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resumo 1807695 paulo igor 12708945 direito penal novo parte geral aula 24 substratos do crime e conduta comissiva omissiva

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Substratos do Crime e Conduta Comissiva/Omissiva
DIREITO PENAL
www.grancursosonline.com.br
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
SUBSTRATOS DO CRIME E CONDUTA COMISSIVA/OMISSIVA
1. SUBSTRATOS DO CRIME
São os elementos que compõem a infração penal conforme o conceito analí-
tico de infração penal. São eles: fato típico, ilicitude e culpabilidade. 
Para que se possa falar em crime, é necessário que exista cada um desses 
três substratos, ou seja, só existe crime quando estamos diante de um fato típico, 
ilícito e culpável.
Para se constatar a existência de um crime, primeiro se analisa se trata-se 
de um fato típico; depois, analisa-se sua ilicitude; por fim, analisa-se a culpabili-
dade. Constatado os três elementos, tem-se o crime:
Crime/Delito
Fato Típico Ilicitude Culpabilidade
É o comportamento 
humano voluntário 
causador de um 
resultado que se amolda 
perfeitamente a um tipo 
penal incriminador.
É o fato típico não 
justificado. A ilicitude 
espelha a contrariedade 
entre o fato típico e o 
ordenamento jurídico.
É o juízo de reprovação 
social que recai sobre 
o agente que, podendo 
agir em conformidade 
com o direito, optou 
livremente por agir em 
desconformidade.
É composto por quatro 
elementos: (1) conduta, 
(2) resultado, (3) nexo 
causal e (4) tipicidade. 
Causas excludentes da 
ilicitude (justificantes 
ou descriminantes): (1) 
estado de necessidade, 
(2) legítima defesa, (3) 
estrito cumprimento de 
dever legal, (4) exercício 
regular de direito e 
(5) consentimento do 
ofendido (supralegal).
Elementos de 
culpabilidade: (1) 
imputabilidade, (2) 
potencial consciência 
da ilicitude e (3) 
exigibilidade de conduta 
diversa.
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2. CONDUTA
2.1. Conceito
É o comportamento humano voluntário psiquicamente/psicologicamente diri-
gido ao fim. Toda conduta criminosa possui uma finalidade.
2.2. Causas de Exclusão da Conduta
a) Caso fortuito ou de força maior: São fatos imprevisíveis e/ou inevitáveis, 
não dominados pela vontade do homem (e, por essa razão, não caracterizam 
conduta criminosa). Há a vontade do indivíduo em ver um resultado criminoso 
sendo produzido, porém não há a conduta.
Exemplo: Quando um indivíduo deseja que sua sogra morra, com a queda 
do avião que ela está prestes a tomar, por exemplo, e em decorrência de 
uma força maior o avião cai, esse indivíduo irá ser indiciado por conduta cri-
minosa? Não, pois apesar de ter havido vontade, não houve conduta para a 
realização do crime. 
b) Atos involuntários: É a incapacidade de o agente dirigir sua conduta para 
uma finalidade predeterminada. Esses atos se dividem em dois tipos:
Estado de Inconsciência Completa: Sonambulismo e hipnose.
Movimentos Reflexos: Reação muscular automática.
Atenção!
Movimentos reflexos são diferentes de ações em curto circuito. Ações de curto 
circuito são aqueles atos impulsivos diante de uma situação de estresse. As 
ações em curto circuito não afastam a conduta criminosa.
c) Coação física irresistível: É o caso em que o agente não consegue determi-
nar seus movimentos de acordo com sua vontade, por razões de forças externas. 
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Exemplo: Uma pessoa de grande compleição física, pressionando o dedo do 
coagido contra o gatilho do revólver, faz com que um disparo ocorra e mate um 
terceiro.
Atenção!
A coação moral não afasta a conduta. Exemplo: Quando um indivíduo se vê 
obrigado (é coagido moralmente) a matar um terceiro para salvar um parente. 
Porém, é possível o afastamento da existência do crime, não por causa da 
ausência de fato típico, e, sim, em decorrência da ausência de culpabilidade. 
3. Espécies de Conduta
As condutas podem ser classificadas quanto à forma de exteriorização da 
vontade (comissiva ou omissiva) e quanto à voluntariedade (dolosa ou culposa).
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3.1. Quanto à Forma de Exteriorização da Vontade
a) Crime Comissivo: É a realização de uma conduta desvaliosa proibida 
pelo tipo incriminador (ação que viola um tipo proibitivo). Exemplo: Homicídio, 
furto, sequestro etc.
b) Crime Omissivo: É a não realização de uma conduta valiosa que o agente 
estava legalmente obrigado a realizar e cuja realização lhe era possível (ação 
que viola um tipo mandamental). 
b.1) Crimes Omissivos Próprios: A conduta omissiva está descrita no pró-
prio tipo penal incriminador. Para sua caracterização, basta a não realização da 
conduta valiosa descrita no tipo. O agente não tem obrigação de evitar o resul-
tado, devendo apenas agir conforme o mandamento legal determina. São tipos 
compostos por elementos como “Deixar de...”. Exemplo: Omissão de socorro 
(art. 135 do CP) e Omissão de notificação de doença (art. 269 do CP).
Omissão de Socorro
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, 
à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo 
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Omissão de Notificação de Doença
Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notifica-
ção é compulsória:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
b.2) Crimes Omissivos Impróprios: A conduta omissiva não está descrita 
no tipo legal. Nos crimes omissivos impróprios, determinados agentes possuem 
a obrigação de agir para evitar resultados lesivos em qualquer situação. Ou seja, 
o agente responderá por tipo proibitivo (conduta comissiva desvaliosa), desde 
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que não atue para evitar o resultado. Exemplo: Quando um bombeiro deixa de 
socorrer uma vítima e a mesma morre, o bombeiro será indiciado por homicídio, 
pois a morte foi resultado de sua omissão. 
O rol que estabelece quem é obrigado a evitar o resultado se encontra no art. 
13, § 2º do CP.
Art. 13: (...)
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Omissivos Próprios Omissivos Impróprios
Conduta omissiva descrita em tipo 
pena específico.
Qualquer omissão que cause 
resultado lesivo.
O tipo penal é dirigido a todas as 
pessoas.
Somente determinadas pessoas 
possuem o dever de agir.
Violação de um tipo mandamental. Violação de um tipo proibitivo (por omissão).
Qualquer pessoa deve agir para evitar 
determinados resultados.
Determinadas pessoas devem agir 
para evitar qualquer resultado lesivo. 
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com 
a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.

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