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* * * O conhecimento inspirando as pessoas a tornar a vida melhor. * * * A Estrutura da Farmácia e Atribuições do Departamento de Garantia da Qualidade de Acordo com a Legislação Vigente * * * Filosofia e conceitos da Qualidade Ferramentas da Qualidade: conceitos de Controle, Garantia, BPM e Qualidade Total Aplicações de de acordo com a lei vigente: 3.1 Garantia da Qualidade 3.2 Boas Práticas de Manipulação 3.3 Controle da Qualidade Documentação Farmacêutica Referências bibliográficas SUMÁRIO * * * Filosofia da Qualidade * * * Qualidade: Etapas do enfoque da qualidade ao longo do tempo Estágio 1: ENFOQUE NO PRODUTO Estágio 2: ENFOQUE NO PROCESSO Estágio 3: ENFOQUE NO SISTEMA Estágio 4: ENFOQUE HUMANISTA Estágio 5: ENFOQUE NA SOCIEDADE Estágio 6: ENFOQUE NO CLIENTE Estágio 7: ENFOQUE ESTRATÉGICO Estágio 7: ENFOQUE LEGAL * * * Mas, o que é Qualidade? * * * QUALIDADE ENQUANTO APLICAÇÃO TÉCNICA * * * Entendendo a Qualidade com a evolução dos ferros... * * * Conformidade Concordância; ato ou processo de estar de acordo com um requisito/ exigência O QUE É QUALIDADE * * * Processo Dinâmico Mudança e Atualização constantes EMPRESA Satisfação permanente do consumidor O QUE É QUALIDADE * * * Melhoria contínua Aperfeiçoamento Qualidade atendimento do * produtos das desempenho * processos especificações * serviços Satisfação do cliente O QUE É QUALIDADE * * * Qualidade: cumprir e exceder as necessidades e expectativas de nossos clientes externos e internos Cliente Externo: determina “o que” produtos serviços Cliente Interno: determina “como” processos O QUE É QUALIDADE * * * Questão de ética - profissional - empresa Questão de estratégia - manter/aumentar a competitividade nos negócios Questão de responsabilidade - segurança - eficácia - qualidade O QUE É QUALIDADE * * * Correspondência às especificações Adequação ao uso Tempo e economia Obediência às normas legais Efeito, propriedade e aplicação de um produto O QUE É QUALIDADE * * * QUALIDADE ALÉM DA CONFORMIDADE para: “Nível de Excelência”, onde todos os processos, sistemas, pessoas e clientes são avaliados, e o serviços garantam a satisfação dos usuários (ex.: atenção farmacêutica, mix de produtos, visitação médica competente...) Mover de: Testar o produto final ou a matéria prima * * * QUALIDADE Estratégias para Aplicação da Qualidade * * * Controle: Conjunto de operações com o objetivo de verificar a conformidade de matérias primas/ materiais de embalagem, produtos intermediários, produtos acabados com as especificações estabelecidas. Em laboratório analítico: procedimentos para garantir que os dados gerados sejam exatos Controle BPM GARANTIA QUALIDADE TOTAL * * * Controle BPM GARANTIA QUALIADE TOTAL BPM: Parte da Garantia da Qualidade , prevista em norma, que regulamenta os requisitos mínimos para produção farmacêutica, contemplando orientações que controlam a organização do sistema de produção, a higiene e os controles necessários para garantir a qualidade sanitária dos produtos. * * * Garantia: Esforço documentado de uma empresa para garantir que seus produtos e serviços estejam dentro de padrões exigidos internamente e pelos clientes. Envolve características, operações, atividades e assuntos relacionados ao completo funcionamento de uma Farmácia ou Laboratório específico. Controle BPM GARANTIA QUALIDADE TOTAL * * * Controle BPM GARANTIA QUALIDADE TOTAL Qualidade Total: : Atividades que englobam a Garantia da Qualidade e serviços diversos com o fim de satisfazer não só as necessidades como também as expectativas do cliente/paciente. Esforços no sentido de fidelizar. Exemplos: atendimento diferenciado, produtos diferenciados e específicos, serviços de assistência e atenção farmacêutica. * * * CQ GQ QT Qualidade Total BPM * * * Para se conseguir chegar à Qualidade Total, precisamos construir um Sistema da Qualidade que proporcione a integração de todas as atividades da farmácia e de todas as pessoas trabalhando em uma linguagem única, especificada (características previamente dimensionadas) e com objetivos bem definidos (metas). * * * Garantia da Qualidade * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE (SGQ) Conceito É todo esforço organizado e documentado dentro de uma empresa com o sentido de desenvolver, produzir, manter e assegurar as características do produto, de modo que cada unidade do mesmo esteja de acordo com suas especificações. É gerido por profissional farmacêutico, assegura que os produtos, processos e serviços estejam dentro dos padrões de qualidade estabelecidos internamente, pela comunidade e/ou por órgãos reguladores governamentais. Incorpora e cumpre as Boas Práticas de Manipulação (BPM). * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE Importância Ferramenta de medição da eficiência dos processos Garantia da eficácia e segurança dos medicamentos Realização profissional * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE Objetivos Adequação eficiente dos meios de produção (qualidade do produto em cada etapa) e melhor controle do desempenho da empresa Controle de tempos e custos - Estabelecimento de linguagem única * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE Vantagens Credibilidade: classes profissionais clientes/pacientes órgãos reguladores fornecedores Economia de recursos a médio e longo prazo Satisfação do cliente * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE Um bom Sistema deve assegurar que: A - As operações de manipulação sejam claramente especificadas por escrito e que as exigências BPM sejam cumpridas. B - Os controles necessários para avaliar as matérias-primas sejam realizados de acordo com procedimentos escritos e devidamente registrados. * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE C - Os equipamentos sejam calibrados, com documentação comprobatória. D - A formulação seja corretamente preparada, segundo procedimentos apropriados. E - A formulação seja manipulada e conservada de forma que a qualidade da mesma seja mantida até o seu uso. F - Sejam realizadas auditorias internas de modo a assegurar um processo de melhoria contínua. * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE G - Sejam elaborados procedimentos escritos para limpeza da área de manipulação, materiais e equipamentos. H - Exista um programa de treinamento inicial e contínuo, adaptado de acordo com as necessidades. I - Exista a proibição de uso de cosméticos, jóias e relógios de pulso para o pessoal com atividades na manipulação. * * * SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE J - Exista um sistema controlado, podendo ser informatizado, para arquivamento, por período estabelecido, dos documentos exigidos para substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial (receituário geral, registros específicos, receitas, notificações de receitas, balanços e notas fiscais). K - Sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as instruções de uso e de armazenamento das fórmulas manipuladas. * * * A implantação do SGQ requer uma área voltada a estas atribuições: A ÁREA DE GARANTIA DA QUALIDADE * * * GARANTIA DA QUALIDADE Assegura o perfeito desempenho dos itens A a K exercendo as seguintes funções: 1. Supervisionar a estocagem de: - Matérias-primas - Materiais de embalagem - Produtos intermediários (semi-acabados) - Produtos acabados * * * GARANTIA DA QUALIDADE 2. Estabelecer instruções escritas padronizadas - Manuais, Métodos e Sistemas de Identificações - POP’s (Procedimentos Operacionais Padronizados) 3 - Estudos de estabilidade 4 - Estudos de validação 5 - Desenvolver, implantar e monitorar os Laboratórios de Controle de Qualidade * * * GARANTIA DA QUALIDADE 6 - Elaborar documentação pertinente a: - Análises (ensaios) - Inspeções - Auditorias - Controles em processo - Manipulação - Métodos de limpeza - Fluxogramas, entre outros * * * GARANTIA DA QUALIDADE 7 - Elaborar, executar e monitorar auditorias regulares internas. 8 - Auditar e qualificar fornecedores para o estabelecimento de parcerias. 9 - Elaborar e executar programas de treinamentos de qualificação técnica. 10 - Responder pelo atendimento e orientação a médicos e pacientes. * * * GARANTIA DA QUALIDADE 11 - Analisar e arquivar corretamente toda documentação técnica do estabelecimento. 12 - Implantar e monitorar os programas em Boas Práticas de Manipulação. 13 - Elaborar formulações para novos produtos. 14 - Contratar órgãos oficiais creditados egarantir programa de calibrações. 15 - Assumir a responsabilidade pelos produtos e pelo estabelecimento perante órgãos competentes e comunidade. * * * Farmácia (Proprietário) Departamento Administrativo Departamento Qualidade (Resp. Técnico) Departamento Produção Documentação Auditorias Laboratórios de Contr. Qual. Desenv. Prod. Estabilidade/Validação Treinamentos operacionais Serviços de atendimento ao cliente DEPARTAMENTO DE QUALIDADE ESTRUTURA * * * DEPARTAMENTO DE QUALIDADE RESPONSABILIDADES PESSOAL ATUAÇÃO * * * Boas Práticas de Manipulação * * * BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO Parte da Garantia da Qualidade , prevista em norma, que regulamenta os requisitos mínimos para produção farmacêutica, contemplando orientações que controlam a organização do sistema de produção, a higiene e os controles necessários para garantir a qualidade sanitária dos produtos. * * * Origem 1963: FDA Publica regulamentação com Requisitos para fabricação de medicamentos - GMP (Good Manufacturing Practices) 1966: 20ª Reunião WHO: Primeiro documento emitido para Boas Práticas de Fabricação. 1967: 21ª Reunião WHO: DRAFT Requirements For Good Manufacturing Practices ” * * * Origem 1969: 22ª Reunião WHO: Resolução WHO 22.50: “Esquema de Certificação da Qualidade dos Produtos Farmacêuticos” 1975: 28ª Reunião WHO: Resolução WHO 28.65: “Guia para Boas Práticas de Fabricação para a Indústria Farmacêutica” e “Roteiro para Inspeção da Indústria Farmacêutica” 1992: Revisões da Resolução WHO 28.65 * * * Origem 1995: Brasil, Portaria 16 de 06 de Março de 1995 Institui que todos os estabelecimentos produtores de medicamentos devem cumprir as diretrizes estabelecidas na Resoluções WHO 28.65 e revisão de 1992, bem como o roteiro de inspeção harmonizado para o Mercosul * * * Origem 2001: Brasil, Resolução 134, de 13 de Julho de 2001 ‘Institui a todos os estabelecimentos fabricantes de medicamentos o cumprimento das diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico das Boas Práticas de Fabricação para a Fabricação de Medicamentos, presente nesta Resolução’. * * * Origem 2000: Brasil, Resolução 33, de 19 de Abril de 2000 ‘Estabelece os requisitos gerais de Boas Práticas de Manipulação a serem observados para a aquisição de drogas, insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, o armazenamento, a manipulação, a conservação, o transporte, a dispensação de preparações magistrais e oficinais e fracionamento de produtos industrializados’. * * * Origem 2003: Brasil, Resolução 210, de 04 de Agosto de 2003 ‘Institui a todos os estabelecimentos fabricantes de medicamentos o cumprimento das diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico das Boas Práticas de Fabricação para a Fabricação de Medicamentos, presente nesta Resolução’. Substitui a Resolução RDC 134/2001 e aumenta o rigor nas exigências de qualidade de fabricação de medicamentos. * * * Origem 2005: Brasil, Consulta Pública 31, de 15 de Abril de 2005 “Proposta de Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos para Uso Humano em farmácias” Revisão da Resolução RDC 33/2000 e aumenta o rigor nas exigências de qualidade da manipulação de medicamentos. * * * Obrigatoriedade de Aplicação da Boas Práticas As Boas Práticas são de aplicação obrigatória, determinada por Resoluções específicas que descrevem os níveis de responsabilidade desta ferramenta da qualidade: 1. Governamental 2. Fabricante 3. Dispensador / Distribuidor * * * 1- GOVERNAMENTAL Legislação Objetiva, Clara, Flexível, Analisada Avaliação de Produtos e seu Registro Inspeção e avaliação de plantas Inspeção e avaliação de estabelecimentos comerciais * * * 1- GOVERNAMENTAL Laboratório de Análise de Produto (INCQS) Normas e especificações definidas para: Produtos Serviços de saúde Saneamento Meio ambiente * * * 2- FABRICANTE Garantir qualidade do produto desde seu desenvolvimento até a utilização, assegurando: eficácia segurança estabilidade custo razoável (acesso) * * * 3- DISPENSADOR/ DISTRIBUIDOR Selecionar e adquirir produtos que atendam aos padrões de qualidade, segurança e eficácia. Garantir condições ideais de distribuição, transporte e armazenamento. * * * Objetivos das BPM´s Assegurar que todos os produtos Farmacêuticos sejam: Eficazes: contenham a quantidade de princípio ativo declarado e exerçam a ação terapêutica esperada Seguros: na dosagem e utilização corretas, tenham o mínimo aceitável de efeitos secundários indesejáveis De qualidade: tenham a qualidade intrínseca cumprida Acessíveis: sejam distribuídos onde há necessidade e a um preço justo * * * Importância Parte Integrante de Garantia de Qualidade Assegura fabricação conforme procedimento estabelecidos e controlados de acordo com o registro sanitário Envolve Produção e Controles de Qualidade Estabelece o que deve ser feito para que se atinja a qualidade requerida. * * * APLICAÇÃO NO FLUXOGRAMA MANIPULAÇÃO ANÁLISE APROVAÇÃO EMBALAGEM ATENDIMENTO CONSUMIDOR FINAL * * * DE QUE SÃO COMPOSTAS AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE Projeto de Instalação Lay out de farmácia Instalações Matérias Primas e Materiais de Embalagem Fornecedor Água Usada no Processo Produtivo Sistemas Ar fornecido às diferentes áreas Sistemas Normas e Procedimentos relativos a: * * * DE QUE SÃO COMPOSTAS AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE Educação Treinamento e capacitação Responsabilidades de gestores Atribuições Fluxos Materiais, pessoal, documentos Sistema Documental Rastreabilidade Normas e Procedimentos relativos a: * * * DE QUE SÃO COMPOSTAS AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE Práticas de estocagem e dispensação Diretrizes da organização Práticas de limpeza e sanitização Processos de limpeza Programa de monitoração microbiológica Relacionadas à água Poluição Meio ambiente e disposição intermediária e final de resíduos e outros Normas e Procedimentos relativos a: * * * DE QUE SÃO COMPOSTAS AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE Programa de Qualificação de Fornecedores Aprovação e qualificação Programa de auto-inspeções Gerenciamento interno da qualidade Registros Rastreabilidade Normas e Procedimentos relativos a: * * * DE QUE SÃO COMPOSTAS AS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE Reclamações Programa de registro, avaliação e notificação da autoridade sanitária nos casos sérios Recolhimentos Responsabilidades, métodos, registros, notificações Contratos com terceiristas Responsabilidades, condições Normas e Procedimentos relativos a: * * * 10 Princípios das Boas Práticas * * * Princípio #1 Escrever e elaborar documentos, de forma detalhada (“passo a passo”), servindo como guias para um desempenho consistente e controlado. Princípio #2 Seguir cuidadosamente os procedimentos escritos, prevenindo assim possíveis contaminações, misturas e erros. * * * Princípio #3 Ter sempre todos os documentos de trabalho disponíveis e cuidadosamente preenchidos, visando estar de acordo com as normas e proporcionando rastreabilidade quando necessária. Princípio #4 Provar que os sistemas fazem aquilo para o que foram designados fazer, através de um trabalho de validação. * * * Princípio #5 Integrar a produtividade, a qualidade do produto e a segurança do operador quando planejar áreas produtivas ou utilização de equipamentos. Princípio #6 Manter de forma adequada a manutenção de instalações e equipamentos produtivos. * * * Princípio #7 Possuir definições claras de desenvolvimento pessoal e descrições de cargos na empresa. Princípio #8 Promover a proteção dos produtos contra contaminações, fazendo da limpeza e higiene um hábito diário. * * * Princípio #9 Construir a qualidade dos produtos por sistematicamente controlar seus componentes e processos de fabricação relacionados, como a própria manufatura, embalagem e rotulagem, testes, distribuição e marketing. Princípio #10 Conduzir conforme planejado e auditar periodicamente para fazer cumprir normas e alcançar a performance desejada. * * * Controle da Qualidade * * * CONTROLE DA QUALIDADE Tem como objetivo principal assegurar que os produtos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos, sempre através de algum tipo de medição. * * * Otimização de processos Redução de tempos e desperdícios Padronização de procedimentos Aumenta o grau de certeza da qualidade dos insumos utilizados e dos produtos manipulados IMPLANTAÇÃO DO LABORATÓRIO CUSTO, INVESTIMENTO LABORATÓRIO DE CONTROLE DA QUALIDADE * * * CONTROLE DA QUALIDADE (CQ) Conceito É um conjunto de operações (programação, coordenação e execução) com o objetivo de verificar a conformidade das preparações com as especificações estabelecidas. * * * Inclui os Laboratórios Físico-Químico, Microbiológico e de Materiais Áreas apropriadas Pessoal qualificado Recursos materiais CONTROLE DA QUALIDADE * * * ATRIBUIÇÕES DO CONTROLE DA QUALIDADE Desenvolver, estabelecer, modificar e treinar metodologias analíticas e operações de laboratório baseadas em referências farmacopeicas, Códex ou outras fontes de consultas, oficialmente reconhecidas, bem como em estudos internos de validação de métodos. 2. Monitorar cuidados especiais de todos os aparelhos do estabelecimento (calibrações, aferições, históricos de manutenção, métodos de operação). * * * ATRIBUIÇÕES DO CONTROLE DA QUALIDADE 3. Determinar especificações escritas para: - matérias-primas - materiais de embalagem - produtos intermediários (semi-acabados) produtos acabados 4. Autorizar/rejeitar o uso dos materiais do item 3 pela avaliação de todos os aspectos relativos às suas qualidades intrínsecas, manipulação, limpeza, higiene e sanitização, bem como a conservação, identificação e armazenamento das formulações. * * * ATRIBUIÇÕES DO CONTROLE DA QUALIDADE 5. Emitir Certificados de Análise e Laudos Analíticos, bem como conferir os provenientes de fornecedores, observando sua clareza, conjunto de dados, assinatura e identificação do responsável técnico com o respectivo número de inscrição no Conselho Profissional correspondente. 6. Desenvolver e aplicar programas internos de auditoria, documentação e organizacionais. * * * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA METODOLOGIAS ANALÍTICAS Investimento inicial para montagem do laboratório - Bibliografia: - Compêndios oficiais: Farmacopéias Index Legislação - Livros e periódicos * * * Estudar métodos analíticos contidos nas monografias farmacopeicas ou outras Implantar os métodos analíticos de forma gradual e contínua Codificar os métodos Bibliografia = Guia/padrão para execução de análises Estabelecem especificações REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA METODOLOGIAS ANALÍTICAS * * * Lay-out - Operação em condições higiênicas, compatíveis com os trabalhos executados - Deve permitir adequados: limpeza manutenção fluxo e espaço Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Localização Preferencialmente próximo das áreas de manipulação e almoxarifado Isolamento físico - independência – autonomia Fluxo controlado de pessoal e materiais - Organizado - Racional Indumentária adequada Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Área física Ideal: 12 m² Prever: - instalação de: bancadas pias armários prateleiras capelas - futuros crescimentos de: pessoal equipamentos análises Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Pisos, paredes e teto Revestimentos lisos, impermeáveis, sem rachaduras ou frisos, resistentes aos agentes sanitizantes, a ácidos e bases e facilmente laváveis Cerâmicas Massa e tinta epoxi Pintura eletrostática ou acrílica Forro de PVC Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Bancadas Altura mínima: 75 cm (sentado) e 90 cm ( em pé) Revestimentos: - epóxi / fórmica / vidro - alvenaria c/ borracha siliconada Armários: - parte inferior - madeira formicada - alvenaria Prateleiras: - parte superior - revestimento anticorrosivo Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Vibrações Bancadas separadas para: - balanças - aparelhos sensíveis Niveladas Saídas de energia (110 e 220 volts) Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Iluminação Luz natural e luz artificial do tipo “luz do dia”, brancas. Ideal fazer teste de intensidade luminosa. Embutida no forro, para facilitar limpeza. Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade * * * Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade Sistemas de insuflação/exaustão Área bem ventilada Capela de exaustão: - Imprescindível devido a desprendimento de vapores, gases e para reações a quente. Deve possuir saídas para água, gás, vácuo, ar comprimido. - Iluminação protegida - Monitoração regular * * * Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade Climatização Temperatura/umidade controladas: 20-22ºC e UR 40-65%. Custo compensado pela preservação dos aparelhos. * * * Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade Utilidades Água para destilador / deionizador e água potável para pia de lavagem Energia Ar comprimido * * * Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade Segurança Rotas de fuga identificadas Dispositivos de segurança obrigatórios: - Extintor - Óculos - Máscara - Chuveiro de emergência - Lava-olhos Identificação da área * * * Infra-estrutura física do laboratório de Controle da Qualidade Ralos sifonados e fechados Ambientes protegidos contra a entrada de insetos, roedores, outros animais e poeira Sistema de lixos e rejeitos apropriados * * * EQUIPAMENTOS Permitem maior sensibilidade Precisão e exatidão (calibração certificada) Maior produtividade (número de análises) Otimização dos recursos humanos * * * EQUIPAMENTOS A implantação seqüencial dos métodos analíticos depende de: custo da matéria-prima custo do método analítico pessoal qualificado aparelhamento validade dos materiais vulnerabilidade de processos e produtos grau de ocupação da área * * * EQUIPAMENTOS Equipamentos, aparelhos e acessórios importantes no laboratório: - Aparelho para determinação de ponto e faixa de fusão - Balanças de precisão e analítica - Balanças com dessecador para determinação de umidade - Banho-maria - Bico de bunsen * * * EQUIPAMENTOS - Centrífuga (desejável com velocidade de, no mínimo, 3.000 rpm) - Cromatoplacas - Cubas para cromatografia em camada delgada - Dissecador - Densímetros (tipos picnômetro e alcoômetros) - Espectrofotômetros (bandas visível, UV e infra-vermelho) * * * EQUIPAMENTOS - Estufas para secagem de material ou para perda por dessecação - Karl-Fischer - Lâmpada UV para leituras cromatográficas - Mantas aquecedores com agitação - Microscópio - Mufla - Pesos padrões para aferição de balanças (certificado) - pHmetros - Prateleira para secagem de vidraria * * * EQUIPAMENTOS - Refrigerador - Viscosímetros: Brookfield ou copos de Ford - vidrarias e acessórios: balões, buretas, erlenmeyers, funis de separação, fios de platina, frascos para reagentes, cápsulas de porcelana, condensadores, pipetas graduadas e volumétricas, provetas, pesa-filtros, tubos de Nessler e de ensaio, etc. * * * PESSOAL Para desenvolvimento, estruturação e implantação dos laboratórios, bem como dos métodos analíticos, suas aplicações, validações, monitorações e sistemas documentais Pessoa Habilitada * * * Documentação Farmacêutica * * * SISTEMA DOCUMENTAL FARMACÊUTICO Conceito Objetivos Linguagem (comunicação) Controle de mudanças * * * SISTEMA DA QUALIDADE Manual de Boas Práticas de Manipulação Procedimentos Operacionais Padrão Registros (Formulários para registro, arquivo e rastreamento das informações * * * DOCUMENTAÇÃO Documentos Relacionados ao Sistema da Qualidade Mais extensa Criteriosa Adequada às operações Aspectos legais * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO O desenvolvimento do Manual de BPM é obrigatório conforme portaria 344/98 para a concessão da autorização especial de funcionamento e Resolução RDC 33/2000. É a descrição generalizada das atividades e da estrutura do estabelecimento farmacêutico * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO Conteúdo Sugestão de ordenação do conteúdo: Folha de rosto: Nome e endereço do estabelecimento Nome e registro do responsável técnico Logotipo ou Logomarca * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO I - Visão, missão, e valores do estabelecimento III - Objetivos do Manual e da normatização BPM * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO II - Definições: Medicamento, BPM, Qualidade, Demais termos da Resolução 33/2000 e outros termos utilizados na farmácia IV - Estrutura Organizacional 1 - Pessoal 1.1 - Organograma 1.2 - Responsabilidades e Atribuições 1.3 - Treinamentos e Integração 1.4 - Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO 2 - Infra-estrutura física 2.1 - Planta baixa (cópia) 2.2 - Áreas 2.2.1 - Instalações: metragem, materiais 2.2.2 - Características * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO 2 - Infra-estrutura física (cont.) 2.2.3 - Equipamentos, Utensílios, Acessórios 2.2.4 - Limpeza e Sanitização 2.2.5 - Documentação (informação genérica) 2.2.6 - Segurança * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO V - Fluxograma Da entrada de materiais e insumos à saída do produto acabado, descrever suscintamente o fluxo: etapas, conferências, identificações, etc. VI - Garantia da Qualidade Descrever funções, responsabilidades, modo de atuação e objetivos * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO VII - Livros de Receituário 1 - Descrever como são abertos e encerrados 2 - Geral: todas as receitas aviadas 3 - Específico: Portaria 344 VIII - Documentação Descrever suscintamente a documentação (tipos) envolvida nos processos farmacêuticos * * * 1 - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO IX - Registro de Reclamações X - Devoluções e Recolhimentos XI - Destruição de sobras de materiais XII - Roteiro de auto-inspeção XIII - Referências Bibliográficas XIV - Outros * * * CABEÇALHO - Nome Produto/ Matéria-prima - Sinonímia - Códigos oficiais/ locais (DCB OU DCI) - Número de análise (ordem crescente) - Fornecedor, origem, procedência 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * CABEÇALHO (cont.) - Número do Lote do Fornecedor para matéria-prima - Número do Lote do Produto (se interno) - Data início/término da análise - Monografias ou referências bibliográficas - Método por nome ou código 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * CORPO Descrição dos ensaios por nome Exemplo: - Cor - Odor - pH - Viscosidade a 25oC - Resíduo por evaporação 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * CORPO (cont.) Especificações: Exemplo: - incolor - inodora - 6,8 - 7,2 - 0,90 - 0,95 cP - 0,1 mg/100ml 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * CORPO (cont.) Resultados: Exemplo: - De acordo - De acordo - 7,1 - 0,92 cP - 0,05 mg/100 ml 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * RODAPÉ Laudo de análise: * espaço reservado para descrição de: - aprovado - liberado (aprovado com restrição) - reprovado (recusado) 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * RODAPÉ (cont.) Observações: - Informações importantes oriundas do processo analítico que intervenham no resultado da análise. - Restrição de uso. - Reanálise. - Retrabalhos. - Análise de devolução. - Análise de desenvolvimento. 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * RODAPÉ (cont.) - Assinaturas dos responsáveis - analista - farmacêutico responsável - Data de encerramento 2- Boletins ou Certificados de Análises * * * - Contém a descrição de cada ensaio a ser executado - Preferencialmente com código Ex: método de análise de metilparabeno método CON - OO1/01 conservantes no ordem crescente 3 - Métodos de análise * * * - A execução de cada ensaio para cada matéria prima, semi-acabado, material de embalagem e produtos acabados deve estar claramente descrita. - Especificações para cada ensaio. 3 - Métodos de análise * * * - Referências Bibliográficas - sempre - Datas e assinaturas do(s) responsável(is) pelo desenvolvimento do método em todas as páginas 3 - Métodos de análise * * * Descrição completa do aparelho (foto + legenda) Princípio do método Forma correta de operação Descrição de calibração Descrição de verificação (quando houver) Histórico Tabela para medição de resultados das calibrações/verificações periódicas Tabela para anotação das manutenções Assinatura/data dos responsáveis 4 - Métodos de Operação Equipamentos * * * Quarentena Aprovado (autorizado) Liberado (autorizado com restrições) Reprovado (recusado) 5 - Etiquetas * * * Uso de cores Podem conter: nome do produto/matéria-prima no lote/no lote fornecedor no análise quantidade assinatura e data coladas em todos os recipientes, no mesmo lado da etiqueta do fornecedor. 5 - Etiquetas * * * Descrição de todas rotinas do estabelecimento: Manipulação Controle de Qualidade Embalagem Armazenamento Dispensação/Atendimento Documentação Pessoal Treinamento Devoluções, entre outros 6 - Procedimentos Operacionais Padronizados * * * Podem ser codificados por - área ou ordem alfa numérica POP Mãe: normatiza os princípios e a formatação para composição de todos os POP’s, bem como, determina a forma de distribuição e as revisões periódicas. Devem conter assinatura do(s) responsável (is) e data de implementação. 6 - Procedimentos Operacionais Padronizados * * * Exemplificação de conteúdo de um POP: 1. Título 2. Objetivo 3. Alcance/Responsabilidades 4. Definições 5. Materiais 6. Precauções ou Cuidados Especiais 7. Fluxograma, se necessário 6 - Procedimentos Operacionais Padronizados * * * Exemplificação de conteúdo (cont.): 8. Procedimento propriamente dito 9. Referências cruzadas 10. Referências bibliográficas 11. Histórico 12. Assinaturas: de quem elaborou, de quem revisou e de quem aprovou 6 - Procedimentos Operacionais Padronizados * * * Descrição detalhada de cada matéria prima, quantidade, nº lote, visto Descrição detalhada do processo com sua seqüência e informações importantes Equipamentos e/ou aparelhos utilizados Assinaturas/Datas Observações 7- Ordem de Manipulação * * * 8 - Outros documentos Elaboração Treinamento Implantação Informações relevantes Informações legais mínimas Mínimo necessário de documentos Rastreabilidade DOCUMENTAÇÃO * * * Arquivo O que arquivar Tempo Como destruir DOCUMENTAÇÃO * * * Entendendo a Qualidade com a Escola de Samba!!! * * * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - SILVA, João Martins da - O ambiente da Qualidade na Prática - 5S - Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1996. 2 - BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS) RDC 33 de 19 de Abril de 2000, Regulamento Técnico que institui as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias - BPMF, atualizada e publicada no Diário Oficial da União em 08 de janeiro de 2001, Brasília. * * * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 3 - BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, p. 37, 19 de maio de 1998. Republicada no Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil. Brasília, 1º de fevereiro de 1999. * * * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4 - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS: Tradução pelo Ministério da Saúde, autorizada pela Organização Mundial da Saúde- OMS. Brasília, p.146; 1994. 5 - RIBEIRO, A.G.; VANILTON, J.; MIGUEL, V.; SANTOS, R. Normas e Procedimentos Técnicos para Farmácias em Conformidade com as Boas Práticas de Fabricação e Controle – apostila 9ª Semana Racine. 2000 * * * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 6 - Guia DHSS de GMP - Inglaterra 7 - Guia GMP - Japão - 2o edição 8 - GMP para Fabricantes de Drogas - Canadá * * * O conhecimento inspirando as pessoas a tornar a vida melhor.
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