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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS

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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS
Alba Rocha
Emanuelle Oliveira
Guilherme Augusto
Leandro Gonçalves
Regina Pinheiro
Silviane Rocha
A alimentação é um fator de grande importância na racionalização e na rentabilidade dos sistemas de produção dos caprinos e ovinos.
O consumo de alimentos deve atender de forma adequada as suas necessidades de manutenção, desenvolvimento, gestação e produção. 
CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES
Nutrir = fornecer todos os nutrientes em quantidades e proporções adequadas para atender as suas necessidades.
Os nutrientes podem ser classificados em cinco classes principais: carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais.
Carboidratos: São as principais fontes energéticas na alimentação dos ruminantes.
Subdividido em carboidratos fibrosos e não fibrosos.
Os fibrosos, obtidos com inclusão do volume da ração
Nos não fibrosos estão os concentrados energéticos 
Proteínas: são os principais constituintes do corpo do animal.
Devem ser supridas continuamente, através de uma alimentação, para o reparo e formação das células, sínteses de produtos, manutenção dos organismos e outros processos metabólicos.
O termo proteína é coletivo, abrangendo enorme grupo de membros intimamente relacionados, mas fisiologicamente distintos que vão desde o nitrogênio não proteico - NNP (ureia) às proteínas verdadeiras. 
Lipídios: são substâncias orgânicas insolúveis em água, fornecedores de energia que também exerce importantes funções no metabolismo animal.
Fornecem 2,25 vezes mais energia que os carboidratos. 
não se recomenda a utilização de mais de 7% de lipídios dieta de ruminantes 
Vitaminas: são compostos orgânicos necessários em pequenas quantidades e, junto com as enzimas, participam de muitas reações químicas.
As vitaminas são classificadas em dois grandes grupos: as hidrossolúveis e as lipossolúveis.
Minerais: são elementos inorgânicos, encontrados na forma de sais inorgânicos (carbonato de cálcio) ou ligados a compostos orgânicos.
Os minerais são classificados em macro minerais e micro minerais. 
Tabela 1. Classificação dos minerais 
Macrominerais
Microminerais
Cálcio (Ca)
Cloro (Cl)
Iodo (I)
Molibidênio(mo)
Fósforo (P)
Enxofre (S)
Ferro (Fe)
Zinco (Zn)
Magnésio (Mg)
 
Cobre (Cu)
Selênio (Se)
Sódio (Na)
Cobalto (Co)
 
Potássio (K)
Manganês (Mn)
 
ASPECTOS RELACIONADOS À NUTRIÇÃO
A utilização destes nutrientes difere entre animais monogástricos e ruminantes.
O aparelho digestivo dos ruminantes tem como principal função digerir e absorver os alimentos, e excretar os produtos não aproveitados pelo organismo.
É constituído por boca, faringe, esôfago, estômago (rúmen, retículo, omaso e abomaso), intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, colo e reto) e glândulas acessórias que são as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado.
O estômago dos ruminantes é dividido em uma parte aglandular (rúmen, retículo e omaso) e uma parte glandular (abomaso).
Rúmen → é o maior dos compartimentos, caracteriza-se por abrigar uma população microbiana capaz de digerir e transformar alimentos de baixa qualidade (fibra e nitrogênio não proteico) em energia na forma de ácidos graxos voláteis (AGVs) e proteína microbiana, além de sintetizar vitaminas B e K.
Retículo → é o segundo compartimento e possui livre intercâmbio dos seus conteúdos com o rúmen. Está situado debaixo da entrada do esôfago e separa-se do rúmen dorsalmente pela cárdia e do saco ventral, pela prega retículo-ruminal. O deslocamento desta prega possui uma importante função no deslocamento e seleção das partículas da digesta antes de deixarem o rúmen
Omaso → Órgão esférico, constituído de um canal omasal e de um corpo formado por muitas camadas de “folhas musculares” que asseguram a comunicação entre o retículo e o abomaso
No omaso ocorre a absorção de águas e de minerais (sódio e bicarbonato). Como resultado a água não dilui o ácido secretado pelo abomaso e os minerais podem ser reciclados pela saliva.
Abomaso → é o estômago verdadeiro, possui mucosa secretora, contém ácido clorídrico e enzimas que degradam os alimentos em compostos que podem ser absorvidos pelas paredes do estômago e dos intestinos
HÁBITOS ALIMENTARES
Alimentar cabras com altos níveis de produção, também significa saber que esses animais apresentam hábitos alimentares característicos, com preferências definidas e grande capacidade de seleção.
Van Soest (1994) classifica os ruminantes em três classes principais, de acordo com os seus hábitos alimentares:
Animais que selecionam alimentos concentrados
Não toleram grandes quantidades de fibra em suas dietas e são, consequentemente, limitados a selecionar alimentos concentrados, e ou porções de plantas com baixo teor de fibra.
Animais selecionadores intermediários
São aqueles capazes de uma utilização limitada dos constituintes da parede celular e que apresentam uma alta velocidade de passagem, o que os permite ingerir quantidades suficientes de nutrientes facilmente fermentáveis.
Animais utilizadores de volumosos
Os ruminantes nessa classificação englobam aqueles adaptados para uma velocidade de passagem mais lenta e, consequentemente, aptos para uma melhor utilização dos constituintes fibrosos da parede celular das forragens.
Os são caprinos mais seletivos que os ovinos, pois possuem grande mobilidade labial.
Os caprinos selecionam as partes que possuem maior valor nutritivo, preferindo folhas a caules. 
Assim, uma mesma ração pode ser consumida em quantidades diferentes.
Quando os caprinos são alimentados no cocho, o comportamento alimentar pode ser dividido em três fases:
Exploração → o animal toma conhecimento da alimentação oferecida; 
Consumo intensivo → o animal consome muito e quase satisfaz a sua fome;
Seleção → o animal seleciona determinadas partes do alimento a serem ingeridas 
EFICIENCIA DIGESTIVA
Os caprinos podem ser considerados mais eficientes em alguns aspectos digestivos: 
Maior taxa de fermentação no rúmen
Remastigação ou ruminação mais demorada
Maior taxa de movimentos do alimento no rúmen
Natureza da dieta
Maior atividade microbiana no rúmen
Nível de consumo dos alimentos
 disponibilidade de forragem, 
forma física do alimento,
idade da forrageira, 
método de conservação, 
teor de matéria seca, 
quantidade oferecida, 
tamanho do corte, 
número de refeições, 
uso de aditivos, 
disponibilidade de água, 
luminosidade etc.
	O consumo de alimentos pode ser influenciado por diversos fatores, tais como:
Na Tabela estão apresentados alguns destes fatores os quais podem ser relacionados ao animal, ao alimento e ao ambiente.
ANIMAL
ALIMENTO
AMBIENTE
Raça
Gosto
Tipo de alimento/verde-conservado
Peso vivo e tamanho
Cheiro
Hora da alimentação
Estado fisiológico
Qualidade da forrageira
Freqüênciade alimentação
Crescimento
Variedade
Quantidade distribuída de alimentos
Gestação
Conteúdo de umidade
Competição entre animais
Lactação
Digestibilidade
Temperatura ambiental
Nível de produção
Tamanho/forma
Umidade relativa do ar
Apetite
 
Forma de distribuição dos alimentos
Preferência
 
 
A frequência de distribuição dos alimentos ou o número de refeições influencia o consumo dos caprinos e tem se observado que quanto mais se oferece o alimento, maior é o consumo.
EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DOS CAPRINOS
A exigência nutricional é a quantidade de um determinado nutriente necessário para cada função específica realizada pelo animal, expressa de forma adequada.
Para se determinar às exigências nutricionais, o método mais utilizado tem sido o fatorial.
E total = E mantença + E ganho + E gestação + E lactação + E trabalho
INGESTÃO DA MATÉRIA SECA
A capacidade de ingestão, assim como os requisitos nutricionais, varia ao longo do ciclo produtivo e são influenciadas por características relacionadas ao animal, raça, idade, nível de produção, aptidão, estado fisiológico e peso vivo.
Existem dois mecanismos para controle da ingestão de alimento:
Controle fisiológico
- a necessidade energética do animal é atendida, cessando o estímulo para consumo de alimentos
Controle físico ou efeito do “enchimento” – a necessidade do animal ainda não foi atendida, mas o rúmen apresenta-se repleto, o controle de consumo ocorrerá pela limitação física provocada por uma restrição de capacidade do trato digestivo de suportar uma maior quantidade de alimentos.
O cálculo da ingestão de matéria seca é realizado através de equações e de tabelas.
A ingestão varia de 1,5 a 2,0% do PV em animais de baixa exigência e até 5% do PV em animais de alta produção.
Uma equação que é muito utilizada para cálculo da matéria seca ingerida (MSI) para cabras em lactação é a seguinte.
MSI = 0,062 * PV + 0,305 * PL, onde:
	MSI = matéria seca ingerida, em g/dia;
	PL = produção de leite, em kg/dia, com 3,5% de gordura;
	 PV = peso vivo, em kg.
Crescimento
Nos animais em crescimento, todos os órgãos e tecidos aumentam de peso de forma diferenciada devido as diferentes velocidades de crescimento, as quais se traduzem exteriormente na forma e no estado do animal. 
As exigências para animais em crescimento correspondem às exigências para ganho de peso + mantença.
Gestação
Nesta fase, a exigência total do animal corresponde às exigências para gestação (desenvolvimento do feto, placenta, glândula mamária) + manutenção.
Lactação
A exigência total do animal corresponde às exigências de nutrientes para lactação (produção e composição do leite, funcionamento da glândula mamária) + manutenção (Tabela). No início da lactação, os requisitos nutricionais aumentam rapidamente, enquanto a capacidade de ingestão o faz lentamente.
ALIMENTOS
A alimentação é um dos fatores mais importantes em um sistema de produção, pois é através dela que os animais ingerem os nutrientes necessários para expressarem seus potenciais de produção.
Distribuição de concentrados e volumosos
Os volumosos são necessários para o perfeito funcionamento do rúmen e para o fornecimento de nutrientes de forma mais econômica que os concentrados.
Os volumosos são as forrageiras, frescas ou conservadas, as palhadas e alguns resíduos da agroindústria.
ALIMENTAÇÃO POR CATEGORIA ANIMAL
Para a adequada alimentação dos animais deve-se considerar a categoria animal, estado fisiológico, nível de produção e o peso vivo; estimar a quantidade de nutrientes provenientes do volumoso e calcular a ração concentrada em termos qualitativos e quantitativos.
Os caprinos podem ser manejados em sistema de pastejo ou de confinamento.
Os animais confinados podem ser alimentados individualmente ou por lotes.
Caso a alimentação seja em lotes, este deve ser o mais homogêneo possível.
Os alimentos, volumosos e concentrados, podem ser oferecidos separadamente ou em mistura completa.
Os caprinos em pastejo apresentam maior atividade relacionada à alimentação em função do hábito seletivo desses animais e gastam mais tempo e andam mais que os bovinos e os ovinos, aumentando os requisitos nutricionais, principalmente em energia.
Fase do aleitamento
O objetivo da nutrição na primeira fase da criação é fazer com que os animais sejam desaleitados no menor tempo possível.
O fornecimento do colostro é de fundamental importância para que os animais não tenham seu desenvolvimento comprometido. Após esse período deve ser adotado um esquema de aleitamento, natural ou artificial, quando a cria irá receber 1,5 kg de leite/dia.
O aleitamento natural é aquele em que a cria fica com a mãe nos primeiros cinco dias de vida do animal, sendo depois apartado e levado à mãe em horário controlado;
No aleitamento artificial o animal é separado da mãe imediatamente após o parto, recebendo o colostro em mamadeiras que deve ser oferecido durante pelo menos os três primeiros dias de vida do cabrito.
As principais vantagens do aleitamento artificial são:
Substituição do leite de cabra por produtos mais baratos; 
Melhor controle do consumo do filhote e da produção da cabra; 
Antecipação do consumo de alimentos sólidos; 
Desmama precoce; 
Prevenção da CAE.
A partir da 1ª semana de vida, os animais devem ter sempre água à disposição, mistura mineral, feno de boa qualidade ou capim verde picado e concentrado.
A desmama pode ser realizado a partir da 3ª semana (rúmen já funcional), mas na prática é realizado à partir da 5ª semana.
Alimentação da desmama a puberdade
A alimentação das cabritas de reposição deve ser considerada como uma etapa importante para garantir o futuro da criação.
O que se pretende, na fase que vai do desaleitamento até a entrada na reprodução, é que os animais alcancem 60 a 70% de seu peso adulto.
Exemplo
Raças com peso adulto de 50 a 60 kg, desmamados com cerca de 12-14 kg aos 60-70 dias, devem ganhar cerca de 150 g/dia para chegar aos sete meses com 30-35 kg de peso vivo.
Para essas cabritas, ainda em crescimento, os três primeiros meses de gestação não representam praticamente acréscimo nas suas exigências, mas as taxas de ganho devem permitir que esses animais chegam ao parto com 80-85% do peso vivo, ou seja, 40-42,5 kg de PV e 48-51 kg de PV, para animais adultos com 50 e 60 kg de PV, respectivamente. 
A alimentação dos machos segue os mesmos passos, mas deve-se ter cuidado com a relação Ca:P, para evitar a formação de cálculos urinários.
Os machos devem ser separados das fêmeas logo após o desaleitamento, para evitar coberturas indesejáveis.
Ovinos
O ovino sempre teve a sua imagem ligada à produção de lã.
Crescente aumento na demanda da carne ovina.
Essa maior demanda, todavia, é específica para carcaças de boa qualidade, ou seja, carcaças com peso médio de 12 a 13 kg.
Animais de até 120 dias mostram alta velocidade de crescimento e maior eficiência no aproveitamento de alimentos menos fibrosos que animais mais velhos.
Vários trabalhos mostram a possibilidade de obtenção, através desse sistema de criação, de animais com peso vivo entre 28 e 30 kg, considerado ideal para abate, com idades inferiores aos 100 dias.
PRINCIPIOS BASICOS
Considerando-se as condições de clima e solo e ainda as características da estrutura e divisão fundiária predominantes a utilização de pastagens formadas por forrageiras de elevada produtividade e bom valor nutritivo, utilizadas em regime de pastejo intensivo, mostra-se como uma das alternativas de maior interesse para a ovinocultura intensiva.
ovelhas em fase final de gestação apresentam altos níveis de exigência nutricional.
A obtenção de boas pastagens, para a utilização com ovinos, depende do atendimento de alguns pontos básicos:
uso de forrageiras produtivas e de elevado valor nutritivo;
utilização de gramíneas de porte médio a baixo
manutenção de níveis de fertilidade de solo adequados às exigências da forrageira.
adoção do sistema de pastejo rotacionado
diversificação das forrageiras utilizadas
uso preferencial de forrageiras de hábito de crescimento cespitoso (porte ereto).
ALIMENTOS VOLUMOSOS
Assim são denominadas as forragens verdes (pasto, capim elefante, leguminosas, etc) ou conservadas, como silagens e fenos
Pastagem
As espécies recomendadas são aquelas de bom valor nutritivo e alta produção por área como os capins dos gêneros Cynodon (coast cross, tiftons e estrelas) e Panicum (aruana, tanzânia, massai, áries, green panic, etc).
Volumosos Para Corte De Verão
Devem ser plantados próximos às instalações dos animais a serem alimentados, devendo ser adequadamente adubados, para se conseguir elevada produção por área.
Capim elefante (capim Napier)
Excelente valor nutritivo quando colhido entre 35-45 dias (1,5-1,7 m de altura). Possui entre 8-12% de proteína bruta (PB) e 55-60 % de nutrientes digestíveis (NDT) e bom teor de cálcio e fósforo. Produz entre 120-300 ton. de matéria verde/ha/ano. 
Feijão guandu 
Excelente volumoso para corte; rico em proteína e cálcio e de boa aceitação pelos animais.
Diminui a necessidade de suplementação proteica com concentrados.
Amoreira 
Alimento de alta palatabilidade, de excelente nível de proteína (22% PB),
produzindo cerca de 50 ton. de matéria verde/ha/ano.
SILAGENS E FENOS 
Durante a “época das secas” as pastagens e as forrageiras de corte diminuem seu crescimento e seu valor nutritivo. Para uma exploração racional da ovinocultura é essencial a conservação de alimentos produzidos na “época das águas”, para uso no período de escassez.
Silagem de milho
É alimento de valor energético muito bom, mas apresenta baixo teor proteico, necessitando ser suplementado com fontes de proteínas (farelo de soja ou de algodão, uréia, etc) para ser eficientemente aproveitado pelos animais.
Silagem de capim elefante 
O capim elefante apresenta bom valor nutritivo quando colhido precocemente, entre 35 a 45 dias.
Silagem de girassol
Sua silagem é de boa aceitabilidade pelos animais, com teor protéico (11%) e em óleo (10%) mais elevado que silagens de cereais (milho ou sorgo), todavia seu teor energético é inferior.
FENOS
Fenos de gramíneas são alimentos volumosos de boa aceitação pelos animais. Um bom feno tem cor esverdeada, grande quantidade de folhas, macio ao tato e com mais de 10% de proteína bruta.
Para pequenas criações, o capim elefante e outras forrageiras também podem ser desidratados e produzir fenos de boa qualidade.
CANA-DE-AÇÚCAR 
Forrageira que se conserva “in natura”, pois seu maior valor energético é no período “da seca”, quando deve ser utilizada. Produz até 120 toneladas de massa verde/ha/ano.
RESTOS DE CULTURA E SUBPRODUTOS AGRÍCOLAS 
Alguns resíduos produzidos durante ou após a colheita de cereais, oleaginosas, tubérculos ou raízes e mesmo do processamento de frutíferas, podem ser utilizados para alimentação de ovinos.
As palhadas são, geralmente, pobres em proteína, com baixo valor energético e palatabilidade.
CONCENTRADOS 
São denominados os ingredientes de elevado teor energético ou protéico utilizados como complemento das dietas volumosas. São concentrados energéticos o milho e outros cereais (aveia, trigo, arroz), os altamente protéicos os farelos de soja, de algodão e de girassol, e os de valor protéico inferior os farelos de trigo e arroz.
 CONCENTRADOS ENERGÉTICOS 
Milho grão: Excelente fonte energética por ser rico em amido. Possui baixo teor de proteína e cálcio, moderado de fósforo, devendo ser combinado com farelos de oleaginosas para compor rações com adequado teor proteico.
Rolão de milho (milho desintegrado com palha e sabugo): Apresenta valor energético e protéico inferior ao milho-grão devido a presença do sabugo e palha.
Polpa cítrica: possui valor energético similar ao do milho e pode substituí-lo integralmente em rações para ovinos. Deve ser utilizada quando apresentar preço de até 85% do milho.
Mandioca raiz: Bom valor energético, mas pobre em proteína e mineral. Pode ser utilizada para compor a dieta em até 30%, ou até 1,5-2kg de raiz úmida/animal/dia para ovelhas de 60kg.
CONCENTRADOS PROTÉICOS 
Farelo de soja: é uma das melhores fontes protéicas utilizadas na alimentação de animais domésticos. Possui 45 a 47% de proteína bruta.
Farelo de algodão: Fonte proteica de boa qualidade para ruminantes, utilizado para todas categoria, inclusive machos reprodutores , pois apresenta-se detoxificada. No comércio pode ser encontrada com 28 ou 38% de proteína bruta.
Farelo de trigo: Possui teor proteico médio (16%) e maior teor de fibra que as demais fontes proteicas. É excelente fonte de microelementos minerais, como selênio, zinco e outros.
Ureia: É uma fonte de nitrogênio-não-proteico que pode ser convertido, pelos microrganismos ruminais, em proteína microbiana e ser, assim, aproveitada pelos animais.
Soja em grão: Apresenta elevado teor protéico e energético; contudo devido ao seu elevado teor de óleo e presença de princípios não nutritivos tem seu consumo restrito. Animais adultos podem receber até 20 % da dieta total (MS),ou até 400-500g dia/ovelha.
caroço de algodão: Como a soja grão, tem bom valor energético e protéico, rico em óleo e com presença de substancias tóxicas.
ALIMENTAÇÃO DA DIVERSA CATEGORIA
Ovelhas solteiras e até o terço final da gestação podem ser alimentadas exclusivamente com volumosos de media qualidade (ao redor de 9% de proteína bruta, 55% de NDT e 0,2% de cálcio e 0,2% de fósforo) e sal mineral
Após a parição as exigências energética e proteica são aumentadas devido a produção de leite. Logo após o parto, o consumo de alimento é menor e aumenta progressivamente.
Cordeiros em acabamento (confinamento)
A correta alimentação de cordeiros em acabamento deve prever o estimulo, ainda no período de amamentação, à máxima ingestão de alimentos de elevado valor nutritivo, visto que nesse período os animais apresentam ótima conversão alimentar.
A maneira mais fácil é através do fornecimento de ração concentrada através do creep-feeding.
Podem-se utilizar rações a base de milho, farelos de soja, algodão, trigo e outros, com 18-22% de proteína bruta, com alta palatabilidade
Cordeiros desmamados precocemente (50-60 dias) são muito exigentes em nutrientes, principalmente em energia e proteína.
Cordeiros recém desmamados possuem menor capacidade fermentativa ruminal que cordeiros desmamados tardiamente, portanto com menor capacidade de digestão de fibras. Devem ser alimentados com volumosos de alta qualidade, a vontade e ração concentrada, com 16-18% de proteína, na quantidade de 2-4 % do peso vivo
A ração concentrada deve ser composta de cereais e farelos de oleaginosas e subprodutos de bom valor nutritivo.
Fêmeas de primeira cria 
Atenção especial deve ser dada no terço final da gestação, pois a cobertura antecipada (8-12 meses), leva à somatória das necessidades nutricionais de crescimento, com as da gestação.
BALANCEAMENTO DE RAÇÕES
BALANCEAMENTO DE RAÇÕES
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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