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EQUIPE III - Trabalho de DPC - Pronto

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EQUIPE III
A sociedade "Polux Engenharia e Comércio Ltda.", que tem por atividade a construção e venda de imóveis, celebrou contrato de compromisso de compra e venda de um apartamento com Caio. Antes de obter a posse do imóvel, Caio deixou de pagar as parcelas do preço ajustado. Assim, a "Polux Engenharia e Comércio Ltda." notificou Caio regularmente, nos termos do Decreto-Lei nº 745/69, para os fins de constituí-lo em mora, transcorrendo o prazo da notificação in albis. Em seguida, moveu ação pelo rito ordinário, visando à rescisão do contrato, invocando para tanto cláusula contratual que prevê a devolução, ao comprador, de 80% das quantias pagas, permitindo-se a retenção pela vendedora dos restantes 20% a título de multa penal. A ação tramitou perante a 41ª Vara Cível Central de São Paulo, foro competente. Caio apresentou tão somente contestação, confessando o inadimplemento e sustentando que a cláusula em questão era abusiva. A sentença julgou parcialmente procedente a ação, para declarar rescindido o contrato de compromisso de compra e venda e condenar a Autora a devolver as quantias pagas em sua inteireza, por considerar a cláusula contratual abusiva, conforme a previsão do art. 51, II, do Código de Defesa do Consumidor.
Com base no caso acima descrito, seguem as seguintes orientações:
1. Como advogado(a) de "Polux Engenharia e Comércio Ltda.", considerando que a sentença foi publicada há 10 (dez) dias, qual o meio processual hábil à defesa dos interesses de seu constituinte?
R= O meio hábil para defender os interesses de "Polux Engenharia e Comércio Ltda." é através da interposição do recurso de apelação, no prazo de 15 dias (art. 508, CPC), a serem contados da publicação da sentença.
2. Dê o conceito do recurso apropriado ao caso descrito.
R= A apelação constitui o principal instrumento por meio do qual atua o princípio do duplo grau de jurisdição, permitindo ampla atividade cognitiva pelo órgão ad quem. É o recurso cabível para se impugnar os atos do juiz que ponham um termo ao procedimento, com ou sem julgamento do mérito; ou seja, serve para impugnar sentenças definitivas ou terminativas. Em qualquer procedimento, seja ele ordinário, sumário ou especial, seu encerramento opera-se por uma sentença, que é apelável. É irrelevante se o procedimento adotado se insere na jurisdição voluntária ou contenciosa. Além disso, a apelação constitui um dos tipos de recurso que possui duplo efeito, sendo estes, devolutivo e suspensivo. 
3. Descreva as hipóteses de cabimento do recurso.
R= O recurso de apelação é cabível contra a sentença, seja ela terminativa (art. 267, CPC) ou definitiva (art. 269, CPC). Em regra, havendo sentença o recurso cabível será a apelação, exceto nos Juizados Especiais em que há previsão de cabimento de recurso inominado contra a sentença (art. 41, lei 9.099/1995), e não de apelação. Outra exceção encontra-se no art. 34 da Lei de Execuções Fiscais (lei 6.830/1980), que prevê o cabimento de embargos infringentes contra sentenças proferidas em execução de valor igual ou inferior a 50 Obrigações do Tesouro Nacional (OTN). Por fim, o próprio Código de Processo Civil prevê uma exceção à regra de cabimento de apelação contra sentença no art. 539, II, b, indicando o cabimento de recurso ordinário constitucional contra a sentença proferida em demanda em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil.
4. Discorra sobre os requisitos de admissibilidade do recurso.
R= São vários os requisitos de admissibilidade do recurso, dentre eles, a recorribilidade, a legitimidade, o interesse, a tempestividade, o preparo, a regularidade formal e a unicidade.
Recorribilidade – são recorríveis as sentenças e decisões interlocutórias. Como no caso em análise a decisão do juiz trata-se de uma sentença, é cabível, portanto, o recurso de apelação. 
Legitimidade – possui legitimidade para apelar a parte vencida, o Ministério Público ou o terceiro prejudicado (art. 499, CPC). Entende-se também como parte o litisconsorte e o terceiro interveniente, o assistente, etc.
Interesse – para que o recurso seja admissível, é preciso que haja utilidade – o recorrente deve esperar, em tese, do julgamento do recurso, situação mais vantajosa, do ponto de vista prático, do que aquela em que o haja posto a decisão impugnada –, necessidade – que lhe seja preciso usar as vias recursais para alcançar esse objetivo – e adequação – é necessário verificar qual tipo de recurso adequado para impugnar a decisão do juiz. Neste caso, como a decisão a ser impugnada é uma sentença, o recurso adequado é a apelação.
Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo fixado em lei. O termo inicial do prazo recursal é o da intimação da decisão (art. 506, CPC). O prazo para a interposição do recurso é peremptório, insusceptível, por isso, de dilação convencional. Neste caso, o prazo para a interposição da apelação é de 15 dias.
Preparo – consiste no adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. À sanção para a falta de preparo oportuno dá-se o nome de deserção. Trata-se de causa objetiva de inadmissibilidade, que prescinde de qualquer indagação quanto à vontade do omisso. O preparo deve ser comprovado no momento da interposição do recurso (art. 511, CPC). Deve-se anexar à peça recursal a respectiva via de recolhimento, se assim o exigir a legislação pertinente, inclusive quanto ao pagamento do porte de remessa de retorno. A falta de preparo é um vício sanável, pois o recorrente deve ser intimado para, no prazo de 05 dias, efetuar o preparo, sob pena de deserção (art. 515, §4º, CPC).
Regularidade formal – para que o recurso seja conhecido, é necessário, que preencha determinados requisitos formais que a lei exige; que observe a forma segundo a qual o recurso deve revestir-se. Se a lei exigir que o recurso seja formulado por petição, não é admissível sua interposição por termo nos autos, ou mediante simples cota no processo. No caso da apelação, é recurso interposto por petição dirigida ao juiz e conterá o nome e a qualificação das partes; os fundamentos de fato e de direito; o pedido de nova decisão (art. 514, CPC).
Unicidade – pelo princípio da unirrecorribilidade dá-se a impossibilidade da interposição simultânea.
5. Comente a respeito do processamento do recurso.
R= A apelação será interposta perante o juízo ad quo (que proferiu a sentença), que fará o juízo de admissibilidade da mesma, sendo positivo o juízo, os autos seguirão ao órgão ad quem para que haja distribuição. A apelação tem, geralmente, um relator e um revisor (art. 551, CPC), devendo ser julgada por órgão composto por três membros (art. 555, CPC). Distribuída a apelação, os autos seguem conclusos ao relator, ao examiná-la, este poderá, aplicando o art. 557, do CPC, já lhe negar seguimento ou provimento, por ser intempestiva, deserta, inadmissível, manifestamente improcedente, ou contrária a súmula ou jurisprudência de tribunal superior ou do próprio tribunal. Diversamente, poderá o relator, aplicando o §1º- A, do art. 557, CPC, já lhe dar provimento, quando a apelação estiver de acordo com súmula ou jurisprudência dominante de tribunal superior. Em qualquer uma dessas hipóteses caberá agravo, no prazo de 05 dias, a ser julgado pelo colegiado, caso o relator não reconsidere a sua decisão. Não sendo hipótese da aplicação do art. 557, do CPC, deverá o relator estudar o caso e elaborar o relatório, e, em seguida, determinar a remessa dos autos ao revisor, a quem competirá a por seu visto nos autos e pedir inclusão do feito em pauta de julgamento. Feita a inclusão em pauta, esta deve ser publicada no diário de justiça com antecedência mínima de 48 horas da sessão de julgamento, sob pena de nulidade (Súmula do STJ, enunciado nº 117). No julgamento colegiado o relator deverá ler seu relatório, posteriormente os advogados sustentaram oralmente suas razões, daí se seguindo a colheita dos votos, com o anúncio do resultado. Depois, lavra-seo acórdão, do qual deve constar a ementa.
6. Elabore a peça processual pertinente ao caso descrito acima.

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