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UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
ICE – Instituto de Ciências Exatas
Departamento de Química
IC397 – Química Inorgânica I
Prof.: Geovan da Silva Souza
Ana Gabriele Santos Albuquerque 200602003-8
André Luiz Torres Rosas 200602004-6
 Átila Santana da Silva 200602005-4
Luis Augusto Avellar Martins 200602023-2 
GRUPO 12 ( ou II-B)
1- Introdução
 O zinco é um elemento químico de símbolo Zn, número atômico 30 (30 prótons e 30 elétrons) com massa atômica 65,4 uma. À temperatura ambiente, o zinco encontra-se no estado sólido. Está situado no grupo 12 (2 B) da Classificação Periódica dos Elementos.
 O zinco é um elemento químico essencial para as pessoas: intervém no metabolismo de proteínas e ácidos nucleicos, estimula a atividade de mais de 100 enzimas, colabora no bom funcionamento do sistema imunológico, é necessário para cicatrização dos ferimentos, nas percepções do sabor e olfato e na síntese do DNA. O metal é encontrado na insulina, nas proteínas dedo de zinco e em diversas enzimas como a superóxido dismutase.
 O zinco é encontrado em diversos alimentos como nas ostras, carnes vermelhas, aves, alguns peixes, mariscos, favas e nozes. A ingestão diária recomendada de zinco é em cerca de 10 mg, menor para bebês, crianças e adolescentes (devido ao menor peso corporal), e algo maior para as mulheres grávidas e durante o aleitamento.
 A deficiência de zinco pode produzir retardamento no crescimento, perda de cabelo, diarréias, impotência sexual e imaturidade sexual nos adolescentes, apatia, cansaço e depressão, lesões oculares e de pele, inclusive acne, unhas quebradiças, amnésia, perda de apetite, perda de peso e problemas de crescimento, aumento do tempo de cicatrização de ferimentos e anomalias no sentido do olfato. A deficiência de zinco é conseqüência de insuficiente quantidade na dieta alimentar e a dificuldade na absorção do mineral que pode ocorrer em casos de alcoolismo, quando é eliminado pela urina ou, ainda, devido à excessiva eliminação por causa de desordens digestivas.O excesso de zinco tem-se associado com baixos níveis de cobre, alterações na função do ferro, diminuição da função imunológica e dos níveis de colesterol bom.
 O cádmio é um elemento químico de símbolo Cd de número atômico 48 (48 prótons e 48 elétrons) e de massa atômica igual a 112,4 u. Está situado no grupo 12 (2 B) da classificação periódica dos elementos.É um metal branco azulado, dúctil e tão maleável que pode ser cortado com uma faca. Em alguns aspectos é similar ao zinco.
 À temperatura ambiente, o cádmio encontra-se no estado sólido. O cádmio é um metal pesado que produz efeitos tóxicos nos organismos vivos, mesmo em concentrações muito pequenas.
 
 O mercúrio é um elemento químico de número atômico 80 (80 prótons e 80 elétrons) e massa atômica 200,5 u, pertencente ao grupo 12 e faz parte da classe dos metais de transição. É um dos seis elementos que se apresentam líquidos à temperatura ambiente ou a temperaturas próximas. Os outros elementos são os metais césio, gálio, frâncio e rubídio e o não metal bromo. Dentre os seis apenas o mercúrio e o bromo são líquidos nas Condições Padrão de Temperatura e Pressão.
Esse elemento é conhecido desde os tempos da Grécia Antiga. Seu nome homenageia o deus grego Mercúrio, que era o mensageiro dos deuses. Essa homenagem é devida à fluidez do metal. O símbolo Hg, como todos os símbolos químicos, vem do latim "hydrargyrum" que significa prata líquida.
Não é um bom condutor de calor comparado com outros metais, entretanto é um bom condutor de eletricidade. É insolúvel em água e solúvel em ácido nítrico.
II) Informações Gerais
	Elemento
	Z
	M.M.(g/mol)
	Densidade(g/cm3)
	P.F.(ºC)
	P.E.(ºC)
	E.I(kJ/mol)
	Afinidade eletrônica(kJ/mol)
	Eletronegatividade
	E.O.
	R.A.(pm)
	Símbolo
	Zinco
	30
	65,41
	7,14
	420
	907
	906,1733
	+9
	1,6
	+2
	133
	Zn
	Cádmio
	48
	112,41
	8,65
	321
	765
	868,1631
	<0
	1,7
	+2
	149
	Cd
	Mercúrio
	80
	200,59
	13,55
	-39
	357
	1007,1810
	-18
	2,0
	+1,+2
	160
	Hg
BLOCO D - Elementos de transição
            1- Introdução
            O preenchimento dos níveis eletrônicos 3d, 4d e 5d formam tr6es séries de elementos que, em conjunto, constituem os elementos do bloco d, que são organizados em grupos numerados de I a VIII B. São conhecidos como elementos de transição porque suas propriedades são geralmente intermediárias entre os elementos metálicos dos blocos s e os elementos não metálicos dos blocos p. Nos blocos s e p os elétrons vão sendo adicionados ao nível eletrônico mais externo do átomo. Já no bloco d, os elétrons vão sendo adicionados ao penúltimo nível, expandindo-se de 8 até 18 elétrons.
            Uma característica marcante dos elementos do bloco d é apresentar um subnível d apenas parcialmente preenchido, com exceção do Pd, Cu, Ag, Au, Zn, Cd e Hg, que apresentam um subnível d completo com 10 elétrons. Isso, no entanto, confere aos compostos destes elementos diferenças em relação aos outros.
            2- Estados de oxidação e caráter metálico
            Um aspecto muito importante dos metais de transição é existência de diversos estados de oxidação dos elementos. Isso porque ocorre a promoção de elétrons de subníveis s ou p para um subnível d. Nos elementos do bloco d, o penúltimo nível eletrônico se expande. Assim, eles apresentam muitas propriedades físicas e químicas comuns. Por exemplo, todos os elementos de transição são metais. Portanto, são bons condutores de eletricidade e de calor, apresentam brilho metálico e são duros, fortes e dúcteis. Formam também ligas com outros metais.
            3- Formação de complexos
            Os elementos de transição apresentam uma grande tendência em formar compostos de coordenação com bases de Lewis, isto é, com grupos capazes de doar um par eletrônico. Esses grupos, que chamaremos de ligantes, podem ser moléculas ou íons. Essa capacidade excepcional dos elementos do bloco para formarem complexos está relacionada com o fato de formarem íons pequenos com carga elevada, contendo orbitais vazios de baixa energia, capazes de receber pares de elétrons dos grupos ligantes. 
            4- Tamanho dos átomos e íons
            Os raios covalentes dos elementos de transição decrescem da esquerda para a direita ao longo de uma série, até próximo ao final, quando o raio aumenta ligeiramente. Os átomos dos elementos de transição são menores que os dos grupos I e II do mesmo período horizontal. Em parte isso é devido à adição de elétrons em subníveis d, que são maus protetores do núcleo (efeito do par inerte), e não no nível mais externo. Descendo em um grupo, o tamanho do átomo aumenta, devido à camadas eletrônicas adicionais. Há decréscimo gradual de tamanho dos 14 elementos lantanídicos, do cério ao lutécio, por causa da contração lantanídica. 
            5- Densidade, Ponto de fusão e Ponto de ebulição
            Os volumes atômicos dos elementos de transição são baixos quando comparados com os elementos dos grupos vizinhos (IA e IIA). Isso se deve à fraca proteção da carga nuclear aumentada, que assim atrai mais fortemente todos os elétrons. Além disso, os novos elétrons adicionados ocupam orbitais internos. Em consequência, as densidades dos elementos de transição são elevadas. Praticamente todos têm densidade superior a 5 g/cm3. 
            Os pontos de fusão e ebulição dos elementos de transição geralmente são muito elevados. Normalmente eles fundem a temperaturas superiores a 1000o C. Três exceções dignas de menção são o Zn, o Cd e o Hg (grupo IB), que fundem a, respectivamente, 420o C, 321o C e -38o C (o mercúrio, portanto, é líquido à temperatura ambiente). Isso ocorre porque essestrês elementos têm os dois últimos subnívis (d e s) completos, e os elétrons d não participam da ligação metálica; logo, essa ligação é menos eficiente.
            6- Energias de ionização
            A facilidade com que se pode remover um elétrons de um átomo de transição, isto é, sua energia de ionização, é intermediária entre aquelas dos blocos s e p. Os valores para as primeiras energias de ionização variam num amplo intervalo, de 541 kJ/mol para o lantânio até 1007 kJ/mol para o mercúrio. Os elementos de transição podem, portanto, formar ligações iônicas ou covalentes, dependendo das condições. Geralmnete os estados de oxidação mais baixos favorecem a ligação iônica e os mais altos favorecem a covalência. Os elementos da primeira série de transição formam um número maior de compostos iônicos do que os da segunda e terceira séries.
            7- Cor dos compostos
            Diversos compostos iônicos e covalentes dos metais de transição são coloridos, devido à presença de orbitais d para as transições eletrônicas que absorvem radiações na região visível do espectro. Também podem apresentar cor por causa da existência de orbitais parcialmente preenchidos, que permitem transições eletrônicas, responsáveis pela emissão luminosa. Os compostos dos elementos que apresentam todos os orbitais preenchidos (Zn, Cd e Hg) normalmente não são coloridos.
            8- Outras propriedades
            Muitos dos compostos dos elementos de transição são paramagnéticos, isto é, podem ser atraídos por um campo magnético, pois contêm níveis eletrônicos semipreenchidos. Em particular, Fe, Co e Ni são ferromagnéticos, isto é, são magnetizados por um ímã - os átomos se alinham e apontam todos para uma mesma direção. 
            Vários metais de transição e seus compostos são utilizados em sínteses de outros compostos devido à sua propriedade catalítica, podendo formar compostos intermediários instáveis ou fornecer a superfície de contato adequada para a reação. Os metais de transição estão presentes inclusive em algumas enzimas (proteínas que agem como catalisadores biológicos) do corpo humano.
ZINCO ( Zn )
          HISTÓRICO:  O zinco foi descoberto no século XVI pelo alquimista Paracelso, embora suas ligas já fossem conhecidas desde a antiguidade.
          OCORRÊNCIA NATURAL:  O zinco é encontrado em diversos minerais. Entre eles estão os seguintes:
Blenda: ZnS 
Calamina: Zn4Si2O7(OH)2 
Smithsonita: ZnCO3 
Franklinita: (Zn, Mn) Fe2O4 
Hidrozincita: Zn3(CO3)2(OH)2 
          PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: O zinco puro é um metal de coloração branco-azulada e pontos de fusão relativamente baixo para um metal: 419,5o C e ponto de ebulição em torno de 917,5o C. Os pontos de fusão e ebulição baixos, incomuns para um metal, são devidos principalmente ao fato de que as duas últimas camadas eletrônicas do elemento estão completas, e a ligação entre os átomos é dificultada. O resultado é uma ligação fraca. O mesmo ocorre com os demais elementos do grupo: cádmio e mercúrio.
          O zinco metálico é facilmente atacado por ácidos, produzindo hidrogênio gasoso. Esse, inclusive, é um dos métodos mais comuns para a produção desse gás. Um fato interessante nesse processo é que a reação torna-se mais rápida quando o zinco contém impurezas. 
          Dos compostos de zinco, o mais simples é o óxido (ZnO), um pó muito branco obtido pela queima do zinco metálico no ar. O sulfeto de zinco (ZnS), além de ser encontrado na natureza, pode ser preparado sinteticamente, por meio de soluções amoniacais de sais de zinco tratados com ácido sulfídrico. O sulfeto é fluorescente, quando impurificado por pequenas quantidades de sais de metais pesados. Emite uma luz esverdeada quando é excitado por luz branca, raios ultravioleta ou raios X, e essa luminescência ainda permanece por certo tempo quando a radiação é cessada. O silicato (ZnSiO4) também é fluorescente. Essa propriedade permite a aplicação destes compostos na construção de telas fluorescentes para aparelhos de raios X.
          UTILIZAÇÃO:  Cerca de um terço de todo o zinco produzido no mundo destina-se à proteção do fero contra a corrosão. Outro terço é gasto na obtenção do latão (liga de cobre e zinco). O terço restante é utilizado para a produção de diversos produtos químicos. O óxido de zinco é usado como pigmento branco e também como elemento de pomadas dermatológicas. O peróxido de zinco (ZnO2) é usado como antisséptico (de ação semelhante à da água oxigenada). O zinco metálico é também muito utilizado em química orgânica, para a redução de compostos.
CÁDMIO ( Cd )
          HISTÓRICO:  O cádmio foi descoberto em 1817 por Friedrich Strohmeyer.
          OCORRÊNCIA NATURAL:  O cádmio é um metal relativamente raro na natureza, e encontra-se principalmente nos minerais de zinco (blenda, calamina, smithsonita e hidrozincita), em porcentagens que variam de 0,1 a 0,3%. No Brasil não há produção desse metal.
          PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: O cádmio é um metal de brilho prateado, de cor branco-leitosa. Esse metal tem a propriedade de absorver os nêutrons lentos e, por isso, é utilizado em reatores nucleares. Funde a 320,9o C e seu ponto de ebulição situa-se em torno de 767o C. 
          UTILIZAÇÃO:  O sulfeto de cádmio (CdS) é utilizado como pigmento, devido à sua intensa coloração vermelho-alaranjada, e também usado na construção de fotorresistências, por sua propriedade de retificar a corrente elétrica. O selenieto (CdSe) é também utilizado como pigmento, por sua forte coloração amarela. O sulfato de cádmio (CdSO4) tem dois empregos importantes: na oftalmologia, para preparação de unguentos e pomadas, e na física experimental, para a construção de pilhas-padrão de Weston (apresenta força eletromotriz constante). O cádmio é também empregado na fabricação de acumuladores elétricos, juntamente com o níquel, e também usado na produção de ligas metálicas.
MERCÚRIO ( Hg )
          HISTÓRICO:  A partir da idade Média o mercúrio recebeu esse nome pelos alquimistas.
          OCORRÊNCIA NATURAL:  Raramente é encontrado no estado elementar. O mais importante composto de mercúrio é o sulfeto (HgS), que ocorre principalmente em duas variedades alotrópicas: uma cristaliza no sistema trigonal - o cinábrio - e a outra no sistema cúbico - a metacinabarita. As principais reservas de cinábrio localizam-se em Nikitovka (Rússia), Almadén (Espanha), Idria (Iugoslávia) e Toscana (Itália).
          Do cinábrio o mercúrio é obtido por ustulação, ou seja, por aquecimento do sulfeto em corrente de ar:
HgS + O2    Hg + SO2
          PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: O mercúrio possui baixa condutibilidade elétrica e alta densidade (13,6 g/cm3 a 20o C). É um metal volátil, embora em pequena intensidade, mas seus vapores são extremamente tóxicos: cansaço, dificuldade de concentração e perda de memória são os principais sintomas de intoxicação com esse metal. Também seus sais (geralmente muito coloridos) são venenosos, principalmente os solúveis. À temperatura normal (25o C) o mercúrio é o único metal líquido. Os estados de oxidação que o mercúrio pode assumir são +1 e +2. Apesar da toxicidade dos sais de mercúrio, um deles, o cloreto mercuroso (Hg2Cl2), conhecido como calomelano, encontra aplicação na medicina, como estimulante de órgãos de secreção. Ele é obtido pela reação do nitrato mercuroso com o cloreto de sódio:
Hg2(NO3)2 + 2 NaCl    Hg2Cl2 + 2 NaNO3
          O cloreto mercuroso, por sua vez, se tratado com água amoniacal, resulta um sal complexo - o aminocloreto mercúrico, de cor branca:
Hg2Cl2 + 2 NH3    HgNH2Cl + Hg + NH4Cl
          O mercúrio pode reagir diretamente com cloro em excesso, obtendo-se o cloreto mercúrico (HgCl2), embora o processo mais comum para sua obtenção seja outro. Trata-se de um sal que sublima-se durante sua formação e possui poder de corrosão. Outro sal interessante é o iodeto mercúrico, que é insolúvel em água pura, mas dissolve-seem uma solução que contenha excesso de iodeto de potássio. Nessas condições forma-se o iodo-mercurato de potássio - K2HgI4.
          UTILIZAÇÃO:  O mercúrio é muito utilizado na fabricação de termômetros, barômetros e manômetros, além de lâmpadas fluorescentes - as lâmpadas de vapor de mercúrio. Ele também é empregado em bombas de obtenção de alto-vácuo e na construção de retificadores elétricos. O mercúrio é ainda utilizado na preparação de amálgamas - ligas sólidas ou líquidas, formadas pela dissolução de diversos metais em mercúrio (somente o ferro e a platina não participam de tais amálgamas). 
          Os amálgamas de estanho, prata e ouro são usados na odontologia, o de zinco é empregado na química orgânica como redutor de cetonas, na obtenção de ciclanos. Além disso, alguns compostos organometálicos de mercúrio funcionam como fungicidas, antissépticos e diuréticos.
III) Experimental
ZINCO
1) Propriedades redutoras do zinco metálico
 a) Foi colocado em dois tubos de ensaio grânulos de zinco, no priemiro foi adicionado HCl 6M e, no segundo, foi adicionado NaOH 6M.
No 1º tubo:
Zn(s) + HCl(aq) ( ZnCl2 + H2(g)
Zn2+(aq) + 2e- (( Zn(s) E0 = -0,763 V
2H++ 2e- (( H2(g) E0 = 0,000 V
2H++ 2e- (( H2(g) ( Semi-Reação de Redução )
Zn(s) (( Zn2+(aq) + 2e- ( Semi-Reação de Oxidação )
Zn(s) + 2H+ ( Zn2+(aq) + H2(g) ( Equação Iônica Essencial ) ddp = +0,763 V
 A reação é bem espontânea ( ddp=+0,763 V( >0) ) e há grande liberação de H2(g).
No 2º tubo:
Zn(s) + 2OH-(aq) + 2H2O(l) → [Zn(OH)4] 2-(aq) + H2(g)
 O metal puro dissolve-se lentamente em meio ácido e alcalino. A presença de impurezas ou contato com a platina ou cobre, produzidas por adição de algumas gotas das soluções dos sais desses metais acelera a reação. A adição de zinco sólido em meio básico forma o complexo tetrahidroxizincato (II).
2) Obtenção do óxido de Zinco
 Foi aquecido diretamente na chama de um bico de Bunsen, um tubo de ensaio contendo uma pequena quantidade de nitrato de zinco ( 1º tubo ). O procedimento foi repetido com carbonato de zinco ( 2º tubo ). Em ambos os tubos ocorre reações de decomposição:
No 1º tubo:
Com o aquecimento foi perceptível a liberação de um gás levemente castanho-avermelhado, enquanto que na proximidade da superfície da solução a coloração era pouco intensa, devido a formação do NO incolor, que reage com o O2 do ar. formando o NO2, castanho-avermelhado.
Zn(NO3)2(aq) + calor ( ZnO(aq) + NO(g)
NO(g) + ½ O2(g) → NO2(g)
No 2º tubo:
ZnCO3 + calor ( ZnO + CO2
Há desprendimento de gás (CO2)
 
 Após resfriamento dos tubos, foi adicionado água destilada e observou um precipitado branco gelatinoso (Zn(OH)2) de pH=10.
ZnO(s) + 2H2O(l) ( Zn(OH)2(s)
Obs.: o procedimento foi realizado em CAPELA.
3) Obtenção de sulfeto de zinco
 Foram misturados zinco e enxofre, previamente pulverizados, e foi colocado a mistura sobre uma placa de asbesto. Foi aquecido um bastão de vidro, e, logo em seguida, tocou-se a mistura com este, produz chama verde. Foi observado formação de um precipiatdo branco, o sulfeto de zinco.
Zn(s) + 1/8S8(s) ( ZnS(s)
Observação fotoquímica: Foi observado também fenômeno de fosfororescência no sulfeto de zinco( quando o sulfeto de zinco é exposto a luz, os elétrons dos átomos se excitam migrando para níveis de energia mais afastados do núcleo. Retirado a exposição à radiação, os elétrons retornam lentamente aos níveis mais internos emitindo luz, fenômeno denominado fosforescência ).
4) Obtenção e propriedades ácido-base do hidróxido de zinco
 a) Foi adicionado a um tubo de ensaio, contendo 3 mL de solução de Zn2+, uma solução de NaOH 3M até a formação de um precipitado gelatinoso. O precipitado obtido foi dividido em três tubos de ensaio.
Zn2+(aq) + 2HO-(aq) ( Zn(OH)2(s)
Zn(OH)2(s) ( Zn2+(aq) + 2HO-(aq) Kps=3,0 x 10-16
 b) No 1º tubo, foi adicionado uma solução 6M de HCl, ao segundo foi adicionado uam solução 6M de NaOH e ao terceiro tubo foi adicioando uma solução concentarda de NH4OH ( foi feito em capela ). Foi observado que:
No 1º tubo ( c/ HCl ):
Zn(OH)2(s) + HCl(aq) ( ZnCl2 + 2H2O
Forma sal, ZnCl2.
No 2º tubo ( c/ NaOH ):
Zn(OH)2(s) + 2NaOH(aq) ( [Zn(OH)4]2-(aq)+ 2Na+(aq)
Forma hidróxi-complexo, [Zn(OH)4]2-, incolor.
No 3º tubo ( c/ NH4OH ):
Zn(OH)2(s) + 4NH3(g) ( [Zn(NH3)4]+2(aq) + 2OH-(aq) 
Forma amino-complexo, o [Zn(NH3)4]2+, incolor.
Estas reações concluem que o Zn(OH)2 aprsentar caráter anfótero, ou seja, reage com bases e ácidos.
MERCÚRIO
1) Obtenção e propriedades do óxido mercúrico
 a) Em um tubo de ensaio, foi adicionado 2 mL de solução de Hg2+ e foi adicionado NaOH 1M até completa precipitação. O conteúdo foi aquecido ligeiramente e foi observado a mudança de cor do sólido. Foi dividido o conteúdo para dois tubos de ensaio.
Hg2+(aq) + 2OH-(aq) ( HgO + H2O
HgO aprsenta coloração amarela.
HgO(s) + calor ( Hg(s) + O2(g)
 b) Foi testada a natureza ácido-base do HgO, recentemente preparado, com soluções de HCl e NaOH, ambas 6M.
No 1º tubo:
HgO(s) + 2HCl ( HgCl2 + H2O ( houve pouca solublização )
No 2º tubo:
HgO + NaOH ( não reage, o que mostra o caráter básico deste óxido 
2) Reações redox
 a) Em um tubo de ensaio contendo 5 mL de solução 0,01 M de cloreto mercúrico, foi adicionado, gota a gota, solução de cloreto estanoso. Observa-se uma turvação branca.
HgCl2(aq) + SnCl42- ( Hg2Cl2(s) + SnCl62-
( Cloreto de mercúrio forma turvação branca com SnCl2 em meio clorídrico )
 Observa-se uma turvação preta com excesso de cloreto estanoso em meio clorídrico:
HgCl2(s) + SnCl42- ( Hg(s) + SnCl62-
 b) Foi tomado um pequeno pedaço de sódio, secado e retirado a camada de óxido, e este foi colocado em um tubo de ensaio, e foram adicionadas gotas de mercúrio e foi triturado para facilitar a dissolução. Em seguida foi preparada uma solução bem diluída e acidulada de permanganato de potássio e foi transferido para dois tubos. Foi colocada a amálgama, recentemente preparada, em um dos tubos e quando cessada a reação, e esta foi comparada com o segundo tubo de ensaio.
 Na(s) + Hg(l) ( HgNa(s)
 A adição da solução acidulada de permanganato de potássio, promoveu a oxidação do Na metálico, havendo a formação de solução incolor devido a formação do Mn+2
MnO4-(aq) + 8H+(aq) + 5e- (( Mn2+(aq) + 4 H2O
Na(s) (( Na+(aq) + e-
MnO4-(aq) + 8H+(aq) + 5 Na(s) ( 5 Na+(aq) + Mn2+(aq) + 4 H2O
c) Foi tomado um pedaço de cobre e nesta foi colocada uma gota de solução de Hg2+. Foi aguardado em alguns minutos. A peça foi lavada e o metal atacado foi raspado com um papel de filtro. Observou-se que:
Hg2+ +2e- ( Hg(l) E0=+0,854 V
Cu2+ + 2e- ( Cu(s) E0=+0,337 V
Hg2+ +2e- ( Hg(l) ( Semi-Reação de Redução )
Cu(s) ( Cu2+ + 2e- ( Semi-Reação de Oxidação )______________
Hg2++ Cu(s) ( Hg(l) + Cu2+ ( Equação Iônica Essencial ) ddp = +0,517 V
 A reação é espontânea ( ddp=+0,517 V( >0) ) e há formação de Mercúrio elementar.
d) Ao misturarmos o mercúrio com o cristal de iodo, a solução tomou coloração verde devido a presença do HgI com a contínua adição de iodo houve a formação do iodeto mercúrico segundo a reação abaixo:
Hg + ½ I2 ( HgI
HgI + ½ I2 ( HgI2
3) Formação de um complexo de mercúrio (II)
 Em um tubo de ensaio contendo1 mL de solução de Hg2+, foi adicionado, gota a gota, solução de KI 1M. Foi observada a formação de um precipitado vermelho. Em seguida, foi continuada a adição de KI.
Hg2+ + 2I- ( HgI2(s), forma PP. avermelhado
HgI2(s) + 2I- ( HgI42-, forma solução castanha
QUESTIONÁRIO
1 – Já está respondido no relatório;
2 – Nitrato ( 350ºC ) e Carbonato ( 312,5º C );
3 - O hidróxido de zinco é anfótero, pois como foi observado no item 4b, solubilizou-se tanto em meio ácido como em meio básico, já o óxido de mercúrio (II) apresenta caráter básico, o que pode ser comprovado no item 1b, aonde só houve reação em meio ácido, não havendo nenhuma mudança reacional em meio básico;
4 - O intermediário formado é o iodeto mercuroso (HgI). Porém o aumento da concentração de iodo força a formação do iodeto mercúrico (HgI2). O Hg+ é instável em meio aquosa só existindo em solução na forma de dímero, por isso a adição de mais iodo força formação do HgI2, que é mais estável que o iodeto mercuroso;
5 - O excesso de iodeto leva a formação do complexo tetraiodomercurato (II), que é solúvel. O complexo formado é conhecido como reagente de Nessler, que é utilizado na detecção quantitativa de amônia em solução. O reagente de Nessler reage com amônia em concentrações tão baixas quanto 1ppm, provocando o aparecimento de uma solução amarela ou de um precipitado marrom. Este reagente é utilizado na análise de água potável;
Bibliografia
1. http://www.geocities.com/vienna/choir/9201/bloco_d.htm;
2 .http://pt.wikipedia.org;
3. ATKINS,Peter,JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. – 3. ed. – Porto Alegre : BookMan, 2006.
4. Lee, J. D.; Química Inorgânica não tão Concisa, 5ª ed., Edgard Blücher: São Paulo, 1999.

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