Buscar

Apresentação do Conteúdo - Contabilidade Pública

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
 
Contabilidade Pública
Breve Histórico
- A Contabilidade é o produto do Renascimento italiano e não se sabe quem inventou.
 (Hendriksen e Van Breda).
 
- Sistemas de Partidas Dobradas – Séculos XIII e XIV.
(Slomski).
 
Primeiro registro de um sistema completo de escrituração por Partidas Dobradas.
(Roover Apud Hendriksen e Van Breda).
*
*
- Primeiro impresso que trata da contabilidade - Summa de Arithmetica, geometria, proportioni ET proportinalita - frei franciscano Luca Pacioli – publicado Veneza – 1494.
- Este livro impresso em duas partes:
		- 1ª = Dedicada à aritmética e à álgebra, cálculos comerciais;
 		- Tratado XI – De computis ET scripturis – método das partidas dobradas. 
 
(Slomski)
- Brasil – a contabilidade aparece no reinado de D. João – 1808.
 
- 1850 – Lei que institui o Código Comercial – obrigação da escrituração contábil e da elaboração anual dos Balanços Gerais.
- Após a queda do Imperador D. Pedro II e a proclamação da República em 1889 – controle.
*
*
- 1922 – Código de Contabilidade da União.
- 1940 – Decreto-lei nº 2.416 (17/07) – elaboração e execução dos orçamentos e balanços dos Estados e municípios determinando um modelo-padrão de balanços para essas entidades públicas;
Lei nº 4.320/64 (17/03/1964).
Lei Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000.
NBCASP – 21 de novembro de 2008.
	
*
*
Fundamentos Teóricos
Postulados ambientais da Contabilidade (são os pilares da contabilidade):
- da entidade
- da continuidade
Princípios Fundamentais de Contabilidade (constituem a doutrina e, embora não sejam aprovados por leis primárias, constituem regras derivadas da razão e da experiência acumulada no exercício profissional) – Resolução C.F.C 750 de 29/12/1993:
Entidade
Continuidade
Oportunidade 
Competência 
Prudência
Registro pelo Valor Original 
Atualização Monetária 
*
*
Convenções Contábeis (representam as restrições aos princípios quando existem várias opções a serem seguidas. Estabelecem as regras a serem seguidas):
- da objetividade – todos os registros contábeis são precedidos de documentos legais;
 - da materialidade – a contabilidade observará a relevância do objeto em análise;
do conservadorismo – a contabilidade optará por resultados econômicos menores sempre que houver dúvida com relação ao preço de mercado a ser utilizado;
da consistência – a contabilidade evidenciará em notas explicativas possíveis mudanças de critérios de mensurações de resultados econômicos ou de avaliações de ativos.
*
*
Conceituação de Contabilidade Pública
É um dos ramos da Contabilidade geral, aplicada às entidades de direito público interno.
Regulamentada, no Brasil pela Lei 4.320 de 17 de março de 1964.
Campo de Atuação
Nas pessoas jurídicas de Direito Público Interno – União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Objetivos da Contabilidade Pública
Evidenciar perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
 
(Art. 83, da Lei Federal nº 4.320/64)
*
*
Organização da Contabilidade Pública
 	Os serviços de contabilidade são organizados de forma a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
(Art. 85, da Lei Federal nº 4.320/64) 
	A escrituração contábil das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas.
(Art. 86, da Lei Federal nº 4.320/64)
*
*
Controle nas entidades públicas
Controle Interno
Corresponde aos planos, atividades e procedimentos que se interligam com a intenção de se atingir, de maneira confiável, os objetivos estabelecidos pelas entidades.
É realizado ou superintendido pelos serviços de contabilidade.
Controle Externo
Exercido diretamente pela sociedade, por meio do acompanhamento de obras e serviços.
Indiretamente pela promotoria pública e ou pelo poder legislativo.
A fiscalização contábil, financeira e patrimonial será exercida pelo Congresso Nacional.
A nível de Estado e Município, os Poderes Legislativos têm como órgão auxiliar para tal tarefa os Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.
*
*
Regimes Contábeis
A Lei 4.320/64 dispõe que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil (art. 34) e que pertencem ao exercício financeiro, as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (art. 35).
A LRF apresenta textualmente que a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa (art. 50, inciso II).
Regime de Caixa 
É o regime de escrituração que reconhece as receitas do período nele arrecadadas e as despesas nele pagas. 
(Slomski)
*
*
Considerações do Regime de Caixa
- são registradas somente as receitas e despesas quando o dinheiro é recebido ou pago;
- o sistema não leva em conta o período a que tais transações se referem;
a contabilidade por caixa facilita a avaliação do impacto na atividade fiscal, a reconciliação dos dados monetários e o controle dos recursos disponíveis.
(Silva)
Regime de Competência
- É o regime que reconhecem todas as receitas e despesas do período nele incorridas, isto é, de acordo com a data da real incorrência da transação econômica e não quando do recebimento ou pagamento.
(Slomski)
*
*
Considerações do Regime de Competência
- A contabilidade por competência refere-se à aquisição de bens e serviços independentemente da afetação do caixa da entidade;
- O sistema contábil da competência procura fornecer um quadro com todos os recebíveis e responsabilidades do governo e, em conseqüência, constitui uma ferramenta de auxilio na formulação de políticas fiscais mais realísticas;
- Facilita a gestão de caixa por permitir o conhecimento de todos os ativos geradores de caixa e do universo das obrigações que pesam sobre esse mesmo caixa;
- O sistema de competência auxilia os tomadores de decisão a enxergar além do ano fiscal atual e do orçamento do próximo ano;
- No gerenciamento dos programas constantes das ações orçamentárias a contabilidade por competência pode demonstrar os custos totais incorridos, além dos fluxos de caixa, os custos indiretos e seu rateio, inclusive o valor do ativos tangíveis utilizados na prestação dos serviços à população;
*
*
Considerações do Regime de Competência
Estimativas dos recursos totais, alem de auxiliar na alocação dos recursos orçamentários também facilita a tomada de decisões sobre quais os serviços que devem ser prestados pela própria administração publica e quais os que devem ser fornecidos por empresas privadas.
(Silva)
Regime Misto
É o regime que envolve ao mesmo tempo os regimes de caixa e de competência. 
No Brasil, as receitas orçamentárias são reconhecidas pelo regime de caixa e as despesas orçamentárias são reconhecidas pelo regime de competência. 
*
*
Considerações do Regime Misto
Quando são registrados pagamentos em um sistema de caixa, é assumido que bens e serviços foram entregues e que as responsabilidades associadas estão sendo liquidadas. Reciprocamente, um sistema de competência assume que quando os passivos são registrados, estão sendo feitos esforços para seu financiamento;
Os dois sistemas fornecem uma informação completa, e o gerente responsável pela arrecadação de receitas e realização das despesas será melhor servido por demonstrativos com foco na gestão de caixa e com foco na gestão do patrimônio da entidade.
(Silva)
*
*
Sistemas Contábeis
De acordo com a NBC T 16.2, aprovada pela RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.129 de 21/11/2008, o sistema contábil representa a estrutura
de informações sobre identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social.
Estrutura do Sistema Contábil
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas, conquanto possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação sobre o patrimônio público.
*
*
Conforme a NBC T 16.2, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações:
Orçamentário – registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária; 
	Ao final do período o sistema orçamentário apresenta resultados comparativos entre: 
a) A previsão e a execução da receita orçamentária:
- previsão: valor estabelecido na lei do orçamento;
- execução: valor efetivamente arrecadado no exercício financeiro;
-diferença: mensuração entre o valor estabelecido na lei do orçamento e a execução efetiva.
b) A fixação e a execução da despesa orçamentária:
- fixação: valor estabelecido na lei do orçamento;
- execução: valor efetivamente consumido no exercício financeiro em projetos e atividades do orçamento anual;
- diferença: mensuração entre o valor estabelecido na lei do orçamento e a execução efetiva.
*
*
O resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro pode ser:
- receita orçamentária = despesa orçamentária = resultado nulo
-receita orçamentária > despesa orçamentária = superávit orçamentário
- receita orçamentária < despesa orçamentária = déficit orçamentário
Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público; 
Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública;
Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Nesse sistema são efetuados os registros dos valores que direta ou indiretamente possam vir a afetar o patrimônio, como as responsabilidades contratuais do Estado e os bens e valores em poder de terceiros. 
*
*
*
*
*
*
Questões
1ª) Quem escreveu o primeiro livro impresso de contabilidade? 
2ª) Onde foram encontrados os primeiros registros contábeis?
3ª) Quem obrigou ao uso das partidas dobradas no Brasil? 
4ª) Em que ano foi criado o Código de Contabilidade da União?
5º) Qual o campo de atuação da Contabilidade Pública?
6º) Qual é o regime contábil adotado pela contabilidade pública brasileira? 
7º) Qual a função do sistema orçamentário para as entidades públicas?
8º) Qual é o melhor resultado em uma contabilidade orçamentária?
9º) Explique a função do sistema de compensação.
*
*
10º) O regime que se baseia no princípio de que a receita e a despesa são reconhecidos no momento do recebimento e do pagamento do numerário é denominado de regime de:
a) caixa;
b) competência;
c) misto;
d) competência ajustado.
11º) O regime em que as receitas e despesas são registradas segundo o período em que foram ganhas ou incorridas mesmo quando ainda não recebidas ou pagas, denomina-se:
a) caixa;
b) competência;
c) misto;
d) caixa ajustado.
*
*
12º) Quando o art. 35 da Lei 4.320/64 determina que “Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas”, sendo não pagas, trata-se do regime:
a) de caixa;
b) de competência;
c) misto;
d) de caixa ajustado. 
*
*
Orçamento Público
A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
(Art. 2º, Lei 4.320/64) 
É uma lei de iniciativa do Poder Executivo que estabelece as políticas públicas para o exercício a que se referir; terá como base o plano plurianual e será elaborado respeitando-se a lei de diretrizes orçamentárias aprovada pelo Poder Legislativo. Seu conteúdo básico será a estimativa da receita e a autorização (fixação) da despesa. 
(SLOMSKI)
*
*
Introdução
	O estudo do orçamento pode ser considerado do ponto de vista objetivo ou subjetivo:
Aspecto objetivo – designa o ramo das Ciências das Finanças que estuda a Lei do Orçamento e o conjunto de normas que se refere à sua preparação, sanção legislativa, execução e controle. Considera a fase jurídica de todas as etapas do orçamento (preventiva, executiva e crítica).
Aspecto subjetivo – constitui a faculdade adquirida pelo povo de aprovar a priori, por seus representantes legitimamente eleitos, os gastos que o Estado realizará durante o exercício.
(Silva)
*
*
Características do Orçamento
Os orçamentos públicos podem ser estudados em função das seguintes características:
Tipos de orçamento – é a característica que determina a maneira pela qual o orçamento é elaborado, dependendo do regime político vigente; daí dizer-se que os orçamentos variam segundo a forma de Governo;
Princípios orçamentários – objetivam assegurar o cumprimento dos fins a que se propõe o orçamento;
Aspectos do orçamento – o orçamento é estudado sob vários aspectos: político, jurídico, econômico e o financeiro. 
*
*
Tipos de Orçamento
Legislativo – é o orçamento cuja elaboração, votação e aprovação é da competência do Poder Legislativo, cabendo ao executivo a sua execução. Esse tipo de orçamento é utilizado em países parlamentaristas. Exemplo: República (Afeganistão, África do Sul, Alemanha, França, Portugal) Monarquias (Austrália, Bélgica, Espanha, Japão); 
Executivo – é o orçamento cuja elaboração, aprovação, execução e controle é da competência do Poder Executivo. É utilizado em países onde impera o poder absoluto. Exemplo: Arábia Saudita;
Misto – é o orçamento elaborado e executado pelo Poder Executivo, cabendo ao Poder Legislativo a sua votação e controle. Esse tipo é utilizado pelos países em que as funções legislativas são exercidas pelo Congresso ou Parlamento, sendo sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. Utilizado no Brasil. 
*
*
Princípios Orçamentários
Conforme o Manual de Despesa Nacional elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional, os princípios orçamentários são definidos com base na doutrina, Constituição Federal e Lei nº 4.320/64:
Princípio orçamentário da Unidade (art. 2º da Lei 4.320/64) – determina que o orçamento deva ser uno, ou seja, deve existir apenas uma lei orçamentária para cada ente federativo. Todos os recursos devem fluir para uma caixa única e as organizações públicas devem manter sob um só comando as disponibilidades. 
	A C.F. estabeleceu esse princípio quando definiu que a LOA compreenderá o orçamento fiscal referente aos poderes públicos, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, fundações, o orçamento de investimentos das empresas e o orçamento de seguridade social. 
*
*
Princípio orçamentário da Universalidade (arts. 3º e 4º da Lei nº 4.320/64) – determina que a Lei de Orçamento englobe todas as receitas e despesas dos três poderes, bem como de todas as entidades da administração direta e indireta. É considerável indispensável para o controle parlamentar sobre as finanças públicas. 
	Possibilita ao Legislativo:
	a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização;
	b) impedir ao executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização parlamentar;
	c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim
de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las.
(Silva)
*
*
Princípio orçamentário da anualidade – para cada exercício financeiro deve existir uma lei orçamentária. No Brasil, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. O orçamento deve ter vigência limitada a um período anual (art. 34 da Lei nº 4.320/1964).
Princípio orçamentário da exclusividade (§ 8º do art. 165 da CF/1988) – a Lei de Orçamento conterá exclusivamente a previsão da receita e a fixação da despesa, não podendo conter dispositivo estranho à matéria orçamentária. Exceção é a autorização para abertura de créditos adicionais suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária.
Princípio orçamentário do equilíbrio – Determina a igualdade entre o valor das receitas previstas e o valor das despesas fixadas, não podendo esta ultrapassar o montante da primeira. 
*
*
Princípio orçamentário da legalidade – cabe ao poder público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar. As peças orçamentárias devem seguir os mandamentos legais aplicáveis à gestão pública.
Princípio orçamentário da publicidade (§ 3º do art. 37 da C.F./88) – refere-se à obrigatoriedade de publicação de todos os atos praticados no processo orçamentário. 
Princípio orçamentário da especificação (arts. 5º e 15 da Lei nº 4.320/1964) – as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua aplicação. 	
*
*
Princípio orçamentário da não afetação da receita (art. 167 da CF/1988) – é o princípio que postula (requer, solicitar) o recolhimento de todos os recursos a uma caixa única do Tesouro, sem discriminação quanto a sua destinação. Entretanto, a CF só consagrou este princípio para as receitas provenientes de impostos vedando sua vinculação a determinado órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as seguintes: 
	a) repartição do produto da arrecadação dos impostos (IR incidente na fonte sobre a renda e proventos de qualquer natureza; ITR; IPVA; ICMS; IR; IPI; contribuição de intervenção no domínio econômico); 
	b) destinação de recursos p/ manutenção e desenvolvimento do ensino; 
	c) a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
	d) a destinação de recursos p/ as ações e serviços públicos de saúde; 
	e) p/ realização de atividades a administração tributária.
*
*
Princípio do orçamento bruto (art. 6º da Lei nº 4.320/1964) – todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Por exemplo, quando a União arrecade um determinado tributo e esteja legalmente obrigada a transferir parte do montante a Estados e Municípios, deverá inserir a estimativa total de arrecadação no lado correspondente às receitas e o valor correspondente à transferência no lado das despesas. 
*
*
Aspectos do orçamento
O orçamento é estudado sobre os aspectos:
Político – diz respeito à sua característica de Plano de Governo ou Programa de Ação do grupo ou facção partidária que detém o Poder e que foi submetido à população durante o processo eleitoral, caracterizando desse modo o aspecto político do orçamento como instrumento que materializa as escolhas públicas.
	Esse aspecto constitui um plano de ação política que se traduz, necessariamente, na continuidade de despesas anteriormente criadas e em despesas novas ou em redução de despesas. 
	Por outro lado, aos governantes incumbe a tarefa de achar os meios para pagar as despesas, ou seja, gerar receitas – impostos – e determinar as distribuições desse ônus entre os indivíduos.
*
*
Fatos políticos que influenciam a elaboração do orçamento
......................................
(Silva)
Povo
Partidos Políticos
Orientação do Governo
Econômica Administrativa
Social
Plano de Ação do Governo (PPA)
Diretrizes Orçamentárias
Proposta Orçamentária
Projeto de Lei
Poder Legislativo
Base Parlamentar do Governo
*
*
Aspecto Político
	Entre o custo do programa anual de Governo, traduzido na proposta orçamentária, e a discussão e votação do projeto de lei de que surgirá a Lei Orçamentária para novo exercício, ocorrem dois conflitos básicos que aprimoram o orçamento sob o aspecto político.
De um lado, a proposta evidencia as orientações econômicas, administrativas e sociais do Governo que objetiva, em última análise, o cumprimento e execução das promessas e plataformas que o levaram ao exercício do poder;
De outro lado, a consistência das bases parlamentares do Executivo, aferida pela maior ou menor dificuldade de aprovação do plano submetido ao Legislativo. 
*
*
Aspecto Jurídico
É o que define a Lei Orçamentária no conjunto de leis do país e constitui um aspecto bastante discutido. 
Alguns autores consideram o orçamento como sendo uma lei.
Para outros, tanto pode ser uma lei como mero ato administrativo.
Um terceiro grupo afirma que o orçamento nunca é uma lei.
No Brasil, o orçamento constitui uma lei aprovada pelo legislativo, mas pelo princípio da exclusividade, só deve conter a previsão da receita e a fixação da despesa, não podendo criar ou extinguir tributos. Assim o orçamento é uma lei de eficácia reduzida, pois nada acrescenta ao conteúdo das leis vigentes, e seu cumprimento é quase exclusivo dos administradores públicos. 
 
*
*
Aspecto Econômico
É o resultado da evolução das características políticas do orçamento. Considerando que o orçamento público é peça fundamental ao cumprimento das finalidades do Estado, não há dúvida de que deverá observar que o melhor plano é aquele que resulta numa maior produção com um menor gasto.
A evolução da economia das características políticas fez com que o orçamento passasse a ter o papel regulador da economia, uma vez que os Governos têm a precípua obrigação de:
	- atender às necessidades econômicas e sociais da coletividade;
	- aproveitar os recursos humanos e materiais, no sentido de aumentar a renda nacional;
	- redistribuir a renda nacional, com o objetivo de elevar o nível da população, assegurando a todos uma existência digna.
*
*
Aspecto Financeiro
É caracterizado pelo fluxo monetário das entradas da receita e das saídas das despesas, meio efetivo e normal da execução orçamentária.
Sob o aspecto financeiro, o Poder Público deve ter em vista dois enfoques:
	- obtenção de receitas para atender às necessidades coletivas;
	- distribuição do ônus tributário pela população de forma equitativa.
A gestão financeira das entradas e saídas de numerário é feita pelo órgão Tesouro Público e que em alguns entes governamentais recebe o nome de Secretaria do Tesouro, como no caso da União ou Superintendência do Tesouro, como ocorre em diversos Estados e Municípios.
*
*
Aspecto Financeiro
Para qualquer denominação, o conceito de Tesouro Público envolve três aspectos:
	- Subjetivo – o Tesouro corresponde ao próprio Estado nas suas relações monetárias;
	- Objetivo ou estático – o termo Tesouro pode ser identificado com o conjunto de recursos descritos na Lei Orçamentária Anual, na parte relativa ao orçamento fiscal;
	- Funcional – o Tesouro Público é caracterizado como a atividade de gestão dos recebimentos e pagamentos, cuja missão essencial, como em qualquer tesouraria, é dispor dos recursos líquidos necessários para fazer frente aos pagamentos nos momentos em que estes sejam exigíveis.
O órgão com as funções de Tesouro, em função desses aspectos, tem sempre um papel centralizador da atividade financeira e orçamentária, pois é nele que se produz a programação do desembolso dos ingressos gerando o vínculo jurídico decorrente das obrigações assumidas pelos gestores do orçamento.
*
*
Representação do Fluxo de Caixa do Governo
(Silva)
Transferências Voluntárias
Transferências Constitucionais
Recursos Próprios
Despesas de Pessoal e Encargos
Financiamentos (Operações de crédito – Empréstimos)
Caixa
Investimentos
Outros Custeios
Juros e Encargos da Dívida
Amortização da Dívida
*
*
Despesa com Pessoal e Encargos Sociais
O somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quais espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
(art. 18 da LRF)
No art. 19 da LRF consta que, para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
	I - União: 50%;
	II - Estados: 60%;
	III - Municípios: 60%.
*
*
No art. 20 da referida lei, a repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:
	I - na esfera federal (50%):
	a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
	b) 6% para o Judiciário;
	c) 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar;
	d) 0,6% para o Ministério Público da União;
*
*
Cont. do art. 20:
II - na esfera estadual (60%):
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% para o Judiciário;
c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.
III - na esfera municipal (60%): 
a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
b) 54% para o Executivo.
*
*
Planejamento do Orçamento
Sendo entendido como um processo racional para definir objetivos, determinar os meios para alcançá-los e deve obedecer às seguintes características:
	- diagnóstico da situação existente;
	- identificação das necessidades de bens e serviços;
	- definição clara dos objetivos para a ação;
	- discriminação e quantificação de metas e seus custos;
	- avaliação dos resultados obtidos;
	- estar integrado com os demais instrumentos de planejamento.
	
*
*
O Plano Plurianual - PPA, que tem a função de estabelecer as diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas públicas, abrangendo um período de quatro anos e que, nesse período, sempre o gestor atual trabalha, em seu primeiro ano de mandato, o último ano do PPA elaborado pelo gestor anterior.
Gestor 01 – Mandato de 4 anos.	Gestor 02 – Mandato de 4 anos.
PPA – Elaborado no 1º ano de gestão de um determinado gestor. O PPA começa a ser executado a partir do segundo ano da gestão.
PPA – 4 anos de execução.
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
1º ano
Gestor 01
Gestor 02
2º ano
3º ano
4º ano
1º ano
...
Gestor 03
*
*
A Lei de Diretrizes Orçamentárias, que, atendendo o disposto no parágrafo segundo do art. 165 da Constituição Federal, é elaborada anualmente para o orçamento do ano seguinte, chegando a incluir o anexo de Metas Fiscais e o de Riscos Fiscais;
A Lei Orçamentária Anual, que, respeitando as diretrizes estabelecidas na LDO e os parâmetros e limites fixados na Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá ser elaborada para administrar o equilíbrio entre receitas e despesas públicas. 
Prazos de encaminhamento e devolução dos instrumentos de planejamento.
ADCT - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
*
*
A LOA compreenderá:
	- o orçamento fiscal;
	- o orçamento de investimentos das empresas estatais;
	- o orçamento de seguridade social.
O orçamento fiscal demonstrará a ação governamental dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, excluídos os investimentos das empresas e os órgãos, fundos e entidades vinculados ao sistema de seguridade social.
O orçamento de investimentos das empresas em que a administração pública detenha direta ou indiretamente a maioria do capital social com direito a voto detalhará as fontes de recursos e a programação de seus investimentos.
O orçamento de seguridade compreende as ações integradas dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social.
*
*
Conforme art. 195 da Constituição Federal, a seguridade social será financiada por toda a sociedade mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das seguintes contribuições sociais:
	- do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, inclusive sobre a folha de salários, a receita ou o faturamento e o lucro;
	- do trabalhador e dos demais segurados da previdência social nas condições estabelecidas;
	- do importador dos bens ou dos serviços do exterior ou de quem a lei a ele equiparar.
Recursos para Execução dos Programas
Exercício Financeiro 
	É o período durante o qual o orçamento é executado, que no Brasil coincide com o ano civil.
*
*
Após publicação da LOA, começam os preparativos para sua execução a partir do primeiro dia do exercício financeiro. 
A LOA contém dois anexos: Quadro Demonstrativo da Receita (QDR) e o Quadro Demonstrativo da Despesa (QDD). 
Identificados os recursos para atendimento dos programas de Governo, caberá ao Poder Executivo fixar cotas e prazos para sua utilização em consonância com o comportamento da receita e das disponibilidades do Tesouro.
*
*
Lei Orçamentária Execução Orçamentária Execução Financeira
			 Lançamento
Receita QDR Arrecadação 
			 Recolhimento
 
 			
			 Créditos Adicionais
Despesa QDD Empenho 
			 Liquidação
			 Pagamento
Receita Arrecada
Programa de Execução Financeira
Despesa Realizada
Déficit/Superávit
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Créditos Orçamentários e adicionais
Os recursos para execução dos programas de trabalho do governo são especificados através dos Créditos Orçamentários aprovados pelo Poder Legislativo no orçamento anual. 
Os Créditos Adicionais são autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei do orçamento e classificam-se em:
	- créditos suplementares – que se destinam a reforçar a dotação orçamentária que se tornou insuficiente durante a execução do orçamento e objetivam a correção de erros de orçamentação;
	- créditos especiais – que se destinam a atender a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, ou seja, sua ocorrência indica a existência de erros de planejamento;
	- créditos extraordinários – que são destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
*
*
Todos os créditos adicionais são abertos por decreto do executivo. No entanto, os créditos Especial e Suplementar dependem da prévia autorização legislativa e de indicação dos recursos disponíveis que compensarão a abertura dos respectivos créditos.
Os Créditos Extraordinários, pela própria urgência que os motiva, não comportam autorização legislativa
prévia. Por isso, inverte-se a situação: serão abertos por medida provisória do Poder Executivo e submetidos ao Congresso Nacional que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente.
No âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios prevalece a norma estabelecida na Lei nº 4.320/64, que determina a abertura do Crédito Extraordinário por decreto do Executivo que será imediatamente submetido ao Legislativo correspondente.
*
*
Os Créditos Suplementares e Especiais só podem ser abertos com a indicação de recursos compensatórios entre os quais se destacam:
	- Superávit financeiro – apurado no balanço patrimonial do exercício anterior, que é a diferença positiva entre o ativo e o passivo financeiros, conjugando-se ainda os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
	- Os provenientes do excesso de arrecadação – que é o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício, isto é, a possibilidade de arrecadação efetiva. 
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Vigência dos créditos adicionais
Os créditos suplementares têm vigência igual à da dotação suplementada, ou seja, vigoram desde a data da abertura até o último dia do exercício financeiro em que foram abertos.
Os créditos especiais e extraordinários: 
	- quando autorizados por ato promulgado dentro dos primeiros oito meses do exercício financeiro, têm vigência até o final do exercício financeiro em que foram autorizados;
	- quando autorizados por ato promulgado nos últimos quatro meses do exercício, ou seja, entre setembro e dezembro, terão seus saldos transferidos ao exercício financeiro subsequente.
Essa providência legal resulta do fato de que o orçamento de cada exercício deve ser encaminhado ao Poder Legislativo até agosto (União) ou setembro (Estados) e, por essa razão, torna-se impraticável a estimativa para o exercício seguinte.
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Remanejamentos, transposições e transferências
	Dentre as vedações orçamentárias, sem prévia autorização legislação, estão a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro.
	(inciso VI, art. 167 CF/88)
	No caso de remanejamentos, é fundamental para a gestão que a proibição não seja aplicada nos seguintes casos:
	- reestruturação administrativa;
	- movimentação de pessoal de uma entidade para outra;
	- fusão, desmembramento e incorporação de entidades governamentais. 
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Remanejamentos, transposições e transferências
Transposições – são os movimentos de recursos entre projetos e atividades de um mesmo programa ou entre programas diferentes de uma mesma unidade, quando se apresentarem completamente executadas ou quando forem cancelados;
Transferências – correspondem aos movimentos de recursos de um item ou de um elemento de despesa de uma mesma categoria econômica, ou entre categorias econômicas diferentes de uma mesma unidade, quando consideradas necessárias pela administração.
Categoria econômica - também chamadas de natureza da despesa e tem como objetivo responder à sociedade o que será adquirido e qual o efeito econômico do gasto público. 
	- Despesas Correntes (Custear os serviços públicos – Pessoal e encargos sociais) e Despesas de Capital (investimentos – obras e instalações).
	- Receitas Correntes (Receitas Tributárias) e Receitas de Capital (alienação de bens móveis e imóveis).
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Endividamento e Operações de Crédito
	A LRF tem como um dos seus principais focos o controle do endividamento público, que pode ser classificado em dois grandes grupos:
Dívida pública consolidada ou fundada – é o montante total das obrigações financeiras do ente da federação, assumidas em virtudes de leis, contratos, convênios ou tratados para amortização em prazo superior a 12 meses.
	- Exemplo: aquisição financiada de bens (assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedor para pagamento a posteriori de bens e serviços).
	São resultantes das Operações da Dívida Pública ou da Dívida fundada, e os recursos são obtidos mediante colocação de Títulos do Tesouro e empréstimos internos ou externos de longo prazo contraídos para atender os desequilíbrios orçamentários ou a financiamento de obras e serviços públicos.
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Endividamento e Operações de Crédito
Operação de Crédito por antecipação de receita – são antecipações de receitas e não receitas. São empréstimos a atender momentâneas insuficiências de caixa durante o exercício financeiro e cuja autorização depende do atendimento de exigências discriminados na LRF, como:
	- verificação pelo Ministério da Fazenda dos limites e condições de realização;
	- existência de prévia e expressa autorização legislativa;
	- serem realizadas a partir do 10º dia do início do exercício e ser liquidada com juros e encargos incidentes até o dia 10 de dezembro de cada ano;
	- não serem cobrados outros encargos que não a taxa de juros de operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira;
	- proíbe a antecipação de receita enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada ou no último ano do mandato do titular do Poder Executivo Federal, Estadual ou Municipal.
*
*
Recursos para Execução dos Programas
Reservas de Contingência e Passivos Contingentes
Reserva de Contingência – é uma dotação global não especificamente destinada a determinado programa ou unidade orçamentária, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos suplementares, quando se evidenciarem insuficientes durante o exercício as dotações constantes do orçamento anual, objetivando o atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
Passivos Contingentes – são as obrigações decorrentes de fatos imprevistos como: 
	- sentenças judiciais contra sociedades de economia mista dependentes de recursos do Tesouro;
	- despesas com calamidades públicas;
	- despesas extraordinárias.
*
*
Execução do Orçamento
Programação Financeira
	- Após a promulgação da lei orçamentária e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas orçamentárias da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar;
	- Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. 
(art. 14, lei 4.320/64)
	- Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão.
			(§ único do art. 14, lei 4.320/64)
*
*
Unidade Orçamentária
É o órgão ao qual é consignada dotação própria no Orçamento para a realização de despesas. Exemplificando, vamos usar o caso da Educação. Uma Secretaria de Educação, nesse caso seria uma unidade orçamentária.
Unidade Administrativa
A unidade administrativa corresponde à menor célula dentro da estrutura administrativa. Isso dentro da Educação poderia ser comparado a uma escola. Diante disso podemos compreender naquele parágrafo único, que, uma ou várias escolas podem ser designado dotação, em caso especiais, mesmo fazendo parte da Secretaria.
*
*
Execução do Orçamento
Os programas de trabalho fixados no Orçamento devem ser executados, cabendo a cada órgão, Ministério, Secretaria ou Departamento, a execução de sua parte, realizada pelas Unidades ou repartições públicas da administração direta a que o Orçamento atribui, especificamente, recursos para o atendimento de seus programas de trabalho e sobre os quais exercem o poder de disposição, ou seja, as Unidades Orçamentárias.
As Unidades Orçamentárias são, portanto, responsáveis pela execução dos projetos e atividades que lhes são consignadas
no Orçamento e podem utilizar suas atribuições:
	- diretamente;
	- pelas Unidade Administrativas.
Caso a execução do orçamento for efetuada através das Unidades Administrativas, impõe-se a descentralização dos créditos do Orçamento, surgindo a Provisão que consiste na transferência do poder de disposição dos créditos orçamentários ou adicionais atribuídos a uma unidade orçamentária.
*
*
Execução do Orçamento
Ao ser feita provisão de crédito orçamentário para uma unidade administrativa que depende dessa provisão para a execução dos projetos e/ou atividades a seu cargo, essa Unidade Administrativa passa a ter o poder de disposição do mencionado crédito.
*
*
Receitas Públicas
É o conjunto de recursos ou rendas que são entregues ao Estado através da contribuição da coletividade.
Com essa receita o Estado vai enfrentar todos os encargos com a manutenção de sua organização, com o custeio de seus serviços, com a segurança de sua soberania, com as iniciativas de fomento e desenvolvimento econômico e social e com o seu patrimônio.			 (Silva).
Entre os recursos recebidos pelo Estado, existem:
	- as entradas que incorporam o patrimônio de forma definitiva – ingressos que não serão restituídos – Receita pública;
	- as que são restituíveis no futuro – simples entrada de caixa.
*
*
Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas.			
					(Manual de Procedimentos da 					Receita Pública, aprovado por pela 				Portaria Conjunta nº 2, de 08 de 				agosto de 2007)
	
Classificação das Receitas
A receita da administração pública pode ser classificada sob os enfoques:
	- orçamentário;
	- patrimonial .
*
*
Enfoque orçamentário – corresponde a todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas orçamentárias e operações que, mesmo não havendo ingresso de recursos, financiam despesas orçamentárias. 
	Nesse enfoque a receita pode ser classificada:
Quanto à coercitividade:
	- Originária ou de economia privada – receita proveniente de bens pertencentes ao patrimônio do Estado, receita segundo a qual os recursos ou meios financeiros são obtidos mediante a cobrança de PREÇO pela venda ou alocação de bens e serviços.
	Nessa situação, o Estado funciona como particular mediante a exploração de atividades privadas e a arrecadação e a arrecadação das receitas não depende de prévia autorização legislativa e é cobrada em função de vendas ou prestação de serviços. 
	Exemplos: prestação de serviços públicos – estradas de ferro, água, luz, telefone, telecomunicações e venda de bens intermediários ou finais: minérios de ferro, petróleo e derivados.
*
*
Quanto a coercitividade:
	- Derivada ou de economia pública – proveniente do exercício da competência ou do poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da coletividade. 
	Exemplos: as receitas de tributos, receitas decorrentes de empréstimos e contribuições compulsórias e em geral todas as receitas cuja percepção dependa de disposição legal. 
Quanto às entidades destinatárias do orçamento ou executoras do orçamento:
	- Receita Orçamentária Pública – aquela executada por entidades públicas;
	- Receita Orçamentária Privada – aquela executada por entidades privadas e que consta na previsão orçamentária aprovada por ato de conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução. 
*
*
Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial:
	- Receita Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento do seu reconhecimento, aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo.
	- Receita Orçamentária Não Efetiva: aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do seu reconhecimento, constituindo fato contábil permutativo.
Enfoque patrimonial – representa um aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.
	Esse enfoque pressupõe que a receita seja registrada no momento da ocorrência de seu fato gerador, independente do recebimento, e neste enfoque, a receita pode ser classificada:
Quanto à entidade que apropria a receita:
	- Receita Pública – aquela auferida por entidade pública;
	- Receita Privada – aquela auferida por entidade privada.
	
*
*
Quanto à dependência da execução orçamentária:
	- Receita resultante da execução orçamentária – são receitas arrecadadas de propriedade do ente, que resultam em aumento do patrimônio líquido. Exemplos: receita de tributos.
	- Receita independente da execução orçamentária – são fatos que resultam em aumento do patrimônio líquido, que ocorrem independentemente da execução do orçamentária. Exemplos: inscrição em dívida ativa, incorporação de bens (doação) etc.
	Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
(Art. 201, Código Tributário Nacional).
*
*
Codificação da natureza da receita
A classificação orçamentária da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso segundo seu fato gerador.
Por existir a necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos a classificação da receita foi desdobrado em seis níveis, que formam o código da natureza de receita, sendo:
	- 1º Nível - Categoria econômica - utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). A Lei nº 4.320/1964, em seu art. 11, classifica a receita orçamentária em duas categorias econômicas: Receitas Correntes e de Capital.
	- 2º Nível – Origem - Identifica a procedência dos recursos públicos em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). É a subdivisão das categorias econômicas, que tem por objetivo identificar a origem das receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio público.
	Receitas Correntes: Receita Tributária, Receita de Contribuições, Receita Patrimonial, Receita Agropecuária, Receita Industrial, Receita de Serviços, Transferências correntes e Outras receitas correntes.
 	Receitas de Capital: Operações de crédito, Alienação de bens, Amortização de empréstimos, Transferências de capital e Outras receitas de capital.
*
*
3º Nível – Espécie – É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. 
	Exemplo: Receita tributária (receita proveniente de tributos), pode-se identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e contribuições de melhoria (conforme definido na Constituição Federal de 1988 e no Código Tributário Nacional). 
4º Nível – Rubrica – É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si.
5º Nível – Alínea – Qualificação da rubrica e apresenta o nome da receita propriamente dita que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros.
6º Nível - Subalínea – Constitui o nível mais analítico da receita.
*
*
Classificação legal da receita orçamentária
Quanto aos aspectos legais, a estrutura da Receita Orçamentária obedece ao Anexo 3 da Lei Federal nº 4.320/64.
A Receita Orçamentária é classificada em Categorias Econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
	(§ 1º do art. 11, Lei nº 4.320/64).
Essas receitas desdobram-se em origens, espécies, rubrica, alínea e subalínea.
Receitas Correntes - classifica-se
nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – Transferências Correntes (recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinados a atender a despesas classificáveis em despesas correntes); e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – Outras Receitas Correntes. 
*
*
Receitas Correntes
Receita Tributária – resultante da cobrança de tributos que podem ser definidos como sendo a receita derivada que o Estado arrecada mediante o emprego de sua soberania, nos termos fixados em lei, sem contraprestação diretamente equivalente, e cujo produto se destina ao custeio das atividades gerais e específicas que lhe são próprias.
Receita Tributária corresponde aos ingressos provenientes da arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria (C.T.N.). É uma receita privativa das entidades competentes para tributar: União, Estados, Distrito Federal e os Municípios. 
Tributo é “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” .		 
(Art. 3º, C.T.N).
*
*
Espécies de Tributo
Imposto – é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
(art. 16, C.T.N).
	
	Não há uma destinação específica para os recursos obtidos por meio do recolhimento dos impostos. Na maioria das vezes são utilizados para serviços universais como educação e segurança. Eles podem incidir sobre o patrimônio (IPTU e IPVA), renda (imposto de Renda) e consumo como o IPI e o ICMS. 
*
*
Espécies de Tributo
Taxa – as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.	 (art. 77, C.T.N.).
	Está vinculado (contraprestação) a um serviço público específico prestado pelo poder público ao contribuinte como a taxa de lixo urbano e a taxa para confecção de passaporte.
*
*
Espécies de Tributo
Contribuição de Melhoria – é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (art. 81, C.T.N.).
	As Contribuições são divididas em dois grupos: 
	a) de Melhoria – estão as contribuições cobradas em uma situação que representa um benefício ao contribuinte, como uma obra pública que valorizou seu imóvel;
	b) Especiais – são cobradas quando há uma destinação específica para um determinado grupo, como o PIS (Programa de Integração Social) e o PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) que são destinados a um fundo dos trabalhadores do setor privado e público. 
*
*
Receitas Correntes
Receitas de Contribuições – é o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas.
As espécies da Receita de Contribuições podem ser definidas em:
	- Contribuições sociais – destinadas ao custeio da seguridade social, compreendendo a previdência social, a saúde e a assistência social. Exemplos: PIS, Pasep, Cofins etc.
	- Contribuições de Intervenção no domínio econômico – deriva da contraprestação à atual estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade, seria o exemplo da contribuição relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool combustível, a denominada “CIDE – combustíveis”.
	- Contribuições de Interesse das categorias profissionais ou econômicas – destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados, a exemplo dos Conselhos Regionais de Contabilidade, Conselhos Regionais de Administração etc.
*
*
Receitas Correntes
Receita Patrimonial – é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em opções de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Documento de Arrecadação  de Receitas Federais – DARF.
Receita Agropecuária – é o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nesta classificação as receitas advindas da exploração da agricultura. 
Receita Industrial – é o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Receita de Serviços – é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços.
Transferências Correntes – é o ingresso proveniente de outros órgãos ou entidades, referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivados mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.
*
*
Receitas Correntes
Transferências de instituições privadas – são os recursos de incentivos fiscais (Finor, Finam, Funres, Educar, Promoção Cultural e promoção do desporto amador), creditados diretamente por pessoas jurídicas, em conta de entidades da Administração Federal Descentralizada. Englobam as contribuições e doações a governos realizadas por instituições privadas.
Transferências do exterior – são recursos recebidos de organismos e fundos internacionais, de governos estrangeiros e instituições privadas internacionais.
Transferências de pessoas – compreendem as contribuições e doações a governos e entidades da administração descentralizada, realizadas por pessoas físicas.
Transferência intragovernamental – despesas realizadas mediante a transferência de recursos financeiros a entidades pertencentes à administração pública, dentro da esfera de governo.
Transferências multigovernamentais – despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil.
*
*
Receitas Correntes
Transferências Correntes 
	- Para o ente ou órgão transferidor, a transferência do recurso é classificada como despesa e para o recebedor, uma receita. 
	- As transferências tanto podem ser correntes como de capital, e são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independente de contraprestação direta em bens e serviços. Podem ocorrer em nível intragovernamental e intergovernamental e incluem as transferências de instituições privadas, do exterior e de pessoas.
	- Transferência intergovernamental – são transferências ocorridas entre diferentes esferas de governo.
	- Transferência dos estados – são recursos recebidos pelas demais esferas de governo e respectivas entidades da administração descentralizada, transferidos pelos Estados. 
	- Transferências dos municípios – são recursos recebidos
pelas demais esferas de governo e de suas entidades da administração descentralizada, transferidos pelos Municípios.
	
*
*
Receitas de Capital
São os ingressos de recursos financeiros oriundos de atividades operacionais ou não-operacionais para aplicação em despesas operacionais, correntes ou de capital, visando atingir os objetivos traçados nos programas e ações de governo.
São denominadas receita de capital porque derivam da obtenção de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos e/ou alienação de componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios para atingir um fim público.
São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
					 (§ 2º do Art. 11 da Lei nº 4.320/1964)
*
*
Receitas de Capital
As receitas de Capital podem ser:
	- Operações de Crédito (constituição de dívidas) – é o ingresso proveniente da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais, instituições financeiras, fundos etc.
	- Alienação de Bens – é o ingresso de recursos provenientes da alienação de componentes do ativo permanente, ou seja, é a conversão em espécie de bens e direitos.
	- Amortização de Empréstimos – é o ingresso proveniente da amortização, ou seja, recebimento de valores referentes a parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos.
	- Transferências de Capital – é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.
	 
*
*
Estágios da Receita
Previsão (Aprovação do orçamento) – chamado de receita orçada, é a estimativa de quanto se espera arrecadar durante determinado exercício financeiro, é uma expectativa de arrecadação.
							(art. 51 da Lei 4.320/64).
Lançamento (Inscrição do débito) – consiste em verificar a procedência do crédito fiscal, quem e quando se deve pagar e inscreve a débito do contribuinte.
						(art. 53 da Lei 4.320/64).
Arrecadação (Estágio de execução da receita) – o Estado recebe os tributos, multas e demais créditos a ele devidos. Esses recebimentos são promovidos pelos agentes de arrecadação, que recebem os recursos dos contribuintes e os entregam ao Tesouro Público.
(art. 56 da Lei 4.320/64).
*
*
Estágios da Receita
Recolhimento (Estágio de execução da receita) – entrega do numerário, arrecadado pelos agentes públicos (postos fiscais, coletorias etc) ou privados (bancos autorizados, loterias esportivas, rede de farmácias etc), às repartições ou ao Banco Oficial. É o momento em que o valor está disponível para o Tesouro do Estado.
Questão do concurso (Cespe):
	O pagamento do IPTU efetuado por contribuinte em agência bancária caracteriza o estágio de recolhimento dessa receita.
	Essa afirmativa é correta ou incorreta? 
	Resposta: incorreta. 
	O Pagamento de tributo efetuado por contribuinte em agência bancária caracteriza o estágio da arrecadação.
*
*
Reconhecimento da Receita Orçamentária
A Receita orçamentária é reconhecida conforme o inciso I do art. 35 da Lei nº 4.320/64:
	Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
	I – As receitas nele arrecadadas
	II – As despesas nele legalmente empenhadas.
Isso tem o objetivo de evitar que a execução das despesas orçamentárias ultrapasse o valor efetivamente arrecadado. 
Tem-se a necessidade de manutenção do equilíbrio entre a execução da receita e a realização das despesas orçamentárias.
*
*
Despesas Públicas
Desembolsos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos da Constituição, das leis, ou em decorrência de contratos ou outros instrumentos.
	(Silva).
A despesa pode ser definida sob dois aspectos fundamentais:
	- sob o aspecto geral, designa o conjunto dos dispêndios do Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos no interesse da população. Constitui o programa anual de governo;
	- sob o aspecto específico, a aplicação de certa quantia, em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente dentro de uma autorização legislativa. 
*
*
Classificação da Despesa
A despesa pode ser classificada nos enfoques orçamentário e patrimonial.
	1) Enfoque orçamentário – a despesa corresponde ao fluxo que tem origem na utilização do crédito consignado na Lei Orçamentária ou em Créditos Especiais e Extraordinários abertos posteriormente. 
	Nesse enfoque a Despesa pode ser classificada quanto:
	a) Às entidades destinatárias do orçamento:
	- Despesa orçamentária pública – executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio da LOA ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho.
	- Despesa orçamentária privada – aquela executada por entidade privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato do conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução.
*
*
Classificação da Despesa
	b) Ao impacto na situação líquida patrimonial :
	- Despesa orçamentária efetiva – no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. 
	- Despesa orçamentária não efetiva – no momento de sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. 
	2) Enfoque patrimonial – pressupõe que a despesa deve ser registrada no momento da ocorrência do seu fato gerador, independentemente do pagamento e, neste enfoque, a despesa pode ser classificada:
	a) Quanto à entidade que apropria a despesa:
	- Despesa pública – efetuada por entidade pública;
	- Despesa privada – efetuada pela entidade privada. 
	 
*
*
	b) Quanto à dependência da execução orçamentária:
	- Despesa resultante da execução orçamentária – são despesas que dependem de autorização orçamentária para sua realização. Exemplo: despesa com salário, despesa com serviço, etc.
	- Despesa independente da execução orçamentária – são as despesas cuja realização independe de autorização orçamentária. Exemplo: constituição de provisão, despesa com depreciação etc.
*
*
Classificação da Despesa Orçamentária, segundo sua natureza, compõe-se de:
Categoria Econômica – a classificação por categoria econômica tem o papel de dar indicações sobre os efeitos que o gasto público tem sobre toda a economia;
Grupo de Natureza da Despesa – corresponde a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto;
Elemento de Despesa – tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como: vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.
*
*
Classificação econômica da despesa orçamentária
A classificação econômica da despesa orçamentária é constituída por duas categorias:
	1) Despesas Correntes – possibilitam determinar a participação do setor público no “consumo”. São classificadas todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital e sim as destinadas à produção de bens e serviços correntes. Exemplos: Despesas de Custeio, Transferências Correntes.
	- As despesas correntes compreendem as dotações para: 
	a) manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis;
	b) despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado.
	(Lei nº 4.320/64: art. 12, §§ 1º e 2º).
*
*
Classificação econômica da despesa orçamentária
	2) Despesas de Capital – são as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Exemplos: Investimentos, Inversões Financeiras, Transferências de Capital, etc.
Grupo de Natureza da Despesa
	Corresponde a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto. A finalidade principal dos grupos é demonstrar importantes agregados da despesa orçamentária: pessoal, juros, amortização da dívida etc.
	Os grupos de natureza de despesa são determinados pela Portaria STN nº 163/2001 e 211/2001 como sendo:
 
*
*
Grupo de Natureza da Despesa
A Portaria Interministerial nº 163/2001 define cada grupo:
	- Pessoal e Encargos Sociais – Despesas de natureza salarial decorrentes do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, bem como gratificações e adicionais, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária para atender à necessidade de excepcional interesse público, quando se referir à substituição de mão-de-obra constantes dos contratos de terceirização quando se tratar de categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, exceto nos casos de cargos do quadro de pessoal. 
*
*
Grupo de Natureza da Despesa
	- Juros e Encargos da Dívida – Despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
	- Outras Despesas Correntes – Despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, despesas com a contratação temporária para atender à necessidade excepcional interesse público, quando não se referir à substituição de servidores de categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, além de outras despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.
	- Investimentos – Despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
*
*
Grupo de Natureza da Despesa
	- Inversões Financeiras – Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas.
	- Amortização da Dívida - Despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
*
*
Elemento de Despesa
A classificação por elementos de tem por finalidade identificar o objeto imediato de cada despesa, por exemplo: remuneração do pessoal, obrigações patronais, material de consumo, serviços prestados por terceiros, equipamentos etc.
Na lei orçamentária anual, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
(art. 6º da Portaria STN nº 163/2001).
*
*
Estrutura da Natureza da despesa na execução orçamentária
c representa a categoria econômica;
g representa o grupo de natureza da despesa;
mm representa a modalidade de aplicação;
ee representa o elemento de despesa;
dd representa o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.
	
*
*
Estágios da despesa orçamentária
Para executar despesas na administração pública, essas passam pelos seguintes estágios:
	- Fixação;
	- Empenho;
	- Liquidação;
	- Pagamento.
Fixação – é o valor total da despesa estabelecida na LOA, devendo ser igual ao total das receitas previstas (princípio do equilíbrio orçamentário). 
	- A fixação insere-se no processo de planejamento e compreende a adoção de medidas voltadas para o cumprimento das ações definidas para os programas, projetos e atividades.
	- O estágio da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo Poder Legislativo por meio da LOA e pode ser subdividido nas seguintes etapas: 
	a) organização das estimativas;
	b) convenção da proposta em orçamento público (autorização legislativa e sanção do Executivo);
	c) programação das despesas.
*
*
Estágios da despesa orçamentária
Empenho – é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
(art. 8º da LRF).
	- É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição que será cumprido com a entrega do material, a medição da obra ou a prestação dos serviços.
(Silva).
	- O empenho é prévio, precede à realização da despesa e tem de respeitar o limite do crédito orçamentário.
	- A importância da despesa empenhada é deduzida do crédito orçamentário respectivo e constitui uma garantia para o fornecedor.
	- O empenho cria, para o poder público, a obrigação de pagar e, por conseguinte, a falta do empenho não obriga ao pagamento.
*
*
Estágios da despesa orçamentária
Liquidação – consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
(art. 63 e §§ 1º e 2º da Lei nº 4.320/1964). 
	- É o ato do órgão competente que, após o exame da documentação, torna, em princípio, líquido e certo o direito do credor contra a Fazenda Pública. A liquidação da despesa implica no reconhecimento de um passivo no patrimônio.
(Silva).
	- A liquidação da despesa consiste na verificação desse direito do credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
*
*
Estágios da despesa orçamentária
Na liquidação, o órgão contábil apurará:
	- origem e objeto do que se deve pagar;
	- importância exata a pagar;
	- a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
*
*
Estágios da despesa orçamentária
Pagamento – é a efetiva saída de numerários da conta única do tesouro nacional em favor do credor.
(art. 64 e § 2º da Lei nº 4.320/1964).
	- É o ato pelo qual a Fazenda Pública satisfaz o credor e extingue a obrigação, devendo obedecer às seguintes formalidades:
	a) é promovido por meio de ordem de pagamento, definida como “o despacho exarado (consignar ou registrar por escrito, lavrar) por autoridade competente, determinado que a despesa, devidamente liquidada, seja paga” (art. 64 da Lei Federal nº 4.320/64);
	b) a ordem de pagamento só pode ser exarada em documento processado pelos órgãos de contabilidade;
	c) os pagamentos serão feitos em cheques nominativos, ordens de pagamento, crédito em conta;
	d) nenhuma quitação será feita sob reserva ou condição;
	e) os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo vedada a designação especial de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais
abertos para esse fim;
	
*
*
Estágios da despesa orçamentária
	f) para que o pagamento seja efetivado, o órgão competente examinará se:
		f.1 – constam o nome do credor e a importância a pagar; no 	caso de ordens coletivas, o nome e o número de credores, bem 	como as quantias parciais e o total de pagamento;
		f.2 – a despesa foi liquidada pelos órgãos de contabilidade.
No final do exercício, as despesas empenhadas e não pagas constituem os Restos a Pagar que estão assim definidos:
	“Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas”.
(art. 36, Lei Federal nº 4.320/64).
	
*
*
Reconhecimento da despesa orçamentária
Sob o aspecto orçamentário, a despesa é reconhecida na forma estabelecida no inciso II do art. 35 da Lei nº 4.320/64, que estabelece:
	Art. 35. Pertencem ao exercício:
	I – As receitas nele arrecadadas;
	II – As despesas nele legalmente empenhadas. 
*
*
Licitação
 É o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. 
(Meirelles)
É um procedimento administrativo, impessoal, que seleciona a proposta mais vantajosa para a administração pública (interesse público), permitindo, concomitante, o resguardo dos direitos dos possíveis contratantes.
(art. 3º Lei nº 8.666/1993)
Dentro do conceito destaca-se:
	- Procedimento administrativo formal;
	- Assegura a igualdade de competição entre os concorrentes;
	- Busca a proposta mais vantajosa para a administração pública.
*
*
Objeto da licitação
A licitação tem por objeto as obras, serviços, compras, alienações, locação (art. 1º LLC, e art. 37, XXI, CF) bem como, subsidiariamente, para concessão e permissão de serviços públicos (Lei nº 8.987/1995, c/c art. 175, CF).
Princípios gerais aplicáveis ao procedimento licitatório
Princípios Legais:
	- A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
							 (Art. 3º, Lei nº 8.666/1993).
Princípios considerados pela doutrina:
	- Eficiência – Emenda Constitucional nº 19/1998, relaciona-se com a qualidade do serviço público;
*
*
Princípios gerais aplicáveis ao procedimento licitatório
Princípios considerados pela doutrina:
	- Economicidade – busca a proposta mais vantajosa para a administração e em conseqüência para a sociedade.
	- Motivação – os atos administrativos devem ser sempre justificados e motivados.
	- Razoabilidade (proporcionalidade) – os atos públicos devem ser praticados com razoabilidade e proporcionais à necessidade pública.
	- Participação popular – o processo licitatório não será sigiloso, sendo públicos e acessíveis ao público, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura das pospostas.
	- Supremacia do interesse público – o interesse público sempre deverá prevalecer sobre o interesse particular ou individual, nos termos da CF e em decorrência da soberania popular.
*
*
Modalidades de Licitação
	- Concorrência – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
	- Tomada de Preços – é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas observada a necessária qualificação.
	- Convite – é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrado ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. 
*
*
Modalidades de Licitação
	- Concurso – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias.
	- Leilão – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, da Lei nº 8.666/93, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
	- Pregão – é a modalidade de licitação (instituída pela lei nº 10.520 – 17/07/2002), para aquisição de bens e serviços comuns. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos desta lei, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado. 
*
*
Modalidades de Licitação
Consulta – é a modalidade de licitação adequada à contratação de bens e serviços não classificados como comuns e que não sejam obras e serviços de engenharia civil.
*
*
Tipos de Licitação
Menor preço;
Melhor técnica;
Técnica e preço;
Maior lance ou oferta. 
*
*
Prazos mínimos para publicação do instrumento convocatório
*
*
Valores
*
*
Dispensa de Licitação
Dispensa de Licitação são as hipóteses em que, embora exista viabilidade jurídica de competição, a Lei autoriza expressamente a celebração direta do contrato, sem realizar o procedimento licitatório.
Nos casos de dispensa previstos na Lei, a Administração, segundo seu critério de oportunidade e conveniência, ou seja, mediante ato administrativo discricionário, dispensa sua realização.
Mesmo diante das situações previstas na lei como sendo dispensável a licitação, a Administração poderá realizar o procedimento licitatório. 
*
*
A Licitação é dispensável – Lei 8.666/1993
Para obras e serviços de engenharia de valor até 10% do limite do valor previsto para a modalidade convite (obras e serviços de engenharia – R$ 150.000,00), desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; 
Para outros serviços e compras de valor até 10% do limite do valor previsto para a modalidade convite (não referente à engenharia – R$ 80.000,00) e alienações, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;
Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
Nos casos de emergência ou calamidade pública;
Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;
Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
Quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestadamente superiores aos praticados no mercado nacional;
*
*
A Licitação é dispensável
Para aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
Quando houver possibilidade de comprometimento

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais