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Ácidos Carboxílicos e Derivados

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ÁCIDOS 
CARBOXÍLICOS 
 E 
DERIVADOS 
Farmácia – QMC 1104 
1 
• Ácidos carboxílicos são substâncias com um grupo carboxila (–COOH). 
Essas substâncias são abundantes na natureza, sendo responsáveis 
por vários odores conhecidos. 
 
 
 
 
 
• Os ácidos carboxílicos são também encontrados em uma ampla gama 
de produtos farmacêuticos que são usados para tratar inúmeros 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS 
2 
• A cada ano os Estados Unidos produzem mais de 2,5 milhões de 
toneladas de ácido acético a partir de metanol e monóxido de 
carbono. A principal utilização do ácido acético é na síntese do 
acetato de vinila, usado em tintas e adesivos. 
 
• O acetato de vinila é um derivado do ácido acético e, portanto, é 
considerado um derivado de ácido carboxílico. Como veremos, os 
ácidos carboxílicos e seus derivados ocupam um papel central na 
química orgânica. 
 
 
 
 
 
 
 
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS 
3 
 
• Os ácidos carboxílicos não são apenas importantes por si só, mas o 
grupo carboxila é o grupo-base de uma grande família de compostos 
relacionados chamados de compostos de acila ou derivados de ácidos 
carboxílicos. 
 
 
 
 
 
 DERIVADOS DE ÁCIDOS 
CARBOXÍLICOS 
4 
• O átomo de carbono de um grupo ácido carboxílico tem hibridização 
sp2 e, portanto, apresenta geometria plana triangular com ângulos de 
ligação de aproximadamente 120°. 
 
• Os ácidos carboxílicos podem interagir formando duas ligações de 
hidrogênio, permitindo que as moléculas se associem entre si em 
pares. Essas interações através de ligação de hidrogênio explicam os 
pontos de ebulição relativamente elevados dos ácidos carboxílicos. 
 
 Estrutura dos Ácidos Carboxílicos 
5 
• Os nomes sistemáticos ou substitutivos dos ácidos carboxílicos são obtidos 
retirando-se a terminação -o do nome do alcano correspondente à cadeia 
mais longa no ácido e adicionando-se a terminação -oico precedido da 
palavra ácido. Ao átomo de carbono do grupo carboxila é atribuído o 
número 1. 
Nomenclatura de Ácidos Carboxílicos 
6 
• Muitos ácidos carboxílicos têm nomes vulgares, derivados de palavras 
latinas ou gregas, que indicam uma de suas fontes naturais. Muitos desses 
nomes vulgares vêm sendo utilizados há muito tempo e alguns 
provavelmente continuarão em uso, por isso é útil se familiarizar com eles. 
Nomenclatura de Ácidos Carboxílicos 
Nº de Carbonos Nome Comum Fórmula Molecular Origem 
1 Ácido fórmico HCOOH Formica : Formiga 
2 Ácido acético CH3COOH Acetum : Vinagre 
4 Ácido butírico CH3(CH2)2COOH Butírum : Manteiga Rançosa 
5 Ácido valérico CH3(CH2)3COOH Valerum : Cabras + Manteiga 
6 Ácido capróico CH3(CH2)4COOH Caper : Cheiro de Cabra 
7 
• Derivados com anel Aromático: 
 
 
 
 
 
 
 
• Aminoácidos: 
 
 
Nomenclatura de Ácidos Carboxílicos 
8 
• Ácidos Derivados com Ciclo Saturado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nomenclatura de Ácidos Carboxílicos 
9 
• Ácidos Dicarboxílicos: A maioria apresenta nomes comuns. 
Nomenclatura de Ácidos Carboxílicos 
10 
• Os ácidos carboxílicos são substâncias polares; 
• Suas moléculas podem formar ligações de hidrogênio fortes entre si e com a 
água; 
• Como resultado, os ácidos carboxílicos geralmente têm pontos de ebulição 
elevados; 
• Os ácidos de massa molecular baixa são apreciavelmente solúveis em água. 
• À medida que a cadeia carbônica aumenta, a solubilidade em água diminui. 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
Nº de Carbonos Fórmula Molecular Ponto de Fusão (oC) Ponto de Ebulição (oC) 
1 HCOOH 8,4 101,7 
2 CH3COOH 16,6 117,9 
3 CH3CH2COOH - 20,8 141,0 
4 CH3(CH2)2COOH - 5,5 164,0 
5 CH3(CH2)3COOH - 34,5 186,0 
6 CH3(CH2)4COOH - 4,0 205,0 
Ác. Benzóico Fenila-COOH 122,1 249,0 
8 CH3(CH2)7COOH 16,3 239,0 11 
• Pontes de Hidrogênio 
 
 
 
 
 
 
 
• Solubilidade em água 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
APOLAR 
COM ÁGUA 
POLAR 
“Maior a parte apolar, menor a solubilidade vice-versa” 
12 
• São os sais derivados dos ácidos carboxílicos; 
 
• Nomenclatura: Os nomes dos sais de ácidos carboxílicos 
recebem a terminação -ato em substituição à terminação -oico, 
tanto nos nomes vulgares quanto nos sistemáticos. A palavra 
ácido é retirada. 
• O nome do ânion carboxilato precede o do cátion. Assim, 
CH3CO2Na é o acetato de sódio ou etanoato de sódio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sais Carboxilatos 
13 
• Propriedades Físicas: 
• Altíssimos pontos de fusão com decomposição; 
• Elevada solubilidade em água em comparação ao ácido de 
origem; 
• Vantagens: 
• Devido a alta solubilidade em água são utilizados como 
medicamentos; 
• Os mais solúveis são os sais de sódio e potássio; 
• São inodoros; 
• Obtenção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sais Carboxilatos 
insolúvel solúvel 14 
• Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos ramificados de comprimento longo, 
normalmente contendo entre 12 e 20 átomos de carbono. 
• Eles contêm em geral um número par de átomos de carbono (12, 14, 16, 18 
ou 20), porque os ácidos graxos são biossintetizados a partir de “blocos de 
construção” contendo dois átomos de carbono. 
• Alguns ácidos graxos são saturados (não contêm ligações π carbono-
carbono), enquanto outros são insaturados (contêm ligações π carbono-
carbono) 
 
 
 
 
 
 
Ácidos Graxos 
15 
16 
• São ésteres de massa molecular elevada, que são construídos a partir de 
ácidos carboxílicos e álcoois. Os triglicerídeos são triésteres formados a 
partir de glicerol e três ácidos carboxílicos de cadeia longa ou ácidos graxos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os triglicerídeos são utilizados pelos mamíferos e plantas para 
armazenamento de energia de longo prazo. Os triglicerídeos armazenam 
aproximadamente 9 kcal/g, o que significa que eles são mais de duas vezes 
eficientes para o armazenamento de energia do que os carboidratos e 
proteínas, que só podem armazenar aproximadamente 4 kcal/g. 
 
 
 
 
 
Óleos e Gorduras 
17 
• Quando tratados com base aquosa, os triglicerídeos sofrem hidrólise, 
produzindo glicerol e três íons carboxilato (sabão). 
 
 
Óleos e Gorduras 
18 
• As ceras são ésteres de massa molecular elevada, que são construídos a 
partir de ácidos carboxílicos e álcoois. Onde o gligerol é substituído por um 
álcool de cadeia maior. 
• Por exemplo, o hexadecanoato de triacontilo, um importante componente 
da cera de abelhas, é construído a partir de um ácido carboxílico com 16 
átomos de carbono e de um álcool com 30 átomos de carbono. 
 
 
 
 
• Outras ceras são semelhantes em estrutura, diferindo apenas no número de 
átomos de carbono em ambos os lados do grupo éster. Essas longas cadeias 
hidrocarbônicas fazem com que essas substâncias tenham alto ponto de 
fusão como resultado das forças de dispersão de London intermoleculares 
entre as cadeias hidrocarbônicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ceras 
19 
COMPARAÇÃO ENTRE ÁCIDOS INORGÂNICOS E ORGÂNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Quanto maior o Ka, maior a acidez 
• Quanto menor o pKa, maior a acidez 
• Valores de Ka de 10
-5 ou menores correspondem a ácidos fracos. 
Acidez dos Ácidos Carboxílicos 
20 
• Como seu nome sugere, ácidos carboxílicos apresentam prótons levemente 
ácidos. A maioria dos ácidos carboxílicos não substituídos tem valores de Ka 
na faixa de 10−4 a 10−5 (pKa = 4 a 5). 
• A acidez dos ácidos carboxílicos é principalmente decorrente da estabilidade 
da base conjugada, que é estabilizadapor ressonância. 
 
 
 
 
• Os ácidos carboxílicos que têm grupos retiradores de elétrons são mais 
fortes do que os ácidos não substituídos. 
 Acidez dos Ácidos Carboxílicos 
ACIDEZ 
21 
• Observe que o pKa diminui com cada substituinte cloro adicional. Esta 
tendência é explicada em termos dos efeitos indutivos dos átomos de cloro, 
que podem estabilizar a base conjugada. 
• Uma vez que os efeitos indutivos não são transmitidos muito eficientemente 
através das ligações covalentes, o efeito de aumento da força do ácido 
diminui à medida que a distância entre o grupo retirador de elétrons e o 
grupo carboxila aumenta. 
 
 
 
 
• Os efeitos dos substituintes retiradores de elétrons são também observados 
em ácidos benzoicos substituídos. 
 Acidez dos Ácidos Carboxílicos 
RETIRADOR DOADOR 
22 
• Industrial 
• Ácido Acético 
 
 
 
 
 
• Ácido Benzóico 
 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
23 
• Laboratorial 
A maioria dos métodos para a preparação de ácidos carboxílicos foi 
apresentada anteriormente: 
1) Oxidac ̧ão de alquenos. Os alquenos podem ser oxidados a ácidos 
carboxílicos com solução alcalina de KMnO4 a quente: 
 
 
 
Alternativamente, os ozonetos podem ser submetidos a condições 
oxidativas, com produção de ácidos carboxílicos: 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
24 
2) Oxidac ̧ão de aldeídos e álcoois primários. Os aldeídos podem ser 
oxidados a ácidos carboxílicos com agentes oxidantes moderados tais 
como Ag(NH3)
2+OH–. Os álcoois primários podem ser oxidados com 
KMnO4. Os aldeídos e álcoois primários são oxidados a ácidos 
carboxílicos com ácido crômico (H2CrO4) em solução aquosa de acetona 
(a oxidação de Jones). 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
25 
3) Oxidação de alquilbenzenos. Os grupos alquila primários e 
secundários (mas não os grupos terciários) diretamente ligados a um 
anel benzênico são oxidados pelo KMnO4. 
 
 
 
 
 
 
4) Oxidação de metilcetonas. Metilcetonas podem ser oxidadas a ácidos 
carboxílicos através da Reação Halofórmica. 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
26 
5) Hidrólise de cianoidrinas e outras nitrilas. Vimos que aldeídos e cetonas 
podem ser convertidos em cianoidrinas, e que essas podem ser hidrolisadas a 
α-hidroxiácidos. Na hidrólise do grupo —CN, ele é convertido a —CO2H. 
 
 
 
 
As nitrilas também podem ser preparadas através de reações de substituição 
nucleofílica de haletos de alquila com cianeto de sódio. A hidrólise da nitrila 
produz um ácido carboxílico com uma cadeia contendo um átomo de carbono a 
mais do que o haleto de alquila original: 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
27 
• Este método sintético geralmente é limitado ao emprego de haletos 
de alquila primários. O íon cianeto é uma base relativamente forte, e 
a utilização de haletos de alquila secundários ou terciários leva 
basicamente a um alqueno (através de uma eliminação E2) em vez de 
uma nitrila (por meio de uma substituição SN2). Os haletos de arila 
(exceto aqueles com grupos nitro em posição orto e para) não 
reagem com cianeto de sódio. 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
28 
6) Carbonatação de reagentes de Grignard. Os reagentes de Grignard 
reagem com dióxido de carbono para produzir carboxilatos de magnésio. 
A acidificação produz ácidos carboxílicos: 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
29 
Esta síntese de ácidos carboxílicos é aplicável a haletos primários, 
secundários, terciários, de alila, de benzila e de arila, desde que eles não 
tenham grupos incompatíveis com uma reação de Grignard. 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
30 
7) A partir de anilinas 
Obtenção de Ácidos Carboxílicos 
31 
32 
1) Formação de Sais (Carboxilatos) 
 
 
 
 
 
 
2) Redução (Síntese de Álcoois) 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
33 
34 
35 
3) Síntese de Cloretos Ácidos 
 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
36 
37 
4) Síntese de Anidridos de Ácidos 
• Simétricos: 
 
 
• Não Simétricos: 
 
 
 
• Cíclicos: 
 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
38 
5) Síntese de Ésteres 
• Os ácidos carboxílicos reagem com álcoois para formar ésteres 
através de uma reação de condensação conhecida como 
esterificação: 
 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
39 
5) Síntese de Ésteres 
• Os ácidos carboxílicos cujas moléculas têm um grupo hidroxila em um 
carbono γ ou δ sofrem uma esterificação intramolecular produzindo 
ésteres cíclicos conhecidos como γ- ou δ-lactonas. 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
40 
5) Síntese de Ésteres 
• Muitas lactonas são encontradas na natureza. Por exemplo, a 
vitamina C é uma γ-lactona. Alguns antibióticos tais como a 
eritromicina são lactonas com anéis muito grandes (chamadas de 
lactonas macrocíclicas), mas a maioria das lactonas naturais é γ- ou δ-
lactonas; ou seja, elas contêm anéis de cinco ou seis membros. 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
41 
6) Síntese de Amidas 
• Intramolecular 
 
 
 
 
• Intermolecular: 
 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
42 
7) Síntese de Lactamas 
• As amidas cíclicas são chamadas de lactamas. O tamanho do anel da 
lactama é designado pelas letras gregas de forma análoga à 
nomenclatura das lactonas. 
 
 
 
 
 
• As γ-lactamas e as δ-lactamas normalmente se formam 
espontaneamente a partir de γ- e δ-aminoácidos. Entretanto, as β-
lactamas são altamente reativas; seus anéis tensionados de quatro 
membros abrem-se facilmente na presença de reagentes 
nucleofílicos. 
 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
43 
7) Síntese de Lactamas 
• Os antibióticos do grupo penicilina contêm um anel β-lactama: 
 
 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
44 
8) Halogenação do Carbono-α 
 
 
 
9) Descarboxilação 
• A reação na qual um ácido carboxílico perde CO2 é chamada de 
descarboxilação. 
 
 
Reações de Ácidos Carboxílicos 
Obs: Grupos (-R,-I) em α-COOH, facilitam a descarboxilação (X2, NO2, CN, COOH). 45 
• Os Anidridos de Ácidos Carboxílicos 
A maioria dos anidridos recebe seus nomes substituindo-se a palavra 
ácido do nome do ácido carboxílico pela palavra anidrido: 
 
 
 
 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
46 
• Os Cloretos de Acila 
Os cloretos de acila são também chamados de cloretos de ácido. Eles 
são denominados trocando-se a palavra ácido e a terminação -oico do 
nome do ácido pela palavra cloreto seguida da preposição de e pela 
terminação oíla, respectivamente. 
 
 
 
 
 
• Os cloretos de acila e os anidridos de ácidos carboxílicos têm pontos 
de ebulição na mesma faixa dos ésteres de massas moleculares 
semelhantes. 
 
 
 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
47 
• Os Ésteres 
Os nomes dos ésteres são derivados dos nomes dos ácidos (com a terminação -
ato ou -oato) e dos álcoois (com a terminação -ila). A parte do nome derivado 
do ácido vem primeiro, seguida da preposição “de”: 
 
 
 
 
 
• Os ésteres são compostos polares, mas devido à ausência de um hidrogênio 
ligado ao oxigênio, suas moléculas não podem formar ligações de hidrogênio 
fortes entre si. Por isso, os ésteres têm pontos de ebulição menores do que 
os ácidos e alcoóis com massas moleculares comparáveis.Os pontos de 
ebulição dos ésteres são aproximadamente os mesmos dos aldeídos e 
cetonas correspondentes. 
 
 
 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
48 
• Os Ésteres 
Ao contrário dos ácidos de massa molecular baixa, os ésteres 
normalmente têm aromas agradáveis, alguns lembrando cheiro de 
frutas, e esses são utilizados na fabricação de flavorizantes (aromas) 
artificiais: 
 
 
 
 
 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
49 
• As Amidas 
As amidas que não têm substituintes no nitrogênio são denominadas 
retirando-se a palavra ácido e trocando-se a terminação -ico do nome 
vulgar (ou –oico do nome sistemático) pela terminação -amida. Os 
grupos alquila ligados ao átomo de nitrogênio das amidas são 
denominados substituintes, e o nome do substituinte é precedido por N- 
ou N,N-. 
 
 
 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
50 
• As Amidas 
• As amidas com átomos de nitrogênio ligados a um ou dois átomos de 
hidrogênio são capazes de formar ligações de hidrogênio fortes entre 
si. Tais amidas têm pontos de fusão e de ebulição elevados. 
• Por outro lado, moléculas de amidas N,N-dissubstituídas não podem 
formar ligações de hidrogênio fortes entre si, e elas têm pontos de 
fusão e de ebulição mais baixos. 
 
 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
Amida Peso P.e. (oC) P.f. (oC) 
CH3-CO-NH2 59 81 222 
CH3-CO-NH(CH3) 73 28 206 
CH3-CO-N(CH3)2 87 6 166 
51 
• As Amidas 
A ligação de hidrogênio entre os grupos amida tem papel primordial na maneira 
pela qual as proteínas e os peptídeos se curvam para atingir sua forma espacial 
As proteínas e os peptídeos (proteínas curtas) são polímeros de aminoácidos 
unidos através de grupos amida. Uma característica comum à estrutura de 
muitas proteínas é a folha β. 
 
Derivados de Ácidos Carboxílicos 
NOMENCLATURA E PROPRIEDADES 
52 
53 
54 
55 
56 
57 
58 
59 
60 
• As reações de ácidos carboxílicos e seus derivados são caracterizadas 
por uma adição nucleofílica–eliminação em seus átomos de carbono 
acílico (carbonílico). 
• O resultado é uma substituição nucleofílica no carbono acílico. A 
chave para esse mecanismo é a formação de um intermediário 
tetraédrico que retorna a um grupo carbonila após a eliminação de 
um grupo de saída. 
A Substituição Nucleofílica Acílica 
61 
• A etapa inicial em uma reação de substituição de acila é a adição 
nucleofílica no átomo de carbono da carbonila. Essa etapa é facilitada 
pela abertura estérica relativa do átomo de carbono da carbonila e 
pela capacidade do átomo de oxigênio da carbonila de acomodar um 
par de elétrons da ligação dupla carbono–oxigênio. 
• Na segunda etapa, o intermediário tetraédrico elimina um grupo de 
saída L. Essa eliminação leva à regeneração da ligação dupla carbono- 
oxigênio e a um produto de substituição. 
A Substituição Nucleofílica Acílica 
62 
• O processo global, portanto, é uma substituição de acila através de 
um mecanismo de adição nucleofílica–eliminação. Os compostos de 
acila reagem dessa forma porque todos eles têm bons grupos de 
saída, ou razoavelmente bons (ou eles podem ser protonados para 
formar bons grupos de saída) ligados ao átomo de carbono da 
carbonila. 
• Por exemplo, um cloreto de acila geralmente reage através da perda 
de um íon cloreto— uma base muito fraca e, por isso, um bom grupo 
de saída. A reação de um cloreto de acila com a água é um exemplo. 
A Substituição Nucleofílica Acílica 
63 
64 
• Um anidrido de ácido geralmente reage através da perda de 
um ânion carboxilato ou uma molécula de um ácido 
carboxílico—ambos são bases fracas e bons grupos de saída; 
• Os ésteres geralmente sofrem adição nucleofílica–eliminação 
através da perda de uma molécula de um álcool; 
• Os ácidos reagem através da perda de uma molécula de água; 
• E as amidas reagem através da perda de uma molécula de 
amônia ou de uma amina; 
• Todas as moléculas perdidas nessas reações são bases fracas e 
são grupos de saída razoavelmente bons. 
A Substituição Nucleofílica Acílica 
65 
• Para que um aldeído ou cetona reagisse através de uma adição 
nucleofílica–eliminação, o intermediário tetraédrico precisaria 
eliminar um íon hidreto ou um íon alcaneto. Ambos são bases 
muito fortes e, consequentemente, são grupos de saída muito 
ruins. 
 
A Substituição Nucleofílica Acílica 
66 
• Dos derivados de ácido que estudamos, os cloretos de acila são 
os mais reativos frente à adição nucleofílica–eliminação, e as 
amidas são as menos reativas. Em geral, a ordem global de 
reatividade é: 
Reatividade Relativa de Compostos de Acila 
67 
68 
69 
70 
71 
72 
73 
74 
75 
76 
• A ordem geral de reatividade dos derivados de ácidos também 
pode ser explicada levando-se em conta a basicidade dos 
grupos de saída. 
• Os íons cloreto são as bases mais fracas e os cloretos de acila 
são os compostos de acila mais reativos. As aminas (ou a 
amônia) são as bases mais fortes e assim as amidas são os 
compostos de acila menos reativos. 
• A ordem de reatividades que apresentamos nos fornece um 
indício de quais sínteses são factíveis e quais não são. Em geral, 
os compostos de acila menos reativos podem ser sintetizados a 
partir dos mais reativos, mas o inverso é geralmente difícil e, 
quando é possível, requer reagentes especiais. 
Reatividade Relativa de Compostos de Acila 
77 
• Reações de Cloretos de Acila 
1) Conversão (hidrólise) a Ácidos: 
 
 
 
2) Conversão a Anidridos de Ácidos: 
 
 
 
3) Conversão a Ésteres: 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
78 
• Reações de Cloretos de Acila 
4) Conversão à Amidas: 
 
 
 
5) Conversão à Cetonas (acilação de Friedel–Crafts): 
 
 
 
6) Conversão a aldeídos: 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
79 
• Reac ̧ões de Anidridos de Ácidos 
1) Conversão a ácidos: 
 
 
 
2) Conversão a ésteres: 
 
 
 
3) Conversão a amidas: 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
80 
• Reac ̧ões de Anidridos de Ácidos 
4) Conversão a aril cetonas (acilação de Friedel–Crafts): 
 
 
 
 
• Reac ̧ões de Ésteres 
1) Hidrólise: 
 
 
 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
81 
• Reac ̧ões de Ésteres 
2) Conversão a outros ésteres (transesterificação): 
Álcool + pesado desloca o + leve! 
 
 
3) Conversão a amidas: 
 
 
 
4) Reac ̧ão com reagentes de Grignard: 
 
 
 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
82 
• Reac ̧ões de Ésteres 
5) Reduc ̧ão : 
 
 
 
• Reações de Amidas 
1) Hidrólise: 
 
 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
83 
• Reac ̧ões de Amidas 
2) Conversão a nitrilas: desidratação: 
 
 
 
 
Reações de Derivados de Ácidos Carboxílicos 
84 
• A Reação de Hell–Volhard–Zelinski 
• Os ácidos carboxílicos que contêm átomos de hidrogênio α reagem 
com bromo ou cloro na presença de fósforo (ou de um haleto de fósforo) 
para dar ácidos α-halocarboxílicos através de uma reação conhecida 
como a reação de Hell–Volhard–Zelinski (ou HVZ). 
 
 
 
Ácidos alfa-Halocarboxílicos85 
• A Reação de Hell–Volhard–Zelinski 
• Se mais de um equivalente molar de bromo ou cloro é usado na 
reação, os produtos obtidos são α,α-dialoácidos ou α,α,α-trialoácidos. 
• Etapas importantes na reação são a formação de um haleto de acila e 
de um enol derivado do haleto de acila. O haleto de acila é crucial, 
porque os ácidos carboxílicos não formam enóis prontamente, já que o 
próton do ácido carboxílico é removido antes do hidrogênio-α. Os 
haletos de acila não possuem o hidrogênio do ácido carboxílico. 
 
 
 
Ácidos α-Halocarboxílicos 
86 
• A Reação de Hell–Volhard–Zelinski 
• Os α-haloa ́cidos são importantes intermediários sintéticos porque eles 
são capazes de reagir com diversos nucleófilos: 
 
 
Ácidos a-Halocarboxílicos 
87 
• A Reação de Hell–Volhard–Zelinski 
• Os α-haloa ́cidos são importantes intermediários sintéticos porque eles 
são capazes de reagir com diversos nucleófilos: 
 
 
Ácidos α-Halocarboxílicos 
88

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