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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E GERENCIAMENTO DE CAPITAL AULA 5 Prof. Daniel Weigert Cavagnari 2 CONVERSA INICIAL Vimos até aqui diversas formas de planejar e mensurar as finanças nas empresas, bem como o perfil que o gestor financeiro deve ter frente aos resultados obtidos. Nesta aula, veremos como os investimentos devem ser mensurados, considerando custos e resultados, para um melhor desempenho possível. Marcamos aqui a fase mais técnica da administração financeira, classificando desde os custos possíveis em projetos, dados os valores atuais e futuros, reais ou projetados. Com esse conhecimento, poderemos avaliar qualquer projeto a partir de suas finanças e de seu valor, seja ele implícito ou explícito. Prepare sua HP-12C, pois ela será de grande valia para a resolução dos cálculos financeiros desta aula. CONTEXTUALIZANDO Leia o caso a seguir. O Especialista Rogério recentemente formou-se em Direito em uma faculdade particular e antes mesmo de fazer o teste da OAB para conseguir seu registro como Advogado resolveu fazer um curso de pós-graduação em economia. Sempre simpatizou sobre o assunto, mas o que gostava mesmo era de ler e raciocinar com a lógica das muitas leis que possuímos, por isso preferiu o direito. Pensou que, poderia ser advogado de empresas e para isso seria melhor que conhecesse um pouco mais sobre o mercado em que elas concorriam, principalmente o mercado de ações. E foi justamente o que fez. Não se conformou apenas com a base e fundamentos que recebeu na pós-graduação sobre mercado e economia. Resolveu operar na prática. Pegou algumas pequenas economias que tinha e comprou ações de médio risco, com base em sugestões dadas pelo banco em que tinha conta corrente. Enfim, os R$ 5.000,00 que ele havia aplicado em ações, ao final de cinco meses já eram R$ 5.500,00. Cerca de 10% de ganho, já com as taxas administrativas do banco incluídas. Ele percebeu que os R$ 500,00 que havia ganho era muito pouco, pois tinha investido na carteira de ações mais utilizada por seus colegas. Para esclarecer sua dúvida, se era só isso mesmo que o mercado financeiro poderia lhe oferecer, buscou na carteira do seu banco as ações em que seu dinheiro havia sido aplicado e porque ganhou tão pouco. Claro, mais do que qualquer renda fixa e poupança, mas pouco. Afinal, era investimento em ações! 3 Notou na sua aplicação que, de acordo com o rendimento bruto das ações, se tivesse investido diretamente, sem pagar a taxa administrativa, ou seja, os serviços de inteligência do banco, poderia ter ganho pelo menos quatro vezes mais. E pensou: “como eu poderia adivinhar que essas empresas realmente renderiam tudo isso?”. Então, justamente pela sua curiosidade em saber como essas empresas renderam tanto em suas ações, agiu com mais eficiência e pesquisou o histórico de ganho delas nos últimos dois anos e percebeu que essas ações estavam em crescimento constante. Por esta estatística pensou ter descoberto o segredo do negócio e que o banco ganhava dinheiro muito fácil. Assim, arriscou. Rogério investiu R$ 1.000,00 em ações que ele mesmo escolheu na bolsa de valores, baseado no critério de que as empresas escolhidas tinham uma estatística de alta em suas ações. E com a vantagem de não ter de pagar taxas administrativas para bancos ou corretoras, apenas as taxas burocráticas do investimento. Pensou, agiu com extrema eficiência na escolha das ações e na ideia de não se submeter aos trâmites dos agentes financeiros. Não poderia ter sido mais preciso e esperto, por isso não via a hora de colher o montante do seu empenho como investidor. Ao final de seis meses, a surpresa. Rogério resgatou suas ações que deram um total aproximado de R$ 250,00. Isso mesmo, ele não só não ganhou nada, como ainda perdeu R$ 750,00. A sorte dele é que o montante investido não foi muito. Mas ele já sentiu uma pontadinha no coração e pensou: Lá se vai minha TV nova! Não entendendo o que ocorreu, buscou nas mesmas estatísticas o histórico dessas ações nos últimos seis meses. O resultado foi um mês de alta e os cinco meses seguintes de muita baixa. Com isso, ele aprendeu duas lições da pior maneira possível. Mercados, sejam eles de produtos, serviços ou financeiro, não funcionam como máquinas. Não são lógicos e nem padronizados. São regidos por pessoas e por questões estruturais das empresas. A segunda lição foi que, para apostar no mercado financeiro é necessário estar disposto a aplicar por muito tempo o dinheiro e resgatá-lo apenas no momento ideal. Percebendo que o mercado não era lógico e que dependia da conjuntura e eficácia das empresas envolvidas, se deu conta que não havia comprado simplesmente papéis, mas ações de empresas reais, que captavam recursos através desse mercado. Assim, procurou em jornais e revistas informações sobre essas empresas que havia especulado. Ou seja, tudo o que ocorreu nos últimos seis meses com elas e com o mercado em que atuavam. Durante sua pesquisa, percebeu que, no primeiro mês em que havia aplicado seu dinheiro na bolsa (maio de 1997), encontrou uma notícia interessante alguns meses antes. Viu que a bolsa de valores no mundo todo havia tido uma queda brusca devido a problemas políticos e econômicos na Ásia. Problemas que repercutiram fortemente nos meses seguintes. Então, outros investidores como ele, com receio de perderem mais ainda, venderam títulos o mais rápido possível, criando uma queda brusca em todas as ações da bolsa. Por mais dois meses, se ele tivesse comprado, ganharia dez vezes mais, mas ele não considerou o fator mais importante para se aplicar no mercado financeiro, que é o de ficar constantemente 4 acompanhando o funcionamento das empresas emissoras de ações e também das notícias sobre o mercado no Brasil e no restante do mundo. Deste dia em diante resolveu se especializar. Lia diariamente informações sobre o mercado no mundo todo. Também, acompanhava semanalmente os demonstrativos de resultados das empresas da qual possuía ações. Também, de outras que tinha interesse em investir. Conclusão. Investiu apenas os R$ 250,00 para testar o mercado. Até o final do ano, havia transformado esse valor em R$ 400,00. No ano seguinte, investiu metade do que possuía em dinheiro, cerca de R$ 20.000,00. No final de 1998, esses R$ 20.000,00 transformaram-se em R$ 35.000,00. R$ 15.000,00 em um ano, apenas investindo em ações. Resolveu então estudar mais a fundo e se dedicar única e exclusivamente ao mercado de ações. Hoje, Rogério possui uma pequena fortuna de R$ 3.000.000,00 em ações e imóveis. Bom, mas esta já é outra história. Fonte: CAVAGNARI, D. W. Pequenas e médias empresas no Brasil. Curitiba: Aymará, 2008. p. 176-178. Com base na história, apresente argumentos que poderiam levar o investidor Rogério ao risco, bem como os problemas que poderiam ser evitados se houvesse cuidado. Para tanto, pesquise os conceitos dos seguintes tipos de risco a seguir: Risco institucional; Risco de mercado; Risco operacional; Risco de crédito. TEMA 1 – ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Todo e qualquer investimento, seja de aplicação de capital, criação ou expansão da empresa, necessita de uma análise e projeção dos valores que envolvem o projeto. Dados como quantidade produzida e custos são fundamentais para compreensão do projeto. Mas afinal, o que é investimento? Segundo Sandroni (2001), investimento é Aplicação de recursos (dinheiro ou títulos) em empreendimentos que renderão juros ou lucros, em geral a longo prazo. Num sentido amplo, o termo aplica-se tantoà compra de máquinas, equipamentos e imóveis para a instalação de unidades produtivas como à compra de 5 títulos financeiros (letras de câmbio, ações etc.). Nesses termos, investimento é toda aplicação de dinheiro com expectativa de lucro. Interessante, não? Pois nos parece que a pergunta correta seria: o que não é investimento? Geralmente, em qualquer projeto, seja de cunho profissional ou pessoal, que acarretará ganhos ou perdas, temos um investimento. Lembrando que ganhos e perdas não são relacionados apenas a dinheiro. O dinheiro que se gasta em um projeto de casamento, por exemplo. Há ganho? Sim, é claro que há. É esse, entre outros projetos de investimento, que explicam, por exemplo, a existência de projetos públicos e até mesmo de ONGs. Agora que sabemos o que é e o que significa investimento, vejamos alguns dos principais objetivos relacionados à análise de investimentos: Minimizar os riscos do investimento do capital, que pode acarretar perdas em vez do lucro almejado. Planejar minuciosamente todo e qualquer investimento, em busca dos maiores lucros possíveis. Alinhar os lucros almejados ao desenvolvimento sustentável e responsável. Lucrar o máximo no maior prazo possível, sem deteriorar outros agentes, internos ou externos, como consumidor, parceiros e sociedade como um todo. Lembrando aqui que lucros pode ser qualquer ativo, tangível ou não, monetário ou não. Uma das questões mais importantes acerca da análise de investimentos é que ela tem diversas perspectivas. Investir dinheiro em algo pode ser um investimento financeiro em ações, aplicações ou até mesmo uma empresa. O investimento pode ser para ampliação de um negócio, como uma máquina por exemplo. Enfim, qualquer que seja o investimento, as perspectivas podem ser: A escolha da melhor rentabilidade para o capital. Mudança de agente de investimento. Ampliação ou melhora da produção. Comparação entre um projeto e outro, objetivando um só. 6 Busca pelo simples fato de bem-estar. E por falar em bem-estar, saiba que esse é o real significado para o que chamamos simplesmente de lucro. Lucro é, no caso, o bem-estar. Quando a sociedade recebe algum benefício governamental, temos um ganho, um lucro, é o bem-estar da sociedade. O mesmo ocorre com as empresas. Quanto mais elas lucram, no contexto de mais capital simplesmente, maior é o seu bem-estar. 1.1 Benefícios marginais Já dizia John Maynard Keynes que o simples fato de ser feliz já era um acréscimo de benefício ao indivíduo. Nas empresas, os benefícios marginais (BMg) são vistos pelos lucros adquiridos no curto, médio e longo prazo. No curto prazo temos na maioria dos casos a saúde financeira da empresa. Todo e qualquer investimento que traga resultados imediatos podem solucionar problemas e trazer benefícios. Mas raramente esses ganhos são definitivos. Exemplo: Estratégias de vendas. No médio prazo já contamos com um planejamento mais sólido. Um projeto específico para um mercado emergente ou simplesmente uma promoção de produtos trazem resultados tanto imediatos como a longo prazo. Exemplo: Períodos sazonais, feiras de negócios, etc. No longo prazo os projetos são de porte estrutural, desde uma ampliação à criação de uma nova empresa. Nesses casos não há resultados imediatos e, embora sejam os mais sólidos, exigem cautela e planejamento. 1.2 Taxa mínima de atratividade (TMA) Para o investidor, representa a taxa mínima esperada em determinado investimento. Por exemplo, um projeto almeja um ganho de 10% ao ano (a.a). Se a TMA do investidor for de 9% a.a, o projeto é viável (aceito). Ou seja, ganhou 10%, esperava só 9%, lucro excedente de 1%. Para entendermos um pouco mais dessa taxa, é precisamos esclarecer dois conceitos: Lucro contábil: receita total da empresa, menos os custos explícitos (custos que são mensuráveis). 7 Lucro econômico: receita total, menos os custos explícitos, menos os custos implícitos (apesar de existirem, não sabemos o valor ao certo). Ex.: casar ou comprar uma bicicleta – você não sabe quanto perde (ou ganha) na escolha de um pelo outro, mas sabe que haverá um custo. Enfim, o lucro econômico apresenta uma variável a mais, de modo que poderá ser menor que o custo contábil. A questão da TMA é justamente essa diferença. Se no lucro contábil só temos a visão dos valores somados e subtraídos, pelo lucro econômico percebemos, além desses valores, a TMA. Isso mesmo, a nossa expectativa de ganho (perspectiva da taxa mínima de atratividade) nos leva a esperar um ganho que ainda não sabemos qual será. É um risco, mas quanto menor ele for, melhor. Um exemplo bem prático é o cálculo de projetos. O empresário determina um valor mínimo para seu lucro em forma de taxa (TMA), que geralmente representa o valor que ele ganharia com seu dinheiro, caso não executasse o projeto (na poupança, por exemplo). Assim ele calcula: Lucro mínimo esperado para o empreendimento é de 10% ao ano. Se na projeção apontar um lucro de 8% ao ano? Considerando o lucro contábil, sim, 8% é um bom lucro. Porém, o lucro econômico esperado (TMA = 10%) não foi atingido, dada a expectativa. Portanto, prejuízo de 2%. Leitura complementar “Investimento de capital”. In: LUZ, A. E. Introdução à administração financeira e orçamentária. Curitiba: Intersaberes, 2015. p. 189-203. Disponível em: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788544301814/page s/189> TEMA 2 – CUSTOS EM INVESTIMENTOS A interpretação do conceito de investimento vai muito além de aplicar e investir simplesmente. Vimos anteriormente que o investimento pode ser qualquer ação no capital que traga algum tipo de retorno. Também, pode significar mais dinheiro, um patrimônio que gere renda, um seguro, ou até mesmo algo que gere algum tipo de satisfação, como um automóvel novo. Mas como vimos, para empresas, todo e qualquer conceito de bem-estar está relacionado a um objetivo maior, o lucro em termos de capital. 8 Sendo o lucro a meta principal para os investimentos na empresa, devemos avaliar cuidadosamente um dos fatores que mais influenciam os resultados esperados: o custo. Exemplo: Qual o custo de se adquirir um veículo em relação à uma bicicleta? Temos os problemas certos, porém, com as perguntas erradas. Qual o meu maior benefício entre um carro e uma bicicleta? Inicialmente temos o custo de aquisição. Mas devemos considerar também o custo de manutenção e o custo do tempo de deslocamento. Considere que você trabalha como vendedor em uma loja durante o dia e à noite estuda na Uninter. Seu desejo é adquirir um veículo, pois acredita que terá mais chances de progredir, tanto na carreira como nos estudos, se tivesse mais tempo livre. A comparação aparentemente é simples, mas em muitos casos algumas variáveis são fundamentais para uma decisão de investimento. Assim, os custos em investimentos nos levam à interpretação daqueles custos de infraestrutura dos projetos de investimento. Mas claro que isso não se resume a um tipo de custo, fixo ou variável simplesmente. Portanto, trabalharemos todos esses custos e cada um conforme é classificado. Seja no curto, médio ou longo prazo, haverá custos. Alguns poderão até ser nulos, mas lá estarão no momento da classificação. Vejamos a seguir. 2.1 Custos de capital (CC) São todos os custos relacionados à aquisição de bens de capital, ou seja, todo e qualquer valor relacionado a máquinas, equipamentos e matéria-prima. Esses são custos diretos (custos variáveis). A questão principalé que o custo de capital, quando relacionado a determinado item, influencia na avaliação do investimento. Vejamos: Matéria-prima: É um bem de capital circulante e que, portanto, não deprecia como máquinas e equipamentos. Assim, colocamos em uma análise esse custo quando há uma contrapartida de receita. Ex.: Cálculo de investimento em produção – Custo de matéria-prima em contraste com a receita operacional. Enfim, se não há receita na avaliação, não podemos considerar o custo de matéria-prima. Máquinas e equipamentos: São bens de ativo fixo, ou seja, o custo relaciona-se com a depreciação. No caso de avaliação de investimentos, 9 calculamos a depreciação com base na atualização do capital investido, usando a TMA como taxa. Exemplo: Aquisição de uma máquina de R$ 100.000,00; TMA do projeto de 8% a.a.; depreciação do bem em 10 anos. Com o cálculo de prestação em juros compostos, obteríamos o custo de capital do bem anualmente. Mais adiante veremos um exemplo desse cálculo. 2.2 Custos operacionais São todos os custos relacionados à manutenção e uso do investimento. Ou seja, todo e qualquer custo relacionado ao funcionamento do investimento, como: mão de obra, manutenção, promoção, abastecimento, entre outros. Podem ser diretos (mão de obra) ou indiretos (manutenção preventiva). As avaliações dos custos operacionais são muito importantes para o projeto, principalmente quando comparativos entre projetos mutuamente excludentes (entre muitos a escolha de um). É como se escolhêssemos o melhor projeto entre uma máquina e outra, em que pese a dificuldade de operação de uma. 2.3 Custos adicionais (CA) São mais comuns em período de implantação de um projeto, como custos de instalação, base estrutural, alinhamento ou calibragem. Ou seja, qualquer custo previsível que não se enquadre nos custos de capital ou custos operacionais é considerado custo adicional. Geralmente são custos indiretos, mas sempre explícitos. Como exemplo, digamos que escolhemos montar uma fábrica e temos dois lugares para fazê-lo, uma região segura e o outra com alto índice de furtos. O custo com seguro, por exemplo, seria considerado adicional. 2.4 Outros custos (OC) Na maioria dos casos são custos indiretos e até mesmo implícitos (não representam um valor real), pois, embora se saiba que existam (ou possam existir), nem sempre são exatamente mensuráveis. São exemplos: enchentes, terremotos, assaltos, etc. Dado o exemplo, já podemos perceber que esse custo está relacionado à localidade do projeto e não tem exatamente uma previsibilidade. 10 Leitura complementar Leia o artigo “Custos de manutenção do estoque”. In: JORGE, Roberto Kupper (Org.). Gestão de custos, riscos e perdas. São Paulo: Pearson, 2015. p. 52- 70. Disponível em: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788543017037/page s/52>. TEMA 3 – CÁLCULO E MENSURAÇÃO DOS CUSTOS EM INVESTIMENTOS Um detalhe muito importante na avaliação de investimentos em relação aos custos é sua mensuração e cálculo. É muito importante que saibamos interpretá-los e calculá-los nas suas particularidades, principalmente em casos de atualização do uso de capital investido. Vejamos um exemplo de seleção dos custos em um problema e o cálculo específico. Fique atento aos números e à fração de cada um. Determinada empresa pretende adquirir um aparelho novo para expansão da produção. Essa compra renderá uma receita adicional à empresa de R$ 60.000,00 por mês. O equipamento foi pago à vista e terá vida útil de 10 anos (120 meses), sendo totalmente descartável após esse período. Durante os quinze anos de uso, o custo financeiro do equipamento compreenderá R$ 1.335,63 por mês. O equipamento não necessita manutenção. O custo adicional do seguro do aparelho compreende 30% do seu custo financeiro. Para funcionamento serão necessários três funcionários, com salários médios de R$ 1.900,00 mensais cada. Mais 80% de encargos. Outros custos relacionados à estrutura, matéria-prima, promoção e comissões, estão na ordem de 75% da receita bruta. A taxa mínima de atratividade é de 15% a.a. ou 1,171492% a.m. Conforme os dados acima, determinaremos se o investimento é rentável ou não. 11 Resolução: Para efetuar nossos cálculos, precisamos estabelecer o valor das seguintes variáveis, para analisarmos os custos acerca do investimento: Receita total (faturamento), dado pela variável RT; Custo de capital (CC), que se refere à parcela de máquinas e equipamentos e matéria-prima, quando houver. Custo operacional (CO). Refere-se aos custos de operação do investimento. Custos adicionais (CA). São os custos que fazem parte do contexto, mas com uma particularidade específica do investimento. Outros custos (OC). Custos que sabemos que fazem parte do contexto e que algumas vezes não podem ser mensurados. Custo total (CT). É a soma de todos os quatro tipos de custo mencionados. CT = CC + CO + CA + OC Lucro total (LT), que é a diferença entre a receita e os custos totais. LT = RT – CT Assim, vejamos agora como se destacam esses valores no problema: Se o investimento renderá uma receita adicional de R$ 60.000,00, portanto RT = 60.000. O custo de capital, nesse problema, já vem pronto, ou seja, R$ 1.335,63 por mês. Esse valor origina do custo de aquisição da máquina (que não consta no problema) de R$ 85.829,26 – só mencionamos esse valor aqui para compreendermos como chegamos ao valor de custo mensal de 1.335,63. Vejamos como a HP-12C chegou à nossa parcela de custo mensal: Na HP: 120 [ n ] (Tempo de uso e validade operacional da máquina) 1,171492 [ i ] (TMA mensal) 85.829,26 CHS PV (Valor total da máquina adquirida) 0 FV (valor zero porque será descartável ao final de 10 anos) PMT (Chama o resultado) Resultado: O custo de aquisição da máquina (R$ 85.829,26), atualizado à taxa mínima de atratividade, é de R$ 1.335,63 por mês, por 120 meses (10 anos). 12 RT = 60.000 ao mês CC = 1.335,63 ao mês CO = 10.260,00 ao mês CA = 400,69 ao mês OC = 45.000,00 ao mês CT = 56.996,32 LT = R$ 3.003,68 Conclusão: Compensaria, pois, a soma dos custos é menor que o valor da receita, efetivando o lucro desejado. Agora, vejamos outro problema, de aquisição de duas máquinas, em que pesam apenas dois custos comparativos, sendo os demais similares entre as duas máquinas. Determinada empresa está estudando a compra de dois equipamentos similares. O equipamento X tem um preço de R$ 900.000,00 de aquisição e custos operacionais de R$ 600.000,00 por ano. O equipamento Y custa R$ 1.800.000,00, porém seus custos operacionais são de R$ 300.000,00 por ano. Ambos têm vida útil de 20 anos. Dada as duas máquinas, qual seria a melhor escolha para empresa se o seu custo de capital é de 9,5% a.a.? Resolução: Note no problema que só há dois custos a mensurar, o custo anual de aquisição da máquina (CC) e o custo operacional (CO) anual. Cálculo do custo de capital do equipamento X: Na HP: 900.000 CHS PV 0 FV 13 9,5 [ i ] 20 [ n ] PMT CCx = R$ 102.129,03 COx = R$ 600.000,00 (custo operacional da máquina X) CTx = R$ 702.129,03 Equipamento Y, na HP: 1.800.000 CHS PV 0 FV 9,5 [ i ] 20 [ n ] PMT CCy = R$ 204.258,05 COy = R$ 300.000,00 CTy -> R$ 504.258,05 A melhor escolha é a de menor custo, portanto, o equipamento Y. TEMA 4 – WACC: CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITALAgora que vimos a mensuração de custos de determinados projetos, considere que o custo de todo investimento, independentemente se apresenta ou não outros custos, é chamado de custo de capital ou custo total do investimento em capital. Agora imagine se a única referência que temos do custo do investimento é seu risco. Ou melhor, se é a taxa que estabelece o valor mínimo do investimento (como a TMA sem a perspectiva de lucro econômico) como seu custo. Nesse caso, temos a taxa de custo de capital (ou custo de capital simplesmente). Um exemplo de custo de capital: você recebe uma herança e a aplica em poupança. O rendimento seguro e anual desse valor é de 6% ao ano. Para não fazer nada com o dinheiro. 14 Agora imagine que você resolve usar esse dinheiro (que lhe rende os juros de 6% a.a. da poupança) para investir em um negócio. A questão é, qual o seu custo de capital para investir nesse negócio? Simples, 6% ao ano. Ou seja, como temos como referência apenas a taxa de poupança, uma vez que arriscamos o investimento, perdemos essa taxa para um resultado futuro. Nos custou 6%, portanto um custo de capital de 6% ao ano. Agora imagine que para executar um negócio, você vai precisar do dinheiro em poupança e mais um empréstimo do BNDES. Para emprestar o capital, o banco me cobrará juros de 12% a.a. E agora? Qual seu custo de capital? Bom, já que temos duas taxas e cada uma com custo de capital diferente, em valores diferentes, devemos ponderar e chegar a uma única taxa. É nesse momento que buscamos o nosso custo de capital, dado pelo WACC (weighted average capital cost) ou custo médio ponderado de capital (CMPC, se preferir). Antes de tudo, vejamos como funciona essa lógica de ponderação. Média ponderada – é uma média aritmética em que cada valor é ponderado de acordo com sua importância no grupo. A média ponderada é dada pela seguinte fórmula: = ( ∑ 𝑤. 𝑋 ∑ 𝑤 ) Vejamos um exemplo a seguir: Você compra todo mês 100 unidades de pãezinhos para seu café. Só que essas 100 unidades estão divididas em quantidades diferenciadas por semana: 20 unidades na primeira semana; 30 na segunda; 40 na terceira; e 10 na quarta. Digamos também que na primeira semana (20 unidades) você pagou por cada pãozinho R$ 0,50; na segunda R$ 0,45, na terceira pagou R$ 0,35 e na quarta R$ 0,55. Quanto você pagou em média pelos 100 pãezinhos? Vejamos como fica na tabela: 15 Semana Pãezinhos Preço unitário Preço Total 1ª 20 0,50 10,00 2ª 30 0,45 13,50 3ª 40 0,35 14,00 4ª 10 0,55 5,50 TOTAL MÊS 100 43,00 Veja que a média de preços poderia ser considerada a soma dos quatro preços unitários dividida por quatro, o que daria R$ 0,4625 centavos por pão. Porém, essa média seria apenas aritmética (e não ponderada), portanto não seria eficiente, pois não considerou a quantidade adquirida (o peso de cada pão sobre o total). Neste caso, ponderamos: (20 * 0,50) + (30 * 0,45) + (40 * 0,35) + (10 * 0,55) = 43,00. R$ 43,00 (valor total de todos os pães) dividido por 100 (total de pães) = R$ 0,43. Portanto, pela média ponderada, cada pão custou durante o mês R$ 0,43. Cada quantidade adquirida contribuiu para aumentar ou diminuir o custo de cada pãozinho, mas com a proporção certa e, mais importante, justa. Vejamos como fica cada variável comparada com o WACC: WACC (custo médio ponderado no exemplo do pão) = R$ 0,43 (por pãozinho) CW (custo total de cada semana) = 10,00 + 13,50 + 14,00 + 5,50 = R$ 43,00 (custo total de pães) W (peso sobre o total) = 20 + 30 + 40 + 10 = 100 (total de pães). Para o cálculo do custo de capital (ponderado pelas taxas de juros oferecidas), não é diferente. Da mesma forma que você não compra os 100 pãezinhos tudo de uma vez para pagar mais barato (pois a cada semana eles estarão velhos demais para serem consumidos), não emprestamos todo o capital de um projeto de uma vez só, ou de uma única fonte (da nossa conversa inicial, temos duas fontes de capital, o da poupança e do empréstimo do BNDES). Assim, vejamos como fica o cálculo do WACC para nosso exemplo inicial: Valor em poupança: R$ 100.000,00. Taxa de juros de poupança: 6% a.a. 16 Valor emprestado do BNDES: R$ 70.000,00. Taxa de juros do BNDES: 12% a.a. Sendo o total do investimento de R$ 170.000,00, calculamos o peso (W) de cada um: Fonte (C) Capital (W) Peso (%) Poupança 100.000 = 100.000 / 170.000 (*100) = 58,8% BNDES 70.000 = 70.000 / 170.000 (*100) = 41,2% TOTAL 170.000 100% Agora que sabemos o peso (a fração em percentual da participação) de cada empréstimo, ponderamos: Poupança (6% * 58,8%) + BNDES (12% * 41,2%) ( /100) = 3,528% + 4,944% = 8,472% a.a. Portanto, nosso custo de capital ou custo médio ponderado de capital (WACC) para esse investimento será de 8,472% a.a. Vejamos agora outro exemplo, baseado em algumas fontes de capital e que compõem o custo de capital esperado. Digamos que o capital total adquirido para determinado projeto seja de R$ 100.000,00. Sendo assim, R$ 30.000,00 seriam de empréstimos bancários (peso de 30%) a um custo de capital de 6% de juros ao ano; R$ 20.000,00 (peso de 20%) em debêntures a 7,5% ao ano; R$ 25.000 em ações a 8% ao ano; e, R$ 25.000,00 (peso de 25%) em lucros retidos a 7% ao ano. Neste caso essa tabela ficaria da seguinte forma: FONTES CAPITAL (C) PARTICIPAÇÃO (W) Custo (em juros ao ano) Custo Total (CW) Empréstimos bancários R$ 30.000 30% 6% a.a. (30.000 x 6% = R$ 1.800 a.a.) Debêntures R$ 20.000 20% 7,5% a.a. (20.000 x 7,5% = R$ 1.500 a.a.) Ações R$ 25.000 25% 8% a.a. (25.000 x 8% = R$ 2.000 a.a) Lucros retidos R$ 25.000 25% 7% a.a. (25.000 x 7% = R$ 1.750 a.a.) TOTAL R$ 100.000 100% 7.050 Na tabela, temos o resultado das ponderações, cujo custo total do capital foi de R$ 7.050,00. Para encontrarmos o WACC, dividimos esse total pelo capital total (como no exemplo dos pães), obtendo a taxa do custo de capital: 17 Custo médio ponderado (WACC) de R$ 7.050 / R$ 100.000 = 0,0705 (*100) = 7,05%) Isso significa que, na média, dado o peso de cada meio de captação de recursos, o custo foi de 7,05% ao ano. Saiba mais Leia o artigo “Entendendo o custo de capital”. In: IZIDORO, Cleyton (Org.). Avaliação de desempenho de empresas. São Paulo: Pearson, 2015. p. 74-80. Disponível em: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788543016542/page s/75>. TEMA 5 – VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE) O valor anual uniforme equivalente (VAUE) é um método de cálculo de viabilidade de determinado projeto, que objetiva transformar os valores de um ou mais projetos de análise em valores, como diz o próprio nome, uniformes equivalentes e de periodicidade anual. A intenção é simples. Transformar valores concretos e atuais em valores futuros, como se tudo se convertesse em despesa futura. O método é bem similar ao cálculo de custo de capital que acabamos de ver. A questão principal é transformar tudo que estiver em valores únicos e atuais em valores futuros e anuais, dada a TMA ou a taxa de custo de capital. Tudo o que já estiver no futuro e de periodicidade anual, permanecerá no futuro e se somará aos novos valores. Voltemos ao exemplo do equipamento X, que sugere o método VAUE: Aquisição do equipamento X: R$ 900.000,00 (valor presente). Custo operacional anual: R$ 600.000,00 a.a. Note que o valor da máquina é único e atual. Já o custo operacional se refere ao futuro e enquanto ela durar (20 anos) haverá esse custo.18 Para o método VAUE, convertemos o valor atual (900.000) em um valor anual uniforme equivalente, à taxa de referência (TMA) de 9,5% ao ano. Revendo o cálculo na HP: 900.000 CHS PV 0 FV 9,5 [ i ] 20 [ n ] PMT Ou seja, o valor atual de R$ 900.000,00 representa um valor anual uniforme equivalente e atualizado de R$ 102.129,03 por ano, durante 20 anos (tempo de uso da máquina), totalizando um VAUE de R$ 702.129,0. Vejamos a representação gráfica do VAUE: Há pelo menos três perspectivas para o uso do VAUE: O de retorno adicional, ou seja, lucro além do esperado. O de maior receita: maior o faturamento, melhor é o projeto. E o de menor despesa: menor a despesa, melhor. O VAUE, ao contrário de outros métodos (VPL, TIR, etc.), projeta o valor atual do investimento para valores futuros periódicos e uniformes. 5.1 VAUE – retorno adicional Consiste em encontrar o rendimento adicional dado pelo capital investido, aplicado à TMA, dentro do período de implantação do projeto, somado aos 19 retornos anuais (receita) ou lucro esperado. Nesse segundo caso, divide-se o VAUE ao custo inicial do projeto, resultando na taxa de retorno adicional. Dentro de uma comparação entre dois ou mais investimentos, o de maior valor ou taxa adicional será o escolhido. Exemplo: Imagine uma empresa com disponibilidade de R$ 9.000,00 para investimento e com TMA de 20% a.a., para a qual duas opções possíveis de investimento são apresentadas. Sendo a alternativa mais lucrativa a escolha da empresa, usaremos o método VAUE: Equipamento A: Custo de R$ 7.000,00 Lucro esperado de R$ 2.500,00 a.a Período do projeto: 7 anos Equipamento B: Custo de R$ 9.000,00 Lucro esperado de R$ 3.250,00 a.a. Período do projeto: 7 anos A fórmula tradicional para o cálculo do VAUE é a seguinte: VAUE = – Custo inicial * (1+𝑖)𝑛∗𝑖 (1+𝑖)𝑛−1 + 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜𝑠 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑖𝑠 Mas ela não precisará ser usada se tivermos a calculadora HP-12C. Ao final, vislumbrando o maior lucro, calculamos o RA (retorno adicional): Retorno adicional = 𝑉𝐴𝑈𝐸 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 VAUEA = – 7000* (1+0,2)7∗0,2 (1+0,2)7−1 + 2500 = 558,03 RA = 558,03 7000 = 𝟕, 𝟗𝟕% 𝒂. 𝒂 7000 PV 20 i 0 VF 7 n PMT 2500 + VAUEB = – 9000* (1+0,2)7∗0,2 (1+0,2)7−1 + 3250 = 753,18 RA = 753,18 9000 = 𝟖, 𝟑𝟕% 𝒂. 𝒂 9000 PV 20 i 0 VF 7 n PMT 3250 + Assim, dados os equipamentos A e B, o melhor investimento é no equipamento B, pois trará um retorno adicional maior, de 8,37% a.a. 5.2 VAUE – menor custo de capital 20 Consiste em encontrar o menor custo, dado pelo capital investido, aplicado à TMA, dentro do período de implantação, subtraídas as despesas anuais do projeto. O resultado obtido (VAUE) será um valor negativo. Dentro de uma comparação entre dois ou mais investimentos, o de menor VAUE será o escolhido. Exemplo: Dada uma TMA de 15% a.a., qual a melhor alternativa para um investimento? Alternativa I Alternativa II Investimento inicial Duração Despesas anuais R$ 100.000,00 4 anos R$ 30.000,00 R$ 200.000,00 4 anos R$ 10.000,00 VAUE = – Custo inicial * (1+𝑖)𝑛∗𝑖 (1+𝑖)𝑛−1 − Despesas anuais VAUEI = – 100.000 * (1+0,15)4∗0,15 (1+0,15)4−1 − 30.000 100.000 PV 15 i 0 VF 4 n PMT 30000 - R$ -65.026,54 VAUEII = – 200.000 * (1+0,15)4∗0,15 (1+0,15)4−1 − 10.000 200.000 PV 15 i 0 VF 4 n PMT 10000 - R$ -80.053,07 Assim, sendo a alternativa I o investimento de menor custo (R$ 65.026,54), essa é a escolhida. 21 5.3 VAUE – maior receita Consiste em encontrar o projeto com o maior faturamento, com a maior receita. Numa comparação entre dois ou mais investimentos, o de maior VAUE será o escolhido. Exemplo: Verifique, à TMA de 12% a.a., qual a melhor alternativa para um investimento: Alternativa I Alternativa II Investimento inicial Duração Receitas anuais R$ 130.000,00 2 anos R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 3 anos R$ 100.000,00 VAUE = – Custo inicial * (1+𝑖)𝑛∗𝑖 (1+𝑖)𝑛−1 + 𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒊𝒔 VAUEI = – 130.000 * (1+0,12)2∗0,12 (1+0,12)2−1 + 100.000 130.000 PV 12 i 0 VF 2 n PMT 100000 + R$ 23.079,25 VAUEII = – 150.000 * (1+0,12)3∗0,12 (1+0,12)3−1 + 100.000 150.000 PV 12 i 0 VF 3 n PMT 100000 + R$ 37.547,65 Assim, sendo a alternativa II o investimento de maior receita líquida (R$ 37.547,65), essa é a escolhida. TROCANDO IDEIAS Pesquise na região em que mora dois imóveis comerciais compatíveis. Ou seja, que tenham a mesma finalidade (fábrica, comércio ou serviço) e que façam parte de uma única escolha. Com essa base, apresente os seguintes dados: 22 Preço do imóvel (aquisição apenas) Possíveis gastos com reformas (custos adicionais) Custos relacionados à localização (outros custos) Apresente esses dados e inicie uma discussão de qual seria o melhor imóvel. Para atualização dos custos de capital, utilize como TMA a Selic de 11,25% ao ano. NA PRÁTICA Dado um projeto de investimento de R$ 250.000,00, calcule o custo de capital (WACC) para as seguintes fontes de capital e seus respectivos percentuais de participação: Capital próprio: 20% do capital (aplicação possível em tesouro direto com renda de 11,5% a.a.) Empréstimo BNDES: 68% do capital (TJLP e outros 14,5% a.a.) Empréstimo bancário: 12% do capital (Taxa especial de empréstimo: 28,5% a.a.) FONTES CAPITAL (C) Partici- pação Taxa Custo Total (CW) Capital próprio R$ 50.000 20% 11,5% a.a. (50.000 x 11,5% = R$ 5.750 a.a.) BNDES R$ 170.000 68% 14,5% a.a. (170.000 x 14,5% = R$ 24.650 a.a.) Empréstimo bancário R$ 30.000 12% 28,5% a.a. (30.000 x 28,5% = R$ 8.550 a.a.) TOTAL R$ 250.000 100% - R$ 38.950 ao ano / 250.000 Taxa Média (WACC) 15,58% a.a. FINALIZANDO Vimos nesta aula que investimentos vão muito além de aplicações financeiras e que capital pode ser qualquer bem que represente um ganho financeiro a partir de um projeto. Vimos também que os custos de investimentos são sintetizáveis e importantes para tomada de decisão de investimentos. O menor custo e o maior lucro são variáveis que se adaptam ao tempo, nos possibilitando mensurar o valor do capital, da forma como a teoria nos apresenta, ou seja, no tempo. 23 REFERÊNCIAS ANDRICH, E. G.; CRUZ, J. A. W. Gestão financeira moderna: uma abordagem prática. Curitiba: Intersaberes, 2013. BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2008 CAVAGNARI, D. W. Pequenas e médias empresas no Brasil. Curitiba: Aymará, 2008. CHIAVENATO, I. Gestão financeira: uma abordagem introdutória. 3. ed. Barueri: Manole, 2014. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006. IZIDORO, C. (Org.). Avaliação de desempenho de empresas. São Paulo: Pearson, 2015. JORGE, R. K. (Org.). Gestão de custos, riscos e perdas. São Paulo: Pearson, 2015. LUZ, A. E. Introdução à administração financeira e orçamentária. Curitiba: Intersaberes, 2015. WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da administração financeira. 10. ed. São Paulo:Makron Books, 2004.