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Portifólio das Práticas de Saúde Coletiva IV UFAM

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1 
 
PODER EXECUTIVO 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
FACULDADE DE MEDICINA 
DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Ribeiro França 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DAS AULAS DE SAÚDE COLETIVA IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus 
2018 
2 
 
AMANDA RIBEIRO FRANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DAS AULAS DE SAÚDE COLETIVA IV 
 
 
 
 
 
 
 
Portfólio das aulas 
ministradas na disciplina de 
Saúde Coletiva IV pela 
Universidade Federal do 
Amazonas, sob a orientação 
do professor Antônio de 
Pádua Quirino Ramalho, para 
a obtenção de uma nota 
parcial da disciplina. 
 
 
 
 
Manaus 
2018 
3 
 
SÚMARIO 
 
QUEM SOU EU? .......................................................................................4 
 
INTRODUÇÃO...........................................................................................6 
 
AULAS MINISTRADAS ............................................................................7 
 
CONCLUSÃO..........................................................................................26 
 
REFERÊNCIAS.......................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 Posso dizer que quem sou é fruto dos lugares e pessoas com quem 
convivi até hoje. Costumo brincar quando me perguntam de onde eu sou, que 
pertenço a várias cidades e a nenhuma ao mesmo tempo. Nasci no interior do 
estado de São Paulo (Fernandópolis), cidade da minha família materna e 
paterna, onde vivi somente 4 anos. Nessa idade, meus pais resolveram seguir 
uma nova trajetória em suas vidas: nos mudamos para o interior de Rondônia 
(Ariquemes), uma pequena cidade com 100 mil habitantes. Considero-me 
rondoniense não só por ter passado maior 
parte da minha vida lá, mas pelo carinho que 
nutro até hoje pelas pessoas que conheci. 
Onde passei minha infância e fui instruída 
aos valores de vida pelos meus pais. 
Sempre fui uma criança carinhosa e 
afetuosa, características que perduram até 
a atualidade e que, de certa forma, me 
inclinaram a desejar o curso de medicina. 
Tive a oportunidade de ter uma vida de privilégios, sempre estudei em escola 
particular, frequentava aulas de natação, ballet e inglês. Em Ariquemes pude 
conhecer uma realidade diferente da que estava acostumada no Sudeste, essa 
variedade regional, sem dúvidas, me faz ver o país em que vivo diferente, como 
sendo plural em sua diversidade cultural. Aos quinze anos já almejava ser 
médica, então pedi a minha mãe que me deixasse ir embora para estudar em 
outro estado que talvez pudesse aumentar minhas chances de ingresso numa 
universidade. Muito nova, fui morar com meus avós maternos em Uberlândia 
(MG) e frequentei uma escola particular renomada. Com 16 anos, cursando o 
terceiro ano do ensino médio, fui aprovada em uma faculdade de medicina 
particular em Porto Velho (RO). Como não havia encerrado o ensino médio, foi 
negado meu pedido de cursar a faculdade. Isso marcou minha história de 
5 
 
forma profunda, porque, hoje, tenho a 
maturidade para ver que outras oportunidades 
podem surgir, só depende do esforço próprio. 
Assim, no final daquele ano fui aprovada nas 3 
faculdades médicas de Porto Velho, incluindo a 
federal e fui aprovada pelo SISU na Universidade Federal do Amazonas 
(UFAM). Com minha família (mãe, pai e irmã) residindo em Ariquemes, tomei 
a decisão de me mudar para Manaus. No entanto, logo após eu me mudar 
meus pais se separaram e minha mãe e irmã foram morar em Uberlândia, 
cidade dos meus avós, o que me deixou um pouco triste por causa da nova 
distância. Após estar cursando o primeiro mês na UFAM, passei na 
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que 
fica em Minas Gerais. Houve muita pressão por parte da 
minha família para que eu mudasse 
de universidade, mas já estava 
estabelecida na UFAM e gostando 
do curso. Então, resolvi ficar na 
cidade e hoje sou feliz pelas 
escolhas de tomei. Com quase 20 
anos de idade, me sinto realizando 
um objetivo de vida e também me 
tornando uma nova pessoa com as responsabilidades de 
se morar só e ser uma médica em formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
“Portfolios são documentos personalizados do percurso de 
aprendizagem, são ricos e contextualizados. Contêm documentação 
organizada com propósito específico que claramente demonstra 
conhecimentos, capacidades, disposições e desempenhos específicos 
alcançados durante um período de tempo. Os Portfolios representam ligações 
estabelecidas entre ações e crenças, pensamento e ação, provas e critérios. 
São um meio de reflexão que possibilita a construção de sentido, torna o 
processo de aprendizagem transparente e a aprendizagem visível, cristaliza 
perspectivas e antecipa direções futuras.” (Jones & Shelton, 2006: 18-19). 
Em razão do exposto na citação anterior, nota-se a extrema relevância 
da confecção desse portfólio, o qual objetiva-se, aliado a subjetividade e 
reflexão, analisar o processo ensino-aprendizagem da disciplina de Saúde 
Coletiva IV, durante o semestre letivo 2018/1 da graduação do curso de 
medicina da Universidade Federal do Amazonas. Dentre as analises, inclui-se 
as aulas teóricas, realizadas às segundas-feiras no horário de 16 às 18 horas, 
além de 5 aulas práticas ministradas aos sábados no período da manhã, 
ambas com conteúdos referentes a faceta atual da saúde, englobando a 
atuação dos profissionais, a gestão, a política, além da nossa possível 
interferência benéfica nesse contexto para maximizar a eficiência desse 
sistema e benefício a população, equivalendo ao objetivo da saúde coletiva, 
promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
AULAS MINISTRADAS 
 
 
5 de março de 2018 
 
 A primeira semana de aula foi dedicada ao SECAMED, semana do 
calouro de medicina, período o qual os veteranos se dedicam à apresentação 
da universidade, da rotina, das disciplinas, dentre outros, para os novos 
ingressantes do curso. Dessa forma, houve a suspensão das aulas nesse 
período, mantendo apenas a ansiedade para conhecer essa ultima etapa da 
disciplina de Saúde Coletiva. 
 
 
 
12 de março de 2018 
 
A primeira aula da disciplina representou o primeiro contato com nosso 
mestre e o conhecemos, mesmo que de maneira rápida, Pádua nos contou um 
pouco sobre sua formação, sobre sua carreira atual, seus anseios com a 
disciplina e com a turma. Nesse momento também foi proposto a mudança nas 
datas das práticas, sendo adiadas dos dias de semana para o sábado, um 
acordo firmado com toda a turma. Em conseguinte, foi o momento de o 
professor nos conhecer, dessa forma, foi passada uma atividade para ser 
entregue na aula seguinte com a temática “Quem sou eu e como cheguei até 
aqui?”. 
 
 
19 de março de 2018 
 
 O trabalho passado na aula anterior sobre “Quem sou eu e como 
cheguei até aqui”, foi entregue, com toda certeza foi uma grande experiência 
confecciona-lo, à medida que relembramos os reais motivos de estarmos aqui, 
tão longe de casa e nesse cansativo curso, já que durante a atividade 
8 
 
abordamos todos os motivos dessa escolha profissional, as aspirações, além 
de refletir sobre nossa personalidade e nosso psicológico nesse instante. 
 Assim, a segunda aula da disciplina foiministrada pela professora Thais 
com o tema Diferenças entre Saúde Pública e Saúde Coletiva. Envolveu a 
turma pedindo que falássemos sobre o assunto, tentando diferenciar com 
nossas palavras os termos. A saúde pública são ações e serviços de caráter 
sanitário que possui intuito de prevenir ou combater patologias ou quaisquer 
outros cenários que coloquem em risco a saúde da população. 
 Já a saúde coletiva também é um movimento sanitário, mas de caráter 
social que surgiu no SUS, é composto da integração das ciências sociais com 
as políticas de saúde pública. Essa identifica variáveis de cunho social, 
econômico e ambiental que possam acarretar no desenvolvimento de cenários 
de epidemia em determinada região, por meio de dados socioeconômicos com 
dados epidemiológicos é possível elaborar uma eficiente política de prevenção 
de acordo com as características da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde 
Coletiva
Saúde 
Pública
9 
 
26 de março de 2018 
 
 No início da aula foi 
realizada uma 
dinâmica, em que 
tínhamos que escrever 
em uma folha de papel 
o nome de alguma 
doença ou síndrome 
que considerávamos 
importante para a 
saúde pública e colocar 
na parede. Feito isso, foi pedido para que as organizassem em grupos de 
acordo com suas semelhanças e fizemos 
uma tabela de contabilização e nomeação 
das doenças escolhidas. 
 
Nessa aula, foi ministrado sobre o perfil 
epidemiológico, apontando os obstáculos 
enfrentados pela população amazonense, 
aliando a sua influência sobre toda a rede 
de organização do sistema de saúde. Nesse momento englobamos as 
variáveis do perfil epidemiológico, dentre as quais se tem as taxas de 
mortalidade e doenças infectocontagiosas prevalentes que são influenciadas 
pela dinâmica geográfica e climática peculiares da região, sendo fundamentais 
para traçar o perfil da população, principalmente no âmbito da atenção básica, 
a qual é responsável por fazer o trabalho de promoção e prevenção de saúde 
e impedir o agravo das condições clínicas da população. Foi analisado como 
parâmetro expositivo 3 micro áreas detalhando o número de pessoas por faixa 
etária, sexo e predominância de doenças, sempre fazendo críticas a uma 
possível subnotificação de dados. 
 
 
 
10 
 
 
02 de abril de 2018 
 Foram entregues aos grupos (grupos de 5 pessoas escolhidas 
aleatoriamente pelo professor) 3 folhas contendo nome de medicamentos e 
materiais variados relacionados à prática médica, os quais deveríamos 
classificar se pertencente à assistência básica, média ou alta. Contou os 
pontos referentes a cada grau de complexidade e colocou em uma tabela. Para 
nossa surpresa todos os itens pertenciam à saúde básica, fazendo com que 
notemos a importância da saúde básica. 
 
 
 
09 de abril de 2018 
 Nessa aula, a dinâmica foi organizar a história da saúde pública brasileira 
em ordem cronológica: o professor disponibilizou em folhas de papel 
acontecimentos da história da saúde pública e pediu que cada aluno pegasse 
uma folha e juntos construíssem uma linha do tempo na parede da sala de 
aula. Dentre eles havia: SIOPS, INAMPS, SUS, conselhos municipais, 
estaduais e federais de saúde, dentre outros. Dessa forma, retomamos nosso 
conhecimento prévio sobre datas e momentos históricos da saúde e política, e 
quando necessário foi permitido a pesquisa sobre esses termos para a 
confecção do nosso painel. Depois de terminarmos, o professor deu uma aula 
11 
 
sobre a história do SUS e da saúde pública no Brasil e organizou nossa linha 
do tempo para ficar o mais correta possível. Foi uma maneira descontraída de 
relembrar essa trajetória que era tema das aulas de Saúde Coletiva II. 
 
 
Fonte: Google Imagens 
 
 
16 de abril de 2018 
 
Por motivos de saúde não pude ir a aula, mas questionei o professor sobre o 
que foi realizado: o tema da aula 
foi sobre o planejamento 
estratégico para solucionar 
problemas complexos da saúde 
pública. Foi realizado 
metodologia, onde grupo foram 
divididos com problemas variados e posteriormente construção de um plano 
de ação para enfrentamentos dos problemas com cartazes na parede. 
 
 
12 
 
23 de abril de 2018 
 
 O tema da aula foi a burocracia do SUS. Professor realizou dinâmica de 
preenchimento de receituário regular e de antibióticos. Entregou a lista 
nacional de notificação compulsória de doenças e a ficha de 
notificação/conclusão da SINAN, falou sobre os tipos de vigilância do país, 
ficha de encaminhamento para especialistas, TFD. Importância da declaração 
de óbito e atestado de óbito. 
 O atestado de óbito é um documento que fornece os dados da 
mortalidade, identificação civil e a causa do falecimento, oficializando-o para 
os interesses de ordem legal e médico-sanitária. Segundo o professor, a 
importância do atestado de óbito é muitas vezes relegada por alguns 
profissionais da medicina, que não dão a devida importância ao documento. 
É o atestado de óbito (que será transformado em certidão de óbito no cartório) 
que garante ao falecido à possibilidade de cremação, sepultamento ou até 
mesmo a abertura de inventário por seus herdeiros. 
 Foi falado também sobre a importância da prescrição médica para a 
comunicação entre os profissionais de saúde, pois contribui para a segurança 
do paciente e aderência ao tratamento. Por isso, faz necessário o cumprimento 
de procedimentos legais para a qualidade nas prescrições, que em muitos 
casos, está ligado a erros de medicação possuindo natureza multidisciplinar, 
que pode ocorrer em uma ou mais etapas da cadeia terapêutica (prescrição, 
dispensação e administração). 
 
13 
 
 
30 de abril de 2018 
 
 Não pude comparecer nessa aula, mas o tema foi sobre práticas 
alternativas de saúde. O professor fez uma dinâmica com os alunos em que 
distribuiu diversos utensílios de saúde e equipamentos médicos e pediu que 
os alunos falassem sobre os mesmos. 
 Cabe aqui lembrar o trabalho do médico sanitarista Emerson Merhy, em 
que ele fala sobre a transição tecnológica no Brasil. Merhy divide a tecnologia 
em saúde em três tipos, a dura, que são os materiais e equipamentos, leve-
dura, que é o conhecimento do médico e a leve que se trata da relação intima 
entre médico e paciente. 
 A aula tratou-se exatamente disso: tecnologias leves e sua importância na 
saúde. Práticas alternativas de saúde usadas como novas tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
07 de maio de 2018 
14 
 
 O intuito da aula era apresentar aos alunos do quarto período cadernos 
de atenção básica e informações sobre determinado município do Amazonas. 
Fomos divididos em grupos contendo 5 pessoas já previamente determinados 
pelo professor. 
 Assim, foram analisados cada informação sobre a cidade, como 
quantidade de habitantes, determinando sexo e a pirâmide etária. Alguns 
dados sobre a saúde também foram levados em consideração, como exemplo: 
segundo o caderno de atenção básica, 10% da população possui diabetes, 
assim, espera-se que 10% da população analisada apresente diabetes, mas 
não era isso que os dados mostravam, ou seja, uma falta de diagnósticos ou 
subnotificação de dados. 
 Essa aula foi importante pois nos auxiliou a pensar em como analisar os 
municípios determinados pelo o professor para confecção da nossa própria 
analise de um município do Amazonas. 
 
 
14 de maio de 2018 
 
 Nesse dia, a aula foi ministrada pela professora Thaís e o tema foi “A 
trajetória do Amazonas na Política Nacionalde saúde mental. ” Contamos com 
a presença de três convidadas da SUSAM. 
 A aula começou tratando da história a estruturação da Política de Saúde 
Mental no Amazonas, tendo como foco a Reforma Psiquiátrica ocorrida 
principalmente em Manaus. Falaram sobre o Movimento da Reforma 
Psiquiátrica no Amazonas que se iniciou no final da década de 1970, por um 
grupo de psiquiatras e profissionais do Hospital Eduardo Ribeiro, que se 
basearam nas ideias da Reforma Psiquiátrica. Ideias que possibilitaram o 
surgimento de uma Política de Saúde Mental no Brasil, a partir do 
questionamento das formas de tratamento da loucura e de uma proposta de 
desinstitucionalização, que culminaram no projeto de Lei Paulo Delgado em 
1989. 
 No Amazonas, a lei estadual de saúde mental n° 3.177 só foi sancionada 
no ano de 2007 e ainda não logrou êxito em garantir a implantação de serviços 
15 
 
substitutivos em número suficiente para atender a demanda em saúde mental, 
principalmente na capital de Manaus. 
 
 
 
 
09 de junho de 2018 
PRIMEIRA AULA PRÁTICA 
 
ATENDIMENTO AOS VENEZUELANOS 
DOANDO E RECEBENDO AMOR 
 
 Nossa primeira aula prática aconteceu em uma Igreja Presbiteriana de 
Manaus, onde foi realizado atendimento e cuidados gerais para a população 
de venezuelanos que vieram até Manaus em busca melhores condições de 
vida devido à crise política que passa a Venezuela nos dias atuais e acaba 
afetando a população mais carente de forma engrandecida. 
 A Igreja cedeu o local, que era muito amplo, e organizou todo o evento, no 
qual nós éramos apenas uma parte. Contaram, além do atendimento médico, 
com atendimento odontológico, corte de cabelo, atendimento com 
fisioterapeuta, houve doações de roupas e medicamentos, o que ajudou muito 
nosso atendimento. Além disso, havia também assistentes sociais e serviço 
que psicologia. 
16 
 
 A aula estava marcada para as 7 horas da manhã, mas os atendimentos só 
se iniciaram por volta das 10 horas. Fomos divididos em duas salas, nas quais 
haviam mesas e cadeiras o suficiente para que todos tivessem um atendimento 
de qualidade. Ambas as salas possuíam ar condicionado. 
 Foi montado um serviço de triagem em que os pacientes primeiro passavam 
por alunos da enfermagem, onde era aferido a glicemia e pressão arterial, bem 
como coletado nome dos mesmos. Entre as duas salas, foi construído uma 
mini farmácia que continha os remédios mais importantes. 
 Foi montado uma área restrita dentro da sala número 1, a qual eu estava, 
onde foi improvisado uma maca, com colchão e lençol, onde os pacientes 
podiam ser examinados mantendo sua privacidade. 
 Formamos duplas e começamos o atendimento. Minha primeira paciente era 
uma mulher de 42 anos, está aqui em Manaus há um mês. Apresentava um 
bom estado geral, só um pouco emagrecida. Suas queixas eram um cisto 
sebáceo e manchas descamativas hipocrômicas ao longo da região auricular 
e mandibular da face. Assim, receitamos um anti-fungico e fizemos um 
encaminhamento para procedimento ambulatorial para retirada do cisto. 
 No entanto, o que mais nos chamou atenção foi o estado deprimido da 
paciente quando questionamos sobre sua vinda à Manaus. Perguntamos se 
ela já havia pensado em se matar, e para nossa surpresa a resposta foi sim. 
Então, a encaminhamos também para o serviço de psicologia presente ali na 
Igreja 
 Nossa segunda paciente estava grávida, era uma mulher de 30 anos. Sua 
queixa tratava-se de que era hipertensa e não tinha acesso aos medicamentos. 
No entanto, sua pressão arterial aferida pelos alunos de enfermagem tinha 
disso 12/8 mmHg. Assim, resolvemos aferir novamente para tirarmos a dúvida: 
num segundo momento a pressão foi igual a primeira, por isso não poderíamos 
receitar um anti-hipertensivo para a paciente. Logo, fizemos um 
encaminhamento para que ela aferisse a pressão durante 10 dias numa UBS 
próxima de onde residia. Uma médica presente nos auxiliou nesse manejo, ela 
também levou a paciente para o lugar reservado já aqui citado, onde pela 
primeira vez pude examinar uma grávida. Foi uma experiência maravilhosa 
para mim. Pude palpar o abdome e localizar a posição do feto e também 
medimos seu tamanho, e com isso pudemos estipular a idade gestacional. 
17 
 
Notamos que na calcinha da paciente havia um corrimento esverdeado e muito 
fétido, assim a receitamos cetaconazol em gel aplicável. 
 Em suma, foi uma experiência enriquecedora, primeiro por lidar com outra 
cultura e segundo por se tratar de uma população tão carente que não se 
importavam que éramos estudantes, eles só buscavam ali um cuidado, 
atenção e carinho. A maioria dos pacientes estavam deprimidos ou 
caminhando para a depressão, o que requer extrema atenção médica e 
assistência. Ter que deixar seu pais não foi tarefa fácil, muito dolorosa para 
alguns. Tirando isso, ainda têm que enfrentar preconceitos aqui no Brasil e a 
luta por um emprego. Nenhum dos pacientes que atendi estavam trabalhando, 
mas todos a procura. 
 Sai da prática realizada por ter feito parte desse momento, por ter 
conseguido mudar o dia, talvez o mês, ano ou vida de 2 pessoas. Parece pouca 
coisa, mas foi muito grande. Parabéns ao professor Pádua pela iniciativa. 
 
 
 
16 de junho de 2018 
SEGUNDA AULA PRÁTICA 
 
CONHECER O CENTRO DE MANAUS 
DESCOBRINDO A CIDADE EM QUE MORO 
 
 A segunda aula prática foi proposto uma visita à alguns locais do centro 
da cidade de Manaus, com o objetivo de conhecer a estrutura (antiga e atual), 
pontos culturais e principalmente a organização do povo e de algumas redes 
18 
 
como de transporte e de comércio. 
Iniciamos o encontro na Praça 
Paço da Liberdade, e descemos 
para conhecer o local de 
revitalização feito por uma ONG 
nesse pedaço de centro histórico. 
Visitamos um centro de saúde 
indígena, onde pudemos ver 
muitos remédios naturais. 
 Em seguida, seguimos o trajeto até a feira municipal, além de ir conhecendo, 
eu pela primeira vez, o centro e a dinâmica desse local. Durante o trajeto fomos 
observando o comercio peculiar, aglomerado comercial ao longo das calcadas, 
com vendedores ambulantes, principalmente de bebidas e de passeios 
turísticos, dentre outros. Nesse mesmo momento observamos também a 
imensa quantidade de moradores de ruas, pedintes e mendigos, evidenciando 
mais ainda a desigualdade social e precária distribuição de renda, pois como 
já vimos nas disciplinas de saúde coletiva anteriores, muitos desses são 
reflexos de uma época de muitas oportunidades (ciclo da borracha de 
antigamente), mas que infelizmente acabou ficando assim a mercê das ruas e 
da falta de oportunidades. Enfim, chegamos a feira municipal, momento de 
conhecer a cultura, o artesanato (fizemos ate compras de lembranças pra 
família e amigos que não conhecem o Amazonas), como também da comida 
típica, provamos o açaí e alguns o tacaca. Continuando o passeio visualizamos 
o porto, a dinâmica dos rios e do comercio que passa por eles, nesse momento 
tivemos também a oportunidade de entrar em uma embarcação e conhecer o 
que tinha la dentro, descobrimos que dentro há comércios, lanchonetes, bares, 
como também muita carga, muitos carros e pessoas com ate mudanças, mas 
principalmente, muita gente, as embarcações estavam lotadas. Continuando a 
visita, conhecemos o mercado de venda principal de peixes, momento de muita 
admiração (nunca tinha visto algo igual), e depois um de frutas (as típicas da 
estação e da região amazônica), foi sensacional. Em seguida, adentramos ao 
centro comercial, lugar que mais parecia um labirinto de lojas, barracas e 
comercio ambulante,estava tudo perfeito, ate que entre tantas bifurcações 
vários grupos foram se perdendo, ficando para trás e batendo o desespero em 
19 
 
estar em um local totalmente desconhecido (a grande maioria da turma não é 
de Manaus), sem referencia de localização do próximo ponto de encontro, 
começou ai a saga pela busca do professor, nesse momento houve alguns 
ruins imprevistos. O passeio terminou na Praça da Polícia. Posteriormente, 
ainda na praça, havia conhecidos do professor Pádua em um discurso político, 
em um projeto, e esses convidaram o professor e/ou qualquer integrante do 
grupo à discursar, por fim, tiramos uma foto com todos os participantes daquela 
aula em frente ao local de discurso. Depois, todos foram liberados e voltamos 
para o ponto de encontro inicial. Com toda certeza, apesar do problema 
enfrentado, foi uma prática extremamente importante para conhecermos, 
alguns pela primeira vez, o local em que estamos inseridos, a realidade 
comercial e cultural do centro de Manaus. 
 
 
 Centro histórico de Manaus. Mercado Municipal 
 
 
 Ponto de encontro final – Praça da Polícia 
20 
 
 
 Trajeto total percorrido 
 
 
23 de junho de 2018 
TERCEIRA AULA PRÁTICA 
 
VISITANDO O PROJETO NUMIÃ KURÁ 
 
A 3a aula prática foi uma visita à AMARN (Associação das mulheres 
indígenas do Alto Rio Negro), que tem a função de amparar e gerar renda para 
as mulheres indígenas do Rio Negro. A aula teve início as 8 horas da manhã. 
O professor pediu que nos dividíssemos em duplas para os atendimentos, 
assim, ficamos eu e Caio. 
Usamos para montar o “consultório” cadeiras ali presentes e foi 
disponibilizado folhas já estilizadas para anamnese e também pedido de 
exames e receituário. 
Nossa primeira paciente, para nossa surpresa, era a organizadora e 
fundadora da associação, o que ficamos sabendo só depois pelo professor 
Pádua. Ela se queixava de dores bem localizadas como na região do tendão 
do bíceps direito, ambos os punhos e tornozelos. Não apresentava calor 
articular, nem incapacitância de realizar movimentos, no entanto apresentava 
edema +/++++. As dores eram frequentes e intensas, segundo ela, duravam o 
dia todo e aconteciam quase todo dia. Pela topografia e sabendo o modo de 
21 
 
trabalho da paciente, tecelã, chegamos à conclusão que se tratava de uma 
tendinite. Assim, o professor Pádua a receitou uma planta para passar nos 
locais de dor. Além disso, a paciente trouxe exames para o Dr. Pádua. Ela se 
queixava também de dor no quadrante superior direito, relatou náuseas diárias 
e negou febre. Nos exames as enzimas hepáticas estavam elevadas e a 
ultrassom confirmou o que suspeitávamos: colelitíase. Assim, o professor fez 
um encaminhamento e disse que entraria em contato com o Dr. Raymisson 
para a cirurgia. 
Era notável a força daquelas mulheres, vieram para Manaus a procura de 
melhores condições. Todas relatavam a difícil vinda, mas que hoje se 
acostumaram. 
Outra paciente que me chamou a atenção foi uma indígena de 38 anos com 
4 filhos e que nunca tinha feito o exame colpocitológico. Isso me mostrou que 
campanhas conscientizando as mulheres amazonenses devem ser urgentes. 
No mais, foi mais uma prática maravilhosa em que pudemos ter a chance 
de sermos os médicos ali e agir como tal. Experiências como essas só tem a 
somar, porque além desse aspecto que eu ressaltei aprendemos um pouco 
com uma outra cultura. 
Dessa forma, a prática teve como objetivo apreender um pouco das 
dificuldades de uma população que ainda não recebe uma assistência eficaz 
à saúde (os indígenas) e realizar atendimentos, bem como discuti-los e 
entender mais sobre o funcionamento da saúde indígena. 
 
Atendimento às mulheres Placa em frente ao Projeto 
 
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 Materiais usados para o atendimento 
 
 
25 de junho de 2018 
 
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 A aula desse dia foi destinada à apresentação dos 3 primeiros grupos dos 
seminários, sendo acordado em aula anterior que as apresentações seriam em 
2 dias de 16-19 horas. Os temas desse dia foram: Tecnologia na Atenção a 
Saúde: Limites e Perspectivas (meu grupo), Estrutura ás Redes de Atenção à 
Saúde e Controle Social no Amazonas. Durante as apresentações, os demais 
alunos fora do grupo que apresentava, avaliavam cada seminário e 
entregamos essa ficha de avaliação ao final de cada apresentação, sendo os 
requisitos, tempo, forma e ponto importante. 
 
 
30 de junho de 2018 
QUARTA AULA PRÁTICA 
 
VISITA AO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO EDUARDO RIBEIRO 
CONHECENDO A REALIDADE DA SAÚDE MENTAL EM MANAUS 
 
 A terceira aula prática da disciplina foi uma visita ao Hospital 
Psiquiátrico Eduardo Ribeiro onde foi possível observar os, ainda, precários 
investimentos e preocupações com a saúde mental no município de Manaus. 
Já tínhamos essa impressão pelas visitas ao Centro de atenção psicossoal 
(CAPS) no município na Saúde Coletiva 2, e também com relatos durante as 
aulas práticas dessa disciplina e também da disciplina de Psiquiatria. Dessa 
forma, ao chegar ao local, nos deparamos com uma instituição nitidamente 
abandonada (no início até achamos que estávamos no local errado), notamos 
também que são poucos os recursos e os profissionais que lutam em defesa 
de melhoria na instituição. Antes do início da visita, ainda do lado de fora, 
houve um breve histórico do local, da gestão e de relatos de alguns 
acontecimentos ao longo desses anos, pelo professor Pádua e uma 
funcionária do local, uma enfermeira antiga. Num primeiro momento, essa 
enfermeira falou sobre sua experiência trabalhando ali e passou um vídeo 
sobre o hospital psiquiátrico de Barbacena, hoje, ponto turístico. Durante o 
percurso, foram discutidos vários pontos da (des)atenção à saúde mental no 
município, como por exemplo o baixo orçamento recebido pelo hospital 
Eduardo Ribeiro, enquanto o aluguel de um dos prédios do CAPS custam 
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dolorosos R$ 18.000,00 aos cofres públicos, devido a ostentação das casas 
em que eles ocupam. Entretanto, durante a visita pelo interior da unidade, as 
informações foram confirmadas, a estrutura era lastimável, abandonada e 
apenas ocupada por animais (houve também relatos de invasão anteriormente 
por dependentes de drogas), porem essa parte esta desocupada e teme-se 
que o HEMOAM “o primo rico” acabe tomando toda essa área para aumentar 
sua estrutura. Logo em seguida, conhecemos a área ainda ativa, uma mínima 
parte da total, com quartos improvisados e uma enfermaria também 
improvisada em um local que antes era apenas local de observação dos 
pacientes. Por tudo isso, nota-se a contraposição entre a fragilidade dos 
pacientes do hospital psiquiátrico com o descaso em que são acolhidos e 
amparados em infraestrutura. É realmente impactante ver como a saúde 
mental é tratada no Brasil, o lugar é enlouquecedor para qualquer um, doente 
ou não. 
 
 
 
Alojamento improvisado para os pacientes Péssima infraestrutura: lugar sombrio 
 
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 Comida jogada no chão Paciente dependente químico que estava cortado 
 
 
02 de julho de 2018 
 
A aula foi destinada ao segundo e último dia de apresentação dos 
seminários com as seguintes temáticas: Protagonismo político dos médicos na 
consolidação do SUS; Financiamento ou Desfinanciamento do SUS?; Saúde 
da População Indígena no Amazonas: um desafio interfederativo. Sendo essa 
a última aula de saúdecoletiva IV. 
 
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CONCLUSÃO 
 
Em razão do exposto, por todo o período da disciplina, compreendemos 
termos, desfizemos uma imagem pronta da saúde coletiva, conhecemos a 
dinâmica da cidade que estamos e da complexidade do sistema de saúde 
que estamos inseridos. Nesse viés, o entendimento de todas as quatro 
disciplinas de saúde coletiva possibilitou a compreensão do papel e da 
inserção do profissional de saúde nas condições do cenário, pautando pela 
humanização deste, uma atuação de maneira multiprofissional em todos os 
casos, com uma atuação generalista e abrangente, para assim, maximizar a 
efetividade do trabalho feito e prestado à comunidade. 
Durante as aulas teóricas e nos momentos de prática compreendemos 
também que se necessita além de um trabalho individual, de uma entidade 
maior que se chama Planejamento em saúde, também nos foi durante todo 
esse período estimulado uma visão crítica para a busca de informações sobre 
a atuação governamental e gestacional da saúde, prezando pelo 
conhecimento de cada local, seja ele geográfico ou cultural como exemplo, 
para investimentos com equidade, mais efetivos e benéficos. 
Em razão disso, nota-se a relevância da confecção desse portfolio para 
revisão e reflexão de todo conhecimento adquirido. Nesse momento, foi 
possível observar a precariedade, deficiente gestão e poucos investimentos 
em alguns segmentos da saúde, mas também foi possível relatar o que foi 
vivido nas práticas, de maneira subjetiva, para os leitores desse trabalho, e 
assim, passar de uma maneira simples um pouco da cultura e das 
peculiaridades do Amazonas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
Fundação Oswaldo Cruz: Planejamento de Saúde. Disponível em: 
<http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/plasau.html>. Acesso em 6 
jun. 2018. 
 
Janelas, T. L. A instrumentalidade dos portefólios no processo. Avances 
en Psicología Latinoamericana, 29, 19-21. Disponível em: 
<http://www.scielo.org.co/pdf/apl/v29n1/v29n1a03.pdf>. Acesso em 7 jun. 
2018. 
 
Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (SEMSA). Situação do Município 
de Manaus – Relatório Executivo. Disponível em: <http://semsa.manaus.a- 
m.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/Relatório-Executivo-do-Diagnóstico-
Situacioal-de-Manaus.pdf>. Acesso em: 4 jun. 2018. 
 
 Fundação Nacional de Saúde: Cronologia Histórica da Saúde Pública. 
Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/site/museu-da-funasa/cronologia-
historica-da-saude-publica/>. Acesso em 4 jun. 2018.

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