Para esses réus, de fato não há mais a vedação. Agora, se esse réu não tiver tais características, a ele será terminantemente vedada tal conversão. Eis a nova redação do referido artigo: “§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)” � O tráfico ilícito passou a ser considerado apenas um crime equiparado ao hediondo. Até antes da publicação da Lei 11.464/07, os condenados a crimes hediondos (ou equiparados) tinham que cumprir toda a pena em regime fechado sem direito à progressão. Importante: a partir de sua vigência, os condenados a esses crimes passaram a gozar do direito à progressão de 2/5 da pena se primários e 3/5 se reincidentes. � A Lei 11.464/07 suprimiu a proibição da liberdade provisória nos crimes hediondos e equiparados atingindo por consequência o crime de tráfico ilícito de drogas. � A Lei de Drogas tipificou a conduta de colaborar, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. Quem assim o faz está BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br sujeito às penas de reclusão, de 02 a 06 anos e pagamento de 300 a 700 dias- multa. � Há sim a previsão de livramento condicional depois de cumpridos 2/3 da pena. E só para réus primários, pois se o réu for reincidente específico, não há o que se falar dessa possibilidade. � Os condenados por tráfico ilícito de drogas não têm direito a fiança, nem a SURSIS, GRAÇA, INDULTO ou ANISTIA. A liberdade provisória, como vimos, apesar de ainda aparecer na literalidade do art. 44, já é possível para os condenados a esse crime. � Para o crime de oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem a Lei 11.343/06 prevê as penas de detenção, de 06 meses a 01 ano e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa sem prejuízo das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. � O médico que, por imprudência, prescrever a determinado paciente dose excessiva de medicamento que causa dependência química cometerá crime e estará sujeito à pena de detenção, de 06 meses a 02 anos e pagamento de 50 a 200 dias-multa. � Nos casos de ilícitos relacionados à drogas, o agente for inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, ele será isento da pena. Não se esqueça: se nas mesmascircunstâncias, ele estiver apenas com sua capacidade reduzida, não haverá isenção de pena e, sim, a redução dela de um a dois terços. � A Lei de Drogas prevê a previsão de redução de pena de 1/3 a 2/3 caso o indiciado ou acusado colabore voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação. � Só aos seguintes tipos penais, poderão incidir as causa aumentativas de pena: tráfico de drogas; tráfico de matéria prima de droga; cultivo de plantas destinadas ao preparo da droga; utilização ou consentimento de local para a prática de tráfico; induzimento ao uso de drogas; consumo de drogas em conjunto; tráfico de maquinários de drogas; associação ao tráfico; financiamento do tráfico de droga; informante colaborador do tráfico de drogas. � Para que a lavratura da prisão em flagrante e o estabelecimento da materialidade do delito obedeçam ao estabelecido pelo art. 50, §1º, da Lei 11.343/06, não só a quantidade, mas a natureza da droga devem constar de laudo expedido por perito oficial ou pessoa idônea. � Quem determina se a quantidade de droga apreendida caracteriza ou não o crime de tráfico é a autoridade judiciária e não a autoridade policial. E para tanto o juiz, além da quantidade, levará em consideração também a natureza desta droga, o local e às condições em que se desenvolveu a ação, as circunstâncias sociais e pessoais e a conduta e aos antecedentes do agente. � Há previsão na Lei 11.343/06 da não-atuação policial aos portadores de drogas, aos seus precursores químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br que se encontrem no território brasileiro, desde que autorizada e que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. � O inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso e de 90 dias, quando solto e que esses prazos poderão ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. � A natureza e a quantidade da substância entorpecente serão consideradas com preponderância para a fixação da pena. LEI Nº 8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE � Criança é a pessoa até os 12 anos de idade incompletos. Adolescente é a pessoa entre 12 e 18 anos de idade. nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente o estatuto às pessoas entre 18 e 21 anos de idade. � O Conselho Tutelar é órgão municipal permanente que possui completa autonomia em relação ao Poder Judiciário. Embora, dentre outras atribuições, tome decisões e aplique medidas de proteção a crianças, adolescentes, pais e responsáveis, estas possuem um caráter meramente administrativo não sendo, portanto, um órgão jurisdicional. � Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 01 Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 05 MEMBROS, escolhidos pela população local para mandato de 04 anos, permitida 01 recondução, mediante novo processo de escolha. � Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável se a criança ou adolescente estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável e se viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. � O fato de os pais estarem separados não dispensa a necessidade de autorização de um deles quando o outro viajar com a criança para o exterior. � Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária e as crianças menores de 10 anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. � é proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável. � Estando desacompanhada, não basta o consentimento dos pais ou responsável legal. É necessária autorização escrita deles ou de autoridade judiciária. � O Estatuto determina que nenhuma criança pode viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � Todos os delitos previstos no ECA são de ação penal pública incondicionada (art. 227 do ECA). � Importante revisar os arts. 240 a 244-D (Crimes relacionados à Pedofilia e a Pornografia Infantil). � Constitui infração administrativa vender ou locar à criança ou ao adolescente programação em vídeo em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente. � Divulgar pela televisão, sem autorização devida, o nome de criança envolvida em procedimento policial pela suposta prática de ato infracional é uma conduta considerada pelo ECA como uma infração administrativa e não um crime. � As multas aplicadas em decorrência de crimes e infrações administrativas, só serão exigíveis do réu após o trânsito em julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. � O Estatuto veda expressamente a divulgação de ATOS JUDICIAIS, POLICIAIS e ADMINISTRATIVOS que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. E se houver algum tipo de divulgação ou notícia a respeito do fato, estabelece ainda que não poderá haver a identificação da criança ou do adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome. LEI Nº 9.455/97 – CRIMES DE TORTURA � Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante emprego de grave ameaça e causando-lhe sofrimento mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa ou; c) em razão de discriminação racial ou religiosa. Pena - reclusão, de 02 a 08 anos. � O emprego de violência e ou grave ameaça são um dos fatores fundamentais para a tipificação de certa conduta como crime de tortura. � As condutas discriminatórias previstas na Lei 9.455/97 se praticadas com os demais requisitos, serão configuradas como crimes de tortura. Esse rol de requisitos é taxativo e lá consta como uma das motivações apenas a descriminação racial ou religiosa (art. 1º, I, “c”). A lei de tortura não trata nada a respeito de discriminação sexual. � Como a conduta homofóbica ainda não está tipificada em nosso ordenamento jurídico e não faz parte do rol de condutas que podem configurar tortura, de acordo com o art. 1º da Lei 9.455/97, não podemos tipificá-la como tortura. a conduta de X. � Revisando: � QUEM COMETE CRIME DE TORTURA � Pena de reclusão, de 02 a 08 anos. � QUEM SE OMITE AO CRIME DE TORTURA � Pena de detenção de 01 a 04 anos. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � Nos crimes de tortura, o fim a que se presta a guarda, poder ou autoridade não está especificado, sendo, com isso, mais abrangente. Nos crimes de maus-tratos, a ação do sujeito ativo é de conteúdo ainda mais variável, pois pode se manifestar de diversas maneiras, entre as quais estão incluídas aquelas previstas na tortura, meios de correção ou disciplina (prevenção). Nos de maus-tratos, a vida ou a saúdeda pessoa é exposta a perigo, enquanto que nos de tortura alguém é submetido a intenso sofrimento físico ou mental. O artigo 136 do CP (maus- tratos) NÃO foi tacitamente revogado pela Lei da Tortura. Crime próprio de tortura é apenas o tipificado no art. 1º, inciso II da Lei nº 9.455/97, pois só poderá nele incorrer as pessoas detentoras daqueles atributos. Art. 1º. (...) II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. � Se do fato definido como crime de tortura resultar a morte da vítima será aplicada a lei de tortura! Estamos diante da tortura qualificada. E para a tortura que resulta em morte a pena prevista é a de reclusão de 08 a 16 anos. � Nos casos de tortura qualificada (quando a tortura resulta em lesão corporal grave, gravíssima ou em morte) a lesão corporal e a morte são consequências culposas da tortura. Não são desejadas pelo autor, que age com dolo no antecedente (tortura) e culpa no consequente (lesão corporal grave ou gravíssima ou morte, resultados não pretendidos). � Se o crime de tortura for cometido por agente público ou mediante o uso de arma de fogo ou em concurso de mais de duas pessoas haverá aumento de pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) previsto na Lei nº 9.455/97. � Para o agente público, a condenação acarretará não só a perda do cargo, função ou emprego público assim como também NECESSARIAMENTE a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. � Os crimes de tortura, tipificados na Lei 9.455/97, não são próprios de agentes públicos e têm como sujeitos ativos qualquer indivíduo. Agora, sendo cometidos por agentes públicos, estará configurada, como acabamos de ver, uma circunstância aumentativa de pena. � Transitada em julgado a condenação por crime de tortura cometido por agente público, a Lei 9.455/97 prevê taxativamente a perda do cargo ou função pública dessa pessoa. Tal penalidade é, portanto, automática e obrigatória. Para a sua aplicação, a citada norma não prevê necessidade de fundamentação. � O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de GRAÇA ou INDULTO. � O condenado por crime previsto na Lei de Crimes de Tortura, salvo a hipótese do condenado por CRIME DE OMISSÃO de tortura, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. Entretanto, vale lembrar que ao usar o verbo “iniciar” a citada norma admite a progressão de regimes. Para o condenado por crime de OMISSÃO de tortura, não se esqueça, aplica-se o disposto no Código Penal, art. 33, § 2º, alínea "c", que determina a possibilidade de o início do cumprimento da pena ser em regime aberto, em caso de não reincidência. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br LEI Nº 9.605/98 – CRIMES AMBIENTAIS � O importante art. 2º da Lei de Crimes Ambientais estabelece que quem, de qualquer forma, concorrer para a prática dos crimes ambientais, incidirá nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade. Ele também nos traz um rol de pessoas que também podem ser culpadas se deixarem de impedir a prática de crimes ambientais quando podiam agir para evitá-la. São eles o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente e o preposto ou mandatário de pessoa jurídica. � As penas privativas de liberdade são também aplicáveis às pessoas físicas pela prática de crimes ambientais, assim como as penas restritivas de direitos e multa. � Tanto a prestação pecuniária à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social como a prestação de serviços à comunidade junto a parques públicos são penas restritivas de direito aplicáveis aos crimes ambientais, previstas na Lei n.º 9.605/1998. � O baixo grau de instrução ou escolaridade do agente é uma das circunstâncias atenuantes de pena para crimes ambientais, regulamentadas pela Lei 9.605/98. � O direito ambiental adota a responsabilidade civil objetiva. Tal responsabilidade é fundada na teoria do risco integral a qual consiste em não haver a necessidade de se provar dolo ou culpa na prática de crimes ambientais para que haja a reparação do dano., o art. 225 da CF, em seu §3º, estabelece a responsabilização (penal, administrativa e civil) dos infratores que causem danos ao meio ambiente. Incluamos a omissão nessa responsabilização, já que o Código Penal versa que ela é penalmente relevante. � Em face da responsabilidade integral, nem o caso fortuito é considerado excludente de responsabilidade quando se trata de Direito Ambiental. a responsabilidade civil por dano ambiental não é afastada em face da ocorrência de caso fortuito. Nesses casos, o agente tem de fato a obrigação de reparar o dano. Não esqueça! � A legislação brasileira previu a desconsideração da pessoa jurídica. Tal previsão encontra-se firmada no art. 4º da Lei 9.605/98 ao estabelecer que poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade constituir obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. � Pela teoria da dupla imputação, somente ocorrerá a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais se houver a imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em seu benefício. Caracteriza- se pela simultaneidade da responsabilização penal. � É perfeitamente possível a responsabilização penal da pessoa jurídica em crimes ambientais. � O art. 3º da Lei 9.605/98 ao estabelecer que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade, ou seja, nos casos em que a ação ou a omissão ocorrerem no interesse ou no benefício do ente coletivo. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br E de novo: a CF/88 nos garante que a responsabilidade penal independe das responsabilidades civil e administrativa. � A ação penal para todos os delitos previstos na lei que dispõe acerca das sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente é, exclusivamente, pública incondicionada. � A responsabilidade penal por crimes ambientais não está integralmente amparada no princípio da culpabilidade, pois tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas, poderão responder tanto por conduta culposa quando por dolosa em crimes ambientais. É bom lembrar também que para que se possa condenar alguém culposamente à prática de crimes ambientais, é necessário que no dispositivo legal esteja explícita a modalidade culposa � Nos crimes indicados na Lei 9.605/98, a competência em regra será da Justiça ESTADUAL e não da Justiça Federal. � O dono de propriedade rural, mesmo com o intuito claro de proteger seu rebanho, só poderá abater animal selvagem se legal e expressamente autorizado pela autoridade competente.. � Constitui crime cuja pena é de seis meses a um ano e multa matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, em desacordo com as prescrições legais pertinentes. Assim, diante de uma ocorrência policial dessa natureza e não havendo causas de aumento de pena, a autoridade policial competente deverá lavrar termo circunstanciado, em face da incidência de delito de menor potencial ofensivo. � A prática de maus-tratos contra animais domésticos é considerada crime contra o meio ambiente, sendo a morte do animal causa especial de aumento de pena. � O abate de animal da fauna silvestre, quando realizadopara a proteção de plantações ou rebanhos, não constitui crime; a lei, porém, exige que haja autorização expressa do órgão ambiental competente. � Cortar cauda de cachorro, mesmo sendo em clínica especializada, é uma mutilação promovida no animal. Se é uma mutilação, enquadra-se perfeitamente no crime de maus-tratos a animais previsto no art. 32 da Lei 9.605/98. Revisando: “Art. 32 Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou MUTILAR animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de 03 meses a 01 ano e multa.” � A conduta de destruir ou maltratar plantas de logradouros públicos admite a modalidade dolosa e culposa. Se provada a conduta culposa as penas serão mais brandas que a dolosa (06 meses a 01 ano ou multa). � A existência de autorização válida do órgão ambiental para o corte de árvores em floresta de preservação permanente atua como causa de exclusão de ILICITUDE e não de PENA no crime previsto no art. 39 da Lei n.º 9.605/1998. � A existência de autorização válida do órgão ambiental para o corte de árvores em floresta de preservação permanente representa o cumprimento de um dever legal BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br na ação do autor. Logo, esta não pode ser considerada ilícita, contrária ao ordenamento jurídico. � Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano. Detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Basta apenas que o balão (a ser solto, vendido, fabricado ou transportado) tenha características potenciais de provocar incêndio para que já esteja configurada a infração penal. � Em alguns crimes ambientais admite-se sim a forma tentada. O crime de poluição ambiental (art. 54) é um deles. Os crimes ambientais são tidos nas modalidades dolosa e culposa admitindo-se ainda a possibilidade de tentativa, sendo esta (a tentativa) punida com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços, salvo disposição em contrário obedecendo-se ao disposto nos Código Penal em seu art. 14, parágrafo único. � A emissão em bares de sons e ruídos muito acima do volume permitido constitui infração penal ambiental descrita na Lei 9.605/98. Não citamos esse tipo penal em nossa aula porque ele simplesmente não existe na norma em questão. A conduta pode até ser enquadrada como crime de poluição ambiental sim pelo fato de resultar em dano à saúde humana, mas não é uma infração penal descrita literalmente na referida lei. LEI Nº 4.898/65 – ABUSO DE AUTORIDADE � O sujeito ativo no crime de abuso de autoridade é a pessoa que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração, tratando-se, assim, de crime próprio. � Um particular pode ser punível caso pratique delitos em concurso com alguém sabendo da condição de funcionário público dessa pessoa. Isso acontece para os crimes de abuso de autoridade previstos na Lei 4.898/65. � Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: à liberdade de locomoção; à inviolabilidade do domicílio; ao sigilo da correspondência; à liberdade de consciência e de crença; ao livre exercício do culto religioso; à liberdade de associação; aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto; ao direito de reunião; à incolumidade física do indivíduo; aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. � Para que se possa falar em sigilo de correspondência, é preciso que ela esteja lacrada. Não há, portanto, no caso em análise, a violação do sigilo da correspondência, depois de sua chegada ao destino e já aberta pelo destinatário. � Poderá ser promovida pela vítima do abuso de autoridade a responsabilidade civil ou penal, ou ambas, da autoridade culpada. � A ação penal pelo crime de abuso de autoridade é pública condicionada à representação. � O uso da força por autoridades policiais é permitido, mas não com o intuito proposital de atentar contra a incolumidade do indivíduo. Mesmo nesses BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br casos, qualquer tentativa por parte de autoridade, de prática de tortura ou de qualquer outro tipo de tratamento desumano ou degradante, incorrerá a conduta de crime de abuso de autoridade. � Quem comete crime de abuso de autoridade estará sujeito às sanções administrativas, civis e penais. � Um crime definido como abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal. Entretanto, isso não significa que serão aplicadas cumulativamente e, muito menos, que será o juiz que presidiu o processo de natureza criminal o responsável pela aplicação das mesmas. Na esfera administrativa será a autoridade superior do agente e na civil, o Código Civil disporá sobre o responsável. � A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso. � Se um crime de abuso de autoridade for praticado contra um civil não é, nesse caso, a Justiça Militar a competente para processá-lo e julgá-lo. Será a Justiça Estadual. � A ação penal contra crimes de abuso de autoridade é pública incondicionada. � A inabilitação temporária para o exercício de função pública é uma sanção penal. Se for aplicada de forma isolada e autônoma será obviamente a pena principal e não a acessória. � A citação do réu para comparecer à audiência de instrução e julgamento será feita por mandado sucinto, mas será acompanhado da segunda via da representação e da denúncia. � A Lei 12.234/10 modificou o art. 109 do Código Penal, alterando o prazo de prescrição punitiva do Estado que passou de 02 para 03 anos (para crimes de penas máximas de até 01 ano). Como os crimes previstos na Lei 4.898/65 têm pena máxima de 06 meses, a prescrição punitiva do Estado para quem os comete é, portanto, de 03 anos. � É expressamente vedada a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ao funcionário público condenado por abuso de autoridade. � Como as penas máximas previstas para os crimes de abuso de autoridade não ultrapassam os seis meses, elas podem Ser substituídas pelas restritivas de direito. LEI Nº 11.340/06 – LEI MARIA DA PENHA � Coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher é o grande objetivo da Lei Maria da Penha. � A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e que a violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � Condutas que causem danos emocionais e/ou a diminuição da autoestima das mulheres são classificadas como violência PSICOLÓGICA. � Condutas que configurem calúnia, difamação ou injúria são sem dúvida nenhuma consideradas como violência doméstica e familiar contra a mulher. Tais condutas classificam-se como violência moral. � A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos. � A violência doméstica e familiar é aquela que pode ser configurada tanto no âmbito da unidade doméstica como no da família e em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.� A violência sexual é entendida como qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos. � A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher deverá ser realizada por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e ações nãogovernamentais. � A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada mediante atendimento policial especializado para as mulheres, em particular. � A Lei Maria da Penha é bem clara ao estabelecer que as medidas protetivas de urgência podem ser aplicadas em conjunto ou separadamente. E mais: a aplicação dessas medidas não impede a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. � Para que a autoridade judiciária aplique a medida protetiva de prestação de alimentos provisionais ou provisórios, não há a necessidade de ser ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar. � Para a aplicação da medida de prestação de alimentos provisionais ou provisórios, não há a necessidade de ser ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar. A única medida protetiva de urgência ao agressor que expressamente faz essa exigência é a de restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores. � Medidas protetivas de urgência À OFENDIDA � ENCAMINHAR a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento; � Determinar a RECONDUÇÃO da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; � Determinar o AFASTAMENTO da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos. � Determinar a SEPARAÇÃO DE CORPOS. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � RESTITUIÇÃO DE BENS indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; � PROIBIÇÃO TEMPORÁRIA para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, SALVO expressa autorização judicial; � SUSPENSÃO DAS PROCURAÇÕES conferidas pela ofendida ao agressor; � PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO PROVISÓRIA, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. � A separação de corpos é uma medida que poderá ser imposta pelo juiz, quando necessário, para proteger a integridade física e a saúde da mulher e dos seus dependentes e não com a finalidade de proteger patrimônio comum ou particular de mulher vitimada por violência. � Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, previstos na Lei Maria da Penha, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei dos Juizados Especiais Criminais. � Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida, a renúncia à representação só será admitida perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. A renúncia à representação não poderá, ser feita perante a autoridade policial. � No caso de violência sexual, a mulher terá direito aos serviços de contracepção de emergência, à profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). � Deve-se dar acesso prioritário à remoção quando a vítima for servidora pública, integrante da administração direta ou indireta. � O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. � o afastamento da ofendida, quando necessário, mantido o vínculo trabalhista do local de trabalho, só pode ser acontecer por até 06 meses. � Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz pode determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. � No caso de violência doméstica contra a mulher, o processo, o julgamento e a execução das causas cíveis e criminais regem-se pelas normas do Código de Processo Penal e do Código de Processo Civil e pela legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com a Lei Maria da Penha. LEI 10.741/03 – O ESTATUTO DO IDOSO � O Estatuto do Idoso é destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � Aos crimes previstos no Estatuto, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 04 anos, aplicam-se as normas procedimentais dos juizados especiais criminais, mas apenas as relacionadas ao procedimento sumaríssimo. � O Estatuto determina que é obrigação do Estado e da sociedade assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis. � É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. � Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado é crime com pena de detenção de 06 meses a 03 anos e multa. � Os crimes definidos no Estatuto do Idoso são de ação penal pública INCONDICIONADA, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal. � O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso (art. 70). � É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos, em qualquer instância. � A prioridade na tramitação dos processos e procedimentos, estabelecida no Estatuto do Idoso, não cessará com a morte do beneficiado, não se estendendo em relação a seu cônjuge supérstite ou companheiro(a), com união estável. É o que rege o art. 70, § 2º. � A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. � Ainda que o exequente tenha mais de sessenta anos de idade, deverá promover o pagamento antecipado das custas processuais, já que o processo de execução de sentença não se enquadra entre os que permitem ao idoso o pagamento ao final. � O interessado na obtenção da prioridade, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo. � Aquele que retém indevidamente o cartão magnético que permite a movimentação da conta bancária em que é depositada mensalmente a pensão de pessoa idosa comete crime tipificado no art. 104 do Estatuto do Idoso. As penas: detenção de 06 meses a 02 anos e multa. � Entre as mudançaspromovidas pelo Estatuto do Idoso no Código Penal, temos, por exemplo, a regra que estabelece que terá pena aumentada de 1/3 quem abandonar pessoa maior de 60 anos que está sob seu cuidado, guarda, vigilância BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono. � A pena também será aumentada de 1/3 até a metade para quem pratica vias de fato contra alguém maior de 60 anos (se o fato não constituir crime). Essa foi outra mudança promovida pelo Estatuto do Idoso, só que agora no parágrafo único do art. 21 da Lei de Contravenções Penais. � Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 meses a 01 ano + multa. A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente. � Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico. � Aos idosos, a partir de 65 anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 01 salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas. � Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado a a reserva de pelo menos 3% das unidades habitacionais residenciais para atendimento aos idosos; a implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso; a eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso; critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão. � No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica, a reserva de 02 vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 02 salários-mínimos e o desconto de 50%, no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, também com renda igual ou inferior a 02 salários-mínimos � A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais. LEI Nº 7.716/89 – CRIMES CONTRA O PRECONCEITO � Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação e de preconceito de RAÇA, COR, ETNIA, RELIGIÃO ou PROCEDÊNCIA NACIONAL. � Segundo a Lei nº 7716/89, o elemento discriminação deve ser interpretado como espécie de segregação negativa, dolosa, comissiva ou omissiva, adotada BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br contra alguém por pertencer, real ou supostamente, a uma raça, cor, etnia, religião, contrariando o principia constitucional da isonomia. � A imprescritibilidade só é válida para os crimes de discriminação de RAÇA, COR e ETNIA. Os injustos culpáveis referentes à origem nacional, à religião e o de injúria qualificada continuam prescritíveis. � O crime de preconceito é INAFIANÇÁVEL, isto é, o acusado não pode receber liberdade provisória através do pagamento de fiança, mas pode ser solto se cumprir providência cautelar determinada no art. 319 ou no art. 321 do Código de Processo Penal. � Um dos grandes buracos nominais na lei de discriminação é o direito do homossexual. Nela, os homoafetivos não são citados. Segundo a Lei n. 7716/89, o elemento discriminação deve ser interpretado como espécie de segregação negativa, dolosa, comissiva ou omissiva, adotada contra alguém por pertencer, real ou supostamente, a uma raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Em toda a sua literalidade não há menção ao preconceito homossexual. � Recusar atendimento não só em bares, como também em restaurantes, confei- tarias, ou locais semelhantes, abertos ao público é sim crime previsto no art. 8º da Lei n 7.716/89. � Constitui efeito da condenação por crime de preconceito a perda do cargo ou função pública para o servidor público que é sujeito ativo de crime de preconceito ou discriminação (art. 16 da Lei 7.716/89). Acontece essa perda de cargo ou função pública não é automática, devendo ser motivadamente declarada em sentença. (art. 16 da Lei 7.716/89). � O agente que reduz alguém a condição análoga à de escravo, sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, terá sua pena aumentada se o crime for cometido por motivo de preconceito de raça ou cor. � Incorre na pena de 02 a 05 anos quem obsta ou nega emprego em empresa privada quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica impede a ascensão funcional do empregado ou obsta outra forma de benefício profissional. � Alguns entendimentos jurisprudenciais importantes e já cobrados pelo Cespe: TJ/PA “EMENTA: PROCEDIMENTO CRIMINAL - IMPUTAÇÃO A MAGISTRADO DE CRIME DE RACISMO – DESCABIMENTO – FATOS NARRADOS DA PEÇA INICIAL QUE NÃO CARACTERIZAM CRIME PREVISTO NA LEI Nº 7.716/89 – OCORRÊNCIA EM TESE DE CRIME DE INJÚRIA – ART. 140 § 3º DO CPB CUJA AÇÃO PENAL É DE INICIATIVA PRIVADA [...]” (AC n. 55138, de Abaetuba - PA, rel. Des. Nunes, j. 09.12.04). TJ/MG “EMENTA: CRIME DE RACISMO - LEI 7.716/89 - COLUNISTA DE JORNAL - CONDENAÇÃO MONOCRÁTICA - PRELIMINAR DE NULIDADE - INDEFERIMENTO DE PERGUNTAS NO JUÍZO DEPRECADO - REJEITADA - POLITICAMENTE CORRETO - TEXTO HUMORÍSTICO - DOLO INEXISTENTE - ABSOLVIÇÃO - BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br RECURSO PROVIDO” (Processo n. 1.0000.00.229590-5/000(1), de Belo Horizonte - MG, rel. Des. Santiago, j. 28.05.02). STJ Ementa - CRIMINAL. HABEAS CORPUS. PRÁTICA DE RACISMO. EDIÇÃO E VENDA DE LIVROS FAZENDO APOLOGIA DE IDÉIAS PRECONCEITUOSAS E DISCRIMINATÓRIAS. PEDIDO DE AFASTAMENTO DA IMPRESCRITIBILIDADE DO DELITO. CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SE TRATAR DE PRÁTICA DE RACISMO, OU NÃO. ARGUMENTO DE QUE OS JUDEUS NÃO SERIAM RAÇA. SENTIDO DO TERMO E DAS AFIRMAÇÕES FEITAS NO ACÓRDÃO. IMPROPRIEDADE DO WRIT. LEGALIDADE DA CONDENAÇÃO POR CRIME CONTRA A COMUNIDADE JUDAICA. RACISMO QUE NÃO PODE SER ABSTRAÍDO. PRÁTICA, INCITAÇÃO E INDUZIMENTO QUE NÃO DEVEM SER DIFERENCIADOS PARA FINS DE CARACTERIZAÇÃO DO DELITO DE RACISMO. CRIME FORMAL. IMPRESCRITIBILIDADE QUE NÃO PODE SER AFASTADA. ORDEM DENEGADA. � Precisamos ter o cuidado de discernir, em determinados casos, o que é crime de racismo do que é crime de injúria. A imputação de termos pejorativos referentes à raça do ofendido, com o nítido intuito de causar lesão à sua honra, como por exemplo chamar alguém de “negro”, “preto”, “pretão”, “negrão”, “judeu” infelizmente não é considerada delito resultante de preconceito de raça e, sim, crime de qualificado de injúria. � Não esqueça: se a pratica, a indução ou a incitação à discriminação ou ao preconceito forem cometidas por intermédio dos meios de comunicação ou publicação de qualquer natureza a pena será de reclusão de 02 a 05 anos e multa. � A Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1 997, que modificou a Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1 989 (Lei definidora dos crimes de raça ou de cor), determina a punição de todos os delitos resultantes da discriminação oupreconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Nesse contexto se acha tipificada figura relativa ao fabrico, à comercialização, à distribuição ou à veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda, que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo, exceto quando o responsável, penalmente imputável, for membro registrado de partido político. � O preconceito representa uma ideia estática, abstrata, pré-concebida, traduzindo opinião carregada de intolerância, alicerçada em pontos vedados na legislação repressiva e que será possível a punição do agente se houver a exteriorização do preconceito, sendo a mera motivação interna um indiferente penal. � No crime de injúria não é suficiente o dolo genérico (consciência e vontade de concretizar os requisitos objetivos do tipo). Há de haver o dolo específico. � Todos os crimes previstos na Lei n. 7.716/89 preveem como pena restritiva de liberdade a reclusão. Alguns deles, além da pena de reclusão, também preveem a de multa (os previstos no art. 20 caput e §§ 1º e 2º e a conduta prevista no art. 4º, §2º). � Os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional são punidos com penas de reclusão ou reclusão e multa, e todas as infrações descritas na legislação específica são inafiançáveis e imprescritíveis. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br LEI Nº 9.034/95 – CRIME ORGANIZADO � Essa Lei dispõe sobre a utilização dos meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas. Segundo essa norma, em qualquer fase de persecução criminal são permitidos, sem prejuízo dos já previstos em lei, os seguintes procedimentos de investigação e formação de provas: � a ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações; � a captação e a interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, óticos ou acústicos, e o seu registro e análise, mediante circunstanciada autorização judicial; � infiltração por agentes de polícia ou de inteligência, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes, mediante circunstanciada autorização judicial. A autorização judicial será estritamente sigilosa e permanecerá nesta condição enquanto perdurar a infiltração. � o acesso a dados, documentos e informações fiscais, bancárias, financeiras e eleitorais. Nessa última hipótese, ocorrendo possibilidade de violação de sigilo preservado pela Constituição ou por lei, a diligência será realizada pessoalmente pelo juiz, adotado o mais rigoroso segredo de justiça. Cuidado, pois a ADI nº 1.570/12 declarou a inconstitucionalidade de investigação pessoal e direta de juiz de dados bancários e financeiros de organizações criminosas: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 9034/95. LEI COMPLEMENTAR 105/01. SUPERVENIENTE. HIERARQUIA SUPERIOR. REVOGAÇÃO IMPLÍCITA. AÇÃO PREJUDICADA, EM PARTE. “JUIZ DE INSTRUÇÃO”. REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS PESSOALMENTE. COMPETÊNCIA PARA INVESTIGAR. INOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. IMPARCIALIDADE DO MAGISTRADO. OFENSA. FUNÇÕES DE INVESTIGAR E INQUIRIR. MITIGAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DAS POLÍCIAS FEDERAL E CIVIL. 1. Lei 9034/95. Superveniência da Lei Complementar 105/01. Revogação da disciplina contida na legislação antecedente em relação aos sigilos bancário e financeiro na apuração das ações praticadas por organizações criminosas. Ação prejudicada, quanto aos procedimentos que incidem sobre o acesso a dados, documentos e informações bancárias e financeiras. 2. Busca e apreensão de documentos relacionados ao pedido de quebra de sigilo realizadas pessoalmente pelo magistrado. Comprometimento do princípio da imparcialidade e conseqüente violação ao devido processo legal. 3. Funções de investigador e inquisidor. Atribuições conferidas ao Ministério Público e às Polícias Federal e Civil (CF, artigo 129, I e VIII e BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br § 2o; e 144, § 1o, I e IV, e § 4o). A realização de inquérito é função que a Constituição reserva à polícia. Ação julgada procedente, em parte. Para realizar a diligência, o juiz poderá requisitar o auxílio de pessoas que, pela natureza da função ou profissão, tenham ou possam ter acesso aos objetos do sigilo. � A identificação criminal de pessoas envolvidas com a ação praticada por organizações criminosas será realizada independentemente da identificação civil. � Nos crimes praticados em organização criminosa, a pena será reduzida de um a dois terços, quando a colaboração espontânea do agente levar ao esclarecimento de infrações penais e sua autoria. � Não será concedida liberdade provisória, com ou sem fiança, aos agentes que tenham tido intensa e efetiva participação na organização criminosa. � O prazo máximo da prisão processual, nos crimes previstos nesta lei, será de 180 dias. � O réu não poderá apelar em liberdade, nos crimes previstos nesta lei. � Os condenados por crime decorrentes de organização criminosa iniciarão o cumprimento da pena em regime fechado. LEI Nº 5.553/68 – IDENTIFICAÇÃO PESSOAL � Nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma. � 1º - Quem não pode reter documento: nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado. � 2º - Que tipo de documento não pode ser retido: documento de identificação pessoal. E só esse? De jeito nenhum! Também não podem ser retidos: comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro. � Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 05 dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor. � Se for necessário extrapolar esses 05 dias, SOMENTE POR ORDEM JUDICIAL poderá ser retido qualquer documento de identificação pessoal. � Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � A retenção de qualquer dos documentos acima citados constitui contravenção penal, punível com pena de prisão simples de 01 a 03 meses ou multa. LEI Nº 9.099/95 – JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS � Consideram-se infrações penais de MENOR POTENCIAL OFENSIVO, as CONTRAVENÇÕES PENAIS e os CRIMES a que a lei comine pena máxima não superior a 02 anos, cumulada ou não com multa. � Os JECs têm competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo. � O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível: � a reparação dos danos sofridospela vítima e; � a aplicação de pena não privativa de liberdade. � A competência do Juizado será determinada pelo lugar EM QUE FOI PRATICADA a infração penal. � Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. � Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento ACOMPANHADO DE ADVOGADO, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público. � Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, NÃO SE IMPORÁ PRISÃO EM FLAGRANTE, NEM SE EXIGIRÁ FIANÇA. � Em caso de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. � Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade, por meio de conciliação, da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação. � Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, DEPENDERÁ DE REPRESENTAÇÃO a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais LEVES e lesões CULPOSAS. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. � Havendo então a representação verbal ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. � A transação deve ser proposta antes do oferecimento da denúncia. A aceitação da proposta não pode: � ser considerada reconhecimento de culpa ou de responsabilidade civil sobre o fato; � ser utilizada para fins de reincidência e; � constar de fichas de antecedente criminal. � As propostas podem abranger só duas espécies de pena: multa e restritiva de direitos. � Efetuado o pagamento, o Juiz declarará extinta a punibilidade, determinando que a condenação não fique constando dos registros criminais, exceto para fins de requisição judicial. � Não efetuado o pagamento de multa, será feita a conversão em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei. � Não se admitirá a proposta de transação se ficar comprovado: � ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; � ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de 05 anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos aqui estudados; � não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. � A aplicação da pena restritiva de direitos não constará de certidão de antecedentes criminais (sendo registrada apenas para impedir o benefício no prazo de 05 anos) e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. � Se houver a composição dos danos civis e/ou a transação penal, o processo no Juizado Especial Criminal para por aí. Se não houver esses acordos, segue-se para outro procedimento, conhecido como procedimento (ou rito) sumaríssimo. � Se a ação for penal de iniciativa pública: Quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da transação penal, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, caso não haja a necessidade de diligências imprescindíveis. Vários podem ser os motivos para a não realização da transação penal. São eles: BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � o não comparecimento do autor do fato, o que impede a composição; � recusa da proposta pelo autor do fato e de seu defensor; � Ministério Público não propôs a transação pelo não preenchimento dos requisitos legais; � juiz não homologou o acordo. Nesses casos, não tem jeito, o Ministério Público terá que proceder com a denúncia oral. � Se a ação for penal de iniciativa privada: Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam ou não o encaminhamento das peças existentes ao Juízo comum. � Seja a ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado pelo juiz entre vítima e réu, acarretará a renúncia ao direito de queixa ou representação. � Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de 03 Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. � A Suspensão Condicional se aplica em QUALQUER PROCEDIMENTO, e não só no sumaríssimo. Assim, ela também pode ser oferecida em crimes não considerados de menor potencial ofensivo. � Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. � A suspensão será necessariamente revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. � A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. � Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. LEI Nº 10.259/01 – JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS � Lei de Juizados Federais Cíveis � Segundo o que dispõe a Lei nº 10.259/01, compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de 60 salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. � E quem pode ser parte nos processo desses Juizados? Como AUTORES: as pessoas físicas, as microempresas e; empresas de pequeno porte. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br Como RÉS: a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais. � Lei de Juizados Federais Criminais � Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. � Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrente da aplicação das regras de conexão e continência, também deverá ser observados os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. � Onde não houver Vara Federal, a causa poderá ser proposta no Juizado Especial Federal mais próximo do mesmo foro estudado para os Juizados Especiais da Lei 9.099/95. � Fica VEDADA a aplicação desta Lei no juízo ESTADUAL. � Os Juizados Especiais serão coordenados por Juiz do respectivo Tribunal Regional, escolhido por seus pares, com mandato de dois anos e as Turmas Recursais serão instituídas por decisão do Tribunal Regional Federal, que definirá sua composição e área de competência, podendo abranger mais de uma seção. LEI Nº 10.826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO � Para adquirir, ou seja, comprar uma arma de fogo de uso permitido o interessado deverá preencher cumulativamente os requisitosabaixo: � Declarar efetiva necessidade; � Ter, no mínimo, 25 anos; � Apresentar original e cópia, ou cópia autenticada, de documento de identificação pessoal; � Comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo, idoneidade e inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, que poderão ser fornecidas por meio eletrônico; � Apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; � Comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo, a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo; � Comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo. � As armas, regra geral, são registradas na Polícia Federal. Apenas as de uso restrito é que são registradas no Comando do Exército. � O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. � Os estabelecimentos autorizados a comercializar armas de fogo deverão manter à disposição da Polícia Federal e do Comando do Exército os estoques e a relação das vendas efetuadas mensalmente, pelo prazo de 05 anos. � Enquanto as armas de fogo não forem vendidas, a empresa responderá legalmente por elas as quais ficarão registradas como de sua propriedade, de forma precária, sujeitos seus responsáveis às penas previstas em lei. � A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante autorização do SINARM. � O porte de arma de fogo é, regra geral, terminantemente proibido. Há exceções, estudaremos a seguir, mas você já sabe que mesmo nas exceções o único órgão que tem competência - determinada pelo Estatuto - para autorizar todo e qualquer porte de arma de fogo no nosso país é a Policia Federal. � O Porte de Arma de Fogo é deferido (autorizado) aos militares das Forças Armadas em razão do desempenho de suas funções institucionais. � Os integrantes das Forças Armadas terão também o direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, com validade em âmbito nacional. � O Porte de Arma de Fogo é deferido (autorizado) aos policiais federais, rodoviários e ferroviários federais, aos policiciais civis e militares e aos corpos de bombeiros militares em razão do desempenho de suas funções institucionais. � Os integrantes das policias civis estaduais e das Forças Auxiliares (de novo: as policiais militares e corpo de bombeiros militares), quando no exercício de suas funções institucionais ou em trânsito, poderão portar arma de fogo fora da respectiva unidade federativa, desde que expressamente autorizados pela BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br instituição a que pertençam, por prazo determinado, conforme estabelecido em normas próprias. � Essas pessoas também terão o direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, com validade em âmbito nacional. � O Porte de Arma de Fogo é deferido (autorizado) aos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em razão do desempenho de suas funções institucionais. � Os integrantes das Polícias Legislativas Federais (Câmara e Senado) terão o direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva instituição, mesmo fora de serviço, com validade em âmbito nacional. � Regrinha básica para o porte de armas dos integrantes das Guardas Municipais: � Integrantes das Guardas Municipais de Municípios > 500.000 habitantes = Porte de Arma dentro e fora de serviço � Integrantes das Guardas Municipais de Municípios > 50.000 e < 500.000 habitantes = Porte de Arma só quando em serviço � Integrantes das Guardas Municipais de Municípios < 50.000 habitantes = não autorizados a ter o Porte de Arma. � Aos integrantes das Guardas Municipais dos municípios que integram regiões metropolitanas será AUTORIZADO porte de arma de fogo, quando em serviço. � Não podemos afirmar que aos integrantes das empresas de segurança privada e transporte de valores, devidamente constituídas na forma da Lei, é garantido o porte de arma de fogo, porque vimos que não é bem assim. A autorização do porte de arma de fogo utilizado por integrantes das empresas de segurança privada e transporte de valores é expedida em nome da empresa. O simples fato de ser funcionário de tais empresas, não garante o porte de arma. Para habilitarem-se a esse porte, essas pessoas precisam preencher todos aqueles requisitos exigidos para que uma pessoa possa adquirir uma arma de fogo. � É vedado ao menor de 25 anos adquirir arma de fogo, ressalvados aqueles que são integrantes: � das Forças Armadas; � da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal; � das Polícias Civis, Militares e Corpos de Bombeiros Militares; � das Guardas Municipais das capitais dos Estados e dos municípios com mais de 500 mil habitantes; � da ABIN e da GSI/PR � das Policias Legislativas Federais; � dos quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, das escoltas de presos e das guardas portuárias e; � das carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � Na Receita Federal do Brasil não só aos seus Auditores-Fiscais, mas também aos seus Analistas Tributários, é permitido o porte de arma de fogo. Seu porte terá validade em todo o território nacional, poderá ser utilizado apenas em serviço e é um porte de defesa pessoal. Nas mesmas regras estão inclusos os Auditores- Fiscais do Trabalho. � Os agentes do Departamento de Segurança do GSI/PR constam do rol de exceções à proibição do porte de arma. atuam com autonomia funcional e têm o livre porte de arma, tanto em serviço como fora dele. Seus portes de arma têm validade em todo território nacional . � O Estatuto define que será considerado caçador de subsistência aquele residente em áreas rurais, maiores de 25 anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar. � O porte de arma de arma de fogo na categoria de caçador de subsistência será para arma com as seguintes características: � arma de fogo de uso permitido; � de tiro simples, com 01 ou 02 canos; � de alma lisa e; � de calibre igual ou inferior a 16. � Todos os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento são afiançáveis!! � Responderá pelo delito de omissão de cautela o proprietário ou o diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal, nas primeiras vinte e quatro horas depois de ocorrido o fato, a perda de munição que esteja sob sua guarda. � Incorre em posse irregular de arma de fogo aquele que possui arma no interior de sua residência ou domicílio sem que ela esteja devidamente registrada e, em porte ilegal, aquele que, embora possuindoarma registrada, retira-a de sua residência para levá-la consigo, sem a autorização da autoridade competente. � Para o crime de posse irregular de armar de fogo de uso permitido, é importante saber que a posse pressupõe que a arma de fogo seja mantida dentro da residência ou local de trabalho desde que, nesse último caso, a pessoa seja seu proprietário ou o responsável legal. � Depois da ADI 3.112-1/STF, os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento tornaram-se afiançáveis. � O crime de disparo de arma de fogo prevê, segundo o art. 15 do Estatuto, pena de reclusão, de 02 a 04 anos e multa. � Não há infração administrativa prevista no Estatuto e sim crimes. A supressão de sinal de identificação de arma de fogo, por exemplo, é um crime tipificado na lei, prevê as penas de reclusão de 03 a 06 anos e multa, é afiançável e suscetível de liberdade provisória. � A pena prevista para alguns crimes tipificados no Estatuto será aumentada se eles forem cometidos por integrantes dos órgãos de segurança pública, das Forças BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br Armadas, das Guardas Municipais, da ABIN, da GSI/PR, das Guardas Portuárias, das empresas de segurança privada e transportes de valores. � A insuscetibilidade de liberdade provisória dos crimes de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e de comércio ilegal de arma de fogo foi também abolida pela ADI 3.112-1/STF. Esses crimes atualmente são sim, portanto, suscetíveis de liberdade provisória. � A fabricação irregular exercida em residência se equipara à atividade comercial ou industrial, para efeito do crime de comércio ilegal de arma de fogo (art. 17, parágrafo único, do Estatuto). � É crime de comércio ilegal de arma de fogo: adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena: reclusão de 04 a 08 anos e multa! � Os sujeitos ATIVO e PASSIVO dos crimes previstos no Estatuto. A doutrina diz o seguinte: � Sujeito ativo - Por serem crimes comuns, o agente pode ser qualquer pessoa. � Sujeito passivo - A coletividade. � Não é preciso que haja necessariamente ocorrência de dano efetivo ao patrimônio ou integridade física de alguém, para que o crime de porte ilegal de arma de fogo se consuma. Basta estar portando a arma ilegalmente que o crime já estará consumado!! � O Estatuto do Desarmamento, em seu art. 26, versa que são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir trazendo exceções à regra (os destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército). No entanto, como a lei expressamente não proíbe a posse de armas de brinquedo nem prevê punição alguma para tal conduta. Mesmo que houvesse punição, em sendo pegue em uma fiscalização de trânsito, nada prova que esse indivíduo estava a praticar o crime tráfico internacional de armas de fogo. � Se um integrante das forças armadas, favorece, gratuitamente, a saída do território nacional, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente. Neste caso, esse comete crime de tráfico internacional de arma de fogo, estando sujeito a pena de reclusão de quatro a oito anos, e multa, aumentada da metade. � Caso uma arma de fogo utilizada como instrumento para a prática de roubo e apreendida no curso das investigações seja encaminhada à justiça ao término do inquérito policial, tão logo o respectivo laudo pericial seja juntado ao processo e não haja mais interesse que o armamento acompanhe os autos da ação penal, poderá a autoridade judiciária competente determinar o seu encaminhamento ao comando do Exército, que lhe dará destinação, que poderá ser a destruição ou a doação a órgão de segurança pública ou às Forças Armadas. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br DECRETO Nº 5.948/06 – TRÁFICO ILÍCITO DE PESSOAS � A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas tem por finalidade estabelecer princípios, diretrizes e ações de prevenção e repressão ao tráfico de pessoas e de atenção às vítimas. � O “tráfico de pessoas” é o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. � A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos. � A intermediação, promoção ou facilitação do recrutamento, do transporte, da transferência, do alojamento ou do acolhimento de pessoas para fins de exploração também configura tráfico de pessoas. � O tráfico interno de pessoas é aquele realizado dentro de um mesmo Estado- membro da Federação, ou de um Estado-membro para outro, dentro do território nacional. O tráfico internacional de pessoas é aquele realizado entre Estados distintos. � O consentimento dado pela vítima é irrelevante para a configuração do tráfico de pessoas. � Saber diferenciar princípios (art. 3º) de diretrizes gerais DA Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. � Saber diferenciar as diretrizes específicas para a prevenção (art. 5º), das de repressão (art. 6º) ao tráfico ilícito de pessoas e das de atenção ás vítimas desse tráfico (art. 7º) � Quanto às ações da Política, sugiro uma leitura mais cuidadosa nos incisos I, II, IX, XI, X e XI do art. 8º. � Decreto nº 6.347/08 – Aprova o PNETP � Fica aprovado o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - PNETP, com o objetivo de prevenir e reprimir o tráfico de pessoas, responsabilizar os seus autores e garantir atenção às vítimas, nos termos da legislação em vigor e dos instrumentos internacionais de direitos humanos, conforme Anexo a este Decreto. � O PNETP será executado no prazo de 02 ANOS. � Caberá ao Ministério da JUSTIÇA a função de avaliar e monitorar o PNETP. BIZU LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br � O Grupo Assessor de Avaliação e Disseminação do PNETP, instituído no âmbito do Ministério da Justiça será integrado por um representante, e respectivo suplente, de cada órgão a seguir indicado: � Ministérios: a) da Justiça, que o coordenará; b) do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; c) da Saúde; d) do Trabalho e Emprego; e) do Desenvolvimento Agrário; f) da Educação; g) das Relações Exteriores; h) do Turismo; i) da Cultura � da Presidência da República: a) Secretaria Especial dos Direitos Humanos; b) Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; c) Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; � Advocacia-Geral da União �
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