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ENG02101 CIÊNCIA DOS MATERIAIS A Prof. Dr. Vinícius Demétrio da Silva demetrio@ufrgs.br cmufrgs2017@gmail.com Senha: UFRGSmateriais PPT baseado em Callister 8ª Ed., Prof. Dra. Eleani Costa (PUCRS) e Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin (USP) 2 IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS - Defeitos pontuais - Defeitos de linha (discordâncias) - Defeitos de interface (grão e maclas) - Defeitos volumétricos (inclusões, precipitados) 3 O QUE É UM DEFEITO? É uma imperfeição ou um "erro" no arranjo periódico regular dos átomos em um cristal. Podem envolver uma irregularidade - na posição dos átomos - no tipo de átomos O tipo e o número de defeitos dependem do material, do ambiente, e das circunstâncias sob as quais o cristal é processado. 4 IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS - Apenas uma pequena fração dos sítios atômicos são imperfeitos Menos de 1 em 1 milhão - Mesmo sendo poucos eles influenciam muito nas propriedades dos materiais e nem sempre de forma negativa 5 IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS - IMPORTÂNCIA- DEFEITOS INTRODUÇÃO SELETIVA CONTROLE DO NÚMERO ARRANJO Permite desenhar e criar novos materiais com a combinação desejada de propriedades 6 IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS Exemplos de efeitos da presença de imperfeições o O processo de dopagem em semicondutores visa criar imperfeições para mudar o tipo de condutividade em determinadas regiões do material o A deformação mecânica dos materiais promove a formação de imperfeições que geram um aumento na resistência mecânica (processo conhecido como encruamento) 7 IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS - São classificados de acordo com sua geometria ou dimensões; 8 IMPERFEIÇÕES ESTRUTURAIS Defeitos Pontuais associados c/ 1 ou 2 posições atômicas Defeitos lineares uma dimensão Defeitos planos ou interfaciais (fronteiras) duas dimensões Defeitos volumétricos três dimensões 9 DEFEITOS PONTUAIS Vacâncias ou vazios Átomos Intersticiais Schottky Frenkel Ocorrem em sólidos iônicos 10 VACÂNCIAS OU VAZIOS Envolve a falta de um átomo São formados durante a solidificação do cristal ou como resultado das vibrações atômicas (os átomos deslocam-se de suas posições normais) 11 VACÂNCIAS OU VAZIOS O número de vacâncias aumenta exponencialmente com a temperatura Nv= N exp (-Qv/kT) Nv= número de vacâncias N= número total de sítios atômicos Qv= energia requerida para formação de vacâncias k= constante de Boltzman = 1,38x10-23J/at.K ou 8,62x10-5 eV/ at.K Defeitos Pontuais 12 PROBLEMA: Calcule o número de lacunas em equilíbrio, por cm3 de cobre, a 1000°C. A energia para a formação de uma lacuna (Q1) é de 0,9 eV/átomo; o peso atômico e a massa específica (a 1000°C) para o cobre são de 63,5 g/mol e 8,4 g/cm3, respectivamente. NA= 6,022x10 23 átomos/mol Número de Avogadro ρ= Massa específica A= Peso atômico Resposta: 2,2 x1019 lacunas/cm3 k = 1,38x10-23J/átomos.K ou 8,62x10-5 eV/ átomos.K 𝐍 = 𝐍𝐀𝛒 𝐀𝐂𝐮 𝐍𝐕 = 𝐍 𝐞𝐱𝐩 − 𝑸𝑽 𝒌𝑻 13 INTERSTICIAIS Envolve um átomo extra no interstício (do próprio cristal) Produz uma distorção no reticulado, já que o átomo geralmente é maior que o espaço do interstício A formação de um defeito intersticial implica na criação de uma vacância, por isso este defeito é menos provável que uma vacância 14 INTERSTICIAIS Átomo intersticial pequeno Átomo intersticial grande Gera maior distorção na rede 15 FRENKEL Ocorre em sólidos iônicos Ocorre quando um íon sai de sua posição normal e vai para um interstício 16 SCHOTTKY Presentes em compostos que tem que manter o balanço de cargas Envolve a falta de um ânion e/ou um cátion Vazios e Schottky favorecem a difusão Estruturas de empacotamento fechado tem um menor número de átomos intersticiais e Frenkel do que de vazios e Schottky Porque é necessária energia adicional para forçar os átomos para novas posições 17 CONSIDERAÇÕES GERAIS 18 IMPUREZAS NOS SÓLIDOS Um metal considerado puro sempre tem impurezas (átomos estranhos) presentes 99,9999% = 1022-1023 impurezas por cm3 A presença de impurezas promove a formação de defeitos pontuais 19 LIGA As impurezas (chamadas elementos de liga) são adicionadas intencionalmente com a finalidade: - aumentar a resistência mecânica - aumentar a resistência à corrosão - Aumentar a condutividade elétrica - Etc. 20 A ADIÇÃO DE IMPUREZAS PODE FORMAR Soluções sólidas < limite de solubilidade Segunda fase > limite de solubilidade A solubilidade depende : Temperatura Tipo de impureza Concentração da impureza 21 Termos usados Elemento de liga ou Impureza Soluto (< quantidade) Matriz ou solvente Hospedeiro (>quantidade) 22 SOLUÇÕES SÓLIDAS A estrutura cristalina do material que atua como matriz é mantida e não formam-se novas estruturas As soluções sólidas formam-se mais facilmente quando o elemento de liga (impureza) e matriz apresentam estrutura cristalina e dimensões eletrônicas semelhantes 23 SOLUÇÕES SÓLIDAS Nas soluções sólidas as impurezas podem ser de natureza: - Intersticial - Substitucional Ordenada Desordenada 24 SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS Os átomos de impurezas ou os elementos de liga ocupam os espaços dos interstícios Ocorre quando a impureza apresenta raio atômico bem menor que o hospedeiro Como os materiais metálicos tem geralmente fator de empacotamento alto as posições intersticiais são relativamente pequenas Geralmente, no máximo 10% de impurezas são incorporadas nos interstícios INTERSTICIAL 25 EXEMPLO DE SOLUÇÃO SÓLIDA INTERSTICIAL Fe + C solubilidade máxima do C no Fe é 2,1% a 910 C (Fe CFC) O C tem raio atômico bastante pequeno se comparado com o Fe rC= 0,071 nm= 0,71 A rFe= 0,124 nm= 1,24 A 26 TIPOS DE SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS SUBSTITUCIONAL ORDENADA SUBSTITUCIONAL DESORDENADA 27 FATORES QUE INFLUEM NA FORMAÇÃO DE SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS REGRA DE HOME-ROTHERY Raio atômico deve ter uma diferença de no máximo 15%, caso contrário pode promover distorções na rede e assim formação de nova fase Estrutura cristalina mesma Eletronegatividade próximas Valência mesma ou maior que a do hospedeiro 28 EXEMPLO DE SOLUÇÃO SÓLIDA SUBSTICIONAL Cu + Ni são solúveis em todas as proporções Cu Ni Raio atômico 0,128nm=1,28 A 0,125 nm=1,25A Estrutura CFC CFC Eletronegatividade 1,9 1,8 Valência +1 (as vezes +2) +2 29 DEFEITOS LINEARES: DISCORDÂNCIAS As discordâncias estão associadas com a cristalização e a deformação (origem: térmica, mecânica e supersaturação de defeitos pontuais) A presença deste defeito é a responsável pela deformação, falha e ruptura dos materiais 30 DEFEITOS LINEARES: DISCORDÂNCIAS Podem ser: - Cunha - Hélice - Mista 31 DISCORDÂNCIA EM CUNHA Envolve um SEMI-plano extra de átomos; O vetor de Burger é perpendicular à direção da linha da discordância; Envolve zonas de tração e compressão. 32 DISCORDÂNCIAS EM CUNHA Fonte: Prof. Sidnei, DCMM, PUCRJ 33 DISCORDÂNCIAS EM CUNHA Fonte: Prof. Sidnei, DCMM, PUCRJ 34 VETOR DE BURGER (b) Dá a magnitude e a direção de distorção da rede Corresponde à distância de deslocamento dos átomos ao redor da discordância 35 DISCORDANCIAEM HÉLICE Produz distorção na rede O vetor de burger é paralelo à direção da linha de discordância 36 DISCORDANCIA EM HÉLICE 37 DISCORDÂNCIA EM HÉLICE NA SUPERFÍCIE DE UM MONOCRISTAL DE SiC. AS LINHAS ESCURAS SÃO DEGRAUS DE ESCORREGAMENT SUPERFICIAIS. (Fig. 5.3-2 in Schaffer et al.). DISCORDANCIA EM HÉLICE 38 OBSERVAÇÃO DAS DISCORDANCIAS Diretamente TEM ou HRTEM Indiretamente SEM e microscopia óptica (após ataque químico seletivo) 39 DISCORDÂNCIAS NO TEM Linhas Escuras 40 DISCORDÂNCIAS NO HRTEM (Microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução) 41 DISCORDÂNCIAS NO HRTEM (Microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução) 42 FIGURA DE ATAQUE PRODUZIDA NA DISCORDÂNCIA VISTA NO SEM Plano (111) do InSb Plano (111) do GaSb 43 CONSIDERAÇÕES GERAIS A quantidade e o movimento das discordâncias podem ser controlados pelo grau de deformação (conformação mecânica) e/ou por tratamentos térmicos Com o aumento da temperatura há um aumento na velocidade de deslocamento das discordâncias favorecendo o aniquilamento mútuo das mesmas e formação de discordâncias únicas Impurezas tendem a difundir-se e concentrar-se em torno das discordâncias formando uma atmosfera de impurezas 44 CONSIDERAÇÕES GERAIS O cisalhamento se dá mais facilmente nos planos de maior densidade atômica, por isso a densidade das mesmas depende da orientação cristalográfica As discordâncias geram vacâncias As discordâncias influem nos processos de difusão As discordâncias contribuem para a deformação plástica 45 DEFEITOS PLANOS OU INTERFACIAIS Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimensões) e normalmente separam regiões dos materiais de diferentes estruturas cristalinas ou orientações cristalográficas. 46 DEFEITOS PLANOS OU INTERFACIAIS Superfície externa Contorno de grão Fronteiras entre fases Maclas ou Twins Defeitos de empilhamento 47 DEFEITOS NA SUPERFÍCIE EXTERNA É o mais óbvio Na superfície os átomos não estão completamente ligados Então o estado de energia dos átomos na superfície é maior que no interior do cristal Os materiais tendem a minimizar esta energia A energia superficial é expressa em erg/cm2 ou J/m2) 48 CONTORNO DE GRÃO Corresponde à região que separa dois ou mais cristais de orientação diferente um cristal = um grão No interior de cada grão todos os átomos estão arranjados segundo um único modelo e única orientação, caracterizada pela célula unitária 49 Monocristal e Policristal Monocristal: Material com apenas uma orientação cristalina, ou seja, que contém apenas um grão Policristal: Material com mais de uma orientação cristalina, ou seja, que contém vários grãos 50 LINGOTE DE ALUMÍNIO POLICRISTALINO 51 GRÃO A forma do grão é controlada: - pela presença dos grãos circunvizinhos O tamanho de grão é controlado - Composição química - Taxa (velocidade) de cristalização ou solidificação 52 FORMAÇÃO DOS GRÃOS A forma do grão é controlada: - pela presença dos grãos circunvizinhos O tamanho de grão é controlado - Composição - Taxa de cristalização ou solidificação 53 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE CONTORNO DE GRÃO Há um empacotamento ATÔMICO menos eficiente Há uma energia mais elevada Favorece a nucleação de novas fases (segregação) Favorece a difusão O contorno de grão ancora o movimento das discordâncias 54 Discordância e Contorno de Grão A passagem de uma discordância através do contorno de grão requer energia DISCORDÂNCIA O contorno de grão ancora o movimento das discordância pois constitui um obstáculo para a passagem da mesma, LOGO QUANTO MENOR O TAMANHO DE GRÃO .........A RESISTÊNCIA DO MATERIAL 55 CONTORNO DE PEQUENO ÂNGULO Ocorre quando a desorientação dos cristais é pequena É formado pelo alinhamento de discordâncias 56 OBSERVAÇÃO DOS GRÃOS E CONTORNOS DE GRÃO Por microscopia (ÓTICA OU ELETRÔNICA) utiliza ataque químico específico para cada material O contorno geralmente é mais reativo 57 GRÃOS VISTOS NO MICROSCÓPIO ÓTICO 58 TAMANHO DE GRÃO O tamanho de grão influi nas propriedades dos materiais Para a determinação do tamanho de grão utiliza-se padrões ASTM ou ABNT 59 DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO (ASTM) Tamanho: 1-10 Aumento: 100 X N= 2 n-1 N= número médio de grãos por polegada quadrada n= tamanho de grão Quanto maior o número menor o tamanho de grão da amostra 60 CRESCIMENTO DO GRÃO com a temperatura Em geral, por questões termodinâmicas (energia) os grãos maiores crescem em detrimento dos menores 61 TWINS MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS É um tipo especial de contorno de grão Os átomos de um lado do contorno são imagens especulares dos átomos do outro lado do contorno A macla ocorre em um plano definido em uma direção específica, dependendo da estrutura cristalina 62 ORIGENS DOS TWINS MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS A macla é um tipo de defeito cristalino que pode ocorrer durante a solidificação, deformação plástica, recristalização ou crescimento de grão. 63 IMPERFEIÇÕES VOLUMÉTRICAS São introduzidas no processamento do material e/ou na fabricação do componente 64 IMPERFEIÇÕES VOLUMÉTRICAS - Inclusões Impurezas estranhas - Precipitados são aglomerados de partículas cuja composição difere da matriz - Fases forma-se devido à presença de impurezas ou elementos de liga (ocorre quando o limite de solubilidade é ultrapassado) - Porosidade origina-se devido a presença ou formação de gases 65 Inclusões INCLUSÕES DE ÓXIDO DE COBRE (Cu2O) EM COBRE DE ALTA PUREZA (99,26%) LAMINADO A FRIO E RECOZIDO A 800 oC. 66 Inclusões SULFETOS DE MANGANÊS (MnS) EM AÇO RÁPIDO. 67 Porosidade As figuras abaixo apresentam a superfície de ferro puro durante o seu processamento por metalurgia do pó. Nota-se que, embora a sinterização tenha diminuído a quantidade de poros bem como melhorado sua forma (os poros estão mais arredondados), ainda permanece uma porosidade residual. COMPACTADO DE PÓ DE FERRO, COMPACTAÇÃO UNIAXIAL EM MATRIZ DE DUPLO EFEITO, A 550 MPa COMPACTADO DE PÓ DE FERRO APÓS SINTERIZAÇÃO A 1150 oC, POR 120min EM ATMOSFERA DE HIDROGÊNIO 68 EXEMPLO DE PARTÍCULAS DE SEGUNDA FASE A MICROESTRUTURA É COMPOSTA POR VEIOS DE GRAFITA SOBRE UMA MATRIZ PERLÍTICA. CADA GRÃO DE PERLITA, POR SUA VEZ, É CONSTITUÍDO POR LAMELAS ALTERNADAS DE DUAS FASES: FERRITA (OU FERRO-A) E CEMENTITA (OU CARBONETO DE FERRO). 69 Microestruturas da liga: Al-Si-Cu + Mg mostrando diversas fases precipitadas 70 Micrografia da Liga: Alumínio - 3,5% Cobre no Estado Bruto de Fusão Exercício: Em função da temperatura: Nv: n° de vacâncias/cm 3 N: n° átomos por /cm3 Q: energia necessária para produzir a vacância (J/mol) R: cte dos gases (8,31 J/molK) T: temperatura em K Nv = N exp (-Q/RT) Exemplo: Calcule o n° de vacâncias por centímetro cúbico e o n° de vacâncias por átomo de cobre, quando o cobre está (a) a temperatura ambiente, (b) 1084°C. Aproximadamente 83600 J/mol são requeridos para produzir uma vacância no cobre. Dados: a0 = 3,6151 x 10 -8 cm; Q = 83600 J/mol; R = 8,31J/mol K. Cálculo de n (número de átomos de cobre por cm3): N = n° átomos/célula = 4 átomos/célula = 8,47 x 1022 átomos Cu/cm3 volume da célula (3,6151x10-8 cm)3Nv a 25°C: Nv = N exp(-Q/RT) = 8,47x10 22 átomos/cm3. exp[-83600J/mol / (8,31J/mol.K.(273+25) K)] = 1,847x108 vacâncias/cm3 Nv/N a 25°C: Nv/N = 1,847 x 10 8 vacâncias/cm3 / 8,47 x 1022 átomos de Cu/cm3 = nv/n = 2,18x10 -15 vacâncias/átomo de Cu Nv a 1084°C: Nv = N exp(-Q/RT) = 8,47x10 22 átomos/cm3. exp[-83600J/mol / (8,31J/mol.K.(273+1084) K)] = 5,11x1019 vacâncias/cm3 Nv/N a 1084°C: Nv/N = 5,11 x 10 19 vacâncias/cm3 / 8,47 x 1022 átomos de Cu/cm3 = nv/n = 6,03x10 -4 vacâncias/átomo de Cu Exemplo: O ferro tem a densidade medida de 7,87 Mg/m3. O parâmetro de rede do FeCCC é 2,866 A. Calcule a percentagem de vacâncias no ferro puro. Dados: a0 = 2,866 A; MFe = 55,85g/gmol. Influência na densidade: = n° átomos/célula x massa de cada átomo 7,87 Mg/m3 = n° átomos/célula x 55,85 g/gmol n° átomos/célula = 1,998 volume da célula unitária x n° Avogadro (2,866 x 10-8 cm)3 x 6,02 x 1023 Deveriam ser 2 átomos no FeCCC! % Vacâncias = (2 - 1,998) x 100 / 2 = 0,1%
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