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Aula 06 - Omissão, Omissão Própria x Imprópria

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AULA N° 06: OMISSÃO, OMISSÃOPRÓPRIA X IMPRÓPRIA
Equipe responsável:
Adson Diogo Ataide dos Santos
Bruna Orrico Bulhosa
Dioslei dos Santos Dias
Luiza Beatriz de Almeida Nobre
Sumário:
1. Considerações Gerais
2. Crimes omissivos próprios
3. Crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão
3.1. Pressupostos fundamentais do crime omissivo impróprio
4. Fontes originadoras da posição de garantidor
4.1. Obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância
4.2. De outra forma, assumir a responsabilidade de impedir o resultado
4.3. Com o comportamento anterior, cria o risco de ocorrência do resultado
5. Crime de conduta mista
6. Tabelas Resumo
7. Questões de Revisão
8. Referências
1. 
1. Considerações Gerais
De acordo com a legislação penal, existem normas proibitivas e normas imperativas (mandamentais). O que constitui a essência do crime omissivo é a infração das normas imperativas. Tal conduta configura-se em não fazer a ação apontada por aquela norma. Assim sendo, uma omissão propriamente dita juridicamente, inexiste, já que somente a omissão de uma ação determinada pela norma é que irá configurar a essência da omissão.
Aponta-se o crime omissivo na situação em que o agente não realiza o que pode e deve fazer; aquilo que foi juridicamente ordenado. Assim, um crime omissivo é resultado sempre da omissão de uma determinada ação que esperava-se do agente, já que ele podia e tinha a obrigação em faze-lo.
Os crimes omissivos dividem-se em omissivo próprio e omissivo impróprio. Os crimes de resultado são considerados omissivos impróprios, enquanto que os crimes de mera conduta onde não se atribui resultados, são considerados como crimes próprios, previstos em tipos penais específicos, elencados em artigos 135 e 269, por exemplo.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória: Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Os crimes omissivos impróprios que carregam a característica de produzir resultados, não apresentam uma tipologia específica, enquadrando-se então, na tipificação comum dos crimes de resultados, como homicídio, lesão corporal. São crimes com casualidade jurídica, onde o agente que omite, devendo e podendo, nada fez para impedir o resultado. Nessas situações, responderá sempre por não ter evitado a ocorrência do crime, já que para o Direito Penal o não impedimento equivalerá a causar o resultado.
Vale ressaltar que para os crimes de omissão a análise estará embasada na norma jurídica, e não na ideia de deveres morais, éticos ou religiosos.
2. Crimes omissivos próprios
Também conhecidos como puros, são crimes resultantes de uma desobediência a uma norma mandamental; aquela norma que determina a prática de uma conduta, e que não foi realizada. Nesse caso, existe uma conduta omissiva a uma ação que tivera sido imposta pela norma, resguardadas as condições seguras ao agente.
Para esse tipo de crime, a abstenção à norma é suficiente para a consumação e, o resultado apresentado surgir dessa da ação omissiva será irrelevante para a configuração do crime, podendo representar somente o seu exaurimento, pois responderá pelo resultado aquele que causou, mas que não necessariamente foi o omitente. Quando houver previsão legal, poderá configurar uma majorante ou uma qualificadora. Um exemplo prático é a omissão de socorro, conforme já apresentado no artigo 135.
Ainda que os delitos omissivos próprios dispensem investigação sobre relação da causalidade, já que são delitos de mera conduta, no que diz respeito a majorante, é indispensável que se analise o nexo causal entre a conduta omissiva e o resultado determinante para a majoração da pena. Ainda que o agente não tenha a obrigação de impedir tal resultado, sua omissão permitiu seguimento do curso até que aquele pior resultado fosse apresentado. A obrigação do agente está condicionada ao agir, ainda que essa ação não impedisse o resultado. Assim, torna-se indispensável que seja comprovada a relação de causalidade (do não impedimento) entre a omissão e o resultado ocorrido, como aponta João Bernardino Gonzaga:
“o sujeito se abstém de praticar um movimento tendente a obter determinado efeito útil ou deixa de impedir a atuação de forças modificadoras da realidade, possibilitando o surgimento do mal” (Crimes comissivos por omissão, p. 250).
JURISPRUDÊNCIA:
APELAÇÃO CRIMINAL. ABANDONO MATERIAL. CRIME OMISSIVO PRÓPRIO. PENSÃO ALIMENTÍCIA FIXADA JUDICIALMENTE. INADIMPLEMENTO. ATIPICIDADE DA CONDUTA. ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. CONDENAÇÃO MANTIDA. PEDIDO DE ISENÇÃO DE MULTA. HIPOSSUFICIÊNCIA DO RÉU. INVIÁVEL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DAS EXECUÇÕES PENAIS. PEDIDO DE ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL. NÃO CABIMENTO. PRECLUSÃO. FASE INCOMPATÍVEL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. O crime de abandono material é considerado um delito omissivo próprio ou puro, ou seja, o agente é punido por não ter realizado uma conduta (ação) que poderia ter feita se quisesse. Dessa forma, comprovado que o apelante de forma livre e consciente, com ânimo de abandono e sem justo motivo, no período de 07 (sete) anos, nunca proveu o sustento de sua filha menor, por intermédio de pagamento mensal de pensão alimentícia fixada em juízo, a manutenção da condenação é à medida que se impõe. 2. A mera alegação de ausência de condições financeiras, desemprego ou a existência de demais filhos, não são suficientes para configurar a justa causa capaz de afastar o abandono material, quando desacompanhada de outros elementos probatórios aptos a confirmar que o réu não tinha condições de prestar alimentos à filha. 3. A alegada hipossuficiência econômica do réu para arcar com o pagamento da pena de multa não serve para excluí-la, já que a pena pecuniária é sanção que integra o tipo penal violado, tratando-se de norma cogente de aplicação obrigatória, sob pena de flagrante violação ao Princípio da legalidade. Entretanto, caso o réu seja absolutamente insolvente, a pena pecuniária não poderá ser executada até que a sua condição financeira permita, ficando, portanto, suspensa a sua exigibilidade. Em todo caso, a análise dessa questão será de competência do juízo das Execuções Penais. 4. O acordo de não persecução penal será ofertado até o limite temporal do oferecimento da denúncia, se ao final da investigação, o investigado confessar formal e circunstancialmente o cometimento do crime, sem violência ou grave ameaça, cuja pena mínima seja inferior a 04 (quatro) anos de reclusão. 5. Verificado no caso, a ocorrência da preclusão e tendo em vista que o presente procedimento se encontra em fase incompatível com a finalidade do instituto, em razão da sentença penal condenatória já ter sido proferida, inviável o oferecimento de não persecução penal.
6. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Acórdão: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.
3. Crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão
Nesse tipo de crime o a gente não tem apenas a obrigação de agir, sem que sejam considerados os resultados. Diferente do omissivo próprio espera-se que o dever de agir seja em função de evitar um resultado. Dever agir com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado evento. Para esses crimes comissivos, sempre existirá uma norma proibitiva e haverá um crime material, ou seja, um crime de resultado.
Conforme art 13º, §2º, são elementos dessa modalidade de omissão: a) a abstenção da atividade que a norma impõe; b) a superveniência do resultado típico em decorrência da omissão; c) a existência da situação geradora do dever jurídico de agir.
Para os crimes comissivos, existe uma norma, a qual Novoa Monreal identifica com norma de segundo grau, que é dirigida a um grupo restrito de sujeitos.Essa norma tem a função de impor o dever de agir, para impedir que processos alheios ao sujeito venham a ocasionar um resultado lesivo, enquanto a norma proibitiva dirige-se a todos aqueles que podem ser enquadrados como sujeito ativo do crime. A norma de mandado de segundo grau dirige-se àquelas pessoas que tem uma especial relação de proteção com o bem juridicamente tutelado, com opor exemplo, a ação do médico plantonista, o salva-vidas em relação aos banhistas, a babá para com a criança.
Os sujeitos relacionados nessa norma de segundo grau, com determinados interesses jurídicos, são conceituados como garantidores que de acordo com Sauer, devem: prevenir, ajudar, instituir, defender e proteger o bem tutelado ameaçado. São garantias de que um resultado lesivo não ocorrerá, pondo em risco ou lesando um interesse tutelado pelo Direito.
Para o código de 1940, a figura do garantidor era simples produto de elaboração doutrinária, não havendo nenhuma norma legal que permitisse identifica-lo. A Reforma Penal de 1984 regulou expressamente – quando trataram da relação de causalidade – as hipóteses em que o agente assume a condição de garantidor.
Conforme sintetiza Rogério Greco, os crimes omissivos impróprios são abertos, pois:
“É preciso que o julgador elabore um trabalho de adequação, situando a posição de garantidor do agente aos fatos ocorridos, considerando, ainda, a sua real possibilidade de agir. Não há, portanto, definição prévia alguma de condutas que se quer impor ao agente.”
3.1. Pressupostos fundamentais do crime omissivo impróprio
Poder de Agir – É necessário que o sujeito tenha a possibilidade física de agir, para que se possa afirmar que não agiu voluntariamente. É necessário que, além do dever, haja também a possibilidade física de agir, ainda que com risco pessoal. Essa possibilidade física falta, por exemplo, na hipótese de coação física irresistível, não se podendo falar em omissão plenamente relevante, porque o omitente não tem a possibilidade física de agir. Aliás, nem pode ser chamado de omitente, porque lhe falta a própria vontade, e sem vontade não há ação, ativa ou passiva.
Evitabilidade do resultado – Situação em que se a realização da conduta devida não tivesse impedido a ocorrência do resultado, deve-se entender que a omissão não deu causa a tal resultado. Sempre que a realização da conduta devida impedir o resultado, considera-se a sua omissão como causa desse resultado. A ausência dessa relação de causalidade desautoriza que se atribua o resultado ao omitente, sob pena de consagra-se uma odiosa responsabilidade objetiva, como acabou fazendo o Código de Trânsito Brasileiro:
Art. 304: Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
Dever de impedir o resultado – Situação em que o agente podia agir e se o resultado desapareceria com a conduta omitida, ainda assim não se pode imputar o resultado ao sujeito que se absteve. É preciso uma terceira condição; é preciso que o sujeito tivesse o dever de evitar o resultado: o especial dever em impedir ou em ouros termos, que ele fosse garantidor de sua não ocorrência. Nessas situações, não se exige que a obrigação decorra de lei formal. Ex: relação dos pais para com os filhos e agentes de segurança pública.
4. Fontes originadoras da posição do garantidor
A posição de garantidor encontra-se definida no Código Penal, art13 §2º, onde define como hipóteses de omissão relevante, a saber:
Art. 13, § 2º: A omissão é penalmente relevante quando omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c)com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Ainda que a posição de garantidor esteja apontada no Código Penal, é indispensável que o agente tenha consciência do seu papel enquanto garantidor. Diferente disso, ocorre o erro mandamental. Em outras palavras, o erro do agente que recai sobre uma norma mandamental, ou seja, norma que manda agir(espécie de erro do tipo).
4.1. Obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância
Nessas situações, a abstenção do sujeito configura-se em negação a um dever de cuidar, quando esse deveria. Refere-se ao dever da assistência mútua entre cônjuges, pais e filhos em relações “comuns” o ainda, dever legal de pessoas que exercem determinadas atividades as quais tem implícita a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância ao bem alheio, como nos casos de médicos, policiais, bombeiros, babás.
Nessas situações, a abstenção do sujeito descumprindo o dever de agir, não obstruindo processo causal que se configura diante dele, é considerada como causador. Ao invés de responder por omissão de socorro ao negar-se a atender alguém em perigo de vida, um médico responderá pelo crime de homicídio, ainda que culposo, já que o médico tem a especial função de garantir o não resultado da letalidade; e esse dever lhe foi imposto pela ordem jurídica.
4.2. De outra forma, assumir a responsabilidade de impedir o resultado
Condição em que o sujeito voluntariamente se tenha colocado na condição de garantidor, assumindo, por qualquer meio (inclusive contrato), esse compromisso. Não se faz necessário que essa posição se estenda por um longo período de tempo; podendo ser transitória ou existir somente num curto espaço de horas. Assim, se omitir uma conduta necessária a impedir um processo causal, que poderá produzir resultado lesivo, o agente será responsável por esse resultado, porque tinha o dever especial de impedi-lo. Nesses casos, exemplifica-se com a situação em que uma mãe deixa seu filho com a vizinha enquanto necessitar se ausentar do lar; essa vizinha passa a ser garantidora da criança até que sua mãe retorne, e possa retomar os cuidados ao filho.
4.3. Com o comportamento anterior, cria o risco de ocorrência do resultado
Cenário em que o sujeito coloca em andamento, com a sua atividade anterior, um processo de risco ou, então, com seu comportamento, agrava um processo já existente. Não importando oque tenha sido voluntaria ou involuntariamente, dolosa ou culposamente; importa é que sua ação ou omissão originou uma situação de risco ou agravou uma situação eu já existia. Em virtude desse comportamento anterior, surge-lhe a obrigação de impedir que aquela situação de perigo evolua para uma situação de dano efetivo, que traga um resultado lesivo ao bem jurídico tutelado.
Nessas situações, especialmente quando ocorre culpa e não dolo pode haver certa dificuldade em determinar se se trata de crime culposo comissivo por omissão, portanto, que só pode ser praticado por quem é garantidor, ou se, ao contrário, trata-se de um crime culposo comissivo simplesmente.
Num cenário hipotético, um indivíduo que acende uma fogueira para queimar seu lixo e, entretanto, esquece-se de apaga-la, ocasionando um incêndio de grandes proporções, atingindo o imóvel do vizinho que vem a óbito. Nesse caso, o dever de agir com a possibilidade de prevenção do risco caberia ao primeiro, que não o fez.
JURISPRUDÊNCIA: 
REVISÃO CRIMINAL. DECISÃO CONTRÁRIA AO TEXTO DE LEI. ESTUPRO. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. GENITORA. OMISSÃO. CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO. FIGURA DO "GARANTIDOR". PARTICIPAÇÃO POR OMISSÃO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA DO ABUSO. INÉRCIA CONFIGURADA. A omissão pode constituir elemento do tipo penal (crime omissivo próprio ou puro) ou apenas forma de alcançar o resultado previsto em um crime comissivo (crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão). Nestes casos, a conduta descrita no tipo é comissiva, mas o resultadoocorre por não o ter impedido o sujeito ativo. No crime omissivo impróprio o resultado pode ser atribuído ao omitente tanto por uma inércia dolosa quanto culposa (desde que também punível a título de culpa). A omissão só é "penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado" (CP, art. 13, § 2.º), colocando-se na figura do "garantidor". Este tem o dever de engendrar esforços para, ao menos, tentar evitar o resultado. São distintas as figuras da omissão imprópria e da participação por omissão. Enquanto na primeira o "garantidor" age como verdadeiro autor da omissão, da qual decorre o resultado, na segunda o partícipe, desejando resultado, limita-se a se omitir para auxiliar a sua consecução. Somente nesta pode-se cogitar da participação de menor importância. Age com verdadeira omissão dolosa a mãe que - "garantidora" legal do dever de cuidado, zelo e proteção da prole (CP, art. 13, § 2.º, a)- flagra o companheiro abusando sexualmente da filha e a abandona sem tomar qualquer providência. PEDIDO IMPROCEDENTE. (TJ-SC - RVC: 20130303449 SC 2013.030344-9 (Acórdão), Relator: Roberto Lucas Pacheco, Data de Julgamento: 26/11/2013, Seção Criminal Julgado).
5. Crime de conduta mista
Tal qual em outras situações do Direito Penal, é completamente possível que existam cenários com duas fases distintas, originando o crime de conduta mista: situação positiva e omissiva. Ex: Apropriação de coisa achada. Inicialmente, o agente encontrou uma coisa perdida e dela se apropria(conduta positiva). Depois, deixa de restituí-la a quem de direito ou de entrega-la à autoridade competente, no prazo de 15 dias(conduta negativa). Trata-se de um delito que possui conduta antecedente por ação e conduta consequente por omissão.
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
Apropriação de coisa achada	
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.
6. Tabelas Resumo
	CRIMES COMISSIVOS
	CRIMES OMISSIVOS
	O agente faz o que a lei proíbe(conduta positiva), violando uma norma proibitiva.
	O agente não faz o que a lei manda(conduta negativa), violando uma norma mandamental.
	OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE
	O art. 13, § 2º impõe o DEVER JURÍDICO DE AGIR e transforma a omissão em um crime omissivo Impróprio.
O dispositivo não se aplica aos crimes omissivos próprios.
Art. 13, § 2°. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir Incumbe a quem:
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de Impedir o resultado;
c) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
	OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE(Art 13, §2º)
	ALÍNEA A
	ALÍNEA B
	ALÍNEA C
	Exemplo: os pais em relação aos filhos; policiais em relação a população.
	Exemplo: O professor de natação em relação ao aluno que não sabe nadar.
	Exemplo: O “trote” de jogar colegas na piscina.
	Em qualquer dessas hipóteses, só comete crime o omitente que devia e podia agir(possibilidade real, física e efetiva)
	CRIME DE CONDUTA MISTA
	É o crime composto por uma parte comissiva e outra omissiva.
Exemplo: crime de apropriação de coisa achada (art. 169, II - Quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legitimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 dias").
	OMISSÃO PRÓPRIA
	OMISSÃO IMPRÓPRIA
	O próprio tipo penal transforma a omissão em crime.
Exemplo: Crime de omissão de socorro(art 135)
	A cláusula geral do art. 13, §2º, ao descrever a omissão penalmente relevante, transforma uma ação em crime omissivo.
Exemplo: Crime de homicídio(art 121) cometido por omissão da mãe(garantidora)
	O tipo penal violado descreve uma omissão.
	O tipo penal violado descreve uma ação.
	O sujeito tem o dever geral de proteção, atribuído a todos, indistintamente, pelo tipo penal.
	O sujeito tem o dever jurídico de proteção, dirigido especificamente aos referidos no art. 13, § 22.
	Tipos fechados: o legislador descreve a conduta criminosa. Qualquer um que cometê-la praticará o crime, em subsunção direta ao tipo penal.
	Tipos abertos: o tipo descreve uma ação sem se referir expressamente à modalidade omissiva. Há uma subsunção indireta: combina-se o tipo penal com o art. 13, § 2º.
	Crimes comuns: qualquer um pode cometer o crime.
	Crimes próprios: apenas os garantidores do art. 13, § 22 podem cometer o crime.
	Exemplo: comete o crime de omissão de socorro (art. 135) qualquer um que "deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e Iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, 0 socorro da autoridade pública".
	Exemplo: comete o crime de homicídio (art. 121) por omissão aquele que "matar alguém" e for garantidor, segundo as hipóteses do art. 13, § 22. Se uma mãe deixa de amamentar um filho causando-Ihe a morte, responderá por homicídio por omissão porque tem a obrigação de cuidado em relação aos filhos (art. 13, § 22, o).
	Não admitem tentativa
(crimes unissubsistentes).
	Admite tentativa
	Crimes de mera conduta (consumação com a mera inação).
	Crimes materiais (o agente podia e devia evitar o resultado naturalístico).
	Dolosos
	Doloso ou culposo
	Não admite participação
	Admitem participação
	INFORMATIVO DO STJ
	Info. 538: É inepta denúncia que impute a prática de homicídio na forma omissiva imprópria quando não há descrição clara e precisa de como a acusada – médica cirurgiã de sobreaviso - poderia ter impedido o resultado morte, sendo insuficiente a simples menção do não comparecimento da denunciada à unidade hospitalar, quando lhe foi solicitada a presença para prestar imediato atendimento a paciente que foi a óbito.
RHC 39.627/RJ, Rei. Min. Rogério Schietti Cruz, 6S Turma, j. 08/04/2014.
	EXEMPLOS DE OMISSÕES
	Um banhista vê um antigo desafeto se afogando e não faz nada para salvá-lo. O banhista não está na posição de garantidor e responderá por omissão de socorro com a pena aumentada (art. 135, parágrafo único).
	Um salva-vidas vê um antigo desafeto se afogando e não faz nada para salvá-lo. O salva-vidas é um garantidor (obrigação legal de agir - art. 13, § 2º, a) e responderá por homicídio doloso por omissão".
	Um salva-vidas vê um antigo desafeto se afogando e imediatamente faz tudo que está ao seu alcance para salvá-lo. Contudo, o desafeto vem a falecer.
O salva-vidas é um garantidor (obrigação legal de agir - art. 13, § 2º, a) e fez tudo que podia para evitar o resultado. Nesse caso, não poderá ser responsabilizado pela morte.
	Um médico atende uma pessoa que foi baleada e é imperito na cirurgia, causando o óbito da vítima.
O médico é um garantidor (obrigação legal de agir - art. 13, § 2S, a) e produz o resultado por não ter observado o dever objetivo de cuidado. Responderá por homicídio culposo.
	A mãe abandona o filho recém-nascido sozinho em uma casa com o intuito de matá-lo de fome. Contudo, um vizinho escuta o bebê chorando, entra na casa e o alimenta, evitando a morte. A mãe é garantidora (obrigação legal de agir - art. 13, § 2º, a) e responderá por homicídio doloso tentado por omissão.
	Um policial presencia um roubo, mas, por preguiça, nada faz.
O policial é garantidor (obrigação legal - art. 13, § 2º, a) e deveria agir para evitar o resultado. Responderá como partícipe do crime de roubo, uma vez que aderiu subjetivamente à conduta (crimes omissivos por comissão admitem tentativa).
	Um estudante, em "trote" universitário, empurra um colega que não sabe nadar na piscina e nada faz para salvá-lo, causando sua morte por afogamento.
O estudante é garantidor (art. 13,§ 2º,c), pois com a sua atitude assumiu a responsabilidade de salvar o colega. Responderá por homicídio por omissão, doloso ou culposo (a depender do seu elemento psíquico).
	Policiais civis torturam presos na delegacia. O delegado da Polícia Civil, ciente da situação, nada faz para evitar ou apurar os atos de tortura.
Os policiais responderão pelo crime de tortura (art. 12, 1, da Lei 9.455/97), com pena de reclusão, de 2 a 8 anos.
O delegado, garantidor, incide na pena do § 2º ("aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos").
DIRA88 – Teoria do Direito Penal II
Aula 06: Omissão, Omissão Própria x Imprópria
7. Questões de Revisão
8. 
8.1. A respeito dos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por omissão, assinale a alternativa INCORRETA.
a) São de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata. Só podem ser praticados por determinadas pessoas, embora qualquer pessoa possa, eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente a norma preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o resultado não evitado.
b) Se o médico se obriga a realizar determinado procedimento em um paciente, mas resolve viajar e deixa seu compromisso nas mãos de um colega, que assume esse tratamento, ele responde penalmente pelas lesões que resultem de erro de diagnóstico deste outro médico.
c) Quem, sabendo nadar, por brincadeira de mau gosto, empurra o amigo para dentro da piscina, por sua ingerência, estará obrigado a salvá-lo, se necessário, para que o fato não se transforme em crime de homicídio, no caso de eventual morte por afogamento.
d) Na forma dolosa, os crimes omissivos impróprios não exigem que o garante deseje o resultado típico.
e) Se o garante, apesar de não haver conseguido impedir o resultado, seriamente esforçou-se para evitálo, não haverá fato típico, doloso e culposo. Nos omissivos impróprios, a relação de causalidade é normativa.
8.2. Jugue as assertivas sobre a omissão penalmente relevante e os crimes culposos, marcando a alternativa correta:
a) O ordenamento jurídico brasileiro admite a punibilidade dos crimes omissivos próprios e impróprios praticados com dolo ou culpa.
b) Na omissão imprópria, a ingerência corresponde à obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância, caracterizando a figura do garante.
c) A culpa inconsciente diferencia-se do dolo eventual na medida em que o agente, embora represente a possível produção do resultado típico lesivo, acredita na sua não ocorrência.
d) São elementos objetivos necessários dos tipos penais omissivos próprios e impróprios: situação de perigo para o bem jurídico, produção do resultado naturalístico típico, poder concreto de ação, omissão da ação mandada e posição de garante.
e) Na omissão é possível caracterizar-se a participação em qualquer de suas formas, a saber, a determinação, a instigação e o auxílio.
8.3. O art. 231 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) dispõe que "deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança e adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada" é crime sujeito à pena de detenção de seis meses a dois anos. É correto afirmar que se trata de crime:
a) omissivo próprio;
b) omissivo impróprio;
c) comissivo;
d) comissivo por omissão;
e) material.
8.4. Marque a alternativa incorreta.
a) São omissões próprias ou tipos de omissão própria aqueles em que o autor pode ser qualquer pessoa que se encontre na situação típica. Os tipos de omissão própria caracterizam-se por não ter um tipo ativo equivalente. Ex. artigo 135, do Código Penal - Omissão de socorro.
b) Os tipos de omissão imprópria são aqueles em que o autor só pode ser quem se encontra dentro de um determinado círculo, que faz com que a situação típica seja equivalente à de um tipo ativo. Nessa situação, o autor está em posição de “garantidor”.
c) Tipos penais justificadores são aqueles que descrevem situações em que o autor do delito aplica fraude verbal e argumentativa para seu cometimento, justificando a ação da vítima. Ex. estelionato praticado por telefone, como o conhecido golpe do “Bença Tia”
d) A previsibilidade subjetiva, em que o agente, dadas as suas condições peculiares, tinha o dever de prever o resultado, não é elemento do fato típico culposo. A ausência de previsibilidade subjetiva no crime culposo exclui a culpabilidade, mas não o fato típico culposo.
8.5. A omissão, prevista no Código Penal Brasileiro, é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe àquele que
a) com seu comportamento criou o risco da ocorrência.
b) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
c) agiu de forma prudente, mas sem sucesso no resultado.
d) mesmo sem dar causa ao risco da ocorrência, deixou de agir.
e) ainda que de outra forma, não assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
8.6. A partir da narrativa a seguir e considerando as classes de crimes omissivos, assinale a alternativa correta. Artur, após subtrair aparelho celular no interior de um mercado, foi detido por populares que o amarraram em um poste de iluminação. Acabou agredido violentamente por Valdemar, vítima da subtração, que se valeu de uma barra de ferro encontrada na rua. Alice tentou intervir, porém foi ameaçada por Valdemar. Ato contínuo, Alice, verificando a grave situação, correu até um posto da Polícia Militar e relatou o fato ao soldado Pereira, que se recusou a ir até o local no qual estava o periclitante, alegando que a situação deveria ser resolvida unicamente pelos envolvidos. Francisco, segurança particular do mercado, gravou a agressão e postou as imagens em rede social com a seguinte legenda: "Aí mano, em primeira mão: outro pra vala". Artur morreu em decorrência de trauma craniano.
a) Pereira poderá ser indiciado pela prática de crime omissivo impróprio.
b) Pereira poderá ser indiciado pela prática de crime omissivo próprio.
c) Alice poderá ser indiciada pela prática de crime omissivo próprio.
d) Alice poderá ser indiciada pela prática de crime omissivo impróprio.
e) Francisco poderá ser indiciado pela prática de crime comissivo por omissão.
8.7. Sobre o tipo dos crimes de omissão de ação, assinale a alternativa incorreta:
a) A realiza manobra imprudente na direção de veículo e atropela B, que andava pelo acostamento da rodovia: se B morre justamente porque A, ciente da real possibilidade de morte da vítima, deixa de lhe prestar socorro, podendo fazê-lo concretamente sem risco pessoal, então A responde pelo crime de homicídio doloso (CP, art. 121), praticado por omissão imprópria.
b) A percebe o afogamento de B em lago, e, ciente da real possibilidade de morte da vítima, deixa de lhe prestar socorro, podendo fazê-lo concretamente sem risco pessoal: se B morre afogado justamente em razão da omissão, então A responde pelo crime de omissão de socorro, majorado pelo resultado de morte (CP, art. 135, parágrafo único), praticado por omissão própria.
c) Os tipos de omissão de ação podem aparecer sob a forma de omissão imprópria, fundada no dever jurídico especial de agir, que admite ações dolosas e culposas, e sob a forma de omissão própria, fundada no dever jurídico geral de agir, que admite apenas ações dolosas.
d) A posição de garantidor do bem jurídico é elemento específico do tipo objetivo dos crimes de omissão imprópria, mas a produção do resultado típico de lesão do bem jurídico é elemento comum do tipo objetivo dos crimes de omissão própria e imprópria.
e) O erro de tipo evitável sobre elementos objetivos do tipo de homicídio cometido por omissão imprópria exclui o dolo, permitindo punição a título de culpa.
8.8. A respeito dos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por omissão, assinale a alternativa INCORRETA.
a) São de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata. Só podem ser praticados por determinadaspessoas, embora qualquer pessoa possa, eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente a norma preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o resultado não evitado.
b) Se o médico se obriga a realizar determinado procedimento em um paciente, mas resolve viajar e deixa seu compromisso nas mãos de um colega, que assume esse tratamento, ele responde penalmente pelas lesões que resultem de erro de diagnóstico deste outro médico.
c) Quem, sabendo nadar, por brincadeira de mau gosto, empurra o amigo para dentro da piscina, por sua ingerência, estará obrigado a salvá-lo, se necessário, para que o fato não se transforme em crime de homicídio, no caso de eventual morte por afogamento.
d) Na forma dolosa, os crimes omissivos impróprios não exigem que o garante deseje o resultado típico.
e) Se o garante, apesar de não haver conseguido impedir o resultado, seriamente esforçou-se para evitá-lo, não haverá fato típico, doloso e culposo. Nos omissivos impróprios, a relação de causalidade é normativa
8.9. De acordo com o Código Penal Brasileiro, em relação ao crime, a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
I. Tenha por lei somente obrigação de proteção ou vigilância. 
II. II. De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. 
III. III. Com seu comportamento anterior, criou ou permitiu que outrem criasse o risco da ocorrência do resultado.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
8.10. A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que
a) Um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria da omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa criminalizando a omissão, estar-se-ia diante de uma omissão imprópria.
b) Nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o dever de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
c) A ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no ordenamento brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática.
d) O crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de forma atenuada ao crime praticado por ação.
e) Segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.
GABARITO DAS QUESTÕES:
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	B
	A
	A
	C
	B
	A
	D
	B
	B
	E
9. Referências
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 25ª. ed. Revista e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2019.
CORREIA, Martina. Direito Penal em Tabelas – Parte Geral. Salvador: Juspodivm, 2017.
GONZAGA, João Bernardino. Estudos de Direito e Processo Penal em Homenagem a Nelson Hungria. Rio de Janeiro: Forense, 1962
GRANCONCURSOS. Disponível em https://granconcursos.com.br. Acesso em: 04 de abril de 2021.
LIMA, Jairo. Crimes omissivos impróprios e a figura do garantidor. Disponível em https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br. Acesso em: 04 de abril de 2021.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal comentado. 17ª ed. rev. atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
PERTILLE, Marcelo. Teoria Geral do crime – Lição 05. Disponível em https://emporiododireito.com.br. Acesso em: 04 de abril de 2021.
QCONCURSOS. Disponível em https://qconcursos.com.br. Acesso em: 04 de abril de 2021.
QUESTÕES ESTRATÉGICAS. Disponível em https://questoesetrategicas.com.br. Acesso em: 04 de abril de 2021.
SANCHES, Rogério Cunha. Manual de Direito Penal Parte Geral. 3ª ed. Salvador: Juspodivm, 2015.

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