Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 HIDRÁULICA GERAL PRÁTICA 11 1 – TEMA: Medida de vazão em vertedores Triangulares e Retangulares de Parede Espessa e Energia Específica. 2 – OBJETIVOS: Avaliação de Vazões de Líquidos que escoam em canais e determinar seção crítica do escoamento. 3 – FUNDAMENTOS: a) VERTEDOR TRIANGULAR: Quando se trata de medidas de pequenas vazões, o vertedor triangular é particularmente mais conveniente, já que possibilita maior precisão na medida de carga. (Figura 1). Imaginando-se apenas a pequena abertura hachurada, obtém-se para velocidade teórica, desprezando-se as contrações do jorro, de acordo com o teorema de TORRICELLI: 2/1)2( gyV (1) A vazão teórica será: H H t dyxVdAVQ 0 0 ... (2) Pela semelhança de triângulos mostrada na Figura 1, pode-se relacionar x com y: )( yH H L x H L yH x (3) Levando-se em (2) as expressões de x e y, obtidas respectivamente de (3) e (1), vem: dy).yH.(y. H L .)g2(dy).yH.( H L .)gy2(Q H 0 2/12/1H 0 2/1 t tQ H 0 2/52/32/1H 0 H 0 2/32/12/1 t y 5 2 y 3 2 .H H L .)g2(dy.ydy.Hy. H L .)g2(Q tQ 2/52/52/12/52/32/1t H. 5 2 H 3 2 . H L .)g2()H. 5 2 H 3 2 .H.( H L .)g2(Q tQ 2/52/12/52/1 t H. 15 4 . H L .)g2(H. 15 610 . H L .)g2(Q tQ 2/52 15 4 H H L gQt (4) H Carga sobre a soleira L H y x Figura 1 0 2 Tem-se também: 2 2 22 tg H L H L tg (5) Expressão (5) e (4) combinadas fornecem: 2/52/1 . 2 2.)2.( 15 4 HtggQt (6) ou 2/5. 2 .362,2 HtgQt As experiências mostram que o expoente da expressão (6) é aproximadamente correto, mas o coeficiente deve ser multiplicado por um fator de correção qC (COEFICIENTE DE VAZÃO DO VERTEDOR), da ordem de 0,58. A vazão real será: 2/52/1 2 .)2( 15 8 . HtggCQ qreal 2/52/1 2 .)2( 15 8 .58,0 HtggQreal 2/5 2 .38,1 HtgQreal Normalmente adota-se uma seção do VERTEDOR TRIANGULAR um triângulo isósceles, sendo o mais usual o de = 90°. Para este vertedor a vazão real será: (7) Thonson estabeleceu para este tipo de vertedor a expressão: 2/5.4,1 HQ Uma boa conduta quando se necessita maior precisão é a determinação direta do coeficiente por medição volumétrica. b) VERTEDOR DE PAREDE ESPESSA: Um vertedor é considerado de parede espessa, quando a soleira é suficientemente espessa para que na veia aderente se estabeleça o paralelismo dos filetes, conforme mostra a Figura 2. 2/5.38,1 HQreal 3 Figura 2: Esquema de pressões atuantes em vertedor de parede espessa. Assuma que a montante da seção 1S exista um lago, com largura suficiente para que se possa considerar nula a velocidade da aproximação. Imaginemos ainda que a jusante do vertedor exista na seção 3S uma comporta. Se a comporta estiver totalmente fechada, a vazão do vertedor será nula e a altura Y se igualará a H. Ao se abrir ligeiramente a comporta, o líquido começará a escoar pelo vertedor produzindo uma vazão determinada, enquanto se perceberá uma diminuição de Y, com H constante. Represente-se, então, a curva VAZÃO X PROFUNDIDADE, conforme a Figura 2b. Abrindo-se mais a comporta a vazão aumentará, enquanto Y decrescerá, seguindo a relação vazão profundidade vista na Figura 2b. Profundidade = altura da coluna d’água em cima da soleira = y Continuando o processo de abertura da comporta, haverá um ponto em que a vazão não mais aumentará. Y não mais diminuirá, ainda que se continue a abrir a comporta. Nessa condição se estabelecerá a máxima velocidade no vertedor para determinado H, bem como a máxima vazão e o mínimo valor de profundidade y. A determinação do valor dessa vazão máxima é realizada como segue. Admita-se que para uma abertura qualquer da comporta estabeleça-se a vazão com altura y sobre a soleira do vertedor, Figura 2. Aplicando-se a Equação de Bernoulli aos pontos 1 e 2 representados, admitindo-se como plano de referência a soleira do vertedor, tem-se: g VP g VP 2 0 2 0 2 22 2 11 y y Q H e Figura 2 (a) (b) y 1 2 S1 S2 S3 4 g V YH 2 2 2 ou )(2 2 2 2 2 YHgV g V YH (8) Se a largura do vertedor for L, tem-se: 2/12 ).(2... YHgYLVSQ 2/13222 )...(.2 YLHYLgQ (9) Os valores máximo e mínimo de Q corresponderão respectivamente aos valores máximo e nulo da expressão entre parênteses aqui denominada t. Nota-se que Q se anula quando t for ZERO e nessas condições tem-se: 0... 3222 YLHYL , donde se obtém: H= Y³/Y² = Y. Ou seja Q = 0 quando Y = H, o que já tinha sido admitido anteriormente. Para determinar o valor de Q máximo deriva-se t em relação a Y e iguala-se a zero: tYLHYL 3222 ... 0.3..2 222 YLHYL dY dt 2 3 2 3 2 Y Y Y H 3 2H Y (10) Nesse caso a velocidade 2V será [(10) em (8)]: 2/1 2 )) 3 2 .(2( H HgV ou 2/1 2 3 2 gH V E a vazão máxima do vertedor é obtida levando-se (10) em (9): 2/1 2 2 2/1 3 2 3 2 3 2 . 9 4 .2 27 8 . 9 4 .2 H H H gL H L H LgQ 2/3 2/12/12/12 2 . 3 2 . 3 2 3 2 . 3 2 3 . 9 4 .2 LH ggHLHHH gLQ 2/3..71,1 HLQ (11) 5 Alguns autores como Victor Streeter, informam que para um bordo de montante bem arredondado a vazão real pode ser encontrada pela expressão: 2/3..67,1 HLQ (12) De maneira geral, é fundamental calibrar-se o vertedor substituindo-se o coeficiente de Vitor Street pelo coeficiente U, do vertedor, como segue. 2/3.. HLUQ 4 – BIBLIOGRAFIA: Streeter, V.; Mec. Dos Fluidos; 7ª Edição, pág. 380 Neto, A.; Manual de Hidráulica; 7ª Edição, 1° Vol., pág. 89 * Princípio de Bélanger ou da vazão máxima se enuncia: “A altura y sobre a soleira do vertedor de parede espessa e a velocidade da água devem ajustar-se de modo a que se obtenha a máxima vazão para a carga H de montante”. 5 – PRÁTICA: a) Determinar para os vertedores TRIANGULAR e de PAREDE ESPESSA instalados no módulo de Hidráulica, os valores dos coeficientes reais, U, relacionados nas fórmulas (7) e (12). b) Plotar PARA O VERTEDORDE PAREDE ESPESSA a variação de U com a carga (H) e verificar seu comportamento calculando a curva que melhor se ajusta às variações de U x H. c) Estabelecer o percentual de diferença entre realQ e os 12Q ; 7Q ( vazões obtidas pelas fórmulas (7) e (12)). d) Esboçar UMA curva de Energia Específica e) Determinar yc f) Determinar a seção crítica. T (°C) )/( 3mKgfágua )/10( 26 smágua 15 999,1 1,14 20 998,2 1,01 25 997,1 0,9 6 Tágua (°C) Dtubo (mm) 78 γágua (Kgf/m³) γHg (Kgf/m³) L (m) Altura da Soleira do Vertedor de Parede Espessa: B = 0,042 m Altura da Base da Soleira do Vertedor Triangular = 0,14 m Carga no Vertedor de Parede Espessa H = Pressão Estática - 0,042 m Carga no Vertedor Triangular (H): H = Pressão Estática - 0,14 m K obtido na aula 09: K N.° de voltas do registro de admissão em relação à posição fechada Tomada de pressão Dinâmica pelo tubo de Prandt no centro do tubo de 78 mm Manômetro : 12 1 2 hgVc Qref = Vc.S Qreal = K.Qref Carga no Vertedor Tringular Coeficiente do Vertedor Triangular (U) Pressão Estática (vert. de Parede Espessa) Piezômetro N.° Carga no Vertedor de Parede Espessa Coeficiente (U) Vert. de Parede Espessa Vazão calculada pela fórmula 12 Diferença Percent. Qreal e Q12 hs (cm) hi (cm) ∆h (cm) (m/s) (m³/s) (m³/s) (m) (cm) (m) (m³/s) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 TRINGULAR FÓRMULA 12 (VERTEDOR DE PAREDE ESPESSA ) Q = 1,67. L . H 3/2 7 Energia Específica Piez. 01 Piez. 02 Piez. 03 Piez. 04 Pressão de Jusante (média) U Jusante U 2 /2g (jusante) Fr (jusante) E. Esp (jusante) Régua J/M Piez. 05 Piez. 06 Piez. 07 Pressão de Montante (média) U Montante U 2 /2g (montante) Fr (montante) E.Esp (montante) N° da Foto (cm) (cm) (cm) (cm) (m) (m/s) (m) adim. (m) (cm/cm) (cm) (cm) (cm) (m) (m/s) (m) adim. (m)
Compartilhar